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Identificando a Pneumonia Bacteriana no Raio X de Tórax: Dicas para Radiologistas


Não é fácil aprender a avaliação de radiografias, mas a melhor forma é simulando casos reais. Vamos usar como exemplo um paciente masculino de 30 anos que está com tosse produtiva, febre de 39 graus e calafrios por cinco dias.
Na avaliação da radiografia, começamos utilizando o ABC, onde a letra A representa a traqueia. Verificamos que a traqueia está sem entrada e relativamente centrada, o que indica que não há grande alteração no volume pulmonar.
Em relação à letra B, devemos seguir as bordas pulmonares para avaliar a simetria da transparência. Olhando a radiografia, podemos identificar uma área mais esquisita na borda do pulmão direito que não se parece com o restante da imagem. Nesse caso, há uma perda da definição da borda diafragmática naquela região, o que é chamado de sinal da silhueta.
Isso indica que há uma estrutura no lobo inferior direito do pulmão que está em contato com o diafragma. É importante ressaltar que, quando há o sinal da silhueta, não precisamos do perfil para identificar a alteração.
Em seguida, devemos avaliar a simetria da transparência. Notamos que há uma redução na transparência em relação ao pulmão contralateral na região que está próxima ao sinal da silhueta. Essa redução é chamada de redução da atenuação pulmonar e pode ser causada por diferentes patologias.
Juntando as características da imagem e a história clínica do paciente, a suspeita é de consolidação pulmonar com pneumonia bacteriana típica, já que a doença está afetando o lobo inferior direito.
É importante ressaltar que, ao utilizar a radiografia para diagnóstico, é fundamental avaliar a imagem com cautela e utilizar informações clínicas para chegar a uma conclusão.
Fonte: APRENDA COMO IDENTIFICAR A PNEUMONIA BACTERIANA NO RAIO X DE TÓRAX I VOCÊ RADIOLOGISTA por Você Radiologista com João Paulo Queiroz