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Distonia no Pé: Entenda o Movimento Involuntário do Dedo do Pé.

Olá! Se você quer saber mais sobre o pé virando e a distonia do pé, fica até o final do vídeo, que vamos falar mais sobre isso.

Meu nome é Dr. William Rezende do Carmo, sou médico neurologista e fundador da Clínica Regenerate. No meu canal, falo sobre dor, sono, Parkinson, emoções e neurologia geral. Toda semana, trago as últimas novidades da neurologia para você. Se quiser receber notificações de novos vídeos, inscreva-se no canal e clique no sininho.

Uma coisa que causa muitas dúvidas nas pessoas é o dedo do pé mexendo sozinho. Às vezes, o dedão fica levantando sozinho ou querendo abrir os dedos. Ou o pé fica querendo virar para dentro sozinho e fazer ponta. Esses movimentos involuntários são chamados de distonia.

A distonia é uma alteração no tônus, mesmo quando está parado, aqui tem um estado mínimo de contração de um lado e de outro que fala que o tônus basal se é que fica mais contraído habitualmente sem a pessoa querer. Isso significa que o pé da pessoa acaba adquirindo uma postura anormal e de maneira involuntária. Pode ser tanto de contraturas rápidas, tremores, mudanças do pé do dedo, contraturas dos dedos ou dedos esticando ou pé virando ou simplesmente virando do pé.

E esses movimentos indesejados normalmente aparecem quando a pessoa tenta andar, quando ela fica em pé ou em situações que exigem mais uso do pé. Interessante que às vezes quando a pessoa anda de costas, a distonia desaparece, mas quando ela vai andar para frente, ela some novamente. É mais típica no pé, com o pé virando e os dedos mexendo. Porém, não precisa ser só isso, pode ter vários tipos de movimentos involuntários que acontecem.

A distonia causa problemas porque, à medida que ela evolui e progride, ela dificulta a marcha da pessoa. Ela pode causar instabilidade, a pessoa acaba usando outros músculos para compensar, pode tropeçar mais, ter dor pela contratura daqueles músculos e ter outras limitações, como quais os calçados que ela pode usar ou não usar, por causa da postura anormal do pé. No dia a dia, a distonia vai progredindo e pode chegar até mesmo a uma incapacidade funcional, como a pessoa não conseguir andar com as pernas, acabar precisando de uma bengala ou até às vezes, uma cadeira de rodas em casos mais graves.

As principais causas da distonia são a distonia idiopática, que é uma causa aparentemente normalmente de origem genética, mas podem vir como causas secundárias, como doença de Wilson, certos tipos de AVC ou até mesmo doença de Parkinson que começa antes dos 50 anos de idade.

Existem várias outras causas, por exemplo, a causa de distonia dopa-responsiva. É uma doença de tônica que se você dá dopamina, melhora com doses baixíssimas. Também existem causas psicogênicas, em que a pessoa não tem uma doença neurológica e tem padrões muito bizarros de contratura de tônica e costumam ser contrações fixas.

O diagnóstico da distonia tem um componente clínico e um componente fisiológico, com a eletroneuromiografia. Pode ter exames de imagens e testes laboratoriais para poder ter o correto diagnóstico. O fundamental é que a pessoa tenha um diagnóstico para ter o correto tratamento. O melhor tratamento é a toxina botulínica, na qual o médico injeta toxina botulínica, mesmo Botox nos músculos que estão contraindo involuntariamente e eles relaxam. A pessoa acaba tendo uma normalidade e o uso de alguns medicamentos, como o Artane, pode ajudar a pessoa a diminuir o estado de contratura do pé e da perna.

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Fonte: Distonia no Pé – Dedo do Pé se Mexendo Sozinho por Regenerati – Dr. Willian Rezende