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Descubra o que é Transtorno de Escoriação com a Psicóloga Lilian Félix

O que é o transtorno de escolher a pele?

Olá, eu sou Line Félix, psicóloga e coach de inteligência emocional. Nesse vídeo, vou falar um pouquinho sobre o transtorno de escolher a pele. Você já ouviu falar? Fique comigo, acompanhe o vídeo e entenda um pouco sobre como funciona esse transtorno.

O transtorno de escolher a pele é um transtorno no qual o indivíduo tem repetidamente o ato de beliscar a pele. Muitos indivíduos utilizam a unha, mas outras pessoas podem preferir utilizar alicates ou cortadores de unha. Às vezes, há uma pinça para os objetos, então não existe uma forma específica na pessoa realizar isso. O que acontece é que a pessoa não consegue controlar o impulso de ficar beliscando a pele. Pode ser partes saudáveis da pele ou mesmo procurando irregularidades e calosidades. Com o passar do tempo, à medida que essa pessoa vai fazendo esse ato de buscar e arrancar partes da pele, a pele vai se regenerar e formando cascas. E essas cascas incomodam a pessoa e gera um ciclo onde a pessoa fica querendo depois arrancar as cascas.

Então, a pessoa não consegue parar de ficar beliscando e arrancando pedacinhos da pele, gerando uma compulsão ou repetir esse ato. Essas pessoas demoram tempo, perdem grande quantidade de tempo do dia fazendo isso. Ficam ali procurando e beliscando as partes da pele. Esse transtorno, em particular, é muito comum na puberdade. Muitas moças adolescentes iniciam esse hábito de ficar beliscando partes da pele no rosto, principalmente, justamente a partir da puberdade que é a época que surgem as espinhas incômodas e aí a pessoa que já tem uma predisposição, de repente já tem outra cômoda para arrancar. Esse transtorno pode ser iniciado em qualquer fase, mas normalmente se inicia a partir da adolescência.

Esse indivíduo, além de sofrer porque tenta parar com esse ato, não consegue controlar o impulso. Já tentou várias vezes, faz inúmeras tentativas, mas não consegue. Começa a fazer isso escondido da família, escondida das pessoas. Ele começa a ser criticado também, iniciando ficar beliscando. Embora ele sempre procure arrancar parte da pele, depois ele começa a esconder e se esconde com maquiagens, com roupas compridas que tapam aquelas partes.

Quero também diferenciar que esse transtorno é diferente no caso da pessoa que faz a auto-mutilação. Indivíduos, por exemplo, com depressão sempre usam essa auto-mutilação e machucam a pele. Eles não estão fazendo como quem tem esse transtorno de escolher, esse ato de ficar beliscando e arrancando parte da pele para eliminar uma tensão, ansiedade. Não é bem, na auto mutilação o indivíduo é que busca um alívio da dor, da tortura especialmente da dor que ele está passando ali em relação à depressão. A vontade de morrer é diferente. O indivíduo que tem o transtorno de escolher não tem essa certeza se a vontade de morrer. Não tem tentativa de suicídio. Nenhum desses outros elementos que aparecem. Então, às vezes parece um indivíduo saudável que simplesmente começa com uma mania de ficar beliscando parte da pele e isso vai se tornando um ato compulsivo, possível que depois ele não tem controle sobre esse ato, não consegue interromper e aí precisa passar por uma intervenção, mais ajuda terapêutica para poder aprender técnicas para poder controlar essa ansiedade, essa atenção que surge dessa vontade de arrancar e cortar. Técnicas, inclusive, de distração para que consiga se afastando do hábito de ficar escolhendo as cascas de controle dessa ansiedade, diminui a ansiedade naquele momento. A gente vem com aquela vontade grande de arrancar e de conseguir suportar essa ansiedade, passar por ela.

Então, o indivíduo vai passar por uma terapia, de preferência terapia cognitivo comportamental, onde vai trabalhar essas técnicas para que consiga se afastar desse transtorno. Alguns casos podem ser necessário a utilização de medicação, assim como os quadros de tricotilomania, de trânsito de acumulação. Vai depender muito do grau dessa doença, do nível de ansiedade que já tem e do controle que o indivíduo tem sobre a sociedade. Então, são casos que precisam ser avaliados dentro da terapia e aí, se necessário, a gente pode prescrever a medicação adequada.

Quero ressaltar que esses indivíduos não fazem isso conscientemente para poder chamar atenção. Com muita frequência, as pessoas acham que acontece. Eles realmente não conseguem controlar essa necessidade, esse impulso que vem. Muitos nem se dão conta, só percebem que estão arrancando depois que já arrancaram e que ficou ter machucado e aí até parece que sumiu. Que a pessoa não vai mais realizar o ato, mas se não tratada, em alguns momentos, pode ocorrer o retorno dos sintomas.

Fique atento e se você tem um filho adolescente ou mesmo algum familiar que você perceba que tem esse hábito, converse com as pessoas, mostre o nosso vídeo para ela, para que ela possa tentar parar com a mania e, se não conseguir, realmente buscar ajuda. Porque muitas vezes a pessoa que não está cometendo ato, ela no início ela acha que tem controle, vai parar a hora que quiser e aquilo tá fazendo mal. Aí quando ela percebe que não tem controle, que é uma coisa que ela não tem como resistir mesmo, gera um sofrimento depois de ter feito. Uma culpa por ter feito aquilo com ela mesma, ter se machucado. O arrependimento, mas não tem controle e não consegue parar. Essa pessoa realmente precisa de ajuda, precisa de tratamento. É importante que todas as pessoas saibam disso.

Espero que esse vídeo tenha sido útil para você entender um pouco mais sobre o transtorno de escolher a pele. Um abraço. Curta e compartilhe. E agradeço você por acompanhar o nosso canal!

Fonte: Transtorno de Escoriação – Psicóloga Lilian Félix por com você Psicologia