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Enterococcus: conceitos e aplicações na microbiologia médica

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  1. Olá pessoal! Tudo bem? Sejam bem-vindos mais uma vez ao canal Ciências da Saúde.
  2. Nessa aula de hoje, eu irei falar sobre espécies de Enterococcus.
  3. Os Enterococcus são cocos gram-positivos que podem ser observados na coloração de Gram, dispostos aos pares formando édiplococos. Assim como também podemos observar cadeias curtas formadas por cocos gram-positivos.
  4. São bactérias anaeróbias facultativas, ou seja, crescem em uma temperatura em torno de 35 graus Celsius. Consideram essa temperatura ideal para crescerem em meio agar sangue, sendo esse meio a melhor opção de meio de cultura utilizado para o cultivo dessas espécies de Enterococcus.
  5. Com relação ao padrão hemolítico, essas espécies podem ser classificadas como alfa ou beta hemolíticas.
  6. Essas espécies de Enterococcus são bactérias entéricas, ou seja, habitualmente são isoladas de fezes coletadas de seres humanos, assim como também em fezes de outras espécies de animais.
  7. Existem mais de 17 espécies diferentes de Enterococcus, porém, destas 17, existem duas espécies que são as de maior importância clínica, pois estão mais comumente relacionadas a processos infecciosos em seres humanos.
  8. O fato pelo qual essas bactérias são conhecidas como bactérias entéricas é que elas fazem parte da própria microbiota do trato gastrointestinal, mais especificamente da mucosa do intestino grosso. Porém, também podem colonizar o trato genito-urinário.
  9. É extremamente importante diferenciar entre essas duas espécies quando o paciente apresenta uma infecção por Enterococcus, pois cada uma delas apresenta diferentes mecanismos de virulência e perfil de resistência a certos antibióticos.
  10. Essas espécies de Enterococcus podem naturalmente apresentar resistência a vários tipos de antibióticos, inclusive antibióticos de amplo espectro, como é o caso da vancomicina.
  11. Essas bactérias são consideradas importantes agentes de infecções hospitalares, sendo que a infecção mais frequente é a infecção urinária.
  12. Além das infecções urinárias, complicações como bacteremia, endocardite, meningite, infecções pélvicas e intra-abdominais também podem ocorrer.
  13. O tratamento varia de acordo com o local da infecção e é extremamente importante realizar o teste de sensibilidade para identificar quais antibióticos as espécies isoladas são sensíveis ou resistentes.
  14. No caso de endocardite causada por Enterococcus, o tratamento pode ser feito com uma combinação de penicilina ou ampicilina com um aminoglicosídeo, como a estreptomicina.
  15. Quando não é possível utilizar um aminoglicosídeo, outra alternativa é a utilização de ceftriaxona em combinação com penicilina ou ampicilina.
  16. Em casos mais específicos, em que a bactéria já apresenta resistência à ampicilina ou vancomicina, pode-se utilizar o nimesulida ou o furacilin como opções terapêuticas.

Gente, chego por aqui. Espero que tenham gostado dessa aula sobre espécies de Enterococcus. Lembrem-se de que essas bactérias podem causar infecções graves e são naturalmente resistentes a vários antibióticos, sendo importante realizar o teste de sensibilidade antes de iniciar o tratamento. Até a próxima!

Fonte: Microbiologia Médica – Enterococcus por CS Ciências da Saúde