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Patogenicidade bacteriana na Microbiologia Médica

O pessoal do Facilitando a Medicina está pronto para mais uma aula de microbiologia médica. Hoje vamos falar sobre a patogenicidade das bactérias, ou seja, sua capacidade de causar danos ao nosso organismo e de ingressar em nosso corpo. Para entender isso melhor, precisamos conhecer como funciona a nossa barreira de proteção.

O corpo humano é uma fonte inesgotável de alimento, promovendo calor, temperatura e umidade, o que é muito benéfico para as bactérias. Além disso, a membrana externa desses microrganismos possui certo poder de ativar a defesa do nosso corpo através da ativação de citocinas como a interleucina 6 e o TNF alfa, que vão promover a ativação da inflamação e outras células de defesa frente a esses microrganismos.

Contudo, o nosso corpo possui uma barreira que tenta impedir a entrada de bactérias e outros microrganismos como vírus e fungos. Alguns exemplos dessa barreira são a pele e o muco presente em nossas cavidades, como a boca e o nariz. Algumas bactérias possuem resistência a essa proteção, como as grandes bacilares que são capazes de ser resistentes à enzima chamada lisozima, que é uma enzima de defesa do corpo.

Outra forma de proteção dessas bactérias é através da biotécnica lula, que forma uma película de proteção viscosa de polissacarídeos. É possível encontrar isso nos dentes, por exemplo, como uma forma de proteção dessas bactérias frente aos agentes de defesa do nosso corpo.

As bactérias também possuem a capacidade de produzir toxinas, que são nocivas ao organismo e podem causar danos aos tecidos e levar à morte celular. Algumas bactérias liberam a substância adhesiva zina, que facilita com que essas bactérias possam se aderir a receptores específicos, impedindo sua eliminação pelo próprio corpo. Outras bactérias têm uma forma de defesa chamada biotécnica lula, que forma essa película de proteção.

Para entender melhor as toxinas produzidas pelas bactérias, podemos dividi-las em dois tipos: exotoxinas e endotoxinas. As exotoxinas produzem uma substância capaz de destruir a membrana celular, como é o caso da apostil-debase que é capaz de desmembrar a conformação dos fosfolipídios na membrana celular, permitindo o ingresso de bactérias nessa célula. Já as endotoxinas são capazes de ativar as próprias células T por meio das moléculas de MHC classe 2 e são tão potentes que são capazes de matar essas células T, além de outras células de defesa presentes no corpo.

Além disso, as toxinas podem funcionar com padrões moleculares associados a patógenos e podem estar ligadas a receptores específicos que são capazes de ativar a atuação das citocinas, como a IL-6 e o TNF alfa. O lipídio A presente no lipopolissacarídeo de algumas bactérias é potente e pode se ligar a macrófagos, sendo importante na fase aguda da inflamação.

Como já vimos, as bactérias possuem diversas estratégias para invadir nosso corpo e causar danos. É importante estarmos atentos e tomar medidas preventivas para evitar a proliferação desses microrganismos em nosso corpo.

Fonte: PATOGENICIDADE BACTERIANA – MICROBIOLOGIA MÉDICA 2 por Facilitando a Medicina