Pular para o conteúdo

Veronio

Como o Veronio funciona?


O brometo de vecurônio é um relaxante neuromuscular não
despolarizante, atuando no bloqueio do processo de transmissão
entre a terminação nervosa e a musculatura estriada, ocasionando o
relaxamento da musculatura esquelética.

O início de ação do Veronio é rápido, a anestesia intravenosa
tem início de ação em 90 a 120 segundos, após sua administração
para relaxamento da musculatura para intubação endotraqueal e após
administração de 3 a 4 minutos ocorre à paralisia generalizada,
adequada para qualquer tipo de cirurgia.

Contraindicação do Veronio

O produto é contraindicado em pacientes com história decorrida
anteriormente e reações anafiláticas devido ao vecurônio ou ao íon
brometo. Também é contraindicado em pacientes com
hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para o uso em
pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula do
Veronio.

Este medicamento é contra-indicado para menores de 7
semanas.

Como usar o Veronio

Devido ao fato deste produto ser de uso restrito a hospitais ou
ambulatórios especializados, de emprego específico e ser manipulado
apenas por pessoal treinado, o item  ‘Como devo usar este
medicamento’ não consta nesta bula, uma vez que estas
informações serão fornecidas pelo médico conforme necessidade
do paciente.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Veronio?


Devido ao fato deste produto ser de uso restrito a hospitais ou
ambulatórios especializados, de emprego específico e ser manipulado
apenas por pessoal treinado, este item não consta nesta bula, uma
vez que o controle é feito pelo hospital ou ambulatório
especializado.

Em caso de dúvidas, procure orientação do seu
farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Veronio

É necessário que a ventilação mecânica seja mantida até que a
respiração espontânea seja recuperada, pois o produto causa
paralisia da musculatura respiratória. Em geral, têm sido relatadas
reações anafiláticas (reação alérgica grave) aos bloqueadores
neuromusculares.

Embora raramente tenham sido encontradas com o uso do produto,
deve-se sempre tomar as precauções para o tratamento dessas
reações, caso ocorram.

Dentro das dosagens clínicas o brometo de vecurônio não
apresenta efeitos cardiovasculares, portanto não há atenuação da
bradicardia (diminuição da freqüência cardíaca) causada por alguns
anestésicos e opioides ou devido ao reflexovagal (reações
involuntárias) durante a cirurgia.

Entretanto, a utilização de drogas vagolíticas, como a atropina
na pré-medicação, ou na indução da anestesia, pode ser importante
em procedimentos cirúrgicos, nos quais as reações vagais têm maior
possibilidade de ocorrer (por exemplo: cirurgias em que são usados
anestésicos de conhecido efeito vagomimético, cirurgias oftálmicas,
abdominais, ano-retais, etc).

Não há dados suficientes, até o momento, que recomendem o uso do
produto em Unidade de Tratamento Intensivo. Como ocorre com outros
relaxantes neuromusculares, foi relatado bloqueio neuromuscular
prolongado em pacientes gravemente enfermos, em unidades de
cuidados intensivos, após a utilização do produto por períodos
prolongados. É essencial que durante o bloqueio neuromuscular
contínuo, os pacientes recebam analgesia e sedação adequadas e que
a transmissão neuromuscular seja monitorada durante toda a
intervenção cirúrgica.

Além disso, os relaxantes musculares devem ser administrados em
doses cuidadosamente ajustadas, que devem ser suficientes para a
manutenção do bloqueio completo, sob a supervisão de médicos
especializados, familiarizados com as ações dos produtos e com as
técnicas adequadas de controle neuromuscular. O brometo de
vecurônio deve ser administrado somente por médicos especializados
ou sob sua supervisão, familiarizados com o uso e efeito desses
medicamentos, como qualquer agente bloqueador neuromuscular.

As seguintes patologias podem influenciar a
farmacocinética e/ou farmacodinâmica do brometo de
vecurônio:

Doença hepática e/ou das vias biliares:

O produto é excretado principalmente pelas vias biliares. Em
geral, são encontradas apenas moderadas alterações no curso do
bloqueio neuromuscular induzido pelo brometo de vecurônio, em
pacientes acometidos por doença hepática ou das vias biliares. Além
disso, essas alterações são dose-dependentes.

Com uma dose de 0,1 mg de brometo de vecurônio/kg de peso
corpóreo, foram encontrados um leve e estatisticamente
insignificante prolongamento do tempo de início de ação e
diminuição do tempo de duração, quando comparado a pacientes
normais.

Nas doses de 0,15 mg e 0,20 mg de brometo de vecurônio/kg, o
prolongamento do tempo de início de ação foi ainda menos
pronunciado (0,15 mg/kg) ou ausente (0,2 mg/kg) e nenhuma alteração
foi vista na duração de ação no grupo de 0,15 mg/kg, enquanto que
no grupo de 0,2 mg/kg foram observados aumentos significativos na
duração de ação e no tempo de recuperação.

Insuficiência renal:

Quando administrado o produto em pacientes com insuficiência
renal, foram relatadas apenas mínimas alterações dos parâmetros
farmacodinâmicos. À semelhança de outros bloqueadores
neuromusculares não despolarizantes, pode ocorrer uma diminuição
limitada de resistência à ação do brometo de vecurônio em pacientes
com insuficiência renal.

Quando o produto for administrado em pacientes com insuficiência
renal, pode ocorrer um pequeno aumento no tempo de início de ação e
de recuperação, entretanto, este aumento não é clinicamente
significativo.

Tempo de circulação prolongado:

O tempo de circulação prolongado está associado com doenças
cardiovasculares, idade avançada, estados edematosos, resultando em
um aumento do volume de distribuição, contribuindo desta forma,
para um aumento no tempo de início de ação do bloqueio
neuromuscular.

Doença neuromuscular:

O produto deve ser usado com extrema cautela em caso de doença
neuromuscular ou após poliomielite, uma vez que a resposta a esses
agentes neuromusculares pode ser consideravelmente alterada nesses
pacientes. A magnitude e duração dessa alteração podem variar
amplamente. Nos pacientes com miastenia gravis ou síndrome
miastênica (doença auto-imune) (Eaton Lambert), pequenas doses do
produto podem ter profundos efeitos, portanto, nesses pacientes, o
produto deve ser administrado conforme a resposta.

Hipotermia:

É prolongado o efeito bloqueador neuromuscular do produto, em
cirurgias com hipotermia.

Condições que podem aumentar os efeitos do brometo de
vecurônio:

Hipocalemia (diminuição de potássio no sangue) (por exemplo:
após vômitos intensos, diarréia e terapia diurética),
hipermagnesemia (aumento de magnésio), hipocalcemia (diminuição de
cálcio) (após transfusões maciças), hipoproteinemia (diminuição de
proteína), desidratação, acidose, hipercapnia (aumento de gás
carbônico no sangue arterial) e caquexia (perda de peso, atrofia
muscular, fadiga, fraqueza e perda de apetite).

Distúrbios eletrolíticos graves, pH sanguíneo alterado ou
desidratação devem, portanto, ser sempre corrigidos quando
possível. Como o brometo de pancurônio, d-tubocurarina ou outros
bloqueadores não despolarizantes, o produto pode causar uma redução
no tempo parcial de tromboplastina (enzima que realiza a
transformação da protrombina a trombina) e no tempo de protrombina
( fator de coagulação).

Cirurgia obstétrica:

Estudos com brometo de vecurônio administrado em doses de até
0,1 mg/kg, demonstraram segurança para uso em cesarianas. O
índice de Apgar, o tônus muscular fetal e a adaptação
cardiorrespiratória, não são afetados pelo produto. Das amostras
sanguíneas do cordão umbilical, constatou-se apenas uma pequena
transferência placentária da droga, que não levou a nenhuma
observação clínica de efeitos adversos no recém-nascido.

Interações medicamentosas:

As drogas seguintes demonstraram influenciar a magnitude
e/ou duração dos bloqueadores neuromusculares não
despolarizantes:

Efeito Aumentado:

Anestésicos

Halotano, éter, enflurano, isoflurano, metoxiflurano,
ciclopropano

Altas doses de tiopental, metoexital, cetamina, fentanila,
gamahidroxibutirato, etomidato

Antibióticos

Antibióticos aminoglicosídicos e polipeptídicos,
acilaminopenicilinas, altas doses de metronidazol

Diuréticos, bloqueadores beta-adrenérgicos, tiamina, inibidores
da MAO, quinidina, protamina, bloqueadores alfa-adrenérgicos,
sais de magnésio

  • Outros bloqueadores neuromusculares não despolarizantes;
  •  A prévia administração de succinilcolina.

Efeito Reduzido:

  • Neostigmina, edrofônio, piridostigmina, derivados
    aminopiridínicos;
  • A prévia administração de corticosteróides de forma crônica,
    fenitoína, carbamazepina;
  • Norepinefrina, azatioprina (apenas efeitos limitados e
    passageiros), teofilina, cloreto de cálcio.

Efeito Variável:

  • Relaxantes musculares despolarizantes como succinilcolina,
    administrados após o brometo de vecurônio, podem produzir
    potencialização ou atenuação do efeito bloqueador
    neuromuscular do produto.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Veronio

Reações Anafiláticas:

São descritas reações anafiláticas aos relaxantes
neuromusculares em geral. Apesar de essas serem muito raras com o
uso do produto, sempre devem ser tomadas as precauções para o seu
tratamento, caso elas ocorram. Cuidados especiais devem ser
tomados, particularmente em caso de história anterior de reações
anafiláticas aos bloqueadores neuromusculares, uma vez que foram
relatados casos de reação alérgica cruzada entre bloqueadores
neuromusculares.

Liberação de Histamina e Reações
Histaminóides:

Uma vez que os bloqueadores neuromusculares são conhecidos como
capazes de induzir a liberação de histamina local ou
sistemicamente, a possível ocorrência de prurido e reação
eritematosa no local de injeção e/ou reações histaminóides
(anafilactóides) generalizadas, como broncoespasmo e alterações
cardiovasculares, devem sempre ser consideradas quando se faz uso
dessas medicações. Estudos experimentais com injeção intradérmica
de brometo de vecurônio demonstraram que esse fármaco tem apenas
uma fraca capacidade de induzir liberação de histamina local.

Estudos controlados no homem não demonstraram qualquer aumento
significativo nos níveis de histamina no plasma humano após
administração intravenosa do produto. Até o momento tais casos
foram relatados raramente durante o uso de brometo de vecurônio em
grande escala.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações inadequadas pelo uso do
medicamento.

Informe a empresa sobre o aparecimento de reações
indesejáveis e problemas com este medicamento, entrando em contato
através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).

População Especial do Veronio

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar
máquinas:

Os pacientes não devem utilizar máquinas potencialmente
perigosas, ou dirigir veículos durante as 24 horas após a
recuperação completa da ação bloqueadora neuromuscular do
produto.

Gravidez:

Gravidez – Categoria C.

Não há dados suficientes sobre o uso do produto durante a
gestação animal ou humana que possam assegurar prováveis danos ao
feto. O brometo de vecurônio somente deverá ser usado na gravidez
quando os benefícios forem claramente superiores aos
potenciais riscos fetais.

Em mulheres que estiverem usando sulfato de magnésio paratoxemia
gravídica, a reversão do bloqueio neuromuscular induzido pelo
brometo de vecurônio pode ser insatisfatória, pois os sais de
magnésio potencializam o bloqueio neuromuscular.

Portanto, a dosagem do produto deve ser reduzida e
cuidadosamente ajustada à resposta de contratilidade muscular, em
mulheres que estão recebendo o sulfato de magnésio.

Lactantes:

Não se sabe se esta droga é excretada no leite humano.

Uso pediátrico:

Pacientes pediátricos de 10 a 16 anos tem a mesma necessidade de
dosagem que adultos e podem ser tratados da mesma maneira.
Pacientes de 1 a 10 anos de idade, podem necessitar de doses
iniciais maiores assim como uma manutenção mais frequente que
adultos. Crianças menores de 1 ano porém maiores que 7 semanas são
mais sensíveis a Veronio que adultos. A segurança e eficácia de
Veronio em crianças menores que 7 semanas não foi estabelecida.

Não há dados suficientes sobre infusão contínua de Veronio em
pacientes pediátricos, portanto nenhuma recomendação de dosagem é
recomendada. Neonatos com menos de cinco meses de idade podem ser
mais sensíveis ao vecurônio e recomenda-se uma dose teste inicial
de 10-20mcg /kg, seguida por manutenção de acordo com a resposta. A
duração da ação e recuperação é mais longa em neonatos e lactentes
do que em crianças e adultos e podem necessitar de doses menores de
manutenção administrado com menor frequência.

Pacientes idosos:

Embora estudos adequados com agentes bloqueadores
neuromusculares não tenham sido realizados na população geriátrica,
problemas específicos geriátricos que limitariam a utilização
destas medicações em idosos, não são esperados. Pacientes idosos
possuem maior probabilidade de insuficiência renal relacionado à
idade, podendo diminuir a proporção de depuração de galamina,
metocurarina, pancurônio, succinilcolina ou tubocurarina do corpo,
prolongando desta forma os efeitos neurobloqueadores.

Composição do Veronio

Apresentação:

Pó liofilizado injetável.

Veronio 4 mg:

Cartuchos contendo 10 frascos-ampola + 10 ampolas de
diluente.

Veronio 10 mg:

Cartuchos contendo 10 frascos-ampola.

Composição:

Cada frasco-ampola Veronio 4 mg de pó liofilizado
contém:

Brometo de Vecurônio 4 mg.

Excipientes:

ácido cítrico anidro, fosfato de sódio dibásico anidro, manitol,
ácido fosfórico e hidróxido de sódio.

Cada frasco-ampola Veronio 10 mg de pó liofilizado
contém:

Brometo de Vecurônio 10,0 mg.

Excipientes:

ácido cítrico anidro, fosfato de sódio dibásico anidro, manitol,
ácido fosfórico e hidróxido de sódio.

Cada ampola de diluente contém:

Água para injeção 1 ml.

Superdosagem do Veronio

Devido ao fato deste produto ser de uso restrito a hospitais ou
ambulatórios especializados, de emprego específico e ser manipulado
apenas por pessoal treinado, este hospital ou ambulatório
especializado.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Em caso de intoxicação ligue para 0800
722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como
proceder.

Interação Medicamentosa do Veronio

As drogas seguintes demonstraram influenciar a magnitude
e/ou duração dos bloqueadores neuromusculares não
despolarizantes

Efeito Aumentado

Anestésicos

  • Halotano, éter, enflurano, isoflurano, metoxiflurano,
    ciclopropano;
  • Altas doses de tiopental, metoexital, cetamina, fentanila,
    gamahidroxibutirato, etomidato.

Outros bloqueadores neuromusculares não
despolarizantes

  • A prévia administração de succinilcolina.

Outros medicamentos

Antibióticos

  • Antibióticos aminoglicosídicos e polipeptídicos,
    acilaminopenicilinas, altas doses de metronidazol.

Diuréticos, bloqueadores beta-adrenérgicos

  • Tiamina, inibidores da MAO, quinidina, protamina, bloqueadores
    alfaadrenérgicos, sais de magnésio.

Efeito Reduzido

  • Neostigmina, edrofônio, piridostigmina, derivados
    aminopiridínicos;
  • A prévia administração de corticosteróides de forma crônica,
    fenitoína, carbamazepina;
  • Norepinefrina, azatioprina (apenas efeitos limitados e
    passageiros), teofilina, cloreto de cálcio.

 Efeito Variável

  • Relaxantes musculares despolarizantes como succinilcolina,
    administrados após o Brometo de Vecurônio (substância ativa), podem
    produzir potencialização ou atenuação do efeito bloqueador
    neuromuscular do produto.

Ação da Substância Veronio

Resultados de eficácia

Vecurônio é um bloqueador neuromuscular não despolarizante e de
ação curta, análogo monoquaternário do pancurônio. Estudo mostrou
que vecurônio é 1,2 vezes mais potente que pancurônio.

Características farmacológicas

O Brometo de Vecurônio (substância ativa) é um relaxante
neuromuscular não despolarizante, quimicamente designado como o
aminosteróide brometo de 1-(3alfa, 17beta-diacetoxi-2beta
piperidino-5alfa-androstan-16beta-il) metilpiperidínio.

Mecanismo de Ação

O produto bloqueia o processo de transmissão entre a terminação
nervosa e a musculatura estriada, ligando-se competitivamente com a
acetilcolina aos receptores nicotínicos localizados na região
terminal da placa motora do músculo estriado. Diferente dos
bloqueadores neuromusculares despolarizantes, como a
succinilcolina, o produto não causa fasciculações musculares.

Dentro de 90 a 120 segundos após a administração intravenosa de
uma dose de 0,08 mg a 0,10 mg de Brometo de Vecurônio (substância
ativa) por kg de peso corpóreo (aproximadamente 2 x ED90 sob
anestesia neuroléptica), são obtidas de boas a excelentes condições
de relaxamento para intubação endotraqueal, e após 3 a 4 minutos da
administração desta dose, ocorre paralisia muscular generalizada
adequada para qualquer tipo de cirurgia.

A duração de ação até a recuperação de 25% da contratilidade
muscular padrão (duração clínica) com esta dose, é de 20 a 30
minutos. O tempo de recuperação de 95% da contratilidade muscular
padrão com esta dose, é aproximadamente 40 a 50 minutos.

Com dosagens maiores de Brometo de Vecurônio (substância ativa),
o tempo de início de ação é abreviado e a duração de ação é
prolongada. Nas dosagens de 0,15 mg; 0,20 mg; 0,25 mg; 0,30 mg
de Brometo de Vecurônio (substância ativa) por kg de peso, o
tempo médio de início de ação sob anestesia neuroléptica é de 146,
110, 92 e 77 segundos respectivamente. A duração clínica média de
ação com essas dosagens é de 41, 55, 70 e 86 minutos
respectivamente. Ainda com essas altas dosagens ocorre um aumento
gradual, mas relativamente insignificante, da velocidade de
recuperação do bloqueio neuromuscular.

Com a administração do Brometo de Vecurônio (substância ativa)
por infusão intravenosa contínua, pode ser obtido um estado
estacionário do bloqueio neuromuscular de 90%, com velocidade de
infusão constante e sem um prolongamento clinicamente significativo
do tempo de recuperação do bloqueio neuromuscular ao término da
infusão. O produto não apresenta efeitos cumulativos se as doses de
manutenção forem administradas quando houver 25% de recuperação da
contratilidade muscular. Diversas doses de manutenção podem,
portanto, ser administradas em sequência.

As propriedades citadas fazem com que o produto possa ser usado
tanto em curtos como em longos procedimentos cirúrgicos. Dentro dos
limites de dosagem clínica, o produto não exerce atividade
bloqueadora vagolítica nem ganglionar. A administração de
inibidores da acetilcolinesterase, como a neostigmina,
piridostigmina ou edrofônio, antagoniza a ação do Brometo de
Vecurônio (substância ativa).

Farmacocinética Clínica

Após a administração intravenosa do produto, a meia-vida de
distribuição do vecurônio é de aproximadamente 2,2 (± 1,4) minutos.
O vecurônio distribui-se principalmente no compartimento
extracelular. Em estado estacionário, o volume de distribuição
médio é de 0,27 L/kg em pacientes adultos. A depuração plasmática
do vecurônio é de 5,2 (± 0,7) ml/kg/min e a meia vida de eliminação
plasmática é de 71 (± 20) minutos.

O grau de metabolização do vecurônio é relativamente baixo. Em
humanos, um derivado 3-hidroxi, tendo aproximadamente 50% menos
potência bloqueadora neuromuscular que o vecurônio, pode ser
demonstrado na urina e na bile como metabólito de Brometo de
Vecurônio (substância ativa). Em pacientes que não apresentam
insuficiência renal nem hepática, a concentração plasmática deste
derivado é inferior ao limite de detecção e não contribui para o
bloqueio neuromuscular promovido pelo Brometo de Vecurônio
(substância ativa).

A excreção biliar é a principal via de eliminação . Estima-se
que dentro de 24 horas após a administração intravenosa do produto,
40 a 80% da dose administrada são excretados na bile como compostos
monoquaternários. O vecurônio inalterado representa aproximadamente
95% desses compostos, e o 3-hidroxi vecurônio, 5%.

A eliminação renal é relativamente baixa. O total de compostos
monoquaternários excretados na urina coletada por cateter
intravesical, durante 24 horas após administração de Brometo de
Vecurônio (substância ativa), é de em média 30% da dose
administrada.

Uso em Pediatria

Constatou-se que em neonatos e lactentes, a dose ED90
(aproximadamente 28 µg/kg de peso corporal) encontrada de Brometo
de Vecurônio (substância ativa) sob anestesia com halotano, foi
aproximadamente a mesma que em adultos.
Embora estatisticamente insignificante, a ED90 encontrada em
crianças (aproximadamente 32 µg/kg de peso corporal), foi um pouco
maior que em adultos.

O tempo de início de ação do produto em neonatos e lactentes é
consideravelmente mais curto em comparação a crianças e adultos,
devido, provavelmente, ao menor tempo de circulação e maior débito
cardíaco nos neonatos e lactentes. Uma sensibilidade maior da
junção neuromuscular aos agentes bloqueadores neuromusculares
também pode justificar um início de ação mais rápida nesses
pacientes. A duração de ação e o tempo de recuperação com o produto
são maiores nos neonatos e lactentes que nos adultos. As doses de
manutenção podem, portanto, ser administradas com menor frequência
em neonatos e lactentes. Comparando-se a duração de ação e o tempo
de recuperação entre adultos e crianças, em geral, a duração de
ação é de 30% e o tempo de recuperação é de 30% a 20% menores em
crianças.

Efeitos cumulativos como em adultos, não são observados em
pacientes pediátricos com doses repetidas de manutenção de
aproximadamente ¼ da dose inicial e administradas quando
ocorrer 25% de recuperação da contratilidade muscular padrão. O
tempo de recuperação prolongado do produto em neonatos e lactentes
não é de tal magnitude que seja necessário usar rotineiramente
agentes reversores. Se utilizados, esses agentes reversores são
eficazes para antagonizar o bloqueio neuromuscular, tanto em
neonatos e lactentes, como em crianças e adultos.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Em estudos realizados com animais, com doses elevadas, foi
observada toxicidade relacionada à atividade farmacológica do
Brometo de Vecurônio (substância ativa).

Cuidados de Armazenamento do Veronio

Conservar a embalagem do produto fechada, em temperatura
ambiente controlada, entre 15 e 25ºC, protegida da luz.

Após reconstituição sob condições assépticas, ou diluição, o
Veronio pode ser mantido por 24 horas em temperatura ambiente,
entre 15 e 30ºC e à luz do dia. Entretanto, para evitar
contaminação microbiológica, deve-se desprezar o conteúdo não
utilizado. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de
fabricação, impressa na embalagem.

Não utilize medicamento com prazo de validade
vencido.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use o medicamento com prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, manter ao abrigo da luz em temperatura
ambiente, entre 15-30Cº por 24 horas.

Aspectos físicos:

Pó branco, livre de partículas estranhas e contido em frasco.
Quando reconstituído, produz uma solução límpida, incolor, isentas
de partículas.

Antes de usar, observe o aspecto do
medicamento.

Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se
poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Veronio

MS – 1.0063.0202.

Farmacêutico Responsável:

Rafael Nunes Princesval.
CRF-RJ nº 17295.

Fabricado por:

Gland Pharma Ltd,
Hyderabad – Índia.

Registrado por:

Instituto Biochimico Ind. Farm. Ltda.
Rua Antônio João, n° 218, Cordovil.
Rio de Janeiro – RJ
CEP: 21250-150.
CNPJ: 33.258.401/0001-03.

Venda sob prescrição médica.

Uso restrito a hospitais.

Veronio, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.