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Vepesid

Tumores testiculares refratários

Em combinação com outros medicamentos quimioterápicos aprovados,
em pacientes com tumores testiculares refratários que já receberam
tratamento cirúrgico, quimioterápico e radioterápico apropriados.
Tumores anaplásicos de pequenas células do pulmão Em combinação com
outros medicamentos quimioterápicos aprovados em pacientes com
tumores anaplásicos de pequenas células do pulmão (Evidências
preliminares demonstraram que Vepesid pode ser eficaz também
em outros tipos celulares de carcinoma do pulmão).

Doença de Hodgkin

Linfomas malignos (não Hodgkin)

Especialmente da variedade histiocítica.

Leucemia aguda não-linfocítica.

Como Vepesid funciona?

O efeito predominante de Vepesid parece ser a indução à
ruptura da alça dupla do DNA, destruição do DNA, como resultado de
uma interação com a enzima DNA-topoisomerase II ou a formação de
radicais livres. 

Contraindicação do Vepesid

Vepesid é contraindicado em pacientes que demonstraram
hipersensibilidade (alergia) anterior ao etoposídeo ou a qualquer
outro componente da formulação.

Como usar o Vepesid

Não há estudos dos efeitos de Vepesid cápsulas administrado
por vias não recomendadas (por vias que não sejam por via oral).
Portanto, por segurança e eficácia (melhores resultados) desta
apresentação, a administração deve ser somente pela via oral. O
tempo de duração do seu tratamento deve estar de acordo com a
orientação médica.

O tempo de duração do seu tratamento deve estar de acordo com a
orientação médica.

Instruções para uso, manuseio e descarte

Procedimentos para o manuseio e descarte adequados das drogas
anti-câncer devem ser seguidos. Para minimizar o risco de exposição
dérmica, deve-se sempre utilizar luvas impermeáveis quando manusear
Vepesid cápsulas. Isto se aplica para o manuseio das atividades
clínicas, farmacêuticas, de armazenamento, e cuidados domésticos,
incluindo esvaziamento do frasco e inspeção, transporte dentro de
uma instalação, e preparação da dose e administração.

Para segurança e eficácia desta apresentação, o
Vepesid cápsulas não deve ser administrado por vias não
recomendadas.

A administração deve ser somente pela via oral.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado

Posologia

A dose oral habitual de Vepesid é de 100-200
mg/m2/dia, nos dias 1 a 5, ou 200 mg/m2/dia,
nos dias 1, 3 e 5, a cada 3 a 4 semanas, em combinação com outros
medicamentos aprovados para uso na doença a ser tratada.

A dose de Vepesid cápsulas está baseada na dose intravenosa
recomendada, considerando-se a biodisponibilidade dependente da
dose de Vepesid cápsulas. Uma dose oral de 100 mg seria
comparável a uma dose de 75 mg por via intravenosa; uma dose oral
de 400 mg seria comparável a uma dose de 200 mg por via
intravenosa. A biodisponibilidade também varia de paciente para
paciente após qualquer dose oral. Isto deve ser levado em
consideração ao se prescrever este medicamento. Em vista da
variabilidade intra- paciente significativa, o ajuste de dose pode
ser necessário para atingir o efeito terapêutico desejado.

A dose deverá ser modificada em função dos efeitos
mielodepressores de outras drogas administradas em associação ou
dos efeitos de radioterapia prévia ou quimioterapia, que possam ter
comprometido a reserva da medula óssea. 

Um esquema posológico alternativo de Vepesid cápsulas
consiste em 50 mg/m2 por dia durante 2 a 3 semanas, com
a repetição dos ciclos após um intervalo de uma semana ou mediante
a recuperação da mielodepressão.

Doses diárias superiores a 200 mg devem ser administradas em
doses divididas (duas vezes ao dia).

As cápsulas devem ser ingeridas com o estômago vazio.

Insuficiência renal:

O ajuste de dose é recomendado para pacientes com
clearence de creatinina de 50 ml/min ou menos. Em
pacientes com função renal prejudicada, a seguinte modificação da
dose inicial deve ser considerada, baseada na medida do clearance
de creatinina: 

Medida do Clearance da Creatinina

Dose de Etoposídeo 

gt; 50 mL/min 

100% da dose 

15–50 mL/min

75% da dose 

As doses subsequentes devem ser baseadas na tolerância do
paciente e nos efeitos clínicos. Não há dados disponíveis em
pacientes com clearance de creatinina lt; 15 mL/min, porém
a redução adicional da dose deve ser considerada nesses
pacientes.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Vepesid?

Se você se esqueceu de tomar Vepesid no horário
pré-estabelecido, por favor, procure seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico. 

Precauções do Vepesid

Vepesid deve ser administrado sob a supervisão de médicos
especialistas e experientes no uso de medicamentos quimioterápicos.
Pode ocorrer mielodepressão grave (redução na produção de células
do sangue pela medula óssea, incluindo as células de defesa e as
que controlam o sangramento) resultando em infecção ou
hemorragia.

Mielodepressão fatal foi relatada após administração de
etoposídeo. Os pacientes em tratamento com Vepesid devem ser
observados com relação à mielodepressão cuidadosa e frequentemente
durante e após o tratamento. A toxicidade mais significativa
associada ao tratamento com Vepesid é a depressão da medula
óssea (mielodepressão) limitante à dose. Os seguintes exames
deverão ser realizados no início do tratamento e antes de cada dose
subsequente de Vepesid : contagem de plaquetas, hemoglobina,
contagem de leucócitos (células de defesa) totais e diferencial
(neutrófilos, linfócitos, entre outros). Na ocorrência de uma
contagem de plaquetas menor que 50.000/mm3 ou de uma contagem
absoluta de neutrófilos menor que 500/mm3, é aconselhável
interromper o tratamento até que a contagem sanguínea esteja
suficientemente recuperada.

Os médicos deverão estar atentos à possível ocorrência de reação
anafilática (reação alérgica) que se manifesta por calafrios,
febre, taquicardia, broncoespasmo, dispnéia e hipotensão. O
tratamento é sintomático. A administração de Vepesid deverá
ser interrompida imediatamente, sendo seguida pela administração de
agentes pressores, corticosteróides, anti-histamínicos ou
expansores de volume, a critério médico.

O médico deve avaliar o benefício do medicamento ponderando o
risco de reações adversas. A maioria das reações adversas é
reversível se detectada no início da ocorrência. Se ocorrerem
reações graves, o medicamento deverá ter sua dose reduzida ou
suspensa. O reinício do tratamento com Vepesid deverá ser
efetuado com cautela e considerando-se a necessidade da droga com
atenção à possível recorrência da toxicidade. Pacientes com baixo
nível de albumina sérica (proteína no sangue) podem ter um aumento
do risco de toxicidades associadas ao etoposídeo.

Vepesid pode causar dano no feto quando administrado a
mulheres grávidas. Vepesid demonstrou ser teratogênico
(provoca danos ao feto) em camundongos e ratos. Entretanto, não
existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.
Se a droga for usada durante a gravidez ou se a paciente
engravidar durante o tratamento, ela deverá estar ciente do
risco potencial sobre o feto. As mulheres com potencial de
engravidar devem ser aconselhadas a não fazê-lo. 

Dado o potencial mutagênico de Vepesid, a contracepção efetiva é
requerida para pacientes homens e mulheres durante o tratamento e
até 6 meses depois do término do tratamento. Recomenda-se consulta
genética para pacientes que querem ter filhos após o término do
tratamento. Como Vepesid pode diminuir a fertilidade
masculina, a preservação do esperma pode ser considerada para
paternidade posterior ao tratamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Uso durante a amamentação

Não se sabe se este medicamento é excretado no leite materno; no
entanto, como muitos medicamentos o são e pelo potencial de
Vepesid em provocar graves reações adversas em lactentes,
deve-se optar por interromper a amamentação ou o medicamento,
levando-se em conta a importância do medicamento para a mãe.

Carcinogênese

Os testes de carcinogenicidade com Vepesid não foram
conduzidos em animais de laboratório. Dado o seu mecanismo de ação,
pode ser considerado um possível carcinógeno em seres humanos. A
ocorrência de leucemia aguda com ou sem fase pré-leucêmica, foi
relatada raramente em pacientes tratados com Vepesid associado
com outros medicamentos antineoplásicos.

Uso em crianças

A segurança e a eficácia em crianças não foram sistematicamente
estudadas.

Uso em idosos

Apesar de terem sido observadas algumas diferenças nos
parâmetros farmacocinéticos em pacientes com 65 anos ou mais, estas
não são consideradas clinicamente significantes.

Vacinações

O uso concomitante de Vepesid com vacinas de vírus vivo
pode potencializar a replicação do vírus da vacina e/ou pode
aumentar a reação adversa do vírus da vacina porque os mecanismos
de defesas normais podem ser suprimidos pelo Vepesid. A vacinação
com vacinas vivas em uma paciente tomando Vepesid pode
resultar em infecções severas. A resposta de anticorpos do paciente
a vacinas pode estar diminuída.

O uso de vacinas vivas deve ser evitado e o aconselhamento
individual deve ser procurado.

Interações medicamento – medicamento

Altas doses de ciclosporina, a uma concentração acima de 2.000
ng/mL administradas juntamente com etoposídeo via oral levaram a um
aumento de 80% na exposição do etoposídeo (ASC), com uma diminuição
de 38% no clearance corpóreo total do etoposídeo quando
comparado ao etoposídeo administrado isoladamente.

O tratamento com cisplatina concomitante é associada a um
reduzido clearance corpóreo total de etoposídeo. A terapia
concomitante com fenitoína está associada com o clearance aumentado
e eficácia reduzida de Vepesid, e outras terapias antiepiléticas
podem estar associadas com o clearance aumentado e eficácia
reduzida do Vepesid.

Efeito do Vepesid em outros
medicamentos

A co-administração de drogas antiepiléticas e Vepesid pode levar
a um decréscimo no controle das crises devido às interações
famacocinéticas entre os medicamentos. A terapia concomitante com
varfarina pode resultar na elevação da razão normalizada
internacional (RNI). É recomendado o monitoramento de perto da
RNI.

Outras interações

Resistência cruzada entre antraciclinas e etoposídeo foram
reportadas em experimentos pré-clínicos. Há um risco aumentado de
doenças fatais sistêmicas de vacinas com o uso concomitante de
vacinas vivas. Vacinas vivas não são recomendadas para pacientes
imunossuprimidos.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Vepesid

Nos parágrafos abaixo, as ocorrências de reações adversas
apresentadas em média percentual, são derivadas de estudos que
utilizaram Vepesid como medicamento único.

Toxicidade hematológica (no sangue)

Mielodepressão fatal foi relatada após ingestão de
etoposídeo.

Mielodepressão é a reação dose-limitante mais frequente, com a
diminuição (medida mais baixa das células do sangue após e em
decorrência da quimioterapia) de granulócitos ocorrendo entre 7 a
14 dias e a diminuição de plaquetas ocorrendo entre 9 a 16 dias,
após a administração do medicamento. A recuperação da medula óssea
completa-se normalmente por volta do 20º dia e não há informes de
toxicidade cumulativa.

Leucopenia e leucopenia grave (menos de 1.000 leucócitos/mm3)
foram observadas em 60% – 91% e em 7% – 17%, respectivamente, dos
pacientes tratados com Vepesid como agente
único.Trombocitopenia (redução no número de plaquetas no sangue) e
trombocitopenia grave (menos de 50.000 plaquetas/mm3) foram
observadas em 28% – 41% e em 4% – 20%, respectivamente, neste mesmo
grupo de pacientes. A ocorrência de leucemia aguda com ou sem fase
pré-leucêmica foi relatada em pacientes tratados com
Vepesid em combinação com outros medicamentos contra o
câncer.

Toxicidade gastrintestinal

Náuseas (enjôos) e vômitos são as toxicidades gastrintestinais
mais importantes. Foram observadas em 31% – 43% dos pacientes
tratados com Vepesid intravenoso. Náuseas e vômitos podem ser
normalmente controlados com tratamento antiemético (que combate os
vômitos). Anorexia (perda do apetite) foi observada em 10% – 13%
dos pacientes e estomatites (inflamação/infecção dentro da boca) em
1% – 6% dos pacientes que receberam Vepesid por via
intravenosa. Mucosite/esofagite (inflamação da mucosa da boca e do
esôfago), de leve a grave, podem ocorrer. Diarreia foi observada em
1% – 13% destes pacientes.

Alopécia

Alopécia (queda de cabelo) reversível, às vezes progredindo até
a calvície total, foi observada em até 66% dos pacientes.

Reações alérgicas

A ocorrência de reações de tipo anafiláticas (alergia grave) em
pacientes tratados com cápsulas por via oral tem sido muito
rara.

Neuropatia

Foi relatada neuropatia periférica (inflamação nos nervos) em
0,7% dos pacientes.

Outras toxicidades

Os seguintes eventos adversos têm sido raramente
registrados:

Pneumonite intersticial/fibrose pulmonar (inflamação nos pulmões
que pode levar ao aparecimento de cicatrizes nos pulmões
dificultando a respiração), convulsões (ocasionalmente
relacionada a reações alérgicas), toxicidade do sistema nervoso
central (sonolência e fadiga), hepatotoxicidade (toxicidade no
fígado), persistência de sabor, febre, síndrome de Stevens-Johnson
(reação alérgica gravíssima com aparecimento de bolhas pelo corpo),
necrólise epidérmica tóxica (um caso fatal foi relatado), erupções
(feridas), pigmentação (alteração da cor da pele), prurido
(coceira), urticária (coceira com aparecimento de placas
avermelhadas pelo corpo), dermatite semelhante à causada por
radiações, dor abdominal, constipação (prisão de ventre), disfagia
(dificuldade para engolir os alimentos), astenia, indisposição,
cegueira cortical temporária e neurite óptica (inflamação no nervo
óptico). 

Complicações metabólicas

Síndrome da lise tumoral (algumas vezes fatais) foi reportada
após o uso de Vepesid em associação com outros medicamentos
quimioterápicos.

A tabela a seguir mostra os eventos adversos associados
ao uso de Vepesid, agrupados de acordo com a frequência, seguindo
as seguintes categorias:

  • Muito comum: ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento;
  • Comum (frequente): ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento;
  • Incomum (infrequente):ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento;
  • Rara: ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento;
  • Muito rara: ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam
    este medicamento;
  • Não conhecida: Não pode ser estimada pelos dados
    disponíveis.

Classe de sistemas orgânico

Frequência

Eventos adverso

Neoplasias benignas e malignas
(incluindo cistos e pólipos) 

Não conhecida

Leucemia aguda

Desordens do sangue e sistema
linfático* 

Muito comum

Leucopenia, trombocitopenia

Desordens do sistema imune

Rara

Reações do tipo anafiláticas 

Desordens metabólicas e
nutricionais

Não conhecida

Sídrome da lise tumoral 

Desordens do sistema nervoso 

Incomum

Neuropatia periférica

Rara

Convulsões**, neurite óptica, cegueira
cortical temporária, neurotoxicidades (por exemplo sonolência,
fadiga) 

Desordens respiratórias, toráxicas e
mediastinais

Rara

Fibrose pulmonar, pneumonite
intersticial 

Desordens gastrointestinais

Muito comum

Mucosite (incluindo estomatite e
esofagite), diarreia 

Comum

Dor abdominal, constipação, disfagia,
disgeusia 

Desordens hepato-biliares

Rara 

Hepatotoxicidade

Desordens da pele e tecidos
subcutâneos 

Muito comum

Alopécia

Rara

Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise
epidérmica tóxica, dermatite semelhante à causada por radiações,
urticária, erupção cutânea, pigmentação, prurido

Desordens gerais

Rara

Astenia, indisposição extravasamento
reação no local da injeção 

* Mielosupressão fatal foi relatada.
**Convulsão é normalmente associada a reações alérgicas.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à
empresa através do seu serviço de atendimento.

Composição do Vepesid

Cada cápsula de Vepesid 50 mg contém:

50 mg de etoposídeo.

Os ingredientes inativos incluem:

 Ácido cítrico, glicerol, água purificada, macrogol,
gelatina, etilparabeno, propilparabeno, dióxido de titânio e
pigmento de óxido de ferro

Superdosagem do Vepesid

Doses totais de 2,4 g/m2 a 3,5 g/m2
administradas intravenosamente por três dias resultaram em mucosite
grave e mielotoxicidade.

Acidose metabólica e casos de toxicidade hepática grave foram
relatadas em pacientes que receberam doses intravenosas de
etoposídeo mais altas que as recomendadas.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações. 

Interação Medicamentosa do Vepesid

O Etoposídeo (substância ativa) não deve ser fisicamente
misturado com qualquer outro fármaco. A solução deve ser
inspecionada quanto à presença de partículas ou descoloração antes
do uso.

A ciclosporina em altas doses, resultando em concentrações
plasmáticas acima de 2.000 ng/mL, administradas com Etoposídeo
(substância ativa) oral levou a um aumento de 80% na exposição ao
Etoposídeo (substância ativa) (AUC) com uma diminuição de 38% na
depuração corporal total do Etoposídeo (substância ativa) em
comparação ao Etoposídeo (substância ativa) isoladamente.

A terapia concomitante com cisplatina está associada à redução
do clearance corporal total do Etoposídeo (substância
ativa).

A terapia concomitante com fenitoína está associada ao aumento
do clearance do Etoposídeo (substância ativa) e redução da
eficácia, e outras terapias antiepilépticas indutoras de enzimas
podem estar associadas ao aumento do clearance do
Etoposídeo (substância ativa) e redução da eficácia.

A administração concomitante de varfarina e Etoposídeo
(substância ativa) pode resultar no aumento da razão normalizada
internacional (INR). O monitoramento próximo da INR é
recomendado.

A resistência cruzada entre antraciclinas e Etoposídeo
(substância ativa) foi relatada em experimentos pré-clínicos.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Eunades® CS.

Ação da Substância Vepesid

Resultados de Eficácia


O tratamento com Etoposídeo (substância ativa) como fármaco
único em 307 pacientes com câncer de pulmão de pequenas células,
dos quais 51% foram pré-tratados com várias drogas induziu remissão
em 38% dos pacientes, com 6% atingindo remissão completa. Estes
números mostram que Etoposídeo (substância ativa) é um dos agentes
mais ativos no tratamento do câncer de pulmão de pequenas células.
De 250 pacientes com Linfoma não Hodgkin, 86% dos quais eram
prétratados, 36% responderam ao tratamento com Etoposídeo
(substância ativa), sendo que 6% alcançaram taxa de resposta
completa. O tratamento com Etoposídeo (substância ativa) como único
medicamento resultou em taxa de resposta de 76%, com 38% de
remissões completas em pacientes com linfoma não Hodgkin que não
receberam tratamento prévio. Entretanto, em pacientes que receberam
outras linhas de quimioterapia previamente, a taxa de remissão
global é de apenas 29%, com somente 2 remissões completas entre 216
tratados. Estes dados indicam que o Etoposídeo (substância ativa) é
um dos mais ativos entre os agentes utilizados no tratamento de
linfoma não Hodgkin. Mournier et al conduziram um estudo fase 3,
randomizado, paralelo e aberto para comparar o regime de
doxorrubicina, bleomicina, vinblastina e dacarbazina (ABVD) com o
bleomicina, Etoposídeo (substância ativa), doxorrubicina,
ciclofosfamida, vincristina, procarbazina e regime de prednisona
(BEACOPP) em 150 pacientes com Doença de Hodgkin estágios 3 a 4, de
baixo risco com um IPS de 0 a 2. 68 de 77 pacientes completaram o
tratamento com ABVD e 61 de 68 concluíram o regime BEACOPP. Os
resultados indicaram que a taxa de resposta completa (CR) foi de
85% para ABVD e 90% para BEACOPP. O período médio de acompanhamento
foi de 5,5 anos. Foram encontradas 17 recaídas, 14 no braço ABVD
versus 3 no braço BEACOPP. A sobrevida livre de eventos
(EFS) aos 5 anos foi de 62% (50; 71) versus 77% (65; 85),
respectivamente (HR = 0,6 [0,33; 1,06], p = 0,07). A Sobrevida
Livre de Progressão (PFS) aos 5 anos foi 75% (63; 83)
versus 93% (83; 97), HR = 0,3 (0,12; 0,77), p = 0,007.
Taxa de remissão de 36% em 90 pacientes com câncer testicular
seminomatoso e não seminomatoso foi relatada, sendo que todos os
pacientes participantes do estudo foram pré-tratados
intensivamente. Entretanto, a duração média da resposta, de 3
meses, foi relativamente curta. Bamias et al realizaram um estudo
retrospectivo de longo prazo para avaliar a eficácia e segurança de
2 ciclos adjuvante BEP em 142 pacientes com tumores fase 1
testicular não seminomatoso (NSGCT). Os pacientes receberam
bleomicina, Etoposídeo (substância ativa) e cisplatina. Os
resultados demonstraram que a mediana do tempo de seguimento foi de
79 meses e o LVI foi observado em 54% (n = 77) dos pacientes que
tiveram um taxa de recaída de 1,3% (IC de 95%: 0,03-7). Houve
apenas 1 recaída após um acompanhamento médio de 6,5 anos em 1
paciente. Hansen et al realizaram um estudo de 6 anos para avaliar
a eficácia do regime cisplatina/Etoposídeo (substância
ativa)/bleomicina (BEP) em 26 pacientes com neoplasia de células
germinativas avançada ou recorrente após tratamento inicial com
cisplatina/vinblastina/bleomicina (PVB). Os resultados demonstraram
que entre os 26 pacientes, 6 atingiram resposta completa (CR) e 11
resposta parcial (PR). Oito dos 26 pacientes (31%) estavam sem
doença e 7 destes (27%) ainda estavam vivos sem evidência de
doença. Dezessete (17) dos 26 pacientes (65,4%) obtiveram regressão
durante a terapia e 1 paciente que obteve CR morreu por leucemia
não linfocítica aguda. A leucemia mielomonocítica aguda parece ser
a mais sensível ao Etoposídeo (substância ativa) do que outras
formas de leucemias. As taxas de resposta são da ordem de 35%, com
24% de remissões completas, mas, novamente,
provavelmente devido ao pré-tratamento intensivo, o tempo de
duração da remissão foi curto (duração mediana de resposta = 3
meses). Ao todo, 241 pacientes com leucemia não linfocítica aguda
puderam ser avaliados, com a taxa de resposta cumulativa sendo 22%
com 10% de remissão completa. Em um ensaio randomizado
multicêntrico, Zhang X avaliou 228 pacientes com Leucemia mieloide
aguda refratária ou recidivada receberam regime CAG (citarabina,
aclarubicina, G-CSF) de baixa dose com Etoposídeo (substância
ativa) (E-CAG) ou sem Etoposídeo (substância ativa) (CAG). Foi
avaliada a taxa completa de remissão (RC), sobrevida global (OS) e
toxicidade. Os pacientes submetidos a E-CAG apresentaram maior taxa
de RC (71,1% versus CAG 50,9%, p = 0,0002) e a
tolerabilidade pareceu ser equivalente. O Etoposídeo (substância
ativa) também foi associado a boas respostas em associação com
outros quimioterápicos. Estudo de Noda, 2002 mostrou que regime de
quimioterapia contendo Etoposídeo (substância ativa), cisplatina,
epirrubicina ciclofosfamida e cisplatina prolongou a sobrevida
global (HR = 0,69, IC de 95% 0,53-0,90, p = 0,007), a sobrevida
livre de progressão (HR = 0,58, IC de 95% 0,44-0,77, p lt;0,0001) e
taxa de resposta global (RR = 1,26, IC de 95% 1,05- 1,51, p = 0,01)
em pacientes com carcinoma do pulmão pequenas células. Entretanto,
foi observado alto índice de toxicidade hematológica.

Referências

1. H. Schmoll. Review of etoposide
single-agent activity. Cancer Treatment Reviews, 1982 (9, Suppl A):
21-30.
2. Mounier N, Brice P, Bologna S, et al. ABVD (8 cycles) versus
BEACOPP (4 escalated cycles gt; 4 baseline): Final results in stage
III-IVlow-risk Hodgkin lymphoma (IPS 0-2) of the LYSA H34
randomized trial. Ann Oncol 2014;25(8):1622-8.
3. Bamias A, Aravantinos G, Kastriotis I, et al. Report of the
long-term efficacy of two cycles of adjuvant
bleomycin/etoposide/cisplatin in patients with stage I testicular
nonseminomatous germ-cell tumors (NSGCT): A risk adapted protocol
of the Hellenic Cooperative Oncology Group. Urol Oncol
2011;29(2):189-93.
4. Hansen SW, Daugaard G, Rorth M. Treatment of persistent or
relapsing advanced germ cell neoplasms with cisplatin, etoposide
and bleomycin. Eur J Cancer Clin Oncol 1986;22(5):595-9.
5. Zhang X, Li Y, Zhang Y, et al. Etoposide in combination with
low-dose CAG (cytarabine, aclarubicin, GCSF) for the treatment of
relapsed or refractory acute myeloid leukemia: A multicenter,
randomized control trial in southwest China. Leuk Res
2013;37(6):657-64.
6. Noda K et al. Irinotecan plus cisplatin compared with etoposide
plus cisplatin for extensive small-cell lung cancer. N Engl J Med
2002; 346:85-91.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Eunades® CS.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

O Etoposídeo (substância ativa) é um agente antineoplásico,
derivado semi-sintético da podofilotoxina.

Mecanismo de ação

O mecanismo de ação do Etoposídeo (substância ativa) não é
exatamente conhecido; no entanto, este fármaco parece produzir
efeitos citotóxicos que causam alterações do DNA, inibindo assim ou
alterando a síntese do DNA. O Etoposídeo (substância ativa) parece
ser dependente do ciclo celular e da fase cíclica específica,
induzindo a suspensão da fase G2 e destruindo preferencialmente as
células dessa fase e de fases S tardias. Foram observadas duas
respostas dose-dependentes diferentes. As concentrações elevadas
(gt; 10 µg/mL) causam lise das células em início de mitose. As
baixas concentrações (0,3 a 10 µg/mL) inibem o início da prófase
celular. Os danos induzidos ao DNA pelo Etoposídeo (substância
ativa) parecem estar relacionados com a citotoxicidade do fármaco.
O Etoposídeo (substância ativa) parece induzir, indiretamente,
rupturas na fita única do DNA.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

Após a administração intravenosa do Etoposídeo (substância
ativa), os picos das concentrações plasmáticas e as curvas da
concentração plasmática versus tempo (AUC) mostram uma
variação interindividual significativa.

Distribuição

A distribuição do Etoposídeo (substância ativa) nos tecidos e
fluidos corporais não foi completamente caracterizada. A
administração intravenosa do Etoposídeo (substância ativa) leva a
uma rápida distribuição. O volume aparente de distribuição no
estado de equilíbrio é, em média, de 20 a 28% do peso corporal.
Após a administração intravenosa, o Etoposídeo (substância ativa) é
minimamente distribuído no fluido pleural, tendo sido detectado na
saliva, fígado, baço, rins, miométrio, tecido cerebral saudável e
tecido neoplásico cerebral. Os estudos realizados sugerem uma
distribuição mínima na bile. Desconhece-se se o Etoposídeo
(substância ativa) é excretado no leite materno. Os estudos em
animais demonstraram que o Etoposídeo (substância ativa) atravessa
a placenta. O Etoposídeo (substância ativa) tem pequena penetração
no sistema nervoso central (SNC), com concentrações do fármaco no
fluido cerebroespinal oscilando de valores indetectáveis até menos
do que 5% das concentrações plasmáticas. Dados limitados sugerem
que o Etoposídeo (substância ativa) se distribui mais rapidamente
no tecido neoplásico cerebral do que no tecido cerebral saudável.
As concentrações de Etoposídeo (substância ativa) se mostram mais
elevadas no tecido pulmonar saudável do que em metástases
pulmonares, mas aquelas detectadas nos tumores primários do
miométrio foram semelhantes às encontradas no tecido saudável do
miométrio. In vitro, a ligação do Etoposídeo (substância
ativa) às proteínas séricas é cerca de 94%, numa concentração de 10
µg/mL.

Metabolismo

Estudos in vitro sugerem que a ativação metabólica do
Etoposídeo (substância ativa) por oxidação para o derivado
orto-quinona pode desempenhar um papel essencial na sua atividade
contra o DNA. Aproximadamente, 66% do Etoposídeo (substância ativa)
é metabolizado.

Eliminação

Após a administração intravenosa, foi reportado um decréscimo
bifásico das concentrações plasmáticas do Etoposídeo (substância
ativa); contudo, alguns dados indicam que o fármaco pode apresentar
uma eliminação trifásica com prolongamento da fase terminal. Em
adultos com funções renal e hepática normais, a meia-vida média do
fármaco é de 0,6 a 2 horas na fase inicial e de 5,3 a 10,8 horas na
fase terminal. Em crianças com funções renal e hepática normais, a
meia-vida média é de 0,6 a 1,4 horas na fase inicial e de 3 a 5,8
horas na fase terminal. Após 72 horas, 44% da dose administrada foi
excretada na urina, 29% como fármaco inalterado e 15% como
metabólito. A eliminação nas fezes varia entre menos de 2% a 16%,
num período de 72 horas. O clearance plasmático total do
Etoposídeo (substância ativa) foi relatado como variando de 19-28
mL/minuto/m2 nos adultos e 18-39 mL/minuto/m2
em crianças com funções renal e hepática normais. O
clearance renal representa aproximadamente 30-40% do
clearance plasmático total. Pode ser necessário um ajuste
posológico em pacientes com disfunção renal ou hepática.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

A DL50 intravenosa do Etoposídeo (substância ativa) foi de 220,
82 e 49 mg/kg em camundongos, ratos e coelhos, respectivamente. Em
cães, a dose máxima não letal foi lt; 20 mg/kg. Os principais alvos
após uma dose única foram o sistema hemolinfopoiético, o trato
gastrintestinal e os testículos. Sinais leves de toxicidades
hepática e renal foram observados em cães.

Os efeitos tóxicos após administrações parenterais repetidas de
Etoposídeo (substância ativa) foram investigados em ratos e cães.
Os principais alvos nessas espécies foram o sistema
hemolinfopoiético, o trato gastrintestinal, a bexiga urinária e os
órgãos reprodutivos masculinos. Ao contrário do que se observa na
toxicidade subaguda, nenhum efeito grave no trato gastrintestinal
foi observado após uso crônico de doses. A maioria das alterações
regrediu durante o período de recuperação, com exceção daquelas
detectadas no trato geniturinário.

O Etoposídeo (substância ativa) foi genotóxico em testes
realizados in vitro e in vivo e tóxico aos órgãos
reprodutivos masculinos. Apesar disso, a fertilidade não foi
reduzida em ratos e Etoposídeo (substância ativa) não modificou os
parâmetros gestacionais em ratas e coelhas, mesmo em doses que se
provaram consideravelmente tóxicas para mães e fetos em ambas
espécies e causaram malformações e anormalidades em ratos. Nenhuma
toxicidade de longo prazo foi observada na geração F1 e a geração
F2 não pareceu ser afetada pelo tratamento. Não existem dados
disponíveis de estudos em animais sobre a carcinogenicidade do
fármaco, mas Etoposídeo (substância ativa), como outros fármacos
citotóxicos, deve ser considerado potencialmente carcinogênico. O
fármaco foi considerado destituído de qualquer potencial
antigênico. Estudos específicos em camundongos e ratos indicam que
a administração de Etoposídeo (substância ativa) em qualquer
cavidade corporal revestida por membrana serosa deve ser
evitada.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Eunades® CS.

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Vepesid apresenta-se como cápsulas de gelatina mole,
oblongas, rosadas e opacas.

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ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
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