Pular para o conteúdo

Vacina Adsorvida Hepatite B (Recombinante)

Como o Vacina Adsorvida Hepatite B (Recombinante)
funciona?


A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) é constituída de
partículas não infecciosas de antígeno de superfície da Hepatite B
(HBsAg) altamente purificadas, produzida por DNA recombinante em
células de levedura (Saccharomyces cerevisiae), adsorvidas
em sais de alumínio como adjuvante e contém timerosal como
conservante. A vacina age estimulando o organismo a produzir sua
própria proteção (anticorpos) contra este micro organismo.

A hepatite B é uma doença causada pelo vírus da hepatite B para
a qual não existe tratamento eficaz e que pode, a longo prazo,
determinar graves consequências, como o desenvolvimento de cirrose
(doença do fígado que altera a função de suas células) e carcinoma
(tumor) no fígado.

Contraindicação do Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

Hipersensibilidade a qualquer componente da vacina, inclusive ao
timerosal.

Não há contraindicação relativa à faixa-etária para utilização
desta vacina.

Como usar o Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

A dose pediátrica (recém-nascidos, lactentes e crianças de até
15 anos de idade) é de 0,5mL e contém 10 mcg de HBsAg.

A dose adulta (a partir de 16 anos de idade) é de 1,0mL e contém
20mcg de HBsAg.

O esquema de imunização consiste na administração de
três doses da vacina: da seguinte forma:

1ª dose

a data de escolha

2ª dose

1 mês após a primeira dose

3ª dose

6 meses após a primeira dose

Um esquema alternativo de 0, 1 e 2 meses e dose de reforço após
12 meses pode ser usado em algumas populações (isto é,
recém-nascidos de mães HBsAg positivas, indivíduos expostos ao
vírus ou que podem ter sido expostos, ou indivíduos que viajam para
áreas de alto risco).

Dose(s) adicional(is) da vacina pode(m) ser necessária(s) em
pacientes imunocomprometidos ou submetidos à hemodiálise, pois os
títulos de anticorpos protetores (gt; 10UI/L) pode não ter sido
alcançado após a série primária de imunização.

Em caso de exposição conhecida ou presumida ao vírus hepatite B
(ou seja, em recém-nascidos de mães infectadas, outras experiências
percutâneas ou exposição permucosa), a primeira dose da vacina
adsorvida hepatite B (recombinante) pode ser administrada com uma
dose apropriada de imunoglobulina.

Recomenda-se a administração de uma série primária com 3 doses
de vacina ou de acordo com os calendários vacinais vigentes. Caso
uma das doses não seja aplicada, a indução de resposta protetora
adequada e de longa duração pode não ser satisfatoriamente
alcançada.

Agite o frasco-ampola com a vacina antes do uso, uma vez que
pode haver a formação de depósito branco fino com sobrenadante
incolor e límpido durante o armazenamento.

A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) deve ser
administrada apenas por via intramuscular.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Vacina
Adsorvida Hepatite B (Recombinante)?


Por favor, informe seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

Algumas doenças podem afetar a utilização da vacina adsorvida
hepatite B (recombinante). Avise ao seu médico se você ou sua
criança estiverem com alguma doença aguda ou com febre elevada,
pois os sintomas da doença podem ser confundidos com possíveis
eventos adversos da vacina.

Doenças menos graves, como resfriado comum que frequentemente
ocorrem em crianças, não contraindicam a aplicação da vacina.

Em pacientes portadores de esclerose múltipla (doença crônica
que afeta o cérebro), qualquer estímulo do sistema imunológico
(sistema de defesa) pode induzir aumento dos sintomas. Portanto,
nesses casos, os benefícios da vacinação contra hepatite B devem
ser avaliados em relação aos riscos de exacerbação da esclerose
múltipla.

Em recém-nascidos prematuros (lt;2.000 gramas), é aconselhável
verificar os títulos de anticorpos um mês após a terceira dose para
avaliar a necessidade de uma dose de reforço.

Assim como ocorre com todas as vacinas injetáveis, deve estar
sempre disponível tratamento médico adequado e rápido para os casos
de reações anafiláticas raras após a administração da vacina.

A vacina não deve ser administrada por via intravenosa, ou na
região glútea.

Reações Adversas do Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

Como todo medicamento, a vacina adsorvida hepatite B
(recombinante) também pode causar algumas reações adversas.

Os seguintes eventos adversos foram relatados em estudos
clínicos controlados:

Reação muito comum (ocorre e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Dor no local de aplicação.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Inflamação, endurecimento, edema (inchaço), febre,
    sensibilidade;
  • Hematoma (mancha roxa);
  • Dor abdominal, diarreia, vômito, falta de apetite;
  • Nervosismo, insônia, irritabilidade;
  • Choro anormal, sonolência;
  • Manchas vermelhas na pele.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Icterícia (síndrome caracterizada pela coloração amarelada de
    pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo)
    neonatal;
  • Monilíase (infecção de pele e mucosas causada por fungo);
  • Rinite (irritação e inflamação crônica ou aguda da mucosa
    nasal);
  • Manchas acompanhadas de pequenas elevações avermelhadas na pele
    (exantema maculopapular), alterações na pigmentação cutânea
    (pitiríase rósea).

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Dor de cabeça, tontura;
  • Náusea;
  • Dor muscular, inflamação das articulações;
  • Mal-estar, fadiga;
  • Aumento temporário das transaminases.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes, incluindo relatos isolados, que utilizam este
medicamento)

  • Inflamação do nervo óptico, perda dos movimentos da face,
    Síndrome de Guillain-Barré (doença neurológica que cursa com perda
    de movimentos), agravamento da esclerose disseminada;
  • Diminuição de neutrófilos (células de defesa do
    organismo).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também a empresa através do serviço de
atendimento.

População Especial do Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

Uso na gravidez e lactação

O efeito do HBsAg sobre o desenvolvimento fetal ainda não foi
avaliado. No entanto, assim como ocorre com todas as vacinas virais
inativadas, os riscos para o feto são considerados
desprezíveis.

A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) só deve ser usada
durante a gravidez se for claramente necessária, avaliando os
riscos e benefícios.

Esta vacina não deve ser utilizada em mulheres grávidas
sem orientação médica.

O efeito da administração da vacina adsorvida hepatite B
(recombinante) em mulheres que estão amamentando ainda não foi
avaliado em estudos clínicos. Não foram estabelecidas
contraindicações nessas condições.

Composição do Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

Apresentação

Suspensão injetável

Cartucho contendo 50 frascos-ampola com 10 mL cada (10 doses de
1,0 mL ou 20 doses de 0,5 mL).

Via intramuscular.

Uso adulto e pediátrico.

Composiçáo

Para a dose de 0,5mL (Pediátrico)

Antígeno de superfície da hepatite B
purificado

10mcg

Gel de hidróxido de alumínio (como
alumínio)

0,25mg

Timerosal

0,01% p/v

Fosfato de potássio monobásico

q.s.

Fosfato de sódio dibásico

q.s.

Cloreto de sódio

4,25mg

Água para injetaveis

0,5mL

Para a dose de 1,0mL (Adulto)

Antígeno de superfície da hepatite B
purificado

20mcg

Gel de hidróxido de alumínio (como
alumínio)

0,5mg

Timerosal

0,01% p/v

Fosfato de potássio monobásico

q.s.

Fosfato de sódio dibásico

q.s.

Cloreto de sódio

8,5mg

Água para injetaveis

1,0mL

Superdosagem do Vacina Adsorvida Hepatite B (Recombinante)

Não há estudos específicos sobre este assunto.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

De um modo geral, a vacina adsorvida hepatite B (recombinante)
pode ser administrada simultaneamente às vacinas BCG, DTP, SCR e
poliomielite, desde que em diferentes locais de aplicação.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia do Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

Não há relatos até o momento.

Ação da Substância Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

Resultados da eficácia

Eficácia clínica

A eficácia da Antígeno de Superfície da Hepatite B Recombinante
não foi avaliada através de estudos clínicos. A eficácia da vacina
foi inferida através da demonstração de indução de respostas de
anticorpos bactericidas séricos contra cada um dos antígenos da
vacina.

Imunogenicidade

As respostas de anticorpos bactericidas séricos para cada um dos
antígenos NadA, fHbp, NHBA e PorA P1.4 da vacina, foram avaliadas
utilizando-se um conjunto de quatro cepas meningocócicas de
referência do grupo B. Os anticorpos bactericidas contra estas
cepas foram medidos pelo Ensaio Bactericida Sérico, utilizando soro
humano como fonte de complemento (hSBA). Não estão disponíveis
dados de todos os esquemas de vacinação utilizando a cepa de
referência para NHBA.

A maioria dos estudos de imunogenicidade primária foi realizada
como estudos clínicos randomizados, controlados e multicêntricos. A
imunogenicidade foi avaliada em lactentes, crianças, adolescentes e
adultos.

Imunogenicidade em lactentes e crianças

Nos estudos com lactentes, os participantes receberam três doses
da Antígeno de Superfície da Hepatite B Recombinante aos 2, 4 e 6
ou aos 2, 3 e 4 meses de idade, e uma dose de reforço, no segundo
ano de vida, logo a partir dos 12 meses de idade. Os
soros foram obtidos tanto antes da vacinação quanto um mês
após a terceira dose da vacinação (vide Tabela 1) e um mês após a
vacinação de reforço (vide Tabela 2). Em um estudo de extensão, a
persistência da resposta imune foi avaliada um ano após a dose de
reforço (vide Tabela 2). Crianças não vacinadas anteriormente
também receberam duas doses no segundo ano de vida, com a
persistência de anticorpos sendo medida um ano após a segunda dose
(vide Tabela 3). A imunogenicidade após duas doses também foi
documentada em outro estudo em lactentes a partir de 6 a 8 meses de
idade na fase de recrutamento do estudo (vide Tabela 3).

Imunogenicidade em lactentes de 2 a 6 meses de
idade

Os resultados de imunogenicidade obtidos um mês após a
administração de três doses da Antígeno de Superfície da Hepatite B
Recombinante aos 2, 3, 4 e 2, 4 e 6 meses de idade estão resumidos
na Tabela 1. As respostas de anticorpos bactericidas contra cepas
meningocócicas de referência, um mês após a terceira dose da
vacinação, foram altas contra os antígenos fHbp, NadA e PorA P1.4
em ambos os esquemas de vacinação com a Antígeno de Superfície da
Hepatite B Recombinante. As respostas bactericidas contra o
antígeno NHBA também foram elevadas em lactentes vacinados no
esquema 2, 4 e 6 meses, mas este antígeno pareceu ser menos
imunogênico no esquema 2, 3 e 4 meses . As consequências clínicas
da redução da imunogenicidade do antígeno NHBA neste esquema de
vacinação não são conhecidas.

Tabela 1. Respostas de anticorpos bactericidas séricos
obtidas um mês após a terceira dose da Antígeno de Superfície da
Hepatite B Recombinante, administrada aos 2, 3, 4 ou 2, 4 e 6 meses
de idade

* % soropositivo = porcentagem de lactentes que atingiram um
hSBA ≥ 1:5.
** GMT = títulos geométricos médios.

Os dados sobre a persistência de anticorpos bactericidas aos 8
meses após a administração da Antígeno de Superfície da Hepatite B
Recombinante aos 2, 3 e 4 meses de idade, e aos 6 meses após a
administração da Antígeno de Superfície da Hepatite B Recombinante
aos 2, 4 e 6 meses de idade (período pré-dose de reforço), bem como
os dados relacionados à dose de reforço após a administração da
quarta dose da Antígeno de Superfície da Hepatite B Recombinante
aos 12 meses de idade, estão resumidos na Tabela 2. A persistência
da resposta imune um ano após a dose de reforço também é
apresentada na Tabela 2.

Tabela 2. Respostas de anticorpos bactericidas séricos
seguidas de uma dose de reforço aos 12 meses após a administração
de um esquema primário de vacinação aos 2, 3 e 4 ou 2, 4 e 6 meses
de idade, e persistência de anticorpos bactericidas um ano após a
dose de reforço

* O período pré-dose de reforço representa a persistência de
anticorpos bactericidas aos 8 meses após a administração da
Antígeno de Superfície da Hepatite B Recombinante aos 2, 3 e 4
meses de idade, e aos 6 meses após a administração da Antígeno de
Superfície da Hepatite B Recombinante aos 2, 4 e 6 meses da
idade.
** % soropositivo = porcentagem de lactentes que atingiram um hSBA
≥ 1:5.
*** GMT = títulos geométricos médios.

Imunogenicidade em crianças de 6 a 11 meses, 12 a 23
meses e 2 a 10 anos de idade

A imunogenicidade após a administração de duas doses, com
intervalo de dois meses, em crianças de 6 a 26 meses de idade foi
documentada em três estudos cujos resultados estão resumidos na
Tabela 3. Contra cada um dos antígenos vacinais, as porcentagens de
sororesposta e hSBA GMTs foram altas e semelhantes após o esquema
de duas doses em lactentes de 6-8 meses de idade e crianças de
13-15 e 24-26 meses de idade. Os dados sobre a persistência de
anticorpo um ano após as duas doses aos 13 e 15 meses de idade
também estão resumidos na Tabela 3.

Tabela 3. Respostas de anticorpos bactericidas séricos
após a administração da Antígeno de Superfície da Hepatite B
Recombinante aos 6 e 8 meses de idade, aos 13 e 15 meses de idade,
ou aos 24 e 26 meses de idade, e persistência de anticorpos
bactericidas um ano após as duas doses aos 13 e 15 meses de
idade

* % soropositivo = porcentagem de indivíduos que atingiram um
hSBA ≥ 1:4 (na faixa etária de 6 a 11 meses) e hSBA ≥ 1:5 (nas
faixas etárias de 12 a 23 meses e de 2 a 10 anos de idade).
** GMT = títulos geométricos médios.

Em um grupo adicional de 67 crianças avaliadas após a
administração de duas doses da Antígeno de Superfície da Hepatite B
Recombinante, tendo início a partir dos 40 até os 44 meses de
idade, em dois estudos de extensão (N = 36 e N = 29-31,
respectivamente), foi observado um aumento nos títulos de hSBA para
os quatro antígenos de referência. As porcentagens de
indivíduos soropositivos foram de 100% para fHbp e NadA, 94% e 90%
para PorA P1.4; 89% e 72% para NHBA.

Imunogenicidade em adolescentes (a partir de 11 anos de
idade) e adultos

Os adolescentes receberam duas doses da Antígeno de Superfície
da Hepatite B Recombinante, com intervalos de um, dois ou seis
meses entre as doses; estes dados estão resumidos nas Tabelas 4 e
5. Em estudos com adultos, os dados também foram obtidos após a
administração de duas doses da Antígeno de Superfície da Hepatite B
Recombinante, com um intervalo de um mês ou dois meses entre as
doses (vide Tabela 4).

Os esquemas de vacinação de duas doses administradas com um
intervalo de um ou dois meses mostraram respostas imunológicas
semelhantes em adultos e adolescentes. Respostas semelhantes foram
também observadas em adolescentes que receberam duas doses da
Antígeno de Superfície da Hepatite B Recombinante com um intervalo
de seis meses.

Tabela 4. Respostas de anticorpos bactericidas séricos
em adolescentes ou adultos, um mês após a administração de duas
doses da Antígeno de Superfície da Hepatite B Recombinante,
aplicada de acordo com os diferentes esquemas de duas doses, e
persistência de anticorpos bactericidas 18 a 23 meses após a
segunda dose

* % soropositivo = porcentagem de indivíduos que atingiram um
hSBA ≥ 1:4.
** GMT = títulos geométricos médios.

No estudo com adolescentes, as respostas bactericidas após duas
doses da Antígeno de Superfície da Hepatite B Recombinante foram
estratificadas por um hSBA basal menor que 1:4, igual a 1:4 ou
superior a 1:4. As porcentagens de sororesposta e porcentagens de
indivíduos com, pelo menos, um aumento de 4 vezes no título basal
de hSBA, um mês após a administração da segunda dose da Antígeno de
Superfície da Hepatite B Recombinante, estão resumidas na Tabela 5.
Após a vacinação com a Antígeno de Superfície da Hepatite B
Recombinante, uma alta porcentagem de indivíduos foi soropositiva e
teve um aumento de 4 vezes nos títulos de hSBA, independente do
estado pré-vacinação.

Tabela 5. Porcentagem de adolescentes com sororesposta e
com um aumento de pelo menos 4 vezes nos títulos bactericidas um
mês após a administração de duas doses da Antígeno de Superfície da
Hepatite B Recombinante, aplicada de acordo com diferentes esquemas
de duas doses – estratificada pelos títulos
pré-vacinação

* % soropositivo = porcentagem de indivíduos que atingiram um
hSBA ≥ 1:4.

Características Farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

  • – Grupo farmacoterapêutico:

    vacinas meningocócicas

  • – Código ATC:

    J07AH09.

Propriedades farmacocinéticas

A avaliação das propriedades farmacocinéticas não é necessária
para as vacinas; portanto, nenhum estudo farmacocinético foi
conduzido com a vacina.

Dados Epidemiológicos

A doença meningocócica invasiva (DMI) é uma importante causa de
meningite e sepse, que pode conduzir à mortalidade (até 20% dos
casos de DMI), ou sequelas permanentes (11-20% dos sobreviventes).
A incidência de DMI de todos os sorogrupos atualmente no Brasil é
de aproximadamente 2,0 por 100.000 habitantes, embora taxas de
incidência um pouco maiores sejam relatadas em áreas urbanas. A
maior incidência de DMI ocorre em lactentes com menos de 1 ano de
idade (17 por 100.000 habitantes), seguida por crianças de 1 a 4
anos de idade (7 por 100.000 habitantes). A incidência diminui
ainda mais com o aumento da idade. Maiores taxas de incidência
foram observadas durante as epidemias de DMI.

Há 13 cápsulas distintas de polissacarídeos, mas no Brasil
somente os sorogrupos B, C, W-135 e Y causam DMI. Não foram
observadas doenças causadas pelo sorogrupo A no Brasil em várias
décadas. De acordo com a rede de vigilância de laboratórios
sentinelas SIREVA II, 26% das DMI no Brasil em 2009 foram causadas
pelo grupo B. A distribuição dos grupos causadores da DMI varia
conforme a região, sendo o grupo B ainda o mais prevalente dos
sorogrupos causadores de doença nos estados do Sul do Brasil.

Com base no Multi Locus Sequence Typing (MLST), o
meningococo do grupo B demonstra significativa diversidade. Além de
causar doença endêmica, o grupo B tem causado surtos prolongados
devido às cepas hipervirulentas, incluindo a ST-32 (França, Oregon
(EUA)) e ST-41/44 (Noruega, Nova Zelândia). O Brasil testemunhou
prolongadas epidemias de DMI pelo grupo B em meados dos anos 1980
até 2002. Estudos obtidos dos isolados de DMI durante estes surtos
relataram que a maioria das cepas do grupo B pertencia ao complexo
ST-32.

Atualmente, não existem estudos mais recentes sobre a
distribuição de complexo circulante/soro(sub)tipos a nível
nacional.

Mecanismos de ação

A imunização com a Antígeno de Superfície da Hepatite B
Recombinante tem o objetivo de estimular a produção de anticorpos
bactericidas que reconhecem os antígenos NHBA, NadA, fHbp e PorA
P1.4 (o antígeno imunodominante presente no componente OMV) da
vacina e com os quais se espera um efeito protetor contra a doença
meningocócica invasiva (DMI). Como esses antígenos são expressos de
forma variável por diferentes cepas, os meningococos que os
expressam a níveis suficientes são passíveis de eliminação pelos
anticorpos induzidos pela vacina. O Sistema de Tipagem de Antígenos
Meningocócicos – Meningococcal Antigen Typing System (MATS), foi
desenvolvido para relacionar os perfis antigênicos de diferentes
cepas de bactérias meningocócicas do grupo B com a capacidade de
eliminação das cepas através do Ensaio de Anticorpos Bactericidas
Séricos, utilizando soro humano como fonte de complemento (hSBA) e,
desta maneira, estimar a amplitude de cobertura das cepas. Com base
na análise pelo MATS dos isolados meningocócicos invasivos do grupo
B coletados em 2010, a estimativa de cobertura das cepas pela
Antígeno de Superfície da Hepatite B Recombinante no Brasil é de
81% (intervalo de confiança a 95%: 71% – 95%).

Os antígenos presentes na Antígeno de Superfície da Hepatite B
Recombinante foram também expressos por cepas pertencentes a outros
grupos meningocócicos além do grupo B. Dados limitados indicam
proteção contra algumas cepas além das pertencentes ao grupo B; no
entanto, a extensão desta proteção adicional ainda não está
totalmente determinada.

Dados de segurança não clínicos

Os dados não clínicos não revelam nenhum risco para humanos com
base nos estudos de toxicidade de dose repetida e nos estudos de
toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento.

Cuidados de Armazenamento do Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) deve ser armazenada
e transportada entre +2°C e +8°C. Não deve ser armazenada no
congelador ou ‘freezer’; o congelamento é estritamente
contraindicado.

Prazo de validade

Desde que mantida sob refrigeração entre +2°C e +8°C, o prazo de
validade da vacina adsorvida.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Após aberto, este medicamento pode ser utilizado em até 10 dias,
desde que mantidas as condições assépticas e a temperatura entre
+2ºC e +8ºC.

Características físicas

Esta vacina é uma suspensão injetável branca levemente
opaca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Vacina Adsorvida Hepatite B
(Recombinante)

Número de Registro MS: 1.2234.0047

Farmacêutica Responsável:

Dra. Alina Souza Gandufe
CRF-SP nº 39.825

Fabricado por:

LG Chem, Ltd.
Jeollabuk-do, Coréia do Sul

Registrado, Importado e Distribuído por:

Instituto Butantan
Av. Dr. Vital Brasil, 1500, Butantã
CEP: 05503-900 São Paulo – SP
CNPJ: 61.821.344/0001-56
Indústria Brasileira

Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC):

0800 701 2850
sac@butantan.gov.br

Uso sob prescrição médica.

Proibida venda ao comércio.

Vacina-Adsorvida-Hepatite-B-Recombinante, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.