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Tensuril

O tratamento com agentes anti-hipertensivos orais somente deve
ser instituído após a estabilização da pressão arterial.

O uso de Tensuril por mais de 10 dias não é recomendado.

O Tensuril injetável não é eficaz contra a hipertensão devida ao
feocromocitoma.

Como Tensuril funciona?

O diazóxido é um benzotiadiazínico não-diurético, que reduz
rapidamente a pressão arterial no homem, por relaxamento da
musculatura lisa da arteríola periférica.

O débito cardíaco é aumentado e a pressão arterial é
diminuída.

Contraindicação do Tensuril

O Tensuril não deve ser usado no tratamento da hipertensão
compensatória, tal como aquela associada com a coarctação da aorta
ou fístulas arteriovenosas.

Também não deve ser usado por pacientes que apresentem
hipersensibilidade ao diazóxido, outras tiazidas, outros fármacos
derivados sulfonamídicos ou a qualquer um dos componentes da
fórmula.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Como usar o Tensuril

O Tensuril foi inicialmente recomendado para ser administrado em
bolus de 300 mg.

Os estudos recentes demonstraram que a administração em
minibolus, isto é, doses de 1 a 3 mg/kg, repetidas em intervalos de
5 a 15 minutos são igualmente eficazes na redução da pressão
arterial.

A administração em minibolus geralmente provoca uma redução mais
gradual na pressão arterial e, dessa forma, espera-se que reduza os
riscos circulatórios e neurológicos associados com a hipotensão
aguda.

O Tensuril é administrado sem diluição, rapidamente, por via
intravenosa, na concentração de 1 a 3 mg/kg até o máximo de 150 mg,
em dose única. A dose pode ser repetida em intervalos de 5 a 15
minutos até que redução satisfatória na pressão arterial seja
atingida (pressão diastólica abaixo de 100 mmHg).

Com o paciente deitado, a dose calculada de Tensuril injetável é
administrada intravenosamente em 30 segundos ou menos.

O Tensuril somente deve ser aplicado em veia periférica. Não
deve ser injetado por via intramuscular, subcutânea ou em cavidades
do corpo.

Deve ser evitado o extravasamento do fármaco para os tecidos
subcutâneos.

Após o uso de Tensuril, a pressão arterial deve ser monitorizada
cuidadosamente até a estabilização.

Em seguida, medidas devem ser feitas de hora em hora, durante a
fase de equilíbrio, até que não se obtenha qualquer resposta não
esperada.

Uma diminuição na pressão arterial após 30 minutos ou mais, após
a injeção, deve ser investigada, por motivos outros que a ação do
Tensuril.

É preferível manter o paciente na posição supina por no mínimo
uma hora após a injeção.

Em pacientes ambulatoriais, a pressão arterial deve também ser
medida com o paciente em pé, antes do término da monitorização.

A administração repetida de Tensuril em intervalos de 2 a 24
horas, normalmente manterá a pressão arterial abaixo dos níveis de
pré-tratamento, até que possa ser instituído um regime com
anti-hipertensivos orais.

O intervalo entre as injeções pode ser ajustado pela duração da
resposta a cada injeção.

Usualmente não é necessário continuar o tratamento com Tensuril
por mais de 4 a 5 dias.

Pelo fato de a administração repetida de Tensuril poder levar à
retenção de sódio e água, pode ser necessária a administração de um
diurético para a redução da pressão arterial máxima e para prevenir
a insuficiência congestiva.

Pacientes idosos

Inexistem informações sobre a relação entre idade e os efeitos
do diazóxido parenteral nos pacientes geriátricos.

Contudo, os pacientes idosos estão mais sujeitos à insuficiência
renal relacionada à idade, necessitando da redução da dose de
diazóxido injetável.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Tensuril?

Uma vez que este medicamento é administrado por um profissional
da saúde em ambiente hospitalar e/ou clínica especializada, não
deverá ocorrer esquecimento do seu uso.

Precauções do Tensuril

Gerais

Tensuril injetável é um agente anti-hipertensivo eficaz, que
necessita de monitorização constante da pressão arterial do
paciente, em intervalos frequentes.

Sua administração pode causar ocasionalmente hipotensão,
necessitando dessa forma tratamento com agentes
simpatomiméticos.

Dessa forma, o produto deve ser usado primariamente em hospitais
ou em locais com instalações adequadas para o tratamento dessas
respostas adversas.

O produto somente deve ser administrado em veia periférica.

Deve-se evitar a injeção extravascular ou vazamento, devido à
alcalinidade da solução, que é irritante aos tecidos.

Se ocorrer vazamento no tecido subcutâneo, a área deve ser
tratada com compressas quentes e repouso.

O Tensuril deve ser usado com cuidado em pacientes com
alterações na circulação cerebral ou cardíaca, isto é, naqueles em
que a redução abrupta na pressão arterial pode ser um fator
agravante ou naqueles em que a taquicardia leve ou perfusão
sanguínea diminuída pode ser deletória.

A hipotensão prolongada deve ser evitada para não agravar
eventual insuficiência renal preexistente.

Durante e imediatamente após a injeção intravenosa de Tensuril,
o paciente deve permanecer na posição supina.

Testes laboratoriais

Os testes diagnósticos laboratoriais necessários para o
estabelecimento da condição e do estado do paciente devem ser
realizados antes do tratamento com o produto.

Durante e após o tratamento com o Tensuril, devem ser realizados
testes laboratoriais para monitorizar os efeitos do tratamento com
esta droga e as condições do paciente.

Entre os testes (não necessariamente todos)
estão

  • Hematológico (hematócrito, hemoglobina, leucócito e contagem de
    plaquetas);
  • Metabólico (glicose, ácido úrico, proteína total,
    albumina);
  • Eletrólito (sódio, potássio) e osmolalidade;
  • Função renal (creatinina, proteinúria);
  • Eletrocardiograma.

Advertências

Diminuição Rápida da Pressão Arterial

Deve-se tomar cuidado quando da redução acentuada da pressão
arterial.

O diazóxido somente deve ser administrado utilizando-se a dose
em minibolus de 150 mg.

O uso da dose intravenosa de 300 mg tem sido associada com
angina e com infarto do miocárdio e cerebral.

Foi relatado um caso de infarto do nervo óptico quando ocorreu
uma redução de 100 mmHg na pressão diastólica, após 10 minutos de
uma dose única de 300 mg em bolus.

Em um ensaio prospectivo conduzido em pacientes com hipertensão
grave e doença coronariana arterial coexistente foi observada, após
uma dose única de 300 mg de diazóxido em bolus, uma incidência de
50% de alterações isquêmicas no eletrocardiograma. Portanto, a
redução desejada da pressão arterial deve ser conseguida no período
de tempo compatível com o estado do paciente.

Recomendam-se, no mínimo algumas horas e preferencialmente um a
dois dias.

Uma maior segurança com igual eficácia pode ser conseguida
administrando-se o Tensuril em minibolus (1 a 3 mg/kg, a cada 15
minutos, até o máximo de 150 mg em injeção única) até que a pressão
arterial diastólica esteja abaixo de 100 mmHg.

O produto não deve ser administrado em bolus de 300 mg pois este
modo de administração é menos previsível e controlável que a
dosagem por minibolus.

Se ocorrer hipotensão grave, resultante da redução na pressão
arterial, que necessite de terapia, normalmente a mesma responde à
manobra Trendelenberg. Se necessário, podem ser administrados
agentes simpatomiméticos como a dopamina ou a norepinefrina.

Deve-se ter especial atenção com os pacientes com diabetes
mellitus e com aqueles nos quais a retenção de sal e água pode
representar sérios problemas.

Lesões do miocárdio em animais

A administração intravenosa de diazóxido em cães induziu à
necrose subendocárdica e necrose dos músculos papilares.

Essas lesões, que também são produzidas por outras drogas
vasodilatadoras (como a hidralazina, minoxidil) e por
catecolaminas, presumivelmente estão relacionadas à anoxia
resultante da combinação da taquicardia reflexa e de perfusão
diminuída.

Interações medicamentosas

O diazóxido é fortemente ligado às proteínas plasmáticas.

Pode ser que desloque outras substâncias também altamente
ligadas à proteína, como a bilirrubina, cumarina e seus derivados,
resultando em níveis sanguíneos mais altos das mesmas.

Pode ocorrer hipotensão indesejável quando o diazóxido é
administrado a pacientes que receberam outra medicação
anti-hipertensiva dentro de seis horas.

Em um estudo clínico, um paciente apresentou hipotensão
acentuada após administração concomitante de diazóxido com
hidralazina e metildopa.

Um episódio de hipotensão materna e bradicardia fetal ocorreu em
uma parturiente que recebeu reserpina e hidralazina antes da
administração do diazóxido.

Também existe relato de hiperglicemia neonatal após
administração intraparto de diazóxido.

O Tensuril não deve ser administrado dentro de seis horas da
administração de hidralazina, reserpina, alfaprodina, metildopa,
betabloqueadores, prazosina, minoxidil, nitritos e outros compostos
tipo papaverina.

A administração concomitante com tiazidas ou outros diuréticos
comumente usados pode potencializar os efeitos hiperuricêmicos e
anti-hipertensivos do diazóxido.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Tensuril

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados
    disponíveis).

Existe razão para se pensar que a substituição da dose de 300 mg
em bolus pelo minibolus, na clínica prática, resulta em reações
adversas similares em características, mas de menor frequência e
gravidade.

Na experiência clínica com a administração rápida de 300
mg em bolus, as reações adversas

Comuns (gt;1% e lt;10%)

Hipotensão (7%); náusea e vômito (4%); tontura e fraqueza
(2%).

Reações adversas adicionais relatadas com frequência não
conhecida, com a dose de 300 mg em bolus

Cardiovascular

Ocorre retenção de sódio e água após injeção rápida,
especialmente em pacientes com reserva cardíaca diminuída;
hipotensão grave (choque); isquemia miocárdica, usualmente
transitória e manifestada por angina, arritmias atrial e
ventricular, e mudanças eletrocardiográficas acentuadas, levando
ocasionalmente ao infarto do miocárdio; infarto do nervo óptico,
seguido de diminuição muito rápida da hipertensão grave;
taquicardia supraventricular e palpitação; bradicardia; desconforto
no tórax ou pressão torácica não relacionada com angina
pectoris.

Sistema nervoso central

Isquemia crebral, normalmente transitória mas ocasionalmente
levando ao infarto e manifestada por inconsciência, convulsões,
paralisia, confusão ou déficit neurológico focal como dormência das
mãos; fenômenos de vasodilatação, como hipotensão ortostática,
sudorese, rubor facial e sensações de calor localizadas ou
generalizadas.

Também, outras várias reações neurológicas transitórias
secundárias à alteração no fluxo sanguíneo regional para o cérebro,
como a cefaleia (às vezes com pulsação), tontura, indiferença,
sonolência (também citada como letargia), euforia ou “sensação de
alegria”, zumbido e perda momentânea da audição, e fraqueza de
curta duração; apreensão ou ansiedade.

Gastrintestinal

Raramente, pancreatite aguda; náusea, vômito e/ou desconforto
abdominal; anorexia; alteração no paladar; inchaço da parótida;
salivação; boca seca; íleo; obstipação e diarreia.

Outras

Hiperglicemia em pacientes diabéticos, especialmente após
injeções repetidas; coma hiperosmolar em crianças; hiperglicemia
transitória em pacientes não-diabéticos; retenção transitória de
metabólitos nitrogenados, reações respiratórias secundárias ao
relaxamento da musculatura lisa, como dispneia, tosse e sensação de
asfixia; calor ou dor na veia injetada; celulite sem descamação
e/ou flebite no local de extravasamento; dor nas costas e nictúria;
reações de hipersensibilidade, tais como rash cutâneo, leucopenia e
febre; papiledema induzido pela expansão do volume plasmático
secundária à administração do diazóxido, citada em um paciente que
recebeu onze injeções (300 mg/dose) por 22 dias; mal-estar e visão
turva; catarata transitória em uma criança; hirsutismo e libido
diminuída.

Alterações de exames laboratoriais

Os efeitos hiperglicêmicos e hiperuricêmicos do diazóxido
impedem a avaliação adequada destes estados metabólicos.

Notou-se aumento da secreção de renina, concentrações de IgG e
diminuição da secreção de cortisol.

O diazóxido inibe a liberação da insulina estimulada pelo
glucagon e causa uma resposta falsonegativa de insulina para o
glucagon.

No rato, cão e macaco, o diazóxido aumenta os ácidos graxos
livres séricos e diminui os níveis de insulina plasmática.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Tensuril

Efeitos não-teratogênicos

O diazóxido atravessa a barreira placentária e aparece no cordão
umbilical.

Quando administrado à parturiente, o fármaco pode
produzir no feto ou no recém-nascido

Hiperbilirrubinemia, trombocitopenia, metabolismo alterado dos
carboidratos e possivelmente outros efeitos colaterais que ocorrem
em adultos.

Gravidez – Categoria C

A segurança do produto na gravidez não foi estabelecida.

O produto não deve ser usado durante a
gravidez.

A administração durante o parto pode causar interrupção
da contração uterina, necessitando da administração de agente
ocitócico.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Amamentação

Não se tem conhecimento se ocorre a passagem do diazóxido para o
leite materno.

Devido ao fato de que muitos fármacos são excretados no leite
materno e devido ao potencial para a ocorrência de reações adversas
com o diazóxido, em crianças que estejam em fase de amamentação,
deve-se tomar uma decisão sobre a descontinuidade da amamentação ou
da droga, levando-se em consideração a importância do fármaco para
a mãe.

Composição do Tensuril

Cada ml contém

Diazóxido15 mg
Veículo* estéril1 ml

*Propilenoglicol, hidróxido de sódio e água para injetáveis.

Superdosagem do Tensuril

A superdosagem de Tensuril pode causar hipotensão
indesejável. Isto pode ser controlado com a manobra de
Trendelenberg.

Se necessário, podem ser administrados agentes simpatomiméticos
como a dopamina ou a norepinefrina.

A falha no aumento da pressão arterial em resposta a tais
agentes sugere que a hipotensão pode ter sido causada por outro
motivo que não o diazóxido.

A excessiva hiperglicemia resultante da superdosagem responderá
à terapia convencional da hiperglicemia.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Tensuril

O Diazóxido (substância ativa) é fortemente ligado às proteínas
plasmáticas. Pode ser que desloque outras substâncias também
altamente ligadas à proteína, como a bilirrubina, cumarina e seus
derivados, resultando em níveis sanguíneos mais altos das
mesmas.

Pode ocorrer hipotensão indesejável quando o Diazóxido
(substância ativa) é administrado a pacientes que receberam outra
medicação anti-hipertensiva dentro de seis horas.

Em um estudo clínico, um paciente apresentou hipotensão
acentuada após administração concomitante de Diazóxido (substância
ativa) com hidralazina e metildopa. Um episódio de hipotensão
materna e bradicardia fetal ocorreu em uma parturiente que recebeu
reserpina e hidralazina antes da administração do Diazóxido
(substância ativa). Também existe relato de hiperglicemia neonatal
após administração intraparto de Diazóxido (substância ativa).

O Diazóxido (substância ativa) não deve ser administrado
dentro de seis horas da administração de

Hidralazina, reserpina, alfaprodina, metildopa,
betabloqueadores, prazosina, minoxidil, nitritos e outros compostos
tipo papaverina. A administração concomitante com tiazidas ou
outros diuréticos comumente usados pode potencializar os efeitos
hiperuricêmicos e anti-hipertensivos do Diazóxido (substância
ativa).

Ação da Substância Tensuril

Resultados de eficácia

O’Brien, em 1975, publicou um estudo avaliando o efeito do
Diazóxido (substância ativa) intravenoso no tratamento da
hipertensão associada com infarto do miocárdio recente. Vinte
pacientes (20) com pressão arterial acima de 180/110 mmHg, uma hora
após a admissão em uma unidade coronariana e com infarto agudo do
miocárdio recente, receberam Diazóxido (substância ativa)
intravenoso em bolus de 300 mg. A pressão arterial caiu
consideravelmente em todos os pacientes, sendo que seis pacientes
necessitaram repetir as injeções. A queda média foi de 58 mmHg na
sistólica e 40 mmHg na diastólica. Nenhum paciente ficou gravemente
hipotenso.

Pohl, em 1971, avaliou a terapia anti-hipertensiva com Diazóxido
(substância ativa) em paciente hipertensos graves e resistentes. O
tratamento com Diazóxido (substância ativa) intravenoso e oral foi
administrado a um grupo de 39 pacientes com hipertensão grave,
associada à insuficiência renal e resistente à medicamentos. O
controle da hipertensão, rápido e de longo prazo foi atingido em
todos os casos, sem a produção de hipotensão postural clinicamente
significativa.

Ogilvie estudou a relação concentração-resposta do Diazóxido
(substância ativa) no tratamento da hipertensão com relação a
farmacocinética e da resposta anti-hipertensiva de doses em
bolus de Diazóxido (substância ativa) de 1 , 2 ou 4 mg/kg
durante 5, 10 ou 20 segundos. Foram examinados sete pacientes com
hipertensão essencial estável crônica e as médias de pressão
arterial média (PAM) entre 122 e 155 milímetros Hg.

As curvas de concentração-tempo individuais foram analisados
para determinar o volume aparente de distribuição no steady-state,
(Vdss, 178-,250 L/kg) , t½ beta (32-62,5
horas), e a taxa de depuração plasmática (Clp, 2,2-5,3
ml/kg.hora-1) para o cálculo da dose de manutenção e doses
destinadas a produzir concentrações de steady state a 0,5 horas.
Com o uso de princípios cinéticos, o Diazóxido (substância ativa)
produziu reduções graduais e previsíveis da PAM em pacientes com
hipertensão acelerada, uma vez que a resposta era proporcional à
concentração plasmática de Diazóxido (substância ativa).

Características farmacológicas

Diazóxido (substância ativa) é um derivado benzotiadiazínico
anti-hipertensivo, quimicamente semelhante aos diuréticos
tiazídicos, porém sem atividade diurética.

Estrutura do Diazoxido e de um diuretico
benzotiadizÍdico: 

Diazóxido (substância ativa) é um ativador de canais de
potássio, o que provoca o relaxamento do músculo liso, aumentando a
permeabilidade da membrana aos ions potássio, que desativa a
ligação aos canais de cálcio e inibe a geração de um potencial de
ação.

É um potente agente antihipertensivo de ação rápida. Liga-se
extensamente a àlbumina sérica e aos tecidos vasculares.

Diazóxido (substância ativa) é metabolizado por conjugação
oxidativa e sulfídica, sendo excretado lentamente na urina por
filtração glomerular de 4 a 5 mL/min ou 10 a 90%, sendo excretado
como Diazóxido (substância ativa) ou metabólitos através dos rins.
Diazóxido (substância ativa) é parcialmente metabolizado no fígado,
sendo que apenas pequenas quantidades são excretadas nas fezes.

O medicamento atravessa a placenta e a barreira
hematoencefálica.

A meia vida do Diazóxido (substância ativa) no plasma é de
aproximadamente de 21 – 48 horas em adultos com função renal
normal. Porém, valores de até 60 horas foram relatados. Seu longo
tempo de meia vida é devido ao fato de 90% do fármaco ligar-se à
albumina.

Em crianças a meia vida pode ser menor do que em adultos. Em
crianças de 4 meses a 6 anos, a meia-vida plasmática variou 9,5 –
24 horas após administração oral de longo prazo.

A meia-vida é prolongada na insuficiência renal, pois a ligação
de diazoxido às proteínas séricas é diminuída. Neste caso a
meia-vida sérica aumenta com a diminuição do clearance de
creatinina. Pacientes com insuficiência renal geralmente requerem
doses usuais de Diazóxido (substância ativa).

A meia-vida no soro é pelo menos três vezes maior do que a sua
ação hipotensora. Quando administrada em intervalos de 4 a 12
horas, a droga se acumula extensivamente no corpo. Não há nenhuma
correlação entre a concentração de Diazóxido (substância ativa) no
soro, na fase pós-distribuição e a intensidade da ação hipotensiva,
porque este último depende da concentração inicial de droga livre
nos vasos.

Diazóxido (substância ativa) pode ser removido do corpo por
diálise peritoneal ou hemodiálise, porém, em quantidade
relativamente baixa, devido a grande ligação à albumina sérica.

A duração da ação após uso intravenoso ocorre dentro de cinco
minutos e persiste por 4 – 12 horas. A eliminação do fármaco ocorre
entre 20 – 36 horas.

Farmacologia Clínica

O Diazóxido (substância ativa) reduz rapidamente a pressão
arterial no homem, por relaxamento da musculatura lisa da arteríola
periférica. O débito cardíaco é aumentado e a pressão arterial é
diminuída.

Os estudos em animais demonstram que o fluxo sanguíneo das
coronárias é mantido, enquanto que o fluxo sanguíneo renal é
aumentado após diminuição inicial.

Pode ocorrer hiperglicemia transitória na maioria dos pacientes
tratados com Diazóxido (substância ativa), que normalmente somente
requer tratamento nos pacientes com diabetes mellitus. A
hiperglicemia deve responder às medidas de tratamento usuais,
incluindo a insulina.

A glicemia deve ser monitorizada, especialmente nos pacientes
com diabetes e naqueles que necessitam de injeções múltiplas de
Diazóxido (substância ativa). Em alguns animais que receberam doses
diárias repetidas de Diazóxido (substância ativa) intravenoso,
observou-se a formação de catarata.

O Diazóxido (substância ativa) causa retenção de sódio, e as
injeções repetidas do produto podem precipitar edema e
insuficiência cardíaca congestiva. O volume aumentado do fluido
extracelular pode ser a causa da falha do tratamento em pacientes
não-responsivos. O aumento no volume do fluido responde
caracteristicamente aos agentes diuréticos, se existir função renal
adequada. A administração concomitante de diuréticos tiazídicos
pode potencializar as ações anti-hipertensiva e hiperuricêmica do
Diazóxido (substância ativa).

O Diazóxido (substância ativa) liga-se extensamente às proteínas
séricas (gt; 90%). A meia-vida plasmática é de 28 ± 8,3 horas;
contudo, a duração do seu efeito anti-hipertensivo é variável,
permanecendo por não menos de 12 horas.

Cuidados de Armazenamento do Tensuril

Tensuril deve ser conservado em temperatura ambiente, entre 15 e
30oC, protegido da luz.

Seu prazo de validade é de 24 meses a partir da data de
fabricação.

O medicamento deverá ser armazenado em sua embalagem secundária
até o momento do uso.

Em caso de necessidade, o produto, em sua embalagem primária,
poderá ficar exposto à iluminação em ambientes fechados por um
período de até 30 dias.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use o medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Solução incolor a levemente amarelada, límpida, essencialmente
livre de partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Tensuril

Nº de lote, data de fabricação e prazo de validade: vide
rótulo/cartucho.

Registro MS N.º 1.0298.0041

Farm. Resp.:
José Carlos Módolo
CRF-SP Nº 10.446

Registrado por:
Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira – SP
CNPJ nº 44.734.671/0001-51 – Indústria Brasileira

Fabricado por:
Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Av. Nossa Senhora da Assunção, 574 – Butantã – São Paulo – SP
CNPJ nº 44.734.671/0008-28
Indústria Brasileira

SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente):
0800-7011918

Tensuril, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.