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Sulferbel Xarope

Como o Sulferbel Xarope funciona?


O sulfato ferroso, componente ativo do Sulferbel, atua como
fornecedor de ferro, mineral indispensável à constituição da
molécula de hemoglobina, que presente nos glóbulos vermelhos (um
tipo de células sanguíneas) permite o transporte de oxigênio no
organismo.

Sulferbel fornece ferro em forma facilmente assimilável e em
quantidade suficiente para corrigir a anemia ferropriva (por
deficiência de ferro) e restabelecer os índices normais de
armazenamento de ferro corporal. No caso da anemia, uma vez que a
concentração de hemoglobina retornou ao nível normal, o tratamento
deve ser continuado por mais 3 meses, a fim de assegurar que o
estoque corporal de ferro atingiu os níveis normais.

Contraindicação do Sulferbel Xarope

Sulferbel é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade
aos sais de ferro ou aos outros componentes da fórmula; pacientes
que recebem transfusões de sangue repetidas ou com anemia não
causada por deficiência de ferro; pacientes portadores de hepatite
aguda, hemossiderose [acúmulo de hemossiderina (pigmento resultante
da degradação das hemácias) nos tecidos] ou hemocromatose (doença
que leva ao acúmulo de ferro nos tecidos), úlceras gastroduodenais,
anemia hemolítica aguda, insuficiência hepática, tuberculose
ativa e gastroenterites.

Como usar o Sulferbel Xarope

O xarope deve ser tomado sem diluir (misturar) em água por via
oral.

Adultos

1 colher de chá (5 mL), duas vezes ao dia ou a critério
médico.

Crianças

1 colher de café (2 mL), duas vezes ao dia ou a critério
médico.

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas
sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não
desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou
cirurgião-dentista.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Sulferbel Xarope?


Você deve tomar Sulferbel conforme as recomendações da bula ou
orientação médica.

Se você deixou de tomar uma dose, deverá tomar a dose seguinte
como de costume, isto é, na hora regular e sem dobrar a dose.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Sulferbel Xarope

Têm sido relatados distúrbios gastrintestinais tais como náusea,
vômito e diarréia em pacientes que utilizam sais de ferro,
portanto, Sulferbel deve ser administrado logo após as refeições. A
ingestão de alimentos não interfere com a absorção do ferro, mas
alguns alimentos como leite, queijo, iogurte, ovos, espinafre,
cereais, chá e café podem diminuir a absorção do ferro. Portanto, é
aconselhável um intervalo de 2 horas entre a administração destes
alimentos e do medicamento. Durante o tratamento com Sulferbel é
desaconselhável o uso de bebidas alcoólicas, visto que poderá
aumentar o risco de efeitos indesejáveis.

Como todo medicamento, este produto deve ser mantido fora do
alcance das crianças, para evitar dosagem acidental por ferro. Em
crianças, a ingestão de grandes quantidades pode causar vômito,
hematêmese (perda de sangue pela boca), dano hepático, taquicardia
e colapso vascular periférico (perda de fluxo sanguíneo
periférico), podendo levar a morte.

Os sais de ferro devem ser utilizados com cautela em pacientes
com intolerância gástrica ao ferro, pacientes com doenças que
interferem na absorção ou armazenamento de ferro, hemoglobinopatias
(doenças associadas a defeitos na hemoglobina presente nas
hemácias) ou doenças gastrintestinais existentes.

Informe seu médico se for portador de úlcera péptica,
colite, enterite, pancreatite, hepatite, ou se tiver passado por
alguma intervenção cirúrgica estomacal nos últimos tempos, antes de
iniciar o tratamento com sulfato ferroso.

Atenção diabéticos: este medicamento contém
sacarose.

Interações medicamentosas

A ingestão de sulfato ferroso com antiácidos deverá ser evitada,
visto que este pode alterar a absorção do ferro, sendo aconselhável
um intervalo de 2 horas entre a administração do antiácido e do
produto; o ácido ascórbico (vitamina C) aumenta a absorção do ferro
medicinal, no entanto essa maior absorção está associada a um
aumento da incidência de efeitos adversos; as penicilinas quando
administradas junto ao sulfato ferroso, têm seus efeitos
terapêuticos diminuídos; a vitamina E diminui o efeito terapêutico
do ferro; deve ser respeitado um período de intervalo de pelo menos
3 horas entre a administração de sulfato ferroso e tetraciclina; o
uso concomitante de alopurinol e sulfato ferroso poderá ocasionar
acúmulo de ferro no fígado; o cloranfenicol, quando utilizado
simultaneamente com sulfato ferroso, poderá provocar uma redução na
absorção do ferro, interferindo na formação da hemoglobina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Reações Adversas do Sulferbel Xarope

Sintomas como distúrbio gastrintestinal, falta de apetite,
náusea, vômito, constipação e diarréia podem ocorrer em pacientes
que utilizam sais de ferro. A administração de sulfato ferroso em
crianças e lactentes pode provocar escurecimento das fezes e da
membrana protetora dos dentes.

Esta reação quando ocorre, não é séria, nem permanente, pois o
esmalte dos dentes não é afetado. Neste caso, recomenda-se esfregar
os dentes da criança com solução de bicarbonato de sódio uma vez
por semana.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Sulferbel Xarope

Pacientes idosos

Não foram relatados problemas em pacientes geriátricos com a
dose usual recomendada.

Gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Riscos do Sulferbel Xarope

Não use este medicamento se você tem problemas
gastrointestinais.

Composição do Sulferbel Xarope

Apresentações

Xarope. Frasco com 100mL.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico.

Composição

Cada mL de xarope contém:

Sulfato ferroso
(equivalente a 5mg de ferro)
25mg
Veículo q.s.p1mL

Veículo: ácido cítrico, citrato de sódio
diidratado, sacarose, sacarina sódica, metilparabeno,
propilparabeno, propilenoglicol, corante caramelo, água
purificada.

Superdosagem do Sulferbel Xarope

Dose excessiva pode resultar em toxicidade metabólica,
gastrintestinal e cardiovascular.

Em crianças, a ingestão de grandes quantidades pode causar
vômito, hematêmese (perda de sangue pela boca), dano hepático,
taquicardia e colapso vascular periférico (perda de fluxo sanguíneo
periférico), podendo levar a morte. Se você tomar uma dose muito
grande deste medicamento acidentalmente, deve procurar um médico ou
um centro de intoxicação imediatamente. O apoio médico imediato é
fundamental para adultos e crianças, mesmo se os sinais e sintomas
de intoxicação não estiverem presentes. No caso de superdosagem
acidental deve ser administrado um emético o mais rápido possível,
seguido de lavagem gástrica, se necessário. Podem ser empregados
agentes quelantes e devem ser adotadas medidas gerais de suporte
visando combater desidratação, acidose e choque.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 7226001, se você precisar
de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Sulferbel Xarope

Há relatos dos seguintes efeitos do uso de Sulfato
Ferroso (substância ativa) juntamente com:

Medicamento

Efeito da interação

Ácido acetohidroxâmico

Pode haver formação de quelatos com o
ferro e possivelmente outros metais, provocando redução na absorção
intestinal de ambos

Antiácidos, suplementos de cálcio e
medicamentos que contenham em sua formulação bicarbonatos,
carbonatos, oxalatos ou fosfatos

Podem provocar a redução na absorção
de ferro, assim como a pancreatina ou a pancrelipase

Penicilina

Pode provocar a diminuição dos efeitos
terapêuticos da penicilina

Tetraciclina

O ferro reduz os efeitos terapêuticos
resultantes da tetraciclina de uso oral

Vitamina E

Pode provocar danos na resposta
hematológica em pacientes com anemia por deficiência de ferro.
Doses elevadas de ferro podem aumentar a necessidade diária de
vitamina E. Recomenda-se a observação dos pacientes com a
administração de ambos

Interação medicamento-substância química

Há relatos dos seguintes efeitos do uso de Sulfato
Ferroso (substância ativa) juntamente com:

Alcool

Efeito da interação: pode provocar
intoxicações; se em uso prolongado na forma férrica, pode ocorrer
acúmulo hepático.

Interações medicamento-exame laboratorial e não
laboratorial

Há relatos dos seguintes efeitos do uso de Sulfato
Ferroso (substância ativa) juntamente com:

Exame laboratorial

Efeito da interação

Prova de ortoluidina

A presença de suplementos de ferro
pode provocar falsos resultados positivos

Bilirrubina

Podem produzir valores falsamente
elevados de bilirrubina

Cálcio

Podem produzir valores falsamente
diminuídos para a determinação sérica de cálcio

Glucose oxidase

O Sulfato Ferroso (substância ativa)
pode dar falsos resultados negativos de glucose oxidase

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Lomfer.

Ação da Substância Sulferbel Xarope

Resultados de Eficácia


Comprimido

Um estudo foi desenvolvido no Centro de Atenção à Mulher do
Instituto Materno Infantil de Pernambuco, para avaliar a
efetividade de três esquemas de tratamento utilizando Sulfato
Ferroso (substância ativa) em gestantes anêmicas. Esse estudo foi
em Recife, no período de maio de 2000 a dezembro de 2001. O ensaio
clínico foi aleatório e cego do ponto de vista laboratorial,
utilizando comprimidos de Sulfato Ferroso (substância ativa) para
administração de 60 mg de ferro elementar. As gestantes foram
alocadas em três grupos de tratamento, conforme a frequência de
administração do ferro: uma vez por semana (n =48); duas vezes por
semana (n =53); e uma vez ao dia (n =49). Foram comparadas as
concentrações de hemoglobina, volume corpuscular médio e
ferritina.(1)

Antes da intervenção, os grupos eram homogêneos e apresentaram
as seguintes médias e desvios-padrão nas concentrações de
hemoglobina: 10,2 ± 0,5 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato
Ferroso (substância ativa) uma vez por semana; 10,2 ± 0,6 g/dL para
o grupo que recebeu Sulfato Ferroso (substância ativa) duas vezes
por semana; e 10,1 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato
Ferroso (substância ativa) uma vez ao dia. As médias de volume
corpuscular médio foram, respectivamente: 88,5 ± 5,0; 87,6 ± 5,9; e
88,7 ± 5,1 fL. As medianas de ferritina foram 30,2; 37,1; e 52,9
ng/mL. Houve 27% de cura no esquema de uma vez por semana, 34% no
grupo tratado duas vezes por semana e 47% no tratamento diário.
Abandono do tratamento por queixa de diarréia ou dor epigástrica só
foi observado no tratamento diário.(1)

Em conclusão, o tratamento diário com Sulfato Ferroso
(substância ativa) continua sendo o mais eficaz.

Contudo, o tratamento com Sulfato Ferroso (substância ativa)
duas vezes por semana é uma alternativa em caso de dificuldade de
adesão ao tratamento diário.(1)

Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp;
Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser
utilizado em todos os pacientes com diagnóstico
clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da
dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de
ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de
ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha
devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de
tratamento depende da severidade da anemia.(2)

A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande
chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como
gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.

Para gestantes em áreas de baixa prevalência de anemia (Hb lt;
11 g/dl em menos de 20% das gestantes na segunda metade da
gravidez), a dose preconizada pela OMS é de um comprimido de 60 mg
de ferro elementar por dia. A suplementação deve ocorrer
principalmente durante a segunda metade da
gravidez.(2)

A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da
anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da
deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na
qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual
é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em
programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os
grupos de maior vulnerabilidade.(2)

Um estudo foi realizado para determinar se a suplementação de
ferro podia prevenir decréscimos no status de ferro e melhorar as
medidas de desempenho físico e estado cognitivo em soldados
mulheres durante o treinamento básico de combate (TBC). No estudo
de 8 semanas randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, os
soldados voluntários (n = 219) receberam cápsulas contendo 100 mg
de sulfato de ferro (correspondente a 15 ± 0,2 mg de ferro
elementar) ou placebo. Ensaios indicadores do status de ferro foram
realizados pré e pós- treinamento básico de combate. O tempo de
execução de duas milhas foi avaliado pós-treinamento básico de
combate. O humor foi avaliado através de um questionário, Perfil
dos Estados de Humor, pré e póstreinamento básico de
combate.(3)

A participação no curso de treinamento básico de combate (TBC)
teve efeito sobre o nível de ferro, como mostrado pela elevação do
RDW (índice que indica a variação de tamanho das hemácias) – P
lt;0,05 e do sTfR ( Receptor solúvel de tranferrina) – P lt;0,05. O
RDW no grupo placebo aumentou de 16.1 ± 1.5 % para 16.8 ± 1.5 % e
no grupo do ferro de 16.1 ± 1.6 % para 16.9 ± 1.6 %. O sTfR no
grupo placebo aumentou de 21.8 ± 8.0 nmol/L para 27.2 ± 10.5 nmol/L
e no grupo do ferro de 21.4 ± 9.0 nmol/L para 23.6 ± 9.6 nmol/L. A
ferritina sérica foi reduzida (P lt;0,05) pós-TBC, porém a
suplementação com ferro atenuou essa queda, pois no grupo placebo,
os valores de ferritina eram 39.6 ± 30.7 ng/mL e diminuiram para
26.0 ± 18.3 ng/mL e no grupo tratado com ferro eram de 37.0 ±
29.4 ng/mL e dimuiram para 32.0 ± 22.1 ng/mL.(3) Em voluntários com
ADF (Anemia por Deficiência de Ferro) no início da TBC, o
tratamento com ferro teve um efeito benéfico, porque o tempo de
execução médio foi de 110s mais rápido (P lt;0,001) no final do TBC
no grupo tratado com ferro em comparação com os voluntários
tratados com placebo (1081 ± 125s em comparação com 1191 ± 96s). A
suplementação com ferro resultou em melhora (P lt;0,05) no vigor,
de 10.8 ± 4.9 antes do tratamento para 13.1 ± 6.3 após o
tratamento, sobre o Perfil dos Estados de Humor pós –
TBC.(3)

Em conclusão, a suplementação com ferro atenuou o decréscimo nos
indicadores do estado nutricional de ferro nos voluntários. Além
disso, a suplementação de ferro mostrou-se ser benéfica para o
humor e a performance física.(3)

Referências:

(1) Souza A. I. et al.
Efetividade de três esquemas com Sulfato Ferroso para
tratamento de anemia em gestantes. Rev Panam Salud Publica vol.15
no.5 Washington May 2004.
(2) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções
Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) McClung J. P. et al. Randomized, double-blind,
placebo-controlled trial of iron supplementation in female soldiers
during military training: effects on iron status, physical
performance, and mood. Am J Clin Nutr. 2009 Jul;90(1):124-31. Epub
2009 May 27. PMID: 19474138 [PubMed – indexed for
MEDLINE].

Gotas

Um ensaio de campo randomizado, com crianças de 6 a 12 meses de
idade, foi realizado com o objetivo de avaliar a efetividade da
suplementação universal profilática com Sulfato Ferroso (substância
ativa), em administração diária ou semanal, na prevenção da anemia
em lactentes. As crianças foram atendidas em unidades básicas de
saúde do município do Rio de Janeiro, em 2004-2005. Foram formadas
três coortes concorrentes com suplementação universal com Sulfato
Ferroso (substância ativa) com grupos: diário (n=150; 12,5mg
Fe/dia), semanal (n=147; 25mgFe/semana) e controle (n=94). A
intervenção durou 24 semanas e foi acompanhada por ações educativas
promotoras de adesão. A concentração de hemoglobina sérica foi
analisada segundo sua distribuição, média e prevalência de anemia
(Hblt;110,0 g/L) aos 12 meses de idade. A avaliação da efetividade
foi realizada segundo intenção de tratar e adesão ao protocolo,
utilizando-se análises de regressão múltipla (linear e de
Poisson).(1)

Os grupos mostraram-se homogêneos quanto às variáveis de
caracterização. A intervenção foi operacionalizada com sucesso, com
elevada adesão ao protocolo em ambos os grupos expostos a ela, sem
diferença estatística entre eles. Após ajuste, somente o esquema
diário apresentou efeito protetor. Na análise por adesão, o esquema
diário apresentou evidente efeito dose-resposta para média de
hemoglobina sérica e prevalência de anemia, não sendo observado
nenhum efeito protetor do esquema semanal.(1)

Portanto, apenas o esquema diário de suplementação universal com
Sulfato Ferroso (substância ativa) dos 6 aos 12 meses de idade foi
efetivo em aumentar a concentração de hemoglobina sérica e em
reduzir o risco de anemia. (1) 

Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp;
Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser
utilizado em todos os pacientes com diagnóstico
clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da
dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de
ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de
ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha
devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de
tratamento depende da severidade da anemia.(2)

A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande
chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como
gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.

Crianças com baixo peso ao nascer (lt; 2,5 kg) apresentam
velocidade de crescimento pós-natal maior; por isso,
recomenda-se 2 mg de ferro elementar/kg de peso/dia a partir do
segundo mês de idade. Para crianças em idade escolar, se a
prevalência de ADF apresentar magnitude importante, o serviço de
saúde em assistência primária e os professores poderão fornecer
doses diárias de 30 a 60 mg de ferro elementar/dia, dependendo da
idade e do peso da criança.(2)

A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da
anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da
deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na
qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual
é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em
programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os
grupos de maior vulnerabilidade.(2)

Um estudo foi realizado com o objetivo de determinar a situação
de ferro das crianças que consumiam mingau cozido em água com
adição de Sulfato Ferroso (substância ativa). Um total de 234
crianças, com idades entre 6-12 meses, foram recrutados na
República Popular Democrática da Coreia (RPDC Coreia do Norte) e
divididos aleatoriamente em grupo ferro (Fe) e grupo placebo. No
início do estudo, não havia diferenças significativas entre os dois
grupos no que diz respeito à concentração de hemoglobina (Grupo Fe
com Hb = 111 ± 10.4 e grupo placebo com Hb = 111 ± 10.0) e na
prevalência de anemia. O grupo Fe recebeu mingau de arroz
fortificado com 10 mg de ferro (como Sulfato Ferroso (substância
ativa)) por dia, adicionada à água em que o arroz era cozido e o
grupo placebo recebeu cereal nãofortificado por 6
meses.(3)

Após a intervenção, a concentração média de hemoglobina no grupo
Fe foi significativamente maior do que no grupo controle (grupo Fe
118 g/L e grupo placebo 110 g/L; plt;0,001). A prevalência de
crianças com anemia no grupo Fe foi significativamente menor em
comparação com os do grupo placebo (grupo Fe com 24% e no grupo
placebo com 48%; p lt;0,001). Os valores de ferritina sérica foram
significativamente diferentes no final do estudo (Grupo Fe com 40,7
K/L e grupo placebo com 26,8 K/L; plt;0,001). A proporção de
crianças com anemia ferropriva (Hb lt; 110 g/L, Ferritina Sérica
lt; 12 mcg/L) no grupo Fe foi significativamente menor em
comparação com os do grupo placebo (p lt;0,001).(3) Em conclusão, a
adição de Sulfato Ferroso (substância ativa) reduziu a prevalência
de anemia ferropriva de lactentes na RPDC, sem reações adversas.
Esta fortificação simples seria apropriada como um programa
nacional na RPDC e em outros países.(3)

Em outro estudo objetivou-se testar a terapêutica com doses
profiláticas de sulfato ferroso no combate à anemia carencial
ferropriva, em 620 crianças de 4 a 36 meses de idade,
atendidas em duas unidades de saúde do Município de São Paulo,
Brasil. As crianças foram submetidas a coleta de sangue para
dosagem de hemoglobina. Em seguida, foi prescrita dosagem de 12
mg/dia de ferro elementar, por 30 dias.

Observouse que 25% dos menores de 6 meses apresentaram níveis de
hemoglobina inferiores a 11,0 g/dl. As maiores ocorrências de
anemia foram detectadas entre os de 9 e 23 meses de idade
(50,0%).

Decorrido o prazo, apenas 37,4% das crianças com anemia e 52,4%
das não anêmicas retornaram para reavaliação. Das 299 que foram
reavaliadas, somente 157 (52,5%) receberam a medicação
corretamente. A frequência de hemoglobinas inferiores a 9,5 g/dl
caiu de 17,1% no início do estudo, para 8,1% ao final da
intervenção. Por outro lado, o percentual de crianças com
hemoglobinas superiores a 12,0 g/dl subiu de 13,4%, para 33,4%. As
que receberam a suplementação férrica de forma correta registraram
queda nos índices de anemia sensivelmente maior que a observada
naquelas suplementadas de forma incorreta.

Concluiu-se que a terapêutica com doses profiláticas de Sulfato
Ferroso (substância ativa) mostrou-se eficiente na recuperação dos
níveis de hemoglobina.(4)

Referências:

(1) Engstrom E. M. et
al. Efetividade da suplementação diária ou semanal com ferro na
prevenção da anemia em lactentes. Revista de Saúde Pública, vol.42
no.5 São Paulo Oct. 2008 Epub Aug 08, 2008.
(2) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções
Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) Rim H.Y. MD, et al. Effect ofiron fortification of
nursery complementary food on iron status of infants in the
DPRKorea. Pac J Clin Nutr 2008;17 (2):264-269.
(4) Torres M.A.A. et al. Terapêutica com doses
profiláticas de Sulfato Ferroso (substância ativa) como medida de
intervenção no combate à carência de ferro em crianças atendidas em
unidades básicas de saúde. Revista de Saúde Pública, vol.28 no.6
São Paulo Dec. 1994.

Xarope

Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp;
Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser
utilizado em todos os pacientes com diagnóstico
clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da
dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de
ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de
ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha
devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de
tratamento depende da severidade da anemia.(1)

A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande
chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como
gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.

Para crianças em idade escolar, se a prevalência de ADF
apresentar magnitude importante, o serviço de saúde em assistência
primária e os professores poderão fornecer doses diárias de 30 a 60
mg de ferro elementar/dia, dependendo da idade e do peso da
criança.(1)

A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da
anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da
deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na
qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual
é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em
programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os
grupos de maior vulnerabilidade.(1)

Um estudo foi realizado em 118 crianças com anemia ferropriva
(IDA), com idade variando entre 1-6 anos, para comparar a eficácia
e efeitos colaterais do Complexo Polymaltose Ferro (IPC) em relação
ao Sulfato Ferroso (substância ativa) (SF) em preparações
convencionais para tratamento da anemia ferropriva (AF). Os
indivíduos foram randomizados para receber terapia oral com um IPC
(Grupo A, n = 59) ou SF oral (Grupo B, n = 59), todos receberam
ferro elementar em três doses separadas de 6 mg/kg/dia. Cento e
seis crianças puderam completar o estudo, sendo 53 em cada
grupo.(2)

Na maioria dos casos, em ambos os grupos A e B mostraram aumento
da hemoglobina após o tratamento. Nenhuma mudança foi observada na
Hb em 7,6% (n = 4) das crianças do grupo A e 1,9% (n = 1) do Grupo
B. Onze (20,75%) casos apresentaram diminuição da hemoglobina no
Grupo A, enquanto nenhum caso apresentou diminuição na hemoglobina
no grupo B. Os efeitos colaterais gastrintestinais foram 2,5 vezes
mais comum no grupo SF em relação ao grupo IPC (grupo IPC = 4
(7,6%) e grupo SF = 9 (17,0%)). Entretanto, um conjunto de
queixas residuais foram mais comuns no grupo do IPC em relação
ao grupo FS em um mês de seguimento (grupo IPC = 16 (30.8%) e grupo
SF = 2 (3.8%)).(2)

Portanto, as crianças que receberam Sulfato Ferroso (substância
ativa) tinham maior nível de hemoglobina, e menos queixas
residuais, em comparação com aqueles que haviam recebido
polymaltose complexo de ferro. Esse estudo sugere que o Sulfato
Ferroso (substância ativa) tem uma melhor resposta clínica e menos
efeitos adversos significativos durante o tratamento da anemia
ferropriva em crianças.(2)

Referências: 

(1) Cardoso, M. A. amp;
Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva.
Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun,
1994.
(2) Bopche A. V. et al. Ferrous Sulfate Versus Iron
Polymaltose Complex for Treatment of Iron Deficiency Anemia in
Children. Indian Pediatrics. Vol. 46, October 17, 2009. Published
online 2009 April 15. PII:S097475590700648-2.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Lomfer.

Características Farmacológicas


Mecanismo de Ação

O ferro é um componente essencial na função fisiológica da
hemoglobina; são necessárias quantidades adequadas de ferro para a
eritropoiese e a capacidade resultante de transportar oxigênio no
sangue. O ferro tem uma função similar na produção de mioglobina e
também serve como co-fator de várias enzimas essenciais. Quando se
administra por via oral, em alimentos ou como suplementos, o ferro
passa através das células mucosas no estado ferroso e se une à
proteína transferrina. Esta forma de ferro é transportada do
organismo à medula óssea para a produção de glóbulos vermelhos.

Farmacocinética

A absorção de ferro aumenta quando os depósitos estão vazios ou
quando aumenta a produção de glóbulos vermelhos. Entretanto,
elevadas concentrações de ferro diminuem a absorção.

Nas formas farmacêuticas orais, a absorção se comporta
da seguinte forma:

  • Pessoas com deficiência de ferro: absorve de 20 a 30%, sendo a
    quantidade aproximadamente proporcional ao grau de
    deficiência;
  • Pessoas sem deficiência de ferro: absorve-se de 3 a 10% do
    ferro ingerido. A absorção se processa principalmente no duodeno e
    jejuno proximal e é maior quando o ferro é ingerido com o estômago
    vazio. A absorção é mais eficaz quando o ferro encontra-se em sua
    forma ferrosa, do que quando está na forma férrica. Quando se
    administra com alimentos, a quantidade de ferro absorvida pode
    reduzir em 1/2 a 1/3 da dose ingerida com o estômago vazio. A união
    à proteína é muito elevada, cerca de 90% (hemoglobina-elevada;
    mioglobina, enzimas e transferrina-baixa e
    hemossiderinabaixa).

Não existe um sistema fisiológico de eliminação para o ferro e
este pode acumular-se no organismo em quantidades tóxicas,
entretanto, diariamente perdem-se pequenas quantidades de ferro,
algumas vezes no suor, leite materno (0,5 a 1,0 mg/dia); sangue
menstrual e urina.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Lomfer.

Cuidados de Armazenamento do Sulferbel
Xarope

Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas e fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

O xarope é um líquido marrom, odor característico de
caramelo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Sulferbel Xarope

MS 1.0571.0004

Farmacêutico Responsável:
Dr. Rander Maia
CRF-MG 2546

Belfar LTDA.
Rua Alair Marques Rodrigues, 516
Belo Horizonte – MG
CEP 31560-220
C.N.P.J: 18.324.343/0001-77
Indústria Brasileira

S.A.C.: 0800 0310055

Sulferbel-Xarope, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.