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Sulfato de Quinina

Contraindicação do Sulfato de Quinina

Papaverina + Quinina (substância ativa) é
contra-indicado em:

  • Crianças;
  • Pacientes hipersensíveis aos componentes da fórmula e à
    quinidina;
  • Deficiência de glicose 6-fosfato-desidrogenase, miastenia
    grave, bloqueio atrioventricular total, neurite ótica, hepatopatia,
    asma, febre, hemoglobinúria, zumbido nos ouvidos e em portadores da
    doença de Parkinson sob tratamento com levodopa;
  • Durante a gravidez e lactação.

Como usar o Sulfato de Quinina

Em geral, uma drágea três vezes ao dia após as refeições.

Nos casos mais graves (por exemplo, após traumatismos cranianos
e síndrome de Ménière) iniciar o tratamento com 3 drágeas, duas
vezes ao dia. Em seguida, reduzir para 1 drágea três vezes ao dia
durante 4 a 6 semanas; após esse período a posologia recomendada é
de 1 a 2 drágeas ao dia.

Equivalência em peso entre o composto químico da
apresentação farmacêutica com a substância terapeuticamente
ativa

A papaverina e o cloridrato de quinina são absorvidos pelo trato
gastrintestinal após administração oral. A biodisponibilidade do
cloridrato de quinina fica entre 76% e 88%, e da papaverina é em
torno de 54%; 122 mg de cloridrato de quinina correspondem a
aproximadamente 100 mg de quinina anidra.

O que fazer no caso de se esquecer de tomar uma vez a
drágea?

Deve-se tomar a dose assim que possível, caso não esteja perto
da próxima vez. Se já estiver perto do horário da próxima tomada,
deve-se simplesmente continuar o horário certo, sem tomar duas
drágeas para compensar aquela que foi esquecida.

Precauções do Sulfato de Quinina

Recomenda-se cautela em pessoas com motilidade intestinal
diminuída, com arritmias cardíacas ou outras doenças cardíacas
graves; em portadores de glaucoma e diabéticos.

A eficácia deste medicamento depende da capacidade
funcional do indivíduo.

Atenção diabéticos: Contém açúcar.

Uso durante a gestação e lactação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

Não há estudos sobre a excreção de papaverina no leite materno,
mas se sabe que a quinina é excretada em concentrações que podem
causar danos aos lactentes. Portanto, seu uso é contra-indicado
durante a lactação.

A ingestão excessiva de água tônica contendo quinina pode
produzir efeitos tóxicos pela superposição da dose de quinina
presente no medicamento.

Capacidade de dirigir e operar máquinas

Este medicamento pode causar sonolência, portanto, deve-se ter
cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas.

Deve-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e medicamentos
que possam causar depressão do sistema nervoso central, como por
exemplo, anti-histamínicos, sedativos e ansiolíticos.

Deve-se orientar o paciente para observar os sinais de icterícia
durante o uso de Papaverina + Quinina (substância ativa).

Reações Adversas do Sulfato de Quinina

Não foram descritos casos de reações adversas com o uso de
Papaverina + Quinina (substância ativa). A literatura descreve
reações adversas pelo uso isolado dos componentes ativos de sua
fórmula, os quais não antecipam as mesmas ocorrências com o uso de
Papaverina + Quinina (substância ativa).

São decorrentes do uso de papaverina (geralmente em
doses mais altas):

  • Em portadores de deficiência da glicose 6-fosfato
    desidrogenase: mielossupressão, trombocitopenia, hemólise,
    coagulação intravascular disseminada, hipoprotrombinemia e anemia
    hemolítica;
  • Em portadores de miastenia grave: disfagia e depressão
    respiratória;
  • Acentuação dos sintomas em asmáticos;
  • Distúrbios visuais, incluindo visão borrada, escotomas,
    sonolência, fotofobia, diplopia, cegueira, redução no campo visual,
    mudanças na visão das cores, vertigens, dores de cabeça, síncope,
    apreensão, nervosismo e confusão;
  • Angina;
  • Náuses, vômitos e dores epigástricas;
  • Nefrotoxicidade, hepatotoxicidade e ototoxicidade.

Interação Medicamentosa do Sulfato de
Quinina

O fumo pode interferir no efeito terapêutico da papaverina.

Antiácidos contendo alumínio podem retardar ou diminuir a
absorção de quinina.

Acetazolamida pode aumentar os níveis plasmáticos de quinina por
alcalinizar a urina.

Anti-histamínicos, buclizina, fenotiazídicos, meclizina ou
tioxantênicos podem mascarar sintomas de ototoxicidade, como
zumbido nos ouvidos, tonturas ou vertigem.

A papaverina diminui a eficácia da levodopa. A quinina diminui a
ação hepática da vitamina K, podendo potencializar o efeito dos
anticoagulantes orais.

Ação da Substância Sulfato de Quinina

Resultados de eficácia

Num estudo clínico duplo-cego com portadores de vertigens devido
à insuficiência cerebrovascular, mediu-se o volume do fluxo
sangüíneo cerebral por medição radioativa no início e ao final de 4
semanas de tratamento. Os grupos de tratamento do estudo foram
divididos em Papaverina + Quinina (substância ativa), placebo ou 40
mg de papaverina.

Os resultados mostraram 4,04% de aumento do fluxo sangüíneo
cerebral com o uso de Papaverina + Quinina (substância ativa);
2,36% com o uso de 40 mg de papaverina e 0,72% com o uso de
placebo. A análise estatística determinou que o efeito da
papaverina foi significativamente superior ao placebo e o efeito do
Papaverina + Quinina (substância ativa) foi ainda superior, isso
devido ao sinergismo da papaverina e da quinina associadas no
Papaverina + Quinina (substância ativa).

Num estudo clínico cruzado, 131 pessoas com vertigem foram
tratadas com Papaverina + Quinina (substância ativa) e placebo.

Depois do tratamento com Papaverina + Quinina (substância
ativa), 72% dos casos não apresentaram mais sintomas e 10%
melhoraram, mostrando diminuição dos sintomas. Com o uso do
placebo, 66% dos pacientes reclamaram do retorno dos sintomas
iniciais.

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

Papaverina + Quinina (substância ativa) contém uma associação de
duas substâncias ativas alcalóides. A papaverina exerce um efeito
espasmolítico direto na musculatura lisa dos vasos, aumentando o
fluxo sangüíneo cerebral e periférico.

Além desse efeito, a papaverina inibe a agregação plaquetária e
aumenta a flexibilidade dos eritrócitos; essas ações também
aumentam o fluxo sangüíneo como se observa após a administração da
papaverina. A quinina inibe a transmissão de estímulos nervosos
periféricos e centrais e mantém o efeito vasodilatador.

A associação desses princípios ativos age especialmente nas
disfunções vasomotoras do cérebro e da orelha interna, melhorando o
fluxo sangüíneo cerebral e os sintomas vestibulares. Assim sendo,
Papaverina + Quinina (substância ativa) se define como ativador da
circulação vestibular, cerebral e periférica.

Farmacocinética

Os componentes de Papaverina + Quinina (substância ativa) são
bem absorvidos por via oral e sofrem metabolização hepática.

Apresentam grande afinidade pelas proteínas plasmáticas, pelas
quais se transporta 90% da dose administrada.

A quinina possui grande afinidade pela alfa-1-glicoproteína
ácida e a papaverina se conjuga com o ácido glicurônico. O tempo de
meia-vida plasmática da papaverina é de 2 horas, em média, e do
cloridrato de quinina é de aproximadamente 10 horas. A principal
via de eliminação é a renal, predominantemente sob a forma de
metabólito.

Sulfato-De-Quinina, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.