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Rabinefil

  • Doença de Hodgkin generalizada.
  • Linfoma linfocítico.
  • Linfoma histiocítico.
  • Micoses fungoides.
  • Carcinoma avançado dos testículos.
  • Sarcoma de Kaposi.
  • Doença de Letterer-Siwe (histiocitose X).
  • Coriocarcinoma resistente a outros agentes
    quimioterápicos.
  • Carcinoma de mama que não responde a cirurgia e a terapia
    hormonal.

Como o Rabinefil funciona?


Rabinefil® é um medicamento denominado
antineoplásico, usado em pacientes com câncer, que bloqueia a
divisão das células. O tempo de resposta para o tratamento vai
variar do tipo e da fase da doença a ser tratada e da combinação de
medicamentos utilizados.

Contraindicação do Rabinefil

Este medicamento não deve ser utilizado em pacientes com
granulocitopenia (diminuição dos números de granulócitos no
sangue), a menos que seja resultante da doença que está sendo
tratada, ou em pacientes com infecções bacterianas vigentes.

Uso na gravidez: categoria de risco D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Como usar o Rabinefil

Rabinefil® é de uso injetável, exclusivamente por via
intravenosa, e deve ser aplicado por serviços especializados sob
monitoração do médico.

Atenção: Administração intratecal é fatal. Somente para
uso intravenoso.

Rabinefil® 10 mg – Via intravenosa
direta

Reconstituição:

  • Diluente:

    Cloreto de Sódio 0,9%.

  • Volume:

    10 mL.

  • Aparência da solução reconstituída:

    incolor.

  • Estabilidade após reconstituição:

    não armazenar, deve ser utilizado imediatamente.

  • Tempo de Injeção:

    1 minuto.

Rabinefil® 10 mg – Infusão
intravenosa

Atenção:

sempre que possível evitar a infusão intravenosa, produto
vesicante.

Reconstituição:

  • Diluente:

    Cloreto de Sódio 0,9%.

  • Volume:

    10 mL.

  • Aparência da solução reconstituída:

    incolor.

  • Estabilidade após reconstituição:

    não armazenar, deve ser utilizado imediatamente.

Diluição:

  • Diluente:

    Cloreto de Sódio 0,9%.

  • Volume:

    máximo 100 mL.

  • Aparência da solução reconstituída:

    incolor.

  • Estabilidade após reconstituição:

    não armazenar, deve ser utilizado imediatamente.

  • Tempo de Infusão:

    máximo de 30 minutos.

Posologia do Rabinefil


Atenção:

As doses são dadas em termos de sulfato de vimblastina.

Adultos

Dose inicial:

3,7 mg/m2 de superfície corporal por semana.

Doses subsequentes:

Deve-se realizar aumentos sequenciais de 1,8 a 1,9 mg/m2
de superfície corporal a intervalos semanais como delineado a
seguir:

Adultos

Dose inicial

3,7 mg/m2 superfície
corporal

Segunda dose

5,5 mg/m2 superfície
corporal

Terceira dose

7,4 mg/m2 superfície
corporal

Quarta dose

9,25 mg/m2 superfície
corporal

Quinta dose

11,1 mg/m2 superfície
corporal

Atenção: 

a dose seguinte de sulfato de vimblastina não deverá ser
administrada até que a contagem de leucócitos tenha retornado a no
mínimo 4.000/mm3 , mesmo passados 7 dias.

Os aumentos de 1,8 a 1,9 mg/m² de superfície corporal,
como os delineados acima, podem ser realizados até uma das
seguintes situações:

  • Atingir a dose máxima de 18,5 mg/m2 de superfície
    corporal;
  • Contagem de leucócitos cair para 3.000 por mm3;
  • Diminuição do tamanho do tumor.

Manutenção:

Quando a dose de sulfato de vimblastina que produzir a
leucopenia 3.000 mm³ tiver sido estabelecida, a dose de manutenção
será a dose imediatamente menor e deverá ser administrada a
intervalos semanais. Assim, o paciente estará recebendo a dose
máxima que não causa leucopenia.

Nota:

a dose seguinte de sulfato de vimblastina não deverá ser
administrada até que a contagem de leucócitos tenha retornado a no
mínimo 4.000/mm3, mesmo passados 7 dias.

Adultos com bilirrubina sérica direta acima de 3
mg/dL:

É recomendada uma redução de 50% na dose de sulfato de
vimblastina. Não é recomendada nenhuma modificação de dose para
pacientes com insuficiência renal, pois o metabolismo e a excreção
de sulfato de vimblastina se dão por via hepática.

Crianças

Dose inicial:

2,5 mg/m² de superfície corporal por semana.

Doses subsequentes:

Deve-se realizar aumentos seqüenciais de 1,25 mg/m² de
superfície corporal a intervalos semanais como delineado a
seguir:

Crianças

Dose inicial

2,5 mg/m2 superfície
corporal

Segunda dose

3,75 mg/m2 superfície
corporal

Terceira dose

5,0 mg/m2 superfície
corporal

Quarta dose

6,25 mg/m2 superfície
corporal

Quinta dose

7,5 mg/m2 superfície
corporal

Nota:

a dose seguinte de sulfato de vimblastina não deverá ser
administrada até que a contagem de leucócitos tenha retornado a no
mínimo 4.000/mm3 , mesmo passados 7 dias.

Os aumentos de 1,25 mg/m² de superfície corporal, como
os delineados acima, podem ser realizados até uma das seguintes
situações:

  • Atingir a dose máxima de 7,5 mg/m2 de superfície corporal;
  • Contagem de leucócitos cair para 3.000 por mm3 ;
  • Diminuição do tamanho do tumor.

Manutenção:

Quando a dose de sulfato de vimblastina que produzir a
leucopenia 3.000 mm³ tiver sido estabelecida, a dose de manutenção
será a dose imediatamente menor e deverá ser administrada a
intervalos semanais. Assim, o paciente estará recebendo a dose
máxima que não causa leucopenia.

Nota:

a dose seguinte de sulfato de vimblastina não deverá ser
administrada até que a contagem de leucócitos tenha retornado a no
mínimo 4.000/mm3, mesmo passados 7 dias.

Crianças com bilirrubina sérica direta acima de 3
mg/dL

É recomendada uma redução de 50% na dose de sulfato de
vimblastina. Não é recomendada nenhuma modificação de dose para
pacientes com insuficiência renal, pois o metabolismo e a excreção
de sulfato de vimblastina se dão por via hepática.

Duração do tratamento

A duração do tratamento será determinada pelo médico. A terapia
de manutenção varia de acordo com a doença que esteja sendo tratada
e a combinação de agentes antineoplásicos que esteja sendo
usada.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Rabinefil?


Entre em contato com seu médico para verificar a situação da sua
doença e como retomar o tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Rabinefil

O Rabinefil® possui restrições de uso e reações
adversas com gravidade diferenciadas, converse com seu médico para
saber dos benefícios e riscos do uso do produto.

Rabinefil® não deve ser administrado por via
intratecal, pois pode levar à morte. Se ocorrer administração
acidental por esta via, as medidas adequadas devem ser adotadas
imediatamente.

Toxicidade neurológica:

Embora não comum ou permanente, pode ser um incômodo.
Rabinefil® não pode ser usado em paciente com contagem
de leucócitos abaixo de 3000/mm2 . Nesse casos o paciente deve
tomar antibióticos profilaticamente até normalização da contagem de
leucócitos para aplicação de próxima dose.

Idosos sofrendo de caquexia (saúde geral debilitada) ou feridas
na superfície da pele devem evitar o uso de sulfato de vimblastina,
pois poderá haver uma resposta leucopenia (diminuição dos glóbulos
brancos) mais acentuada à droga. Há risco de varicela (catapora) ou
herpes zoster grave em pacientes previamente expostos a esses
patógenos.

Em pacientes com infiltração de células malignas na medula
óssea, as contagens de glóbulos brancos e plaquetas podem cair
precipitadamente após doses moderadas de sulfato de vimblastina,
sendo desaconselhável o uso posterior do medicamento em tais
pacientes.

Pacientes com disfunção pulmonar pré-existente podem estar
particularmente suscetíveis às reações adversas pulmonares da
vimblastina.

Rabinefil® pode levar a dispenia aguda (falta de ar)
e broncoespasmo grave (dificuldade para respirar), ocorrendo com
maior frequência se o uso for concomitante à mitomicina-C,
particularmente em pacientes com disfunção pulmonar pré-existente.
Pode ocorrer dispneia progressiva. Rabinefil® não deve
ser readministrado nesses pacientes.

Recomenda-se cautela na administração de sulfato de vimblastina
em pacientes com isquemia cardíaca.

Pacientes que passaram por tratamento anterior com droga
citotóxica ou radioterapia devem ser avaliados com cautela antes de
receberem Rabinefil®.

O tratamento pode levar a um aumento do ácido úrico do paciente
e acarretar problemas aos rins. Para evitar problemas nos rins o
paciente deve ser hidratado e o ácido úrico deve ser medido
periodicamente.

Se ocorrer contaminação acidental dos olhos, pode ocorrer
irrigação grave. O olho deve ser lavado imediatamente com água. Os
efeitos imunossupressores (redução da imunidade) do sulfato de
vimblastina podem resultar em um aumento na incidência de infecções
bacterianas, maior tempo para cura e sangramento gengival. Qualquer
procedimento dental deve ser completado antes do tratamento ou
retomado depois que a contagem sanguínea tenha retornado ao normal.
Usar apropriadamente o fio dental e escova. O sulfato de
vimblastina pode causar estomatite, causando considerável
desconforto. Não há evidência de que o sulfato de vimblastina seja
carcinogênico (cause câncer) em seres humanos.

Reações Adversas do Rabinefil

Em geral, as reações adversas relativas ao uso de sulfato de
vimblastina parecem estar relacionadas à dose empregada. Geralmente
as reações adversas duram menos de 24 horas, com exceção de queda
de cabelo, leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos) e
manifestações neurológicas. Reações adversas neurológicas não são
comuns, porém, quando ocorrem duram frequentemente mais de 24
horas. A leucopenia, a reação adversa mais comum, é geralmente o
fator limitante da dose.

As seguintes reações adversas podem
ocorrer:

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Diminuição dos glóbulos brancos, celulite no local da injeção,
queda de cabelo, constipação (prisão de ventre), mal-estar, dor nos
ossos, dor no local do tumor, dor na mandíbula.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

Anemia, diminuição das plaquetas, inflamação na veia (em caso de
extravasamento), falta de apetite, náusea e vômito (controlados com
facilidade por agentes antieméticos), dor abdominal, feridas na
boca, faringite, diarreia, formigamento dos dedos, perda dos
reflexos tendinosos profundos, neurite periférica (lesão dos
nervos), depressão mental, dor de cabeça, convulsões, surdez total
ou parcial, dificuldades com o equilíbrio incluindo tontura,
nistagmo (movimento involuntário dos olhos) e vertigem, aumento da
pressão, fraqueza, feridas na pele, aumento do ácido úrico, íleo
paralítico (parada do intestino), enterocolite hemorrágica
(inflamação do intestino), sangramento de úlcera péptica já
existente, sangramento retal, dispneia aguda (respiração curta ou
difícil) e broncoespasmo grave, nefropatia úrica (doença no
rim), síndrome atribuída à secreção inapropriada do hormônio
antidiurético (ocorreu com doses maiores do que as recomendadas) e
fenômeno de Raynaud (em pacientes tratados com sulfato de
vimblastina combinado com bleomicina e cisplatina para câncer dos
testículos).

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

Foi relatado um único caso de sensibilidade à luz associada a
este produto.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através de seu serviço de
atendimento.

População Especial do Rabinefil

Uso na gravidez:

Categoria de risco D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

O Rabinefil® pode trazer riscos para o feto se usado
durante a gravidez ou se a paciente engravidar enquanto estiver
usando o produto.

Uso na amamentação:

Não amamentar se você estiver em tratamento com
Rabinefil®.

Uso em crianças:

Em estudos realizados até o momento não foram constatados
problemas com relação ao uso deste medicamento por crianças.

Uso em idosos:

Apesar de não existirem muitos estudos apropriados sobre a ação
do sulfato de vimblastina em pacientes idosos, a resposta
leucopênica (diminuição dos glóbulos brancos) pode ser maior em
pacientes idosos que sofrem de desnutrição ou úlceras na pele.

Disfunção e insuficiência hepática:

Pacientes com função hepática (do fígado) diminuída devem
receber doses menores. Rabinefil® pode ter sua
toxicidade aumentada em pacientes com insuficiência hepática.

Composição do Rabinefil

Cada frasco-ampola contém:

10 mg de sulfato de vimblastina.

Aparência:

é um pó branco a branco-amarelado, liofilizado, amorfo, sem
excipientes. O pH após reconstituição está na faixa de 3,5 a 5.

Apresentação do Rabinefil


Rabinefil® (sulfato de vimblastina) é um pó
Liofilizado para Solução Injetável.

Esta embalagem contém um frasco ampola.

Uso exclusivo por via intravenosa.

Uso restrito a hospitais.

Uso adulto e pediátrico.

Medicamento similar equivalente ao medicamento de
referência.

Superdosagem do Rabinefil

Sinais e sintomas:

Após a administração de doses elevadas, os pacientes podem
apresentar exacerbação de reações relacionadas ao sulfato de
vimblastina. Pode ser observada neurotoxicidade. A toxicidade pode
ser aumentada quando há insuficiência hepática.

O efeito principal de doses excessivas de sulfato de vimblastina
será mielossupressão (diminuição na produção de células sanguíneas
pela medula), que poderá ser gravíssima.

Tratamento:

Pocurar um hospital ou centro de controle de intoxicação para
tratamento dos sintomas.

Os cuidados de suporte são os seguintes:

  1. Prevenção das reações adversas que resultarem da síndrome de
    secreção aumentada do hormônio antidiurético (isso incluiria
    restrição do volume diário de líquido ingerido, e talvez a
    administração de um diurético atuante sobre a alça de Henle e o
    túbulo distal).
  2. Administração de um anticonvulsivante.
  3. Prevenção de íleo paralítico.
  4. Monitoração do sistema cardiovascular.
  5. Determinação diária do hemograma para orientação em relação à
    necessidade de transfusão de sangue e avaliação do risco de
    infecção.

Não há informação com relação à eficácia da diálise, nem de
colestiramina para o tratamento de superdosagem.

Quando o sulfato de vimblastina for ingerido,
deve-se:

  • Proteger a passagem de ar do paciente e garantir a ventilação e
    perfusão.
  • Monitorar meticulosamente e manter dentro dos níveis aceitáveis
    os sinais vitais do paciente, os gases do sangue, eletrólitos
    séricos.
  • A absorção pelo trato gastrintestinal pode ser diminuída
    administrando carvão ativado. Doses repetidas de carvão ativado
    podem acelerar a eliminação de algumas drogas que foram
    ingeridas. Proteger a passagem de ar do paciente quando empregar o
    carvão ativado.

Superdosagem proveniente da infusão consecutiva diária
prolongada pode ser mais tóxica do que a mesma dose total dada por
uma injeção intravenosa rápida. A dose letal média intravenosa para
camundongos é de 10 mg/kg e para ratos é de 2,9 mg/kg. A dose letal
média oral para ratos é de 7 mh/kg.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Rabinefil

O Rabinefil® interage com os seguintes
medicamentos e/ou pode:

  • Diminuir a ação de vacinas de vírus mortos (como as vacinas
    para hepatite A e B, poliomielite e gripe).
  • Aumentar os riscos de reações adversas a vacinas de vírus
    vivos.
  • Aumentar as taxas de ácido úrico, sendo necessário ajuste de
    doses de – alopurinol, colchicina, probenecida e
    sulfimpirazona.
  • Ter efeitos aditivos depressores da medula óssea com – outros
    depressores de medula óssea (ex.: outros antineoplásicos como
    idarrubicina, etoposideo), terapia radioativa.
  • Ter seu efeito leucopênio (diminuição de glóbulos brancos do
    sangue) e trombocitopênico (diminuição das plaquetas do sangue)
    aumentados por: medicamentos que causam alteração no sangue (ex.:
    carbamazepina, cloranfenicol, hidroxicloroquina).
  • Ter o início de ação antecipado ou a gravidade das reações
    adversas aumentada por: drogas conhecidamente inibidores do
    citocromo P450, sub-família CYP3A (ex. cetoconazol,
    eritromicina).
  • Sofrer ou provocar aumento das reações adversas respiratórias
    com – mitomicina-C.
  • Aumentar a frequência e a intensidade de convulsões com –
    fenitoína.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para sua saúde.

Ação da Substância Rabinefil

Resultados de eficácia

A vimblastina é considerada um agente específico do ciclo
celular, principalmente por sua ação na metáfase da mitose celular.
Este efeito citotóxico é, provavelmente, facilitado pela sua
habilidade em se ligar à tubulina; no entanto, intermediários
reativos também podem ser parcialmente responsáveis pela atividade
citotóxica (Gilman et al. 1990); (Devita et al.
1989) (Young amp; Koda-Kimble, et al.1988).

Doença de Hodgkin

O tratamento da doença de Hodgkin está baseado no estadiamento
da doença. Pacientes com estadiamento inicial são candidatos à
quimioterapia, terapia combinada ou radioterapia isolada. Pacientes
com estadiamento II a IV ou na presença de sintomas B requerem
tratamento combinado de quimioterapia com ou sem radioterapia
adicional.

Canellos e colaboradores, 1992 realizaram um estudo randomizado,
comparando a efetividade do esquema MOPP (mecloretamina,
vincristina, procarbazina e prednisona) que foi o tratamento padrão
por mais de 20 anos, com os esquemas ABVD (doxorrubicina,
bleomicina, vimblastina e dacarbazina) e MOPP alternado com ABVD.
Foram avaliados 361 pacientes com estadiamento IIA a IV. Os
esquemas que continham ABVD foram superiores ao MOPP isolado em
termos de sobrevida livre de recorrência (50% vs 36%, em um
acompanhamento médio de 14 anos) e o esquema de ABVD isolado foi
menos tóxico do que os outros esquemas.

Duggan e colaboradores, 2003 conduziram um estudo comparativo
entre os esquemas ABVD e MOPP/ABV em 856 pacientes com doença
avançada. A eficácia entre os dois esquemas foi equivalente em
termos de sobrevida livre de recorrência e sobrevida global,
entretanto, o esquema MOPP/ABV revelou-se mais tóxico.

Johnson e colaboradores, 2005

publicaram estudo realizado em 807 pacientes com doença
avançada, no qual era comparado o esquema ABVD com outros dois
esquemas de quimioterapia que incluíam etoposídeo, clorambucila,
vincristina e procarbazina. Com um acompanhamento de 52 meses, a
avaliação de sobrevida livre de eventos foi de 75% para o esquema
ABVD e também para os outros dois esquemas. A sobrevida global aos
três anos foi de 90% para o grupo ABVD e 88% para os outros grupos.
Não houve diferença significativa entre os grupos, entretanto, o
esquema ABVD revelou-se menos tóxico, permanecendo até hoje como
tratamento padrão para doença de Hodgkin.

Linfoma linfocítico

O uso de vimblastina está indicado como tratamento paliativo do
linfoma linfocítico, formas nodular e difusa e bem diferenciado ou
indiferenciado.

Grigoletto e colaboradores, 1981 realizaram estudo em 14
pacientes com linfomas linfocíticos difusos, indiferenciados,
avançados, utilizando a combinação de doxorrubicina, bleomicina,
vimblastina e dacarbazina (ABVD). Respostas completas foram
alcançadas em 50% dos casos e respostas objetivas em 80%.

A toxicidade foi aceitável e não houve ocorrência de morte
relacionada ao fármaco. Concluiu-se que o esquema ABVD não é o
ideal para tratamento de primeira linha, mas pode ser avaliado em
pacientes em que a primeira linha de tratamento não foi
efetiva.

Micose fungoide

A micose fungoide é um linfoma de pele e pode ser primário ou
uma manifestação secundária de diferentes tipos de linfoma como o
histiocítico ou o linfoblástico. O tratamento quimioterápico pode
ser feito utilizando alcaloides da vinca, em especial a
vimblastina. Entretanto, apesar de regressões muito significativas
com o tratamento sistêmico, a quimioterapia não demonstrou o
aumento da sobrevida.

Carcinoma dos testículos

Historicamente a vimblastina foi incluída em vários protocolos
de tratamento para câncer testicular. Regimes terapêuticos
sequenciais com vimblastina combinada com outros fármacos como
bleomicina, dactinomicina, cisplatina e doxorrubicina promoveram
boas taxas de resposta (parcial e completa) atingindo níveis de 78%
a 88%.

Einhorn e colaboradores, 1980 avaliaram 19 pacientes com
diagnóstico de seminoma disseminado com a combinação
de cisplatina, vimblastina, bleomicina com ou sem
doxorrubicina. Doze pacientes (63%) alcançaram remissão completa
com duração mediana de 18 meses. Esses resultados são comparáveis
aos alcançados em tumores de testículo não seminomatosos e pode ser
utilizada estratégia similar.

Protocolos com doses reduzidas de vimblastina (0,2 a 0,4
mg/kg/dose) associada à cisplatina com bleomicina promoveram bons
índices de respostas (remissões completas de 71% a 97%) e com baixa
toxicidade.

Loehrer e colaboradores, 1998 estudaram a efetividade da
combinação de vimblastina, ifosfamida e cisplatina (VeIP) em
tratamento de segunda linha de pacientes com tumores de células
germinativas. Foram avaliados 135 pacientes com doença progressiva
após terapia baseada na combinação cisplatina e etoposídeo. Dos
pacientes avaliados 67 (49,6%) apresentaram-se livres da doença
após o tratamento. Concluíram que o esquema VeIP é capaz de
produzir respostas duráveis nesses pacientes.

Sarcoma de Kaposi

Laubenstein e colaboradores, 1984 estudaram a combinação de
doxorrubicina, bleomicina e vimblastina (ABV) em 31 pacientes com
sarcoma de Kaposi epidêmico. A maior parte dos pacientes
apresentava doença avançada, infecções oportunistas prévias ou
falhas aos tratamentos anteriores. Com um acompanhamento de 24
meses, a duração mediana de resposta foi de oito meses. A taxa de
resposta global foi de 84%.

Volberding e colaboradores, 1985 estudaram 38 pacientes
portadores de sarcoma de Kaposi relacionado à síndrome de
imunodeficiência. Foram administradas doses semanais intravenosas
de vimblastina de 4 a 8 mg; dez pacientes obtiveram resposta
objetiva e 19 obtiveram estabilidade da doença durante o
tratamento.

A toxicidade foi mínima. A terapia alternada de vincristina e
vimblastina foi efetiva como paliativa para o sarcoma de Kaposi em
pacientes imunossuprimidos.

Os pacientes receberam vincristina 2 mg nas semanas ímpares e
vimblastina 0,1 mg/kg nas semanas pares. Dos 23 pacientes
avaliados, um paciente respondeu completamente e oito parcialmente;
sete pacientes mantiveram a doença estável durante o tratamento. O
tempo médio de resposta foi de 13 semanas, a duração média da
resposta foi atingida em 35 semanas.

Doença de Letter-Siwe

A doença de Letter-Siwe, de ocorrência em crianças, é
considerada uma histiocitose disseminada, uma forma não usual de
linfoma maligno. A apresentação clínica consiste em
hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, anemia e hiperplasia
generalizada.

Komp e colaboradores, 1977 estudaram 25 crianças com
histiocitose X tratadas com ciclofosfamida, vimblastina e
prednisona. A resposta completa foi obtida em oito crianças, oito
com resposta parcial, duas com doença progressiva e sete não
responderam. As respostas nas crianças acima de um ano de idade
foram melhores do que as reportadas com agentes únicos.

Nas crianças abaixo de um ano de idade a resposta foi muito
pobre e a toxicidade muito alta. Vários outros agentes
quimioterápicos incluindo vincristina, vimblastina, ciclofosfamida,
metotrexato, clorambucila, mercaptopurina e prednisona foram
utilizados para tratar a doença disseminada e progressiva. A
terapia com agentes isolados foi tão efetiva quanto à combinada,
atingindo níveis de resposta ao redor de 50%.

Características farmacológicas

O sulfato de vimblastina é o sal de um alcaloide extraído da
Vinca rosea Linn, uma planta florescente comum, conhecida como
pervinca (mais propriamente conhecida como Catharanthus
roseus
G. Don). O sulfato de vimblastina é um alcaloide
dimérico composto dos grupos funcionais indól e di-hidroindól. As
evidências físicas e químicas indicam que o sulfato de vimblastina
possui um peso molecular de 909,07 e fórmula empírica
C46H58O9N4.H2SO4.

É um pó branco a quase branco facilmente solúvel em água,
solúvel em metanol, fracamente solúvel em etanol e insolúvel em
benzeno e éter.

Farmacodinâmica

A vimblastina é um fármaco citotóxico, cujo mecanismo de ação
está relacionado com a inibição da formação de microtúbulos no fuso
mitótico, resultando em uma parada da divisão celular na
metáfase.

Farmacocinética

Estudos farmacocinéticos em pacientes com câncer demonstraram
uma queda trifásica do nível sérico após injeção intravenosa rápida
de vimblastina. A meia-vida inicial, média e final é de 3,7
minutos, 1,6 e 24,8 horas, respectivamente. O volume do
compartimento central é 70% do peso corporal, provavelmente
refletindo uma ligação tecidual muito rápida aos elementos do
sangue.

Ocorre extensa reversão da ligação tecidual. Baixas
concentrações estão presentes no organismo 48 a 72 horas após a
injeção. Foi demonstrado que o metabolismo dos alcaloides da vinca
é mediado pelas isoenzimas hepáticas do citocromo P450 CYP3A. A
maior via de eliminação da vimblastina é pelo sistema biliar, e
também pela urina. Após injeção de sulfato de vimblastina tritiada
em pacientes com câncer, 10% da radioatividade foi encontrada nas
fezes e 14% na urina, a atividade restante não foi computada.

Estudos similares em cães mostraram que após nove dias, 30% a
36% da radioatividade foram detectadas na bile e 17% na urina. Um
estudo similar em ratos demonstrou que as concentrações mais altas
de radioatividade foram encontradas no pulmão, fígado, baço e rins,
duas horas após a injeção.

Cuidados de Armazenamento do Rabinefil

Antes de aberto, Rabinefil® deve ser mantido em sai
embalagem original em geladeira (2ºC a 8ºC) e protegido da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Estabilidade após reconstituição:

Após reconstituição com 10 mL de Cloreto de Sódio 0,9%, não
armazenar, o medicamento deve ser utilizado imediatamente.

Características físicas e organolépticas:

Aspecto físico do pó:

Pó branco ou branco-amarelado, liofilizado.

Características da solução após
reconstituição:

Solução incolor.

Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança
no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Rabinefil

Reg. M.S. nº: 1.0041.0144

Farmacêutica Responsável:

Cíntia M. P. Garcia
CRF-SP 34.871

Fabricado por:

Fresenius Kabi SA
Buenos Aires – Argentina

Importado por:

Fresenius Kabi Brasil Ltda.
Av. Marginal Projetada, 1652
Barueri – SP
C.N.P.J. 49.324.221/0001-04

SAC:

0800 707 3855

Uso restrito a hospitais. Venda sob prescrição
médica.

Nº de lote, data de fabricação, prazo de
validade: vide rótulo.

Rabinefil, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.