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Pantasun

Pantasun® também é indicado no tratamento de
hemorragia digestiva alta (em complemento à terapia endoscópica),
na prevenção do ressangramento e na profilaxia de sangramento agudo
por úlcera de estresse.

Como o Pantasun funciona?


Pantasun® (pantoprazol) é um inibidor da bomba de
prótons (IBP), isto é, inibe uma estrutura localizada dentro de
células específicas do estômago (células parietais), responsáveis
pela produção de ácido clorídrico. Sua substância ativa só age (é
ativada) no interior das células parietais do estômago, local onde
a acidez é intensa, mantendo-se praticamente inativa em outros
meios que não sejam muito ácidos. Pantasun® atua na
etapa final da secreção ácida, sem depender de estímulo. Por meio
de um mecanismo de autoinibição à medida que a secreção ácida é
inibida, o seu efeito diminui qualquer que seja a via de
administração, oral ou intravenosa. O início de sua ação se dá logo
após a aplicação da primeira dose. Após 25 horas, a inibição de 52%
da secreção ácida estimulada pelo alimento ainda ocorre, perdurando
até 48 horas. O completo retorno da secreção ácida dá-se apenas 96
horas após a suspensão da administração do fármaco.

Contraindicação do Pantasun

Pantasun® não deve ser usado por indivíduos que
apresentem alergia (hipersensibilidade) conhecida ao pantoprazol ou
aos demais componentes da fórmula ou a benzimidazois
substituídos.

Como usar o Pantasun

Pantasun® deve ser administrado
exclusivamente por via intravenosa.

Injetando-se 10 ml de solução de cloreto de sódio 0,9% no
frasco-ampola que contém o pó liofilizado, obtém-se rapidamente a
solução injetável pronta para a aplicação intravenosa.

Pode-se administrar a solução sob a forma de bolus (no
mínimo por 2 minutos) ou sob a forma de infusão, após a diluição da
solução reconstituída em 100 ml de solução fisiológica ou 100 ml de
solução de glicose a 5% ou a 10%.

Neste caso, recomenda-se um tempo de administração de 15
minutos.

Pantasun® não deve ser diluído com outros
tipos de diluente ou misturado a nenhum outro medicamento
injetável.

Tão logo se torne recomendável o tratamento por via oral,
Pantasun® deve ser descontinuado e substituído pelo
tratamento com pantoprazol comprimidos, levando-se em consideração
a equivalência terapêutica entre a forma injetável de 40 mg e os
comprimidos gastrorresistentes de 40 mg.

Posologia do Pantasun


No tratamento da úlcera péptica gástrica ou duodenal e das
esofagites por refluxo moderada ou grave, salvo critério médico
diferente, recomenda-se a administração de um frasco-ampola (40 mg)
de Pantasun® ao dia.

No tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison e outras
condições patológicas hipersecretórias, os pacientes devem iniciar
o tratamento com dose diária de 80 mg. Em seguida, a dose pode ser
alterada para uma dose maior ou menor conforme necessário,
adotando-se medidas de secreção de ácido gástrico como parâmetro.
Doses diárias acima de 80 mg devem ser divididas e administradas
duas vezes ao dia. Aumentos temporários da dose diária para valores
acima de 160 mg de pantoprazol são possíveis, mas não devem ser
administrados por períodos que se prolonguem além do necessário
para controlar devidamente a secreção ácida. A duração do
tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison e outras
condições patológicas hipersecretórias não é limitada e deve ser
adaptada à necessidade clínica.

No tratamento da hemorragia digestiva alta (em complemento à
terapia endoscópica) e na prevenção do ressangramento recomenda-se
a administração de 80 mg de Pantasun® em bolus,
seguidos da infusão de 8 mg/h de Pantasun®
durante 72 horas.

Na profilaxia de sangramento agudo por úlcera de estresse,
recomendam-se esquemas posológicos de 40 mg a 80 mg de
Pantasun® uma a duas vezes ao dia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Pantasun?


Caso uma dose não tenha sido administrada, deve-se administrá-la
tão logo possível. A dose seguinte deve obedecer ao esquema
posológico recomendado, respeitando o intervalo entre as doses.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Pantasun

Pantasun® deve ser administrado exclusivamente por
via intravenosa.

Indica-se a administração de Pantasun® a critério
médico quando a via oral não for recomendada.

Pantasun® 40 mg não é indicado para distúrbios
gastrintestinais leves, como por exemplo na dispepsia
não-ulcerosa.

Malignidade gástrica

A resposta sintomática ao pantoprazol não exclui a presença de
malignidade gástrica. Na presença de qualquer sintoma de alarme,
como perda de peso significativa não intencional, vômitos
recorrentes, dificuldade para engolir, vômitos com sangue, anemia
ou fezes sanguinolentas e quando houver suspeita ou presença de
úlcera gástrica, deve-se excluir a possibilidade de malignidade
(câncer). Informe seu médico, já que o tratamento com pantoprazol
pode aliviar os sintomas e retardar o diagnóstico.

Influência na absorção de vitamina B12

O tratamento diário com qualquer medicação ácido-supressora, por
períodos prolongados (vários anos) pode levar à má absorção da
vitamina B12. A deficiência dessa vitamina deve ser considerada em
pacientes com a Síndrome de Zollinger-Ellison e outras
patologias hipersecretórias que necessitam de tratamento a longo
prazo, em pacientes com reservas corporais reduzidas ou fatores de
risco para a absorção reduzida de vitamina B12 (como os idosos), em
tratamento de longo prazo ou se sintomas clínicos relevantes são
observados.

Clostridium difficile

O tratamento com IBP pode estar associado a um risco aumentado
de infecção por Clostridium difficile. Como todos os
inibidores de bomba de próton, o pantoprazol pode aumentar a
contagem de bactérias normalmente presentes no trato
gastrointestinal superior. O tratamento com Pantasun®
pode levar a um leve aumento do risco de infecções
gastrointestinais causadas por bactérias como Salmonella,
Campylobacter
e C. difficile.

Hipomagnesemia (valor baixo do magnésio no
sangue)

A hipomagnesemia tem sido raramente relatada em pacientes
tratados com IBP por pelo menos três meses (na maioria dos casos,
após um ano de terapia). Consequências graves da hipomagnesemia
incluem tétano, arritmia (falta de regularidade nos batimentos do
coração) e convulsão.

Fratura óssea

O tratamento com os inibidores de bomba de próton pode estar
associado a um risco aumentado de fraturas relacionadas à
osteoporose do quadril, punho ou coluna vertebral. O risco de
fratura foi maior nos pacientes que receberam altas doses,
definidas como doses múltiplas diárias, e terapia a longo prazo com
IBP (um ano ou mais).

Lúpus Eritematoso Cutâneo Subagudo (LECSA)

 Os medicamentos inibidores da bomba de prótons, como
pantoprazol, estão associados em casos raros com a ocorrência de
lúpus eritematoso cutâneo subagudo. Se ocorrerem lesões,
especialmente nas áreas da pele expostas ao sol, e se acompanhadas
de artralgia (dor nas juntas), o paciente deve procurar ajuda
médica prontamente e o profissional de saúde deve considerar
interromper o produto.

Dirigir e operar máquinas

Não se espera que Pantasun® afete adversamente a
habilidade de dirigir e operar máquinas. Reações adversas como
tontura e distúrbios visuais podem ocorrer. Se afetado, o paciente
não deve dirigir nem operar máquinas.

Reações Adversas do Pantasun

Este medicamento pode causar as seguintes reações adversas

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Tromboflebite no local da injeção.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Distúrbios do sono, dor de cabeça, boca seca, diarreia,
náusea/vômito, inchaço e distensão abdominal, dor e desconforto
abdominal, prisão de ventre, aumento nos níveis de enzimas do
fígado, tontura, reações alérgicas como coceira e reações de pele
(exantema, rash e erupções), fraqueza, cansaço e mal
estar.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Alterações das células do sangue (agranulocitose),
hipersensibilidade (incluindo reações e choque anafilático),
aumento no nível de gordura no sangue, alterações de peso,
depressão, distúrbios de paladar, distúrbios visuais (visão turva),
aumento nos níveis de bilirrubina, urticária, inchaço na pele ou
mucosas, dor nas articulações, dor muscular, crescimento de mamas
em homens, elevação da temperatura corporal, inchaço
periférico.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Alterações nas células do sangue (leucopenia, trombocitopenia,
pancitopenia), desorientação.

Reações de frequência desconhecida

Diminuição nos níveis de sódio/magnésio; alucinação, confusão,
dano às células do fígado, coloração amarelada na pele e/ou olhos
(icterícia), insuficiência do fígado, inflamação renal (nefrite
intersticial), síndrome de Stevens Johnson, eritema multiforme,
síndrome de Lyell, sensibilidade à luz, fraturas no quadril, punho
ou coluna.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Pantasun

Insuficiência hepática

Em pacientes com disfunção hepática grave (insuficiência
hepática), a dose diária deve ser reduzida para 20 mg e as enzimas
hepáticas devem ser regularmente monitoradas durante o tratamento
com Pantasun®, particularmente no uso a longo prazo. Se
houver aumento dos valores enzimáticos, o tratamento deve ser
descontinuado.

Em pacientes com insuficiência hepática grave, os níveis de
enzimas hepáticas devem ser monitorados regularmente durante a
terapia com pantoprazol, particularmente no uso a longo prazo. Caso
ocorra uma elevação desses níveis, o tratamento com pantoprazol
deve ser descontinuado.

Uso na gravidez e amamentação

Pantasun® não deve ser administrado a gestantes e
lactantes, a menos que absolutamente necessário, uma vez que a
experiência clínica sobre seu uso em mulheres nessas condições é
limitada. Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutiva. O
risco potencial em humanos é desconhecido. Estudos em animais
mostraram a excreção do pantoprazol no leite materno. A excreção de
pantoprazol no leite materno tem sido reportada. Portanto, a
decisão sobre continuar / descontinuar a amamentação ou continuar /
interromper o tratamento com pantoprazol deve ser tomada tendo em
consideração o benefício da amamentação para a criança e o
benefício do tratamento com pantoprazol às mulheres.

Portanto, Pantasun® só deve ser utilizado quando o
benefício para a mãe for considerado maior que o risco potencial ao
feto ou à criança.

Categoria B de risco na gravidez – Este medicamento não
deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.

Pacientes pediátricos

A experiência clínica em crianças é limitada e, portanto, o uso
do produto não é recomendado para menores de 18 anos de idade.

Pacientes idosos

A dose diária de 40 mg de pantoprazol não deve ser excedida em
pacientes idosos.

Pacientes com insuficiência renal

A dose diária de 40 mg de pantoprazol não deve ser excedida.

Composição do Pantasun

Cada frasco-ampola contém:

45,10 mg de pantoprazol sódico sesqui-hidratado (equivalente a
40,0 mg de pantoprazol).

Apresentação do Pantasun


Pó liofilizado injetável 40 mg

Embalagem com 1 frasco-ampola.

Via intravenosa.

Uso adulto.

Medicamento similar equivalente ao medicamento de
referência.

Superdosagem do Pantasun

Doses de até 240 mg, administradas por via intravenosa durante 2
minutos, foram bem toleradas. Como o pantoprazol se liga
extensivamente às proteínas, não é facilmente dialisável.

Na eventualidade da administração acidental de doses muito acima
das preconizadas, com manifestações clínicas de intoxicação,
procure imediatamente assistência médica, pois pode ser necessário
adotar medidas habituais de controle das funções vitais. Não tome
nenhuma medida sem antes consultar um médico. Informe ao médico o
medicamento que utilizou, a quantidade e os sintomas que está
apresentando.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar
de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Pantasun

Pantasun® pode alterar a absorção de medicamentos que
necessitam da acidez no estômago para a sua absorção adequada, como
o cetoconazol. Isso se aplica também a medicamentos ingeridos pouco
tempo antes de Pantasun®.

Não há interação medicamentosa clinicamente importante de
Pantasun® com as seguintes substâncias testadas:
carbamazepina, cafeína, diazepam, diclofenaco, digoxina, etanol,
glibenclamida, metoprolol, naproxeno, nifedipina, fenitoína,
teofilina, piroxicam e contraceptivos orais contendo levonorgestrel
e etinilestradiol. Uma interação de pantoprazol com outros
medicamentos ou compostos, os quais são metabolizados pelo mesmo
sistema de enzima, não pode ser excluída.

A administração de Pantasun® junto com os
antibióticos claritromicina, metronidazol e amoxicilina não revelou
nenhuma interação clinicamente significativa.

Não há restrições específicas quanto à ingestão de antiácidos
junto com Pantasun®. A administração concomitante do
pantoprazol e clopidogrel não teve efeito clinicamente importante
na exposição ao metabólito ativo do clopidogrel ou inibição
plaquetária induzida pelo clopidogrel.

Em pacientes que estão sendo tratados com anticoagulantes
cumarínicos, é recomendada a monitorização do tempo de protrombina
/ INR após o início, término ou durante o uso irregular de
pantoprazol. O uso de Pantasun® juntamente com
metotrexato (principalmente em doses altas), pode elevar o efeito
do metotrexato e/ou seus metabólitos, levando possivelmente à
toxicidade do metotrexato.

A coadministração de pantoprazol não é recomendada com
inibidores da protease do HIV para os quais a absorção depende da
acidez estomacal, tais como o atazanavir, nelfinavir; devido a uma
redução significativa na sua biodisponibilidade.

Interferência em testes de laboratório

Em alguns poucos casos isolados, detectaram-se alterações no
tempo de coagulação com o uso do produto. Portanto, em pacientes
tratados com anticoagulantes cumarínicos (varfarina, femprocumona),
recomenda-se monitoração do tempo de coagulação após início e o
final ou durante o tratamento com pantoprazol. Níveis aumentados de
cromogranina A podem interferir com as investigações de tumores
neuroendócrinos. Para evitar essa interferência, o tratamento com
inibidores das bombas de prótons deve ser interrompido 14 dias
antes do doseamento de cromogranina A.

Efeitos de outros medicamentos em
pantoprazol

Drogas que inibem ou induzem a enzima
CYP2C19

Os medicamentos inibidores da enzima CYP2C19, tais como a
fluvoxamina, provavelmente aumentam a exposição sistêmica
(concentração na circulação sanguínea) do pantoprazol. Os
medicamentos indutores da enzima CYP2C19 podem diminuir a exposição
sistêmica a pantoprazol.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Pantasun

Resultados de Eficácia


A eficácia terapêutica dos inibidores da bomba de prótons, entre
os quais o Pantoprazol (substância ativa), é incontestável, sendo
estes agentes considerados como de primeira escolha para o
tratamento dos transtornos gastrintestinais relacionados com a
produção de ácido clorídrico no estômago. Os IBPs são pró-drogas
que são convertidas em seus princípios ativos nas células parietais
gástricas. Assim, está bem estabelecido que a forma absorvida do
Pantoprazol (substância ativa) é a livre e neutra (não associada)
seja qual for sua formulação. Esta circula no sangue e inibe de
forma específica e dose-dependente a secreção de ácido clorídrico
no estômago por meio de uma ação direta sobre a bomba de prótons
das células parietais, exercendo assim seus efeitos
terapêuticos.

De um modo global, os resultados observados nos estudos clínicos
com o uso de Pantoprazol (substância ativa) magnésico – Pantoprazol
(substância ativa) – comprovam sua eficácia e segurança no
tratamento da DRGE, com taxas expressivas de cicatrização
comprovada endoscopicamente e de melhora absoluta dos sintomas
gastrintestinais.

Um estudo duplo-cego, randomizado e cruzado (estudo CP-072), com
pacientes com DRGE (n=79; estágios I-III de Savary-Miller),
comparou o perfil do pH intragástrico de 24 horas após a
administração de comprimidos de 40 mg de Pantoprazol (substância
ativa) magnésico e de 40 mg de Pantoprazol (substância ativa)
sódico uma vez ao dia por sete dias consecutivos e verificou com
ambas as formulações uma inibição similar da secreção ácida e sobre
o período de manutenção do pH intragástrico ≥4 em 24 horas, tanto
nos casos de H. pylori negativo como positivo.

Um estudo clínico duplo-cego, randomizado, multicêntrico, de
grupos paralelos, com pacientes com DRGE (estágios I-III de
Savary-Miller) (estudo M3-323), comparou 40 mg de Pantoprazol
(substância ativa) magnésico (n= 322) com 40 mg de Pantoprazol
(substância ativa) sódico (n=314). A variável primária foi a cura
da esofagite de refluxo confirmada por endoscopia. Após 4 semanas
detratamento, as taxas de cura na população ITT foram de 72,7% e
66,2%, respectivamente com Pantoprazol (substância ativa) magnésico
e Pantoprazol (substância ativa) sódico, o que permitiu concluir
que o Pantoprazol (substância ativa) magnésico é superior ao
Pantoprazol (substância ativa) sódico (Dif. 6,4; IC 95%
0,43;12,43). Após 8 semanas de tratamento, as taxas de cura na
população ITT foram de 87,3% com Pantoprazol (substância ativa)
magnésico e 85,0% com Pantoprazol (substância ativa) sódico (dif.
2,2; IC de 95% -2,3;6,7), comprovando a eficácia comparável dos
dois sais.

Um estudo duplo-cego, randomizado, multicêntrico e de grupos
paralelos comparou as taxas de cicatrização comprovada
endoscopicamente no tratamento de pacientes com DRGE (grau A-D de
Los Angeles) (estudo M3-906) com Pantoprazol (substância ativa)
magnésico 80 mg (n=1.134) e com Pantoprazol (substância ativa)
sódico 40 mg (n=1.127), ambos administrados em dose única diária.
Após quatro semanas de tratamento, as taxas de cicatrização na
população ITT foram de 65,7% no grupo Pantoprazol (substância
ativa)-Mg e 62,2% no grupo Pantoprazol (substância ativa)-Na.

Após oito semanas de tratamento, as taxas de cicatrização foram
de 93,4% e de 95,0%, respectivamente. A presença do H.
pylori
não interferiu nos resultados. Este estudo demonstrou
superioridade do Pantoprazol (substância ativa)-Mg 80 mg sobre o
Pantoprazol (substância ativa)-Na 40 mg após quatro semanas de
tratamento considerando-se os graus A a D da classificação de Los
Angeles para a esofagite de refluxo.

Outro estudo, com metodologia semelhante à do anterior, mas com
pacientes com DRGE grau C-D da classificação de Los Angeles (estudo
M3-904), comparou o Pantoprazol (substância ativa) magnésico 80 mg
(n=444) com o Pantoprazol (substância ativa) sódico 40 mg (n=457),
ambos administrados em dose única diária. O índice de cura na
população ITT (taxas de cicatrização endoscopicamente confirmada da
esofagite de refluxo) após quatro semanas foi de 39,19% (IC de 95%:
34,62; 43,90) com o Pantoprazol (substância ativa)-Mg 80 mg e de
38,29% (IC de 95%: 33,82; 42,92) com o Pantoprazol (substância
ativa)-Na 40 mg. Após oito semanas de tratamento, as taxas de
cicatrização foram de 78,83% no grupo Pantoprazol (substância
ativa)-Mg e de 78,34% no grupo Pantoprazol (substância ativa)-Na.
Todos os escores do questionário clínico ReQuest diminuíram
consideravelmente do dia 0 para o dia 28 com ambos os tratamentos;
as taxas gerais do escore total de melhora dos sintomas do
ReQues foram de 63,61% no grupo Pantoprazol (substância
ativa)-Mg versus 63,03% no grupo Pantoprazol (substância ativa)-Na.
Após 28 dias de tratamento, cerca de 80% tiveram seus sintomas
melhorados por pelo menos uma vez de acordo com o escore total do
ReQuest, enquanto mais de 60% tiveram enfim seus sintomas
definitivamente melhorados no dia 28.

Avaliaram-se a segurança e a eficácia do uso de Pantoprazol
(substância ativa) magnésico 40 mg em comparação com Pantoprazol
(substância ativa) sódico 40 mg em pacientes com DRGE (estágios
I-III de Savary-Miller) foi avaliada através do estudo MX-023. Os
fármacos foram administrados em dose única diária por quatro ou
oito semanas. Em ambos os tratamentos, as taxas de cicatrização das
diferentes populações decresceram com o aumento do estágio da DRGE
(I, II e III) após quatro e oito semanas de terapia, sem se
notassem diferenças significativas entre os grupos com os
tratamentos. Com o Pantoprazol (substância ativa)-Mg, as taxas de
cicatrização após as quatro e oito semanas de tratamento foram
maiores nos pacientes com H. pylori positivo do que nos
pacientes com H. pylori negativo; com o sal sódico
observou-se uma tendência oposta. Os escores de todos os onze
sintomas gastrintestinais avaliados diminuíram intensamente durante
o curso do estudo e também foram comparáveis entre os grupos
tratados. Treze pacientes (5%) apresentaram eventos adversos
durante o estudo (sete com o Pantoprazol (substância ativa)-Mg e
seis com o Pantoprazol (substância ativa)-Na). Apenas 3,3% dos
eventos foram relacionados com os fármacos em estudo (seis com o
Pantoprazol (substância ativa)-Mg e dois com o Pantoprazol
(substância ativa)-Na).

Os eventos mais comuns foram:

  • Cefaleia (n=3 – um com Mg e dois com Na).
  • Diarreia (n=2 – um em cada grupo).
  • Hipersensibilidade (n=1 com Mg).

Um estudo multicêntrico aberto avaliou a melhora dos sintomas da
DRGE em 3665 pacientes por meio do questionário ReQuest,(escores lt;1,7 significam ausência
de DRGE).

Ao final de quatro semanas de tratamento com Pantoprazol
(substância ativa) magnésico (40 mg uma vez ao dia por 28 dias), as
porcentagens de pacientes com escores lt;1,7 nos diversos sintomas
foram:

  • 77,3% para queixas de hiperacidez.
  • 76,9% para sintomas abdominais altos.
  • 78,7% para sintomas abdominais baixos.
  • 86,7% para náuseas.
  • 81,9% para transtornos do sono.
  • 73,9% para impacto no bem-estar geral.

Na avaliação dos pesquisadores ao final do
tratamento, as porcentagens de pacientes apresentando melhora
completa dos sintomas (usando uma escala de Likert)
foram:

  • 62% para pirose (de 1,6 basal para 0 pós-tratamento).
  • 68,7% para regurgitação (de 2,6 para 0 pós-tratamento).
  • 71,5% para dor abdominal (de 9,5 para 0 pós-tratamento).
  • 86,3% para náusea (de 30,8 para 0 pós-tratamento).
  • 94,6% para dispneia (de 3,5 para 0 pós-tratamento) (todos os
    valores plt;0,001).

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Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Pantoprazol (substância ativa) magnésico di-hidratado – é um
inibidor da bomba de prótons (IBP). O Pantoprazol (substância
ativa) – é um benzimidazol substituído que, independentemente de
sua formulação como sal neutro ou como ácido livre, inibe
prontamente e de forma específica e dose-dependente a secreção de
ácido clorídrico no estômago por meio de uma ação direta sobre a
bomba de prótons das células parietais.

Pantoprazol (substância ativa) é uma base racêmica fraca que,
após absorção, acumula-se de maneira seletiva e progressiva nos
canalículos ácidos das células parietais, onde a molécula se
protona e se converte rapidamente em Pantoprazol (substância
ativa), uma sulfonamida cíclica, que se liga à enzima H+K+ATPase
(bomba de prótons) através de uniões dissulfeto covalentes com as
cisteínas 813 e 822, inibindo sua ação. Assim, o Pantoprazol
(substância ativa) inibe de modo eficaz a última etapa da produção
de ácido no estômago, o que se reflete em uma potente e prolongada
supressão da secreção ácida basal e estimulada com consequente
redução da acidez no estômago e com um aumento reversível de
gastrina proporcional à redução da acidez.

Pantoprazol (substância ativa) não exerce efeitos sobre os
receptores de histamina, de acetilcolina ou de gastrina. A
organoespecificidade e a seletividade de Pantoprazol (substância
ativa) decorrem do fato de ele somente exercer plenamente sua ação
em meio ácido (pH lt;3), mantendo-se praticamente inativo em
valores de pH mais elevados. Consequentemente, seu completo efeito
farmacológico e terapêutico somente pode ser alcançado nas células
parietais secretoras de ácido.1 Por meio de um mecanismo de
‘feedback’, este efeito diminui à medida que a secreção ácida é
inibida.

Pantoprazol (substância ativa) proporciona um tempo maior para o
retorno da secreção de ácido clorídrico do que outros IBPs, muito
similar ao tempo previsto para a reposição biológica ou a
biossíntese de novas bombas de prótons. Pantoprazol (substância
ativa) é o único IBP que se une à cisteína 822, a qual se localiza
na porção mais profunda da molécula da bomba de prótons e não é
acessível à ação do agente redutor glutationa que reverte a
atividade inibitória da secreção de ácido da maioria dos IBPs. Isto
se traduz clinicamente em um tempo de ação maior.

O início de sua ação ocorre logo após a administração da
primeira dose e o efeito máximo é cumulativo, acontecendo dentro de
três dias. A produção ácida total é restabelecida três dias após a
interrupção da medicação.

Propriedades farmacocinéticas

Pantoprazol (substância ativa) é um sal estável com dois
radicais de Pantoprazol (substância ativa) e duas moléculas de água
para cada íon magnésio. A solubilidade do sal de magnésio em água
(0,3 g/l) é menor do que a do sal de sódio (300 g/l). O
revestimento de proteção gástrica do comprimido proporciona ao
Pantoprazol (substância ativa) magnésico a proteção necessária
contra a acidez gástrica. Uma vez alcançado o duodeno, cujo pH é em
torno de 6, o sal se dissolve, estabelecendo um equilíbrio entre o
sal de Pantoprazol (substância ativa) (ânion Pantoprazol/Mg++) e o
Pantoprazol (substância ativa) “livre”. A proporção da fração livre
é determinada por meio do pKa (constante de dissociação) do
imidazol e depende do pH do meio e não do cátion. As propriedades
proteolíticas dos IBPs caracterizam-se por dois valores de pKa que
descrevem o equilíbrio para a protonização do anel piridina (py-pKa
3,92 para o Pantoprazol (substância ativa)) e para a liberação de
um próton a partir do nitrogênio benzimidazólico (imidazol pKa,
8,19 para Pantoprazol (substância ativa)). Em um pH de 6,2, cerca
de 99% do Pantoprazol (substância ativa) magnésico se converte em
seu estado neutro, o qual atravessa as membranas biológicas
intestinais de um modo muito mais fácil do que em seu estado
iônico. Independentemente da forma em que foi absorvido (magnésica
ou sódica), o valor plasmático do Pantoprazol (substância ativa) a
um pH de 7,4 é de 86% (disponível em estado neutro) e somente 14%
se apresenta em forma de ânion de Pantoprazol (substância ativa)
unido a qualquer cátion disponível. Deve-se ressaltar que isto
ocorre independentemente do sal administrado.

Depois da dissolução do comprimido gastrorresistente no
intestino, o Pantoprazol (substância ativa) é absorvido rápida e
completamente e a concentração plasmática máxima é alcançada mesmo
após uma administração única. O tipo de sal administrado é um fator
importante para otimizar o grau de absorção intestinal. Estudos
comparativos com comprimidos de 40 mg de Pantoprazol (substância
ativa) magnésico em indivíduos sadios mostraram um interessante
perfil farmacocinético, uma Cmax consideravelmente mais baixa
que a do Pantoprazol (substância ativa) sódico, mantendo uma área
sob a curva (ASC) comparável. A Cmax (mg/ml) do sal de magnésico
foi de 65% em jejum e de 73% pósprandial, em comparação com o sal
sódico. Os estudos de farmacocinética comparando os dois sais
mostraram que a ASC do Pantoprazol (substância ativa) magnésico é
quase 100% similar à do Pantoprazol (substância ativa) sódico,
tanto em jejum como pós-prandial.

Concentrações séricas máximas em torno de 2 – 3 g/ml de
Pantoprazol (substância ativa) magnésico são atingidas dentro de
aproximadamente 2,5 horas após a ingestão oral, sendo que estes
valores permanecem constantes após administrações múltiplas. Após
uma dose oral de 40 mg, as concentrações séricas máximas de
aproximadamente 1,3 μg/ml e 1,4 μg/ml são obtidas após cerca de 2,5
e 6 horas em condições de jejum e sob alimentação, respectivamente.
A ASC é de aproximadamente 4 μg·h/ml. O tempo para atingir as
concentrações séricas máximas aumenta levemente quando o
medicamento é administrado com um desjejum altamente calórico.
Levando-se em conta a longa duração da ação do Pantoprazol
(substância ativa), que excede em muito o período no qual as
concentrações séricas são mensuráveis, esta variação observada no
tmax é considerada sem importância clínica.

O volume de distribuição gira em torno de 0,15 l/kg e a taxa de
depuração é de aprox. 0,1 l/h/kg. A meia-vida de eliminação é de 1
h. Ao contrário dos demais IBPs, o metabolismo dos enantiômeros de
Pantoprazol (substância ativa) não apresenta estereosseletividade,
não ocorrendo interferência na eficácia terapêutica. Como o
metabolismo e a eliminação do Pantoprazol (substância ativa) são
independentes do sal utilizado, os metabolizadores lentos do
Pantoprazol (substância ativa) acarretarão uma eliminação retardada
do sal de magnésico. Em função da ativação específica de
Pantoprazol (substância ativa) nas células parietais, a sua
meia-vida de eliminação não está relacionada com ação mais
prolongada (inibição da secreção ácida).

A farmacocinética não varia após administração única ou
repetida. Na faixa de dosagem de 10 a 80 mg, as cinéticas
plasmáticas de Pantoprazol (substância ativa) são virtualmente
lineares tanto após administração oral como intravenosa. A
meia-vida de eliminação, a depuração e o volume de distribuição são
considerados como independentes da dose.

A ligação de Pantoprazol (substância ativa) às proteínas
plasmáticas é de aproximadamente 98%. Pantoprazol (substância
ativa) é quase completamente metabolizado no fígado. Estudos com
Pantoprazol (substância ativa) sódico em humanos não revelam
nenhuma inibição ou ativação do sistema do citocromo P450 (CYP 450)
do fígado.

A eliminação renal representa a principal via de excreção (cerca
de 80%) dos metabólitos de Pantoprazol (substância ativa); o
restante é excretado com as fezes. O principal metabólito presente
tanto na urina quanto no plasma é o desmetilPantoprazol (substância
ativa), o qual está conjugado com sulfato. A meia-vida do principal
metabólito (cerca de 1,5 h) não é muito maior do que a do próprio
Pantoprazol (substância ativa).

Biodisponibilidade

O Pantoprazol (substância ativa) magnésico é absorvido
completamente após administração oral, conforme se pode deduzir da
correspondência de biodisponibilidade existente entre Pantoprazol
(substância ativa) magnésico e o sal sódico, a qual é de 100% para
a dose de 40 mg. A biodisponibilidade absoluta com o
comprimido de Pantoprazol (substância ativa) sódico é de 77%. Como
a biodisponibilidade do sal de magnésio corresponde à do sal de
sódio, não deve ocorrer nenhuma influência da ingestão concomitante
com alimentos sobre a ASC (área sob a curva), a concentração
plasmática e, portanto, sobre a biodisponibilidade do Pantoprazol
(substância ativa). Somente a variabilidade do tempo (lag-time)
será aumentada pela ingestão concomitante de alimentos.

Dados de segurança pré-clinicos

Os dados dos estudos pré-clínicos não revelaram riscos especiais
para o ser humano, segundo estudos convencionais de farmacologia de
segurança, mutagenicidade, genotoxicidade, toxicidade reprodutiva e
reprodução geral.

Nos estudos de toxicidade aguda com roedores (ratos e
camundongos) com Pantoprazol (substância ativa) magnésico, não se
observaram efeitos tóxicos com nenhuma das doses administradas
(100, 300, 1.000 mg/kg). Os valores da dose letal média (DL50) para
a administração oral foram superiores a 700 mg/kg em camundongos e
a 900 mg/kg em ratos; no cão variou entre 266 a 887 mg/kg. Em
geral, em estudos de dose única foram toleradas doses maiores de
Pantoprazol (substância ativa) magnésico do que do sal de sódio,
tanto por ratos quanto por camundongos.

Não se observaram diferenças quantitativas ou qualitativas no
padrão dos efeitos tóxicos em ratos após administrações repetidas
de doses iguais de Pantoprazol (substância ativa), tanto do sal de
magnésio quanto do de sódio. Não se detectaram diferenças
significativas nas características toxicocinéticas entre as duas
formas de sal em ratos. Nos estudos de toxicidade crônica (12 meses
em ratos e 6 meses em cães) com doses orais variadas, verificou-se
hipergastrinemia relacionada à dose, reversível após o período de
recuperação de quatro ou oito semanas. As alterações foram
consideradas como consequência da ação farmacológica do composto,
principalmente pela administração prolongada, e à profunda inibição
da secreção ácida.

A ativação da tireóide em experimentos animais é devida à rápida
metabolização dos hormônios tireoidianos no fígado e foi descrita
de maneira semelhante com outros medicamentos. Com doses elevadas
de Pantoprazol (substância ativa) (200 mg/kg/dia) administradas a
ratos por longos períodos observou-se um discreto aumento na
ocorrência de adenomas e carcinomas das células foliculares
associadas com a dissociação da tiroxina no fígado do rato. Em
estudos de longo prazo em cães, só se observaram aumentos do peso
da tireoide, sem alterações histológicas. Como a dose terapêutica
no homem é baixa, não se esperam nem se relataram alterações
tireoidianas.

Não se observaram efeitos tóxicos adicionais durante a
administração concomitante de diferentes antibióticos e Pantoprazol
(substância ativa).

Nos estudos de carcinogenicidade de dois anos em ratos
(correspondente ao período de vida dos animais) observaram-se
neoplasias neuroendócrinas no estômago com doses de 50 mg/kg/dia
(cerca de 100 vezes as doses em humanos), mas este tipo de
alteração não foi relatado em camundongos e cães. Também se
relataram tumores hepatocelulares em roedores com administração de
doses elevadas de Pantoprazol (substância ativa). Estes tipos de
tumor em roedores não é indicativo de risco carcinogênico humano,
uma vez que os tumores induzidos em ratos e camundongos por
Pantoprazol (substância ativa) sódico foram resultado de mecanismos
não genotóxicos que não são relevantes em humanos. Os tumores foram
induzidos nos roedores sob doses que apresentam exposição mais
elevada que o uso terapêutico humano.

Com base nos dados cinéticos, a exposição ao Pantoprazol
(substância ativa) em ratos tratados com 200 mg/kg foi 22,5 vezes
maior que aquela encontrada em humanos tratados com doses orais de
40 mg. Em camundongos tratados com 150 mg/kg, a exposição ao
Pantoprazol (substância ativa) foi 2,5 vezes maior que aquela em
humanos.

Com base nos diversos estudos de mutagenicidade, de testes de
transformação celular e de ligação ao DNA, pode-se concluir que o
Pantoprazol (substância ativa) não tem potencial mutagênico ou
genotóxico.

As investigações com animais não revelaram qualquer evidência de
efeitos teratogênicos sobre a fertilidade e o desempenho
reprodutivo com doses de até 450 mg/kg/dia em ratos e 40 mg/kg/dia
em coelhos (correspondente a 88 vezes a dose humana com base na
superfície corporal).

A penetração na placenta foi pesquisada em ratas e se encontrou
um aumento com a gestação avançada. Como resultado, a concentração
de Pantoprazol (substância ativa) no feto estava levemente
aumentada antes do nascimento, independentemente da via de
administração.

Cuidados de Armazenamento do Pantasun

Conservar Pantasun® em temperatura ambiente (entre 15
e 30°C) e protegido da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Pantasun® é apresentado em frasco-ampola contendo pó
(substância seca), de cor branca a quase branca. A solução
reconstituída deve apresentar-se límpida, incolor e de odor
característico.

Cuidados de conservação após reconstituição

A solução reconstituída, límpida e incolor, deve ser utilizada
dentro de 12 horas, no máximo. Do ponto de vista microbiológico, o
produto deve ser usado imediatamente. Se não for usado
imediatamente, o tempo e as condições de armazenamento antes do uso
são de responsabilidade do usuário e normalmente não deveriam ser
de mais de 12 horas a temperaturas abaixo de 25ºC. A administração
deve ser feita exclusivamente por via intravenosa.

Qualquer produto restante no frasco-ampola ou que tenha
aparência alterada (como, por exemplo, turvação ou precipitação)
deve ser descartado. O conteúdo do frasco é de dose única.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
você observe alguma mudança no aspecto do medicamento que ainda
esteja no prazo de validade, consulte o médico ou o farmacêutico
para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Pantasun

MS 1.4682.0021

Farm. Resp.:

Ludmilla Vieira Machado de Castro
CRF-GO 3649

Fabricado por:

Sun Pharmaceutical Ind. Ltd.
Halol Baroda Highway, Halol – 389 350
Dist. Panchmahal,
Gujarat – India

Importado e registrado por:

Sun Farmacêutica do Brasil Ltda
Rodovia GO 080 Km 02 Jardim Pompeia
Goiânia – GO
CEP: 74690-170
CNPJ: 05.035.244/0001-23

SAC:

0800 7199702

Venda sob prescrição médica. Uso restrito a
hospitais.

Pantasun, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.