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Ornitargin Injetável

  • Hiperamoniemia;
  • Estados de astenia;
  • Intoxicações exógenas;
  • Tratamentos hiperproteicos;
  • Como suplemento da dieta;
  • Na prática de exercícios físicos.

Como o Ornitargin Injetável funciona?


Ornitargin ajuda a transformar produtos tóxicos, decorrentes da
metabolização de proteínas, em substâncias menos tóxicas, passíveis
de serem excretadas ou reaproveitadas.

Contraindicação do Ornitargin Injetável

Hipersensibilidade ao produto, insuficiência renal crônica,
acidose metabólica e respiratória.

Como usar o Ornitargin Injetável

1 a 2 ampolas por dia, por via endovenosa e lenta, ou a critério
médico.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Precauções do Ornitargin Injetável

Não são conhecidas até o presente momento.

Reações Adversas do Ornitargin Injetável

Ornitargin pode ocasionar flatulência (gases) que tende a
desaparecer após o décimo dia de tratamento.

Informar seu médico o aparecimento de reações
desagradáveis.

População Especial do Ornitargin Injetável

Gravidez e lactação

Informar seu médico a ocorrência de gravidez na vigência
do tratamento ou após seu término. Informar ao médico se está
amamentando.

Idosos

Ornitargin pode ser usado por pessoas acima de 65 anos de
idade.

Composição do Ornitargin Injetável

Apresentação

Solução Injetável – Caixa contendo 3 e 50 ampolas de 10 mL.

Uso adulto.

Composição

L-Arginina, cloridrato

750 mg

L-Ornitina, aspartato

200mg

L-Citrulina

50 mg

Excipientes*

10 mL

*Frutose, metabissulfito de sódio, água para injetáveis.

Superdosagem do Ornitargin Injetável

Na eventualidade de superdosagem recomenda-se adotar as medidas
habituais.

Interação Medicamentosa do Ornitargin
Injetável

Não são conhecidas até o presente momento.

Informar seu médico sobre qualquer medicamento que
esteja usando, antes do início ou durante o
tratamento.

Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico, pode
ser perigoso para a saúde.

Ação da Substância Ornitargin Injetável

Característica Farmacológica

Arginina

Arginina é um aminoácido básico. Sendo o principal carreador de
amônia em humanos e animais.

É precursora da síntese de moléculas com grande importância
biológica como ornitina, poliaminas, óxido nítrico, creatina,
agmatina, glutamina, prolina, dentre outras.

Em adultos, 40% da arginina ingerida é degradada pelo intestino
delgado, na primeira etapa do metabolismo, em citrulina. Esta é
convertida, de novo, em L-arginina, nos rins e, então, liberada
para a corrente sanguínea, que a faz chegar ao fígado, onde é
metabolizada pela arginase I, enzima do ciclo da ureia.

O resultado é a ornitina, que gerará poliaminas (importantes
como estímulo trófico e proliferação celular) e também prolina
(fundamental na síntese de colágeno e na cicatrização). Por outro
lado, a arginase tipo II, presente nas mitocôndrias, em geral, em
tecidos extra-hepático, metaboliza a arginina no lúmen
intestinal.

A arginina também é utilizada na síntese de creatina, convertida
em creatina fosfato, fundamental para o estoque muscular, e
importante substrato do metabolismo energético.

Em certas condições clínicas, como após trauma grave e sépsis, a
necessidade de arginina supera a produção corporal. Nessas
situações a arginina possui importante papel na manutenção da
resposta imunológica, processos inflamatórios, síntese de colágeno
na cicatrização de feridas, e outras adaptações
fisiopatológicas.

A arginina pode ser absorvida diretamente ou transformada em
ornitina e citrulina. A arginina absorvida diretamente vai para o
ciclo da ureia. A citrulina é transportada para os rins, onde é
substrato da neosíntese de arginina. Em algumas células, como
macrófagos, a citrulina é transformada em arginina.

Aspartato de ornitina

O aspartato de ornitina estimula o ciclo da ureia no fígado, por
meio do qual a amônia é metabolizada em ureia, assim como a síntese
de glutamina no fígado, nos músculos e no cérebro.

A síntese de ureia se dá nos hepatócitos periportais. Nestas
células, a ornitina serve tanto como ativador da enzima
carbomoil-fosfato-sintase, como substrato na síntese de ureia. A
síntese de glutamina é localizada nos hepatócitos perivenosos.
Especialmente em condições patológicas, aspartatos e
outros dicarboxilatos, incluindo produtos do metabolismo da
ornitina, são absorvidos nessas células e usados na ligação da
amônia na forma de glutamina.

A suplementação de ornitina atenua a fadiga muscular.

Citrulina

A citrulina é convertida no organismo em arginina, precursora do
óxido nítrico, que tem ação vasodilatadora.

A citrulina também faz parte da estrutura proteica, como a
proteína básica de mielina, da filagrina e das histonas, por
exemplo.

Também atua no ciclo da ureia.

Os aminoácidos, além de serem biomoléculas constituintes de
proteínas e peptídeos em todos os organismos vivos, contribuem,
através de sua oxidação, com o fornecimento de 10 a 15% da energia
total necessária, para que as células desempenhem adequadamente
suas funções. Essa degradação oxidativa se dá principalmente
durante a renovação ativa das proteínas estruturais, quando há
excessiva ingestão de aminoácidos, durante o jejum e exercícios
físicos e na diabetes mellitus.

Uma vez eliminado o grupo amino, são formados os
alfa-cetoácidos, cuja oxidação a gás carbônico e água, no ciclo de
Krebs, produz ATP, molécula que contém energia utilizável pela
célula. O outro metabólito produzido por essas reações é a amônia,
molécula altamente tóxica para inúmeros tecidos.

A remoção da amônia dos tecidos periféricos é realizada através
de sua coleta pelo sangue, com posterior remoção pelo fígado. Este
órgão transforma a amônia em ureia, composto solúvel, 40 vezes
menos tóxico, excretado pela urina. O ciclo metabólico responsável
pela transformação de amônia em ureia chama-se ciclo de
Krebs-Henseleit ou ciclo da ureia. Durante o ciclo, a ornitina
capta uma molécula de amônia do sangue e se transforma em
citrulina, que por sua vez retira mais uma molécula de amônia do
sangue, transformando-se em arginina.

A molécula de arginina desdobra-se em ureia e ornitina, sendo a
primeira excretada pelo rim e a segunda reiniciadora do ciclo. Ao
mesmo tempo em que se processa a captação de amônia do sangue, é
retirado também, gás carbônico (CO2), na forma de ácido
carbônico. Estudos experimentais em ratos intoxicados agudamente
com amônia, demonstraram a eficácia de Arginina + Citrulina +
Ornitina (substância ativa).

Quanto maior for a capacidade de detoxicação hepática e o aporte
de amônia circulante, maior será a formação de ureia e seu nível na
corrente sanguínea.

Contudo, em graves e extensas lesões hepáticas ou quando existe
um excessivo aporte de amônia na corrente sanguínea, a detoxicação
da amônia pode ser comprometida. Nesta última situação, a amônia,
por si, interfere em várias fases do ciclo da ureia e Krebs, pela
inibição de várias enzimas. Na fisiopatologia da encefalopatia
hepática, participam diversos mecanismos que resultam na depleção
de neurotransmissores a nível do Sistema Nervoso Central. A
hiperamoniemia é um desses fatores.

Para o tratamento desse desequilíbrio metabólico, a oferta de
arginina, ornitina e citrulina, com a finalidade de reduzir as
taxas de amônia sanguínea, se constitui de uma alternativa
terapêutica. A arginina desempenha um importante papel no
metabolismo muscular, pois além de ser um veículo de transporte de
amônia, é precursora de creatina-fosfato, composto de grande
importância na bioenergética dos músculos e nervos.

A arginina tem ainda importante função na neoglicogênese,
auxiliando o consumo de ácido lático, formado durante a atividade
muscular. Assim sendo, a suplementação com Arginina + Citrulina +
Ornitina (substância ativa) pode ser de extrema valia nas
atividades físicas em virtude da elevada degradação de aminoácidos
musculares, com acúmulo de amônia e da diminuição das reservas
musculares de creatina-fosfato. Mesmo na instauração de
suplementação alimentar a base de aminoácidos, deficientes em
arginina e ornitina, pode-se evidenciar uma hiperamoniemia
secundária.

Diversas publicações demonstraram que a L-arginina é precursora
do óxido nítrico (ON), identificado como Fator Relaxante Derivado
do Endotélio (EDRF), um potente vasodilatador. Além disso, a
produção de ON a partir de L-arginina tem sido citada como o
mecanismo de defesa primário contra microrganismos intracelulares,
bem como patógenos como fungos e helmintos.

Estudos mostraram que animais deficientes de arginina, perdem
rapidamente o colágeno contido nos tendões, ossos, cartilagens e
tecido conjuntivo. Isso pode ser explicado pelo fato da arginina
ser precursora da prolina, principal aminoácido contido no
colágeno, cuja síntese é estimulada por incisões na pele.

Cuidados de Armazenamento do Ornitargin
Injetável

Manter a embalagem fechada. Evitar local quente (ambiente com
temperatura entre 30°C e 40°C). Proteger da luz e umidade.

Prazo de validade:

24 meses a partir da data de fabricação.

Atenção:

Não utilizar o produto fora do prazo de validade impresso na
embalagem. Após este prazo, o medicamento poderá perder
gradativamente a eficácia, não se obtendo os resultados
terapêuticos esperados.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Ornitargin Injetável

Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: Vide
cartucho.

Reg. M.S. Nº 1.0146.0034

Farmacêutica Responsável:

Dra. Maria Isilda Neves Torres
CRF-SP 14.820

Laboratórios Baldacci S.A.

Rua Pedro de Toledo, 520
São Paulo – SP
CNPJ 61.150.447/0001-31
Indústria Brasileira

Contato

Ibaldacci@Ibaldacci.com.br
0800-133 222

Venda sob prescrição médica.

Ornitargin-Injetavel, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.