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Naprix A

Como o Naprix A funciona?


Naprix A® contém duas substâncias ativas, o besilato
de anlodipino e o ramipril, que agem na redução da pressão
sanguínea. A hipertensão arterial aumenta a carga de trabalho do
coração e das artérias. Se a pressão arterial persistir elevada por
muito tempo, o coração e as artérias podem não funcionar
adequadamente, levando a dano na parede dos vasos sanguíneos do
cérebro, coração e rins, com risco de derrame cerebral, ataque
cardíaco ou insuficiência renal. A hipertensão arterial pode
aumentar o risco de infarto do coração. O risco de ocorrência
desses problemas torna-se menor quando a pressão sanguínea é
controlada.

O ramipril bloqueia uma enzima do organismo responsável pela
ativação de uma substância que estimula a contração dos vasos
sanguíneos, resultando no relaxamento e dilatação desses vasos e,
dessa maneira, a pressão sanguínea diminui e aumenta o suprimento
de sangue e oxigênio para o coração e todo o corpo. O ramipril
também é usado em pacientes que tiveram um ataque cardíaco, pois o
músculo do coração pode estar lesado e fraco, dificultando o
bombeamento normal de sangue pelo coração. É indicado também para
reduzir a chance de ataque cardíaco, derrame cerebral ou morte
cardiovascular em pessoas com mais de 55 anos de idade, com
diabetes ou doença cardiovascular estabelecida.

O anlodipino é um bloqueador de canal de cálcio utilizado para
tratar a angina (dor no peito) e a pressão alta (hipertensão). O
anlodipino age no movimento de cálcio dentro das células cardíacas
e dos vasos sanguíneos, relaxando a musculatura e aumentando o
suprimento de sangue e oxigênio ao coração e aos vasos, enquanto
reduz a carga cardíaca. Sua ação proporciona efeitos aditivos aos
do ramipril.

Contraindicação do Naprix A

Este medicamento é contraindicado para pacientes com reações
alérgicas ao ramipril, ao anlodipino, a qualquer componente de sua
formulação, a inibidores da enzima de conversão da angiotensina
(ECA) e a di-hidropiridínicos. Não deve ser administrado nas
seguintes condições: história de edema (inchaço) de face, lábios,
língua, glote e/ou laringe; doença renal severa ou diminuição
importante da função renal e a pacientes em diálise.

Como usar o Naprix A

Naprix A® deve ser tomado conforme as orientações do
seu médico. As cápsulas devem ser ingeridas inteiras e sem mastigar
com uma quantidade suficiente de líquido (aproximadamente meio copo
de água).

Para controle da hipertensão

Complementando o tratamento com Naprix A®, pode ser
necessário controlar seu peso corpóreo e cuidados com a
alimentação, especialmente com os alimentos com alto teor de sódio
(sal). Seu médico deve orientá-lo sobre as possíveis modificações
na sua dieta; muitos pacientes que têm pressão alta não apresentam
nenhum sinal de problema. Muitos, de fato, não apresentam sintomas.
É muito importante que você tome sua medicação exatamente conforme
a orientação do seu médico, mesmo que se sinta bem; lembre-se que
este medicamento não cura a pressão alta, mas irá auxiliar no seu
controle. Pode ser que você tenha que tomar medicação para controle
da pressão alta pelo resto da vida. Se a pressão alta não for
tratada, poderá causar sérios problemas como infarto do miocárdio,
doenças vasculares, derrame cerebral ou doença renal.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Naprix A?


Se você se esquecer de tomar uma dose, procure tomá-la assim que
possível. Se estiver próximo ao horário da dose seguinte, despreze
a dose esquecida e volte ao seu esquema normal. Não tome duas doses
ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Naprix A

A presença de outros problemas médicos pode afetar os efeitos
deste medicamento. Avise o médico caso você apresente algumas das
condições a seguir: desidratação, diarreia ou problema cardíaco;
hiponatremia (baixo nível de sódio no sangue); doença renal; doença
hepática; insuficiência cardíaca congestiva; pressão sanguínea
muito baixa (hipotensão arterial).

Seu médico deve saber se você tem hipertensão arterial grave,
utiliza algum outro medicamento para controle da pressão ou sofre
de alguma doença do coração. Avise seu médico se sentir dor
abdominal intensa, acompanhada ou não de náusea ou vômito; se você
tem lúpus, doença no fígado ou nos rins. Avise seu médico ou
dentista que você utiliza ramipril, antes de se submeter a qualquer
tipo de cirurgia ou antes de exames, antes de tratar alergias, ou
se você faz diálise.

Este medicamento pode causar tontura devido à redução da pressão
sanguínea; evite dirigir, operar máquinas ou qualquer tipo de
tarefa perigosa ou que exija atenção, caso você não esteja se
sentindo alerta.

Avise imediatamente o médico em caso de suspeita de infecção ou
caso apresente febre ou dor de garganta, desidratação, transpiração
excessiva, diarreias ou vômitos, pois poderá perder grande
quantidade de líquido e sofrer queda acentuada da pressão
sanguínea, podendo ocorrer tontura ou desmaio.

O tratamento com este medicamento necessita de supervisão médica
regular; seu médico pode precisar avaliar algumas funções, como:
medida regular da pressão sanguínea, principalmente no início do
tratamento, após o aumento da dose ou quando da introdução ou
aumento da dose de outros anti-hipertensivos; avaliação renal,
especialmente nas primeiras semanas de tratamento e,
principalmente, em pacientes com doenças ou alterações renais ou em
transplantados; níveis de sódio, cálcio, potássio, ácido úrico e
açúcar no sangue; níveis de potássio nos pacientes com doença renal
ou que utilizam medicamentos poupadores de potássio; níveis de
sódio em pacientes que utilizam diuréticos; exame de sangue inicial
para controle dos glóbulos brancos; exame de sangue em caso de
suspeita de infecção ou sinais de imunodeficiência (febre,
amidalite, aumento de gânglios), ou sinais de lesões na pele e
mucosas ou sangramento de gengiva. Em caso de inchaço no rosto ou
na língua e dificuldade para engolir ou respirar, o médico deverá
ser imediatamente avisado e o paciente deve suspender a próxima
dose de Naprix A®.

Como os pacientes idosos frequentemente apresentam problemas
renais, e devido à alta probabilidade de ocorrência de efeitos
adversos, pode ser necessário ajuste de dosagem.

Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve
ser usado com cautela em portadores de diabetes.

Cada cápsula de Naprix A® (2,5 mg + 5 mg)
contém 0,10 g de sacarose.

Cada cápsula de Naprix A® (5 mg + 5 mg)
contém 0,13 g de sacarose.

Cada cápsula de Naprix A® (10 mg + 5 mg)
contém 0,19 g de sacarose.

Cada cápsula de Naprix A® (10 mg + 10 mg)
contém 0,24 g de sacarose.

Reações Adversas do Naprix A

Reações adversas conforme frequências reportadas em
estudos clínicos placebo-controlados realizados com
ramipril

Reação comum (≥ 1% e lt; 10%)

Dor de cabeça, tontura, fadiga (astenia).

Reação incomum (≥ 0,1% e lt; 1%)

Tosse, disfunção erétil (impotência sexual).

Experiência pós-comercialização reportada com
ramipril

Reação incomum (≥ 0,1% e lt; 1%)

Reações anafilatoides, hipotensão sintomática (pressão baixa),
síncope (desmaio) e palpitações. Pancitopenia (diminuição global de
glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas), anemia hemolítica (quebra
anormal de hemácias nos vasos sanguíneos) e trombocitopenia
(diminuição da quantidade de plaquetas no sangue). Aumento
transitório da ureia sanguínea e creatinina, insuficiência renal
aguda. Edema angioneurótico; insuficiência hepática, hepatite,
icterícia (coloração amarelada dos olhos e pele), pancreatite
(inflamação no pâncreas), dor abdominal, anorexia (sensação de
apetite diminuído), constipação (prisão de ventre), diarreia, boca
seca, dispepsia (indigestão), disfagia (dificuldade de deglutição),
gastrenterite (infecção no trato gastrintestinal), salivação
aumentada e alteração do paladar. Reações de hipersensibilidade
aparente (urticária- coceira, prurido com ou sem febre),
fotossensibilidade, púrpura (tipo de hematoma), onicólise
(descolamento da unha), pênfigo (aparecimento de bolhas nas
mucosas), eritema multiforme (tipo de reação alérgica das mucosas e
da pele), necrólise epidérmica tóxica (desprendimento da camada
superior da pele), síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica
grave, podendo ocorrer nos olhos, nariz, uretra, vagina, trato
gastrintestinal e trato respiratório). Ansiedade, amnésia (perda de
memória), convulsões, depressão, perda de audição, insônia,
nervosismo, neuralgia (dor no nervo), neuropatia (doença no sistema
nervoso na qual ocorre uma dor descrita como ‘picada de agulha’ ou
‘sensação de choque”), parestesia (formigamento), sonolência,
tinitus (zumbido no ouvido), tremor, vertigem, distúrbios da visão.
Artralgia (dor na articulação), artrite (inflamação na
articulação), dispneia (falta de ar), edema (inchaço), epistaxe
(sangramento nasal), impotência sexual (disfunção erétil), sudorese
aumentada, mal-estar e aumento de peso. Hipoglicemia (baixo nível
de glicose no sangue).

Reações adversas conforme frequências reportadas em
estudos clínicos placebo-controlados realizados com besilato de
anlodipino

Reação comum (≥ 1% e lt; 10%)

Edema, tontura, flushing (rubor), palpitação, dor de cabeça,
fadiga, náusea, dor abdominal, sonolência.

Reação incomum (≥ 0,1% e lt; 1%)

Insuficiência cardíaca, pulso irregular, extrassistolia
(alteração dos batimentos cardíacos), descoloração da pele,
urticária (coceira), pele seca, alopecia, dermatite (inflamação na
pele causada por alergia), fraqueza muscular, ataxia (falta de
coordenação dos movimentos podendo afetar a força muscular e o
equilíbrio), hipertonia (aumento da rigidez muscular), enxaqueca,
apatia, agitação, amnésia, gastrite, apetite aumentado, tosse,
rinite, disúria (dificuldade para urinar), poliúria (aumento do
volume urinário), parosmia (sensação de cheiros que não existem ou
cheiros desagradáveis), alteração do paladar, distúrbio de
acomodação de imagem, xeroftalmia (olho seco).

O besilato de anlodipino pode provocar alterações sérias na
pele, como erupção cutânea, urticária, bolhas, prurido (coceira),
descamação e edema (inchaço), além de inflamação de mucosas
(exemplo: na boca), síndrome de Stevens Johnson, necrose epidérmica
tóxica, e outras formas de reações alérgicas. A frequência desse
tipo de reação adversa é desconhecida.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Naprix A

Mulheres grávidas ou amamentando

Os inibidores da ECA não devem ser usados durante o segundo e o
terceiro trimestres de gravidez, pois podem prejudicar o feto. Se
ocorrer gravidez na vigência do tratamento, Naprix A®
deverá ser descontinuado e o médico, informado. O ramipril aparece
no leite materno em quantidades mínimas. O besilato de anlodipino é
excretado no leite materno. A proporção de dose recebida pelo bebê
pode variar de 3% até 15%. O efeito do anlodipino na criança é
desconhecido. Desse modo, a decisão por continuar ou interromper a
medicação ou a amamentação deve considerar os benefícios para a mãe
e os riscos para o bebê.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Composição do Naprix A

Cada cápsula 2,5 mg + 5 mg contém:

2,5 mg de ramipril base (na forma de microgrânulos) e 6,94 mg de
besilato de anlodipino (na forma de microgrânulos) equivalentes a 5
mg de anlodipino base.

Excipientes:

carbonato de sódio, hipromelose, sacarose, amido, copovidona,
povidona, macrogol, óxido férrico amarelo, dióxido de titânio e
gelatina.

Cada cápsula 5 mg + 5 mg contém:

5 mg de ramipril base (na forma de microgrânulos) e 6,94 mg de
besilato de anlodipino (na forma de microgrânulos) equivalentes a 5
mg de anlodipino base.

Excipientes:

carbonato de sódio, hipromelose, sacarose, amido, copovidona,
povidona, macrogol, óxido férrico amarelo, dióxido de titânio e
gelatina.

Cada cápsula 10 mg + 5 mg contém:

10 mg de ramipril base (na forma de microgrânulos) e 6,94 mg de
besilato de anlodipino (na forma de microgrânulos) equivalentes a 5
mg de anlodipino base.

Excipientes:

carbonato de sódio, hipromelose, sacarose, amido, copovidona,
povidona, macrogol, óxido férrico amarelo, dióxido de titânio e
gelatina.

Cada cápsula 10 mg + 10 mg contém:

10 mg de ramipril base (na forma de microgrânulos) e 13,88 mg de
besilato de anlodipino (na forma de microgrânulos) equivalentes a
10 mg de anlodipino base.

Excipientes:

carbonato de sódio, hipromelose, sacarose, amido, copovidona,
povidona, macrogol, óxido férrico amarelo, dióxido de titânio e
gelatina.

Apresentação do Naprix A


Cápsulas com 2,5 mg de ramipril base e 5 mg de besilato de
anlodipino, 5 mg de ramipril base e 5 mg de besilato de anlodipino,
10 mg de ramipril base e 5 mg de besilato de anlodipino ou 10 mg de
ramipril base e 10 mg de besilato de anlodipino.

Embalagens com 30 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Naprix A

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Naprix A

Anti-inflamatórios não esteroidais

Raramente, o tratamento concomitante entre inibidores da ECA e
antiinflamatórios não esteroidais tem sido associado à
insuficiência renal e ao aumento do nível sanguíneo de
potássio.

Diuréticos

Particularmente naqueles pacientes em que a terapia com
diuréticos foi recentemente instituída, pode ocorrer redução
ocasional e excessiva da pressão sanguínea após o início da terapia
com ramipril. A possibilidade dos efeitos hipotensores do ramipril
pode ser reduzida ou minimizada pela interrupção temporária do
diurético ou aumento da ingestão de líquido antes do início da
terapia com ramipril. Caso não seja possível, deve-se iniciar a
terapia com a menor dose possível de ramipril.

Suplementos com potássio e poupadores de
potássio

O ramipril pode atenuar a perda de potássio causada pelos
tiazídicos. Diuréticos poupadores de potássio (espironolactona,
amilorida, triantereno, etc.) ou suplementos a base de potássio
podem aumentar o risco de hipercalemia. No entanto, se estiver
indicado o uso concomitante desses agentes, eles devem ser
administrados com cautela, e os níveis sanguíneos de potássio do
paciente monitorados periodicamente.

Lítio

Pode ocorrer aumento dos níveis sanguíneos do lítio e
toxicidade. Esses medicamentos devem ser coadministrados com
cautela, e os níveis de lítios devem ser periodicamente
monitorados. Se for usado um diurético simultaneamente, o risco de
toxicidade do lítio pode aumentar.

Indutores do CYP3A4

O uso concomitante de anlodipino e de indutores fortes da via
CYP3A4 do citocromo P450 do fígado, como rifampicina, eritromicina,
claritromicina e erva de São João (hypericum perforatum), está
associado à variação da concentração do besilato de anlodipino no
sangue. Desse modo, deve-se avaliar a pressão sanguínea, pois pode
haver necessidade de ajuste da dose do besilato de anlodipino pelo
médico, durante e após a utilização conjunta desses
medicamentos.

A ingestão de bebidas alcoólicas durante o tratamento pode
reduzir o nível de atenção, prejudicando tarefas como operar
máquinas e dirigir veículos.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Naprix A

Resultados de eficácia

Dentro de suas classes, o anlodipino e o ramipril apresentam
inúmeras vantagens, como eficácia comprovada e meia-vida prolongada
que permite tomada única diária e melhor perfil de risco de reações
adversas.

O ramipril apresenta benefícios comprovados por grandes estudos
clínicos no tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS),
insuficiência cardíaca, disfunção ventricular pós-infarto,
nefropatia diabética (ou não) com proteinuria e em indivíduos de
alto risco cardiovascular.

O anlodipino demonstra ação anti-hipertensiva, anti-isquêmica,
antianginosa e promove regressão da hipertrofia ventricular
esquerda (HVE). Destaca-se em sua classe pela potência e baixo
risco de reações adversas. Sua segurança está demonstrada em
pacientes com insuficiência cardíaca, coronariopatia e
insuficiência renal.

A terapia combinada ramipril + anlodipino apresenta benefícios
indiscutíveis. Em Ramipril + Besilato de Anlodipino (substância
ativa), os anti-hipertensivos estão representados por substâncias
que figuram com destaque em suas classes. O ramipril e o anlodipino
são fármacos com meias-vidas plasmáticas adequadas, mantendo seus
efeitos por 24 horas. Ambos podem ser ingeridos junto com
alimentos, facilitando ainda mais a posologia. Não apresentam
efeito rebote em caso de interrupção do tratamento.

Este medicamento, portanto, é eficaz em tomada única diária.
Ambos os fármacos se destacam também pela baixa frequência de
efeitos adversos, que se torna ainda menor com o uso
combinado. 

No estudo The Healing and Early Afterload Reducing Terapy
Trial
(HEART), observou-se que o ramipril, utilizado na fase
aguda do infarto do miocárdio (IAM), melhorou a fração de ejeção do
ventrículo esquerdo, minimizando a disfunção após nove meses de
seguimento. 

O ramipril, em pacientes com IAM e disfunção ventricular
sintomática, de acordo com o estudo Acute Infartation Ramipril
Efficacy Study (AIRE), reduziu a mortalidade geral em 27% após 15
meses de seguimento. 

Já o estudo Acute Infartation Ramipril Efficacy Extension
Study
(AIREX), que analisou um subgrupo de 28% dos pacientes
do estudo AIRE, que eram hipertensos antes do IAM, demonstrou
redução ainda maior da mortalidade geral após três anos de
seguimento (36%). O estudo The Angiotensin Converting Enzyme
Post-Revascularization Study
(APRES) demonstrou que pacientes
revascularizados com fração de ejeção entre 0,30 e 0,50 que
receberam ramipril por três anos, obtiveram redução de 58% no risco
de morte cardíaca, IAM e insuficiência cardíaca congestiva
(ICC). 

Pacientes com 55 anos ou mais, com doença cardiovascular
estabelecida ou portadores de diabetes com outro fator de risco
(HAS, dislipidemia, tabagismo ou microalbuminúria) que receberam
ramipril tiveram redução de 22% no risco de morte cardiovascular,
IAM e acidente vascular cerebral (AVC) em quase cinco anos de
seguimento, no estudo Heart Outcomes Prevention Evaluation
Study
(HOPE). O ramipril reduziu, ainda, em 15% o risco de
revascularização; em 13% o risco de ICC; em 16%, complicações do
diabetes mellitus (DM); e em 31% o surgimento de novos
casos de DM.

Em um subestudo do HOPE, o Heart Outcomes Prevention
Evaluation Study
(MICRO-HOPE), a análise de subgrupo de
portadores de diabetes confirmou os benefícios cardiovasculares
nesses pacientes, além de redução do risco de nefropatia em 24%,
pelo uso de ramipril. 

Segundo o estudo Ramipril Efficacy in Nephropathy
(REIN), pacientes com nefropatia não diabética, com proteinúria gt;
1 g/24h, que utilizaram ramipril por três anos obtiveram redução na
proteinúria e na velocidade de perda de filtração glomerular, com
risco 56% menor de insuficiência renal terminal. 

No estudo Clinical Altace Real – World Efficacy (CARE),
foi demonstrado que 86% dos pacientes com hipertensão leve e
moderada, tratados com ramipril por seis semanas, obtiveram
controle pressório adequado. 

O estudo Hipertrophic Cardiaque et Ramipril (HYCAR)
comprovou que o ramipril reduziu a massa ventricular esquerda de
pacientes hipertensos tratados por três meses. 

Características Farmacológicas

O Ramipril + Besilato de Anlodipino (substância ativa) é uma
combinação do inibidor da ECA de ação prolongada ramipril com o
antagonista dos canais de cálcio de ação prolongada, besilato de
anlodipino. 

O ramipril é um pró-fármaco e seu metabólito ativo é o
ramiprilato. Sua ação se dá pela inibição da ECA, que bloqueia a
formação da angiotensina II, agente vasoconstritor, prevenindo a
degradação da bradicinina, substância vasodilatadora. O ramiprilato
inibe também a produção de aldosterona. O ramipril é denominado
quimicamente como (2S, 3aS, 6aS)
-1-carboxila-3fenilpropilalanil-octahidrociclopenta [b]
pirrol-2-ácido carboxílico, 1etil-éster; sua fórmula empírica é
C23H32N2O5 e seu peso
molecular, 416,5. 

O besilato de anlodipino é um antagonista dos canais de cálcio
pertencente à subclasse dos di-hidropiridínicos. Seu nome químico é
3-etil-5-metil
(2aminoetoximetil)-4-(2-clorofenil)-1,4-diidro-6-metil-3,5-piridinedicarboxilato
benzenesulfonato. Sua fórmula empírica é
C20H25ClN2O5.
C6H6O3S e seu peso molecular,
567,1. 

A ação terapêutica anti-hipertensiva combinada de ramipril com
anlodipino é efetiva em pacientes de todas as etnias. O efeito
anti-hipertensivo é aditivo em comparação ao uso isolado dos
fármacos componentes.

O ramipril é um potente inibidor da ECA de longa duração. O
mecanismo da ação anti-hipertensiva parece estar relacionado à
inibição competitiva da ECA, o que causa redução na taxa de
conversão de angiotensina I para angiotensina II, que é um potente
vasoconstritor. A diminuição da concentração de angiotensina II
resulta em aumento secundário da atividade da renina plasmática,
face à eliminação da retroalimentação negativa, da liberação de
renina e na redução direta da secreção de aldosterona. 

O anlodipino é uma diidropiridina antagonista do cálcio que
inibe o influxo de íons cálcio através da membrana das células do
músculo liso dos vasos e do músculo cardíaco. Essa inibição é
seletiva e tem maior efeito na parede dos vasos e menor efeito no
coração. A concentração sérica de cálcio não é afetada pelo
anlodipino. O anlodipino é um vasodilatador arterial periférico que
age diretamente no músculo liso vascular e causa redução na
resistência vascular periférica e redução na pressão
sanguínea. 

Após a administração de doses isoladas ou múltiplas de ramipril,
a inibição da atividade da ECA é da ordem de até 80%, mantendo-se
por 24 horas. Nos pacientes hipertensos, ocorre redução da pressão
arterial, tanto na posição supina como de pé, sem aumento da
frequência cardíaca. No geral, não ocorre alteração da função
renal. O efeito máximo é observado após três ou quatro semanas de
uso contínuo. A suspensão abrupta do medicamento não produziu
efeito rebote ou elevação significativa dos níveis de pressão
arterial. 

Após administração do anlodipino em pacientes com função
ventricular preservada, pode ocorrer aumento discreto do índice
cardíaco, sem influência significativa do dP/dT ou da pressão
diastólica final do ventrículo esquerdo. Não foi observada
evidência de efeito inotrópico negativo do fármaco no coração
humano, mesmo quando coadministrado com betabloqueadores. O
anlodipino não alterou a função do nó sinusal ou a condução
atrioventricular (AV). O anlodipino diminui a resistência vascular
renal e aumenta a filtração glomerular. 

A média de absorção do ramipril e do anlodipino de Ramipril +
Besilato de Anlodipino (substância ativa) não apresenta diferença
significativa em comparação à absorção individual de cada
componente e não parece sofrer influência da presença de alimentos
no trato gastrintestinal. 

Ramipril

Após administração oral de Ramipril + Besilato de Anlodipino
(substância ativa), o pico plasmático do ramipril é alcançado em
0,7 a duas horas; e o ramiprilato, em duas a quatro horas. Em
pacientes com insuficiência cardíaca, em 1,4 a 2,5 horas, para o
ramipril e o ramiprilato.

Os níveis plasmáticos de ramipril e ramiprilato
(respectivamente, 62 ng/mL e 41 ng/mL) se correlacionam com sua
atividade inibitória da ECA. A biodisponibilidade do ramipril após
administração por via oral é de 60%. Sua ligação às proteínas
plasmáticas é de 73%. A concentração sérica do ramiprilato varia de
0,001 mcg/mL a 10 mcg/mL.

O ramipril sofre extensa metabolização hepática. O ramiprilato
exerce efeito inibidor da ECA seis vezes maior do que o ramipril. A
meia-vida de eliminação do ramipril varia de 13 a 17 horas para
doses entre 5 mg e 10 mg. Em pacientes com insuficiência renal,
pode chegar a 40 horas.

Em idosos, 23,5 horas. A meia-vida final pode ultrapassar 50
horas, o que provavelmente se deve à cinética de
ligação/dissociação do ramiprilato/complexo ECA. Isso, no entanto,
não contribui para o acúmulo do fármaco no organismo. Apenas 0,25%
da dose administrada parece ser eliminada no leite materno. Entre
40% e 60% do fármaco é eliminado por via renal. O clearance de
diálise do ramipril é de 20 mL/min a 30 mL/min. Menos de 2% do
fármaco é recuperado na urina na forma de ramipril. Cerca de 40% do
fármaco é eliminado nas fezes. 

Besilato de anlodipino

Após administração oral de doses terapêuticas, o pico plasmático
do anlodipino ocorre em seis a 12 horas e sua biodisponibilidade é
de 64% a 90%. Cerca de 90% da dose de anlodipino é convertida a
metabólitos inativos no fígado. O volume aparente de distribuição
do anlodipino é cerca de 21 L/kg. A área sob a curva (ASC) do
anlodipino varia entre 123 ng/mL/h e 238 ng/mL/h. O volume de
distribuição é de 21 L/kg. Sua taxa de ligação às proteínas
plasmáticas é de 93% a 98%. A meia-vida terminal do fármaco varia
de 30 a 50 horas. Níveis estáveis de anlodipino no plasma são
alcançados após sete ou oito dias de uso contínuo.

O anlodipino sofre extensa metabolização hepática. Cerca de 10%
do fármaco e 60% de seus metabólitos são eliminados via renal.
Cerca de 20% a 25% do fármaco é eliminado nas fezes. A
farmacocinética do anlodipino não parece sofrer influência da
função renal. Pacientes idosos ou com insuficiência hepática
apresentam redução do clearance do fármaco, o que resulta em
aumento de 35% a 70% nos níveis plasmáticos de pico, aumento de 40%
a 60% da ASC e aumento da meia-vida de eliminação do fármaco; pode
ser necessário iniciar o tratamento com doses mais baixas de
anlodipino.

Cuidados de Armazenamento do Naprix A

Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente
(entre 15°C e 30°C), protegido da luz e da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

As cápsulas de Naprix A® são transparentes e
incolores, com conteúdo de coloração branca e amarela.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Naprix A

MS nº: 1.0033.0096

Farmacêutica Responsável:

Cintia Delphino de Andrade
CRF-SP nº: 25.125

Registrado por:

Libbs Farmacêutica Ltda.
Rua Josef Kryss, 250
São Paulo – SP
CNPJ 61.230.314/0001-75

Fabricado por:

Libbs Farmacêutica Ltda.
Rua Alberto Correia Francfort, 88
Embu das Artes – SP
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Naprix-A, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.