Pular para o conteúdo

Miosan Caf

Como o Miosan funciona? 


Miosan Caf®, cujos princípios ativos são o
cloridrato de ciclobenzaprina e a cafeína, é um relaxante
muscular.

A ciclobenzaprina suprime o espasmo do músculo esquelético de
origem local, sem interferir com a função muscular. A utilização de
ciclobenzaprina por períodos superiores a duas ou três semanas deve
ser feita com o devido acompanhamento médico, mesmo porque, em
geral, os espasmos musculares associados às condições
musculoesqueléticas agudas e dolorosas são de curta duração.

A ciclobenzaprina é ineficaz em espasmos musculares secundários
a doenças do sistema nervoso central. Os efeitos da cafeína são
observados por sua ação sobre o sistema nervoso central; ela
provoca, entre outros efeitos, melhora da fadiga, aumento do estado
de alerta e maior agilidade nos pensamentos.

Tempo médio estimado para início da ação

O medicamento tem início de ação em, aproximadamente, 1 hora
após a administração.

Contraindicação do Miosan Caf

Você não deve utilizar Miosan Caf®
se:

  • Tiver alergia à ciclobenzaprina ou a qualquer outro componente
    da fórmula do produto;
  • Tiver glaucoma ou retenção urinária;
  • Estiver no período pós-infarto do miocárdio;
  • Estiver utilizando medicamentos inibidores da monoaminoxidase
    ou tiver interrompido o uso desses medicamentos há menos de 14
    dias;
  • Tiver arritmias cardíacas, bloqueio ou distúrbios de condução
    cardíaca ou insuficiência cardíaca congestiva;
  • Tiver hipertireoidismo.

Como usar o Miosan Caf

Miosan Caf® é de uso oral.

Miosan Caf® é apresentado na forma de
comprimidos de 5 mg (cloridrato de ciclobenzaprina) + 30 mg
(cafeína) e 10 mg (cloridrato de ciclobenzaprina) + 60 mg
(cafeína).

Uso Adulto

A dose usual é de 20 a 40 mg de cloridrato de ciclobenzaprina,
em duas a quatro administrações ao dia (a cada 12 horas ou a cada 6
horas), por via oral.

Limite máximo diário

 A dose máxima diária é de 60 mg de cloridrato de
ciclobenzaprina.

O uso do produto por períodos superiores a duas ou três semanas,
deve ser feita com o devido acompanhamento médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O comprimido revestido do Miosan Caf® (5
mg de cloridrato de ciclobenzaprina + 30 mg de cafeína não deve ser
mastigado.

O comprimido revestido do Miosan Caf®
(10 mg de cloridrato de ciclobenzaprina + 60 mg de cafeína não deve
ser partido ou mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Miosan Caf?


Caso você se esqueça de tomar Miosan Caf® no
horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose,
pule a dose esquecida e tome à próxima, continuando normalmente o
esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome
o medicamento em dobro para compensar doses esquecidas.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Miosan Caf

A ciclobenzaprina deve ser utilizada com cautela em pacientes
com história de retenção urinária, glaucoma de ângulo fechado,
pressão intraocular elevada, aumento da frequência cardíaca,
hipertrofia prostática benigna (aumento da próstata comum em homens
idosos) ou naqueles em tratamento com medicamentos
anticolinérgicos.

A utilização de Miosan Caf® por períodos
superiores a duas ou três semanas deve ser feita com o devido
acompanhamento médico.

Deve-se evitar atividades que exijam atenção, como a operação de
máquinas ou veículos, pois podem ocorrer sintomas como sonolência e
tontura durante o tratamento com Miosan Caf®.

O cloridrato de ciclobenzaprina apresenta estrutura semelhante
aos antidepressivos tricíclicos (por exemplo, amitriptilina e
imipramina); quando as doses administradas forem maiores do que as
recomendadas, podem ocorrer reações adversas sérias no sistema
nervoso central.

Convulsões e morte podem ocorrer em pacientes que recebem
ciclobenzaprina concomitantemente a medicamentos inibidores da
monoaminoxidase.

Uma síndrome potencialmente fatal (chamada Síndrome
serotoninérgica) ocorreu quando a ciclobenzaprina foi usada em
combinação com os seguintes medicamentos: inibidores da recaptação
de serotonina, antidepressivos tricíclicos, buspirona, meperidina,
tramadol, medicamentos inibidores da monoaminoxidase, bupropiona e
verapamil. Portanto, os pacientes em uso desses medicamentos devem
ser cuidadosamente monitorados durante o início e o aumento da dose
para sintomas e sinais desta síndrome, tais como alterações no
estado mental (agitação, alucinações); aumento da frequência
cardíaca, alterações da pressão sanguínea, tremores, rigidez,
náuseas, vômitos, diarreia ou convulsões. A ciclobenzaprina deve
ser descontinuada imediatamente se esses sintomas e sinais
surgirem.

A ciclobenzaprina pode aumentar os efeitos do álcool,
barbitúricos e de outras drogas depressoras do sistema nervoso
central.

Você deve restringir o consumo de alimentos e bebidas que
apresentem em sua composição cafeína durante o tratamento com
medicamentos que contenham cafeína em sua formulação.

Diversos estudos demonstraram que a retirada ou redução abrupta
da cafeína em indivíduos com consumo regular por longo período de
tempo pode desencadear sintomas como dor de cabeça, desânimo e
dificuldade de concentração que, normalmente, têm início em 12-24
horas, pico em 20 a 48 horas e duração em torno de uma semana.

Doses acima de 250 mg de cafeína ao dia aumentam a frequência e
gravidade dos efeitos adversos.

Odontologia

Os efeitos da ciclobenzaprina podem inibir o fluxo salivar,
contribuindo para o desenvolvimento de cáries, doenças periodontais
e candidíase oral.

Carcinogenicidade, Mutagenicidade e Alterações Sobre a
Fertilidade

Os estudos em animais com doses de 5 a 40 vezes a dose
recomendada para humanos não revelaram propriedades carcinogênicas
(ou seja, indução de tumores) ou mutagênicas (ou seja, indução de
mutações da ciclobenzaprina). Doses orais de ciclobenzaprina, até
10 vezes a dose para humanos não afetaram adversamente o desempenho
ou a fertilidade de ratos.

Numerosos estudos epidemiológicos avaliaram a relação entre o
consumo de café e de cafeína no risco de desenvolvimento de
tumores. Estudos recentes não observaram associação significante
entre o consumo de cafeína e o risco de câncer de pâncreas, ovário,
bexiga, estômago, próstata e mama.

Reações Adversas do Miosan Caf

As reações adversas ao cloridrato de ciclobenzaprina são
apresentadas a seguir, em ordem decrescente de frequência.

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Sonolência, tontura e boca seca.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Sistema nervoso central

Fadiga, dor de cabeça, confusão mental, diminuição da acuidade
mental, irritabilidade e nervosismo.

Gastrointestinais

Desconforto abdominal, dor abdominal, refluxo, constipação,
diarreia, náuseas e sabor desagradável na boca.

Esquelético e neuromusculares

Fraqueza.

Oftalmológicos

Visão embaçada.

Respiratórios

Faringite e infecções das vias aéreas superiores.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1 %e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Reação alérgica grave, inchaço nos lábios, arritmias cardíacas,
hepatite, cor amarelada da pele, aumento do tônus muscular, pressão
baixa, formigamentos, psicose, epilepsia, Síndrome serotoninérgica,
manchas na pele, 8 aumento da frequência cardíaca, desmaio, perda
do apetite, alterações na marcha, ansiedade, insônia e visão
dupla.

A similaridade farmacológica da ciclobenzaprina com os
antidepressivos tricíclicos faz com que certos sintomas devam ser
considerados quando da interrupção do tratamento. A interrupção
abrupta após tratamento prolongado pode raramente causar náuseas,
dor de cabeça e mal-estar. Não há indícios de dependência com a
ciclobenzaprina.

A frequência das reações adversas à cafeína não são
conhecidas. Em doses maiores que 250 mg/dia pode
desencadear:

Cardiovasculares

Angina, dor no peito, ondas de calor, palpitações e
arritmias.

Sistema nervoso central

Agitação, delírio, tontura, alucinações, dor de cabeça, insônia,
irritabilidade, psicose, inquietação e tremores.

Dermatológicos

Urticária.

Gastrointestinais

Desordens da motilidade esofágica, gastrite.

Genitourinários

Aumento do volume urinário.

Neuromusculares e esqueléticos

Fasciculações (pequenas contrações musculares).

Oftalmológicos

Aumento da pressão intra-ocular (gt;180 mg de cafeína), redução
do diâmetro da pupila.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Miosan Caf

Insuficiência hepática

Miosan Caf® deve ser usado com cautela em
pacientes com insuficiência hepática leve. Devido à falta de dados,
o uso da ciclobenzaprina não é recomendado em pacientes com
insuficiência hepática moderada à grave.

Gravidez

Estudos sobre a reprodução realizados em ratos, camundongos e
coelhos, com dose de ciclobenzaprina até 20 vezes a dose para
humanos não evidenciaram alterações sobre a fertilidade ou danos ao
feto. Entretanto, não há estudos adequados e bem controlados sobre
a segurança do uso de ciclobenzaprina em 4 mulheres grávidas. Como
os estudos em animais nem sempre reproduzem a resposta em humanos,
não se recomenda a administração de Miosan Caf®
durante a gravidez.

A cafeína atravessa a placenta e durante a gestação sua
metabolização encontra-se reduzida.

Estudos não identificaram aumento da incidência de malformações
associadas ao consumo de cafeína. Aumentos na ocorrência de
abortamentos e baixo peso ao nascimento foram relacionados ao
consumo de cafeína, mas não existem dados que confirmem esta
associação. A cafeína pode potencializar os efeitos de indução de
malformações do tabaco, álcool, ergotamina e propranolol.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Amamentação

Não é conhecido se a droga é excretada no leite materno. Como a
ciclobenzaprina é quimicamente semelhante aos antidepressivos
tricíclicos, alguns dos quais são excretados no leite materno,
cuidados especiais devem ser tomados quando o produto for prescrito
a mulheres que estejam amamentando.

Cerca de 1% do total da cafeína plasmática pode ser encontrada
no leite materno, mas segundo avaliação da Academia Americana de
Pediatria e da Organização Mundial de Saúde, o uso da cafeína em
baixas doses é compatível com a amamentação. O consumo de cafeína
pela mãe não é associado a efeitos adversos no lactente, entretanto
o consumo excessivo pode ser associado à irritabilidade e
alterações do padrão de sono da criança.

Uso Pediátrico

A segurança e a eficácia de ciclobenzaprina não foram
estabelecidas em crianças menores de 15 anos.

Geriatria

Miosan Caf® deve ser usado com cautela em
pacientes idosos.

Composição do Miosan Caf

Cada comprimido revestido contém

Comprimido revestido de 5 mg

Cloridrato de ciclobenzaprina

5 mg

Cafeína

30 mg

Excipientes q.s.p.

1 comprimido

Comprimido revestido de 10 mg

Cloridrato de ciclobenzaprina

10 mg

Cafeína

30 mg

Excipientes q.s.p.

1 comprimido

Excipientes:

corante vermelho eritrosina laca de alumínio, celulose
microcristalina, lactose monoidratada, croscarmelose sódica,
fosfato de cálcio tribásico, estearato de magnésio, dióxido de
titânio, corante óxido de ferro vermelho, macrogol e
hipromelose.

Equivalência sal-base para o princípio
ativo

  • 5 mg de cloridrato de ciclobenzaprina equivalem a 4,415 mg de
    ciclobenzaprina;
  • 10 mg de cloridrato de ciclobenzaprina equivalem a 8,83 mg de
    ciclobenzaprina.

Apresentação do Miosan Caf


Comprimidos revestidos de 5 mg de cloridrato de ciclobenzaprina
e 30 mg de cafeína. Caixas com 4 e 15 comprimidos.

Comprimidos revestidos de 10 mg de cloridrato de ciclobenzaprina
e 60 mg de cafeína. Caixas com 4 e 15 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Miosan Caf

Os sintomas mais comumente associados à superdose de
ciclobenzaprina são sonolência e aumento da frequência cardíaca.
Manifestações menos frequentes incluem tremor, agitação, coma,
alterações da marcha, pressão alta, confusão mental, tontura,
náuseas, vômitos e alucinações. Raramente podem ocorrer dor no
peito, arritmias, pressão baixa, epilepsia, Síndrome neuroléptica
maligna e parada cardíaca. Alterações no eletrocardiograma (ECG)
são indicativos importantes de toxicidade da ciclobenzaprina.

Na eventualidade da ingestão de doses muito acima das
preconizadas, recomenda-se adotar as medidas habituais de controle
das funções vitais (pressão arterial, frequência e ritmo cardíacos,
frequência respiratória e nível de consciência).

Recomenda-se a realização de lavagem gástrica seguida da
utilização de carvão ativado. Em caso de diminuição dos níveis de
consciência, deve-se garantir a permeabilidade das vias aéreas
antes da lavagem 9 gástrica e a indução de vômitos está
contraindicada.

A diálise não é eficaz para retirar a ciclobenzaprina do
organismo.

Superdose de cafeína geralmente ocorre por ingestão de
medicamentos que contenham cafeína. Doses orais de 5 a 50 g (média
de 10 g) podem ser fatais em adultos.

A ingestão de 15-30 mg de cafeína por kg de peso pode
desencadear toxicidade significativa. Os sintomas de superdose de
cafeína são: aumento da frequência cardíaca, pressão alta, aumento
do volume urinário, estimulação do sistema nervoso central,
náuseas, vômitos, baixas concentrações de potássio no sangue,
diminuição do pH sanguíneo e convulsões. O tratamento geralmente é
sintomático e de suporte.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Miosan Caf

A ciclobenzaprina pode aumentar os efeitos do álcool, dos
barbituratos e dos outros depressores do sistema nervoso
central.

Para a prescrição de medicamentos inibidores da monoaminoxidase
é necessário um intervalo mínimo de 14 dias entre a administração
dos mesmos e da ciclobenzaprina, para evitar reações adversas.

Recomenda-se cautela em casos de administração concomitante de
Miosan Caf® e inibidores da recaptação de
serotonina, antidepressivos tricíclicos, buspirona, meperidina,
tramadol, bupropiona e verapamil, pelo potencial de ocorrência de
Síndrome serotoninérgica (ver Advertências e Precauções).
Medicamentos antidiscinéticos e anticolinérgicos podem ter sua ação
aumentada pelo Miosan Caf®, levando a problemas
gastrintestinais.

A cafeína reduz os efeitos sedativos e ansiolíticos (por efeito
antagonista no sistema nervoso central) do clonazepam, midazolam,
diazepam, lorazepam, alprazolam, bromazepam, clordiazepóxido,
nitrazepam, prazepam, flurazepam, halazepam, clobazam e
triazolam.

A cafeína aumenta a concentração e toxicidade da teofilina,
podendo gerar náuseas, vômitos, palpitação e convulsões.

A ciprofloxacina e outras quinolonas interferem com o
metabolismo da cafeína, reduzindo sua eliminação e aumentando sua
meia-vida.

Interferência em exames laboratoriais

Até o momento não existem dados disponíveis relacionados à
interferência de Miosan Caf® sobre o resultado de
exames laboratoriais.

 Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se
você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia do Miosan Caf

A ciclobenzaprina pode potencializar os efeitos do álcool.

Ação da Substância Miosan Caf

Resultados de eficácia

Um artigo de revisão que incluiu 101 estudos clínicos
randomizados avaliou a eficácia e segurança de relaxantes
musculares no tratamento de condições musculoesqueléticas e
concluiu que a ciclobenzaprina é efetiva no tratamento da dor de
origem muscular, quando comparada ao placebo.

Toth amp; Urtis revisaram os riscos e benefícios dos relaxantes
musculares mais comumente usados na prática clínica para o
tratamento da lombalgia. Para tanto, três estudos clínicos
realizados com carisoprodol (n=197), dois estudos clínicos,
randomizados, duplo-cegos e placebo-controlados com ciclobenzaprina
(n=1.405) e três estudos clínicos duplo-cegos e placebo-controlados
com metaxalona (n=428) foram incluídos. Os autores concluíram que a
ciclobenzaprina tem os maiores e mais recentes estudos clínicos
demonstrando seus benefícios. O carisoprodol e a metaxalona também
são efetivos, mas a utilidade do carisoprodol é atenuada pelo seu
potencial de abuso.

Uma meta-análise avaliou a efetividade da ciclobenzaprina no
tratamento da fibromialgia e analisou cinco estudos clínicos
randomizados e placebo-controlados. Os critérios de entrada dos
estudos analisados incluíram pontos dolorosos e dor generalizada
por mais de três meses. As doses de ciclobenzaprina usadas variaram
de 10 a 40 mg, conforme a tolerabilidade do paciente. O odds ratio
(OR) para uma melhora global com a terapia foi de 3,0 (intervalo de
confiança [IC] de 1,6 a 5,6) e concluiu-se que 4,8 pacientes
precisam receber tratamento com a ciclobenzaprina para que 1
paciente experimente melhora dos sintomas. A melhora da dor é
percebida precocemente, mas não há melhora da fadiga ou dos pontos
dolorosos.

Em cinco estudos selecionados foram analisados um total de 312
pacientes,sendo que o número médio de sujeitos para cada estudo foi
62. A grande maioria de pacientes era do sexo feminino (95%), com a
média de 46 anos. O tempo médio de duração dos estudos foi de 6
semanas, sendo que a duração dos sintomas era de 39 semanas em
média.

Os ensaios incluíam doses únicas diárias de ciclobenzaprina e
placebo. Os estudos que consideravam doses maiores de
ciclobenzaprina (30 mg/dia ou mais), fracionavam as tomadas, sendo
que menor quantidade era administrada pela manhã (10mg) e uma maior
concentração à noite (20 mg ou mais). O início do tratamento era
feito com doses de 10 mg à noite e aumentada de acordo com a
tolerabilidade do paciente. O principal parâmetro de tolerabilidade
considerado era a sedação causada pelo medicamento. Se o
participante considerasse a medicação muito sedativa, sua dose era
mudada para a dose anterior, sendo que a posologia mínima era de 10
mg/dia.

Os resultados obtidos com o tratamento foram analisados quanto à
melhora global, melhora da dor, da fadiga, do sono e dos tender
points (número e intensidade). O efeito do tratamento era medido
segundo variáveis contínuas em 3 pontos de avaliação. Todos os
estudos incluíam medidas de avaliação do sono e da dor. 

Os critérios de melhora global foram extraídos de 3 estudos.
Pacientes tratados com a ciclobenzaprina apresentaram melhores
índices de eficácia do que aqueles tratados com placebo. Este
achado foi homogêneo para todos os estudos considerados. Resultados
de variáveis contínuas (sono, dor, fadiga, tender points) foram
observados nas semanas 4, 8 e 12 de tratamento. Uma melhora
estatisticamente significativa no sono foi observada em todas as
avaliações. Houve melhora no sintoma de dor na semana 4, no grupo
fazendo uso de ciclobenzaprina. Não houve melhora no sintoma de
fadiga em nenhuma avaliação. 

A meta-análise destes 5 estudos publicados demonstrou que a
ciclobenzaprina apresenta efeitos benéficos em pacientes com
fibromialgia. De acordo com os resultados, os pacientes apresentam
melhora do funcionamento global, sendo que a melhoria da qualidade
do sono foi mais modesta. Estudos de maior duração (meses ou anos)
podem dar demonstrações mais definitivas desta eficácia.

Browning et al, 2001 conduziram uma revisão sobre a eficácia da
ciclobenzaprina nos quadros de dores nas costas com artigos
levantados em diversas bases de dados. A qualidade dos estudos foi
avaliada através da escala de 6 itens validada por Jadad et al,
incluindo descrição da randomização do estudo, adequação do esquema
duplo-cego, descrição dos abandonos dos ensaios, adequação das
análises estatísticas, descrição dos critérios de inclusão e
exclusão e métodos de avaliação dos eventos adversos ao tratamento.
Análises das variáveis contínuas incluíram comparações padronizadas
entre as diferenças médias entre os grupos.

As médias dos escores para as 5 variáveis contínuas (dor local,
espasmo muscular, dor à palpação, dificuldade de locomoção e
prejuízo das atividades diárias). As diferenças entre os escores
das variáveis padronizadas (tamanho de efeito) foram calculadas em
cada estudo considerado. Os resultados da pesquisa na literatura
apontaram para um total de 315 artigos, 20 dos quais pareciam
preencher critérios para serem incluídos na meta-análise. Destes,
14 foram efetivamente incluídos nesta revisão. 

Embora alguns dos estudos envolvessem grupos de tratamentos com
outros medicamentos, grupos com ciclobenzaprina e placebo estiveram
presentes em todos os estudos. A ciclobenzaprina foi administrada
em comprimidos de 10 mg, exceto em 2 estudos onde foi fornecida em
comprimidos de 5 mg. A dose diária variou de 10 a 60 mg, de acordo
com a tolerabilidade dos pacientes, sendo que a média posológica
foi de 30 mg/dia. Um dos estudos utilizou a ciclobenzaprina 2 vezes
ao dia, sendo que os demais utilizaram esquemas de 3 tomadas
diárias. 

A duração média dos estudos foi de 12,3 dias variando de 7 a 18
dias. 

Todos os 14 estudos focaram lombalgia associada a espasmo
muscular, sendo que em 5 deles também foram considerados dados de
dores cervicais associadas a espasmos musculares. Onze estudos
incluíram apenas lombalgias agudas e 3 lombalgias crônicas. Treze
dos quatorze estudos incluíram medidas de avaliação de melhora
global, principalmente avaliada no final do ensaio clínico. As
variáveis contínuas consideradas foram: dor local, espasmo
muscular, dor à palpação, dificuldade de movimentação e atividades
diárias. Estas variáveis foram avaliadas em, pelo menos, 3 momentos
dos estudos: dias 1 a 4, 5 a 9 e após o nono dia.

Os resultados da análise destas 5 variáveis contínuas nos 3
momentos de avaliação apresentaram melhora estatisticamente
significativa para os pacientes tratados com a ciclobenzaprina,
quando comparado com placebo. Para 4 variáveis (espasmo muscular,
dor à palpação, dificuldade de movimentação e realização de
atividades diárias), ocorreu uma diferença bastante significativa
entre os grupos ciclobenzaprina e placebo já nos primeiros 3 dias
de tratamento, bem como em 1 ou 2 semanas. Os efeitos colaterais
observados com maior frequência no grupo da ciclobenzaprina foram:
sonolência com significância estatística para plt;0,001 comparada
ao grupo placebo; boca seca, tontura e náuseas. 

De acordo com esta meta-análise, a ciclobenzaprina é eficaz no
tratamento da lombalgia. Pacientes tratados com a ciclobenzaprina
apresentaram 5 vezes maior probabilidade de melhora. Nas 5
variáveis contínuas consideradas (dor local, espasmo muscular, dor
à palpação, dificuldade de movimentação e realização de atividades
diárias) observou-se um tamanho de efeito considerado mediano
(0,5). Mais de 50% dos pacientes apresentaram sonolência durante o
tratamento.

Esta revisão demonstrou fortes evidências sobre a eficácia de um
relaxante muscular (ciclobenzaprina) no tratamento da lombalgia
aguda. 

As conclusões desta meta-análise foram as seguintes, a
ciclobenzaprina é eficaz no tratamento das lombalgias, em todas as
variáveis consideradas, comparado ao placebo. Os pacientes podem
contar com uma chance de melhora de 5 vezes até o décimo quarto dia
com um tamanho de efeito moderado. A sonolência é um efeito
colateral comum, podendo ocorrer em até 50% dos
pacientes. 

Num estudo duplo cego, grupos paralelos, 120 homens saudáveis
(idade entre 18 e 26 anos) foram randomizados para receber dose
única de cafeina 600 mg (n=100) ou placebo (n=20) pela manhã após
sono normal. Através de uma escala analogical visual, indivíduos
perceberam que os níveis de alerta com o uso da cafeína foram
significativamente melhores quando comparados ao placebo até 5
horas após a sua administração (p menor 0.05).

Baseados em 30 estudos ao longo de 20 anos, em mais de 10.000
pacientes no período pós-parto, analgésicos combinados à cafeína
são superiores no tratamento da cefaleia quando comparados a
regimes que não contém a cafeína. Baseando-se ainda nestes estudos,
a adição da cafeína à terapia analgésica reduz as doses necessárias
de analgésicos em aproximadamente 40% sem reduzir os efeitos
terapêuticos dos medicamentos.

Moreno e cols. realizaram um estudo randomizado, cruzado (com
período de washout entre os dois tratamentos de 14 dias) que teve o
objetivo de avaliar a biodisponibilidade relativa entre as
formulações de Miosan CAF (10 mg de ciclobenzaprina + 60 mg de
cafeína) e Miosan (10 mg de ciclobenzaprina). Adicionalmente,
foi avaliado o efeito da cafeína sobre a redução da sonolência
causada pela ciclobenzaprina. 

Foi realizado um estudo aberto, monocêntrico, balanceado,
aleatorizado de modelo cruzado, mono cego com dois tratamentos,
duas sequências, dois períodos, com o objetivo de avaliar o estado
de sonolência/alerta resultante da administração de dois
medicamentos: Miosan+cafeína (MC: cloridrato
de ciclobenzaprina 10mg + cafeína 60mg comprimido revestido) e
ciclobenzaprina ( C: cloridrato de ciclobenzaprina 10mg comprimido
revestido) com fase de suspensão do tratamento de 14 dias.

O estudo incluiu 34 voluntários saudáveis de ambos os sexos com
idade entre 21 e 44 anos que receberam as medicações em estudo após
um período de 4 horas de jejum. Amostras de sangue para a
mensuração das concentrações da ciclobenzaprina plasmática (por
cromatografia líquida de alta eficiência associada à espectrometria
de massa) foram coletadas ao longo de 24 horas e, a seguir, após
48, 72, 96 e 144 horas.

A sonolência foi avaliada pela Escala de Sonolência de Stanford
e por um breve questionário para determinar a percepção do paciente
após 1:30, 3:30 e 5:00 horas da administração dos medicamentos em
estudo. As concentrações plasmáticas de ciclobenzaprina ao longo do
tempo após uma dose oral única de Cloridrato de Ciclobenzaprina +
Cafeína (substância ativa) e Miosan não diferiram
significantemente entre as formulações; as médias geométricas e
respectivos intervalos de confiança (IC) de 90% das razões
percentuais Cloridrato de Ciclobenzaprina + Cafeína (substância
ativa)/ Miosan foram 92,82% (86,47 – 99,63%) para a
concentração plasmática máxima (Cmáx) e 99,67% (94,12 –
105,54%) para a área sob a curva de zero ao infinito (ASCinf).
Esses IC 90% estão dentro dos limites aceitáveis de bioequivalência
(80 -125%).

Em cada período do estudo, o grupo que recebeu Cloridrato de
Ciclobenzaprina + Cafeína (substância ativa) apresentou um escore
médio de sonolência significantemente menor (4,4) que aquele
observado com Miosan (5,8; plt;0,001). De todos os 34
voluntários participantes, 79,4% relataram uma sonolência menos
intensa após uso de Cloridrato de Ciclobenzaprina + Cafeína
(substância ativa). Os autores concluíram que a combinação de
ciclobenzaprina com cafeína na mesma formulação diminui a
intensidade da sonolência em comparação à ciclobenzaprina
isoladamente.

Tendo em vista o objetivo do estudo, foi avaliado, então, o
efeito do tratamento, ou seja, foi avaliado se realmente
existiu diferença entre Miosan+cafeína e ciclobenzaprina isolada
quanto à sonolência.Foi constatada uma diferença estatística
entre os tratamentos (p lt; 0,001) e que, independente do
confinamento, os pacientes tratados com Miosan+cafeína apresentaram
escore de sonolência menor do que quando tratados somente com
ciclobenzaprina.

Por último foi avaliado o efeito do tempo no escore de
sonolência. Como resultado, foi verificado que não existiu efeito
de interação entre tempo e tratamento (p=0,416), ou seja, ambos os
tratamentos tiveram o mesmo comportamento de sonolência, em relação
ao tempo. Apesar de não ter ocorrido efeito de interação, houve
efeito do tempo. Ou seja, para ambos os tratamentos, as avaliações
realizadas em 1h30, 3h30 e 5h após a administração da medicação
produziram sonolência diferenciada.

O grau de sonolência se alterou ao longo do tempo (p = 0,001)
evidenciando uma maior sonolência observada 5h após a administração
do tratamento que a sonolência observada após 1h30. Os resultados
deste estudo concluíram que a associação de ciclobenzaprina +
cafeína diminui a sonolência quando comparada à ciclobenzaprina
isolada, com perfil dos demais eventos adversos sendo similares em
ambas as formulações. 

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica 

A ciclobenzaprina suprime o espasmo do músculo esquelético de
origem local, sem interferir com a função muscular; ela reduz a
atividade motora tônica, influenciando os neurônios motores alfa e
gama. A ciclobenzaprina não atua na junção neuromuscular ou
diretamente na musculatura esquelética. Ela é ineficaz em espasmos
musculares secundários a doenças do sistema nervoso central
(SNC). 

A cafeína, uma metilxantina, exerce a maioria de suas funções
biológicas pelo antagonismo dos receptores A1 e A2 da adenosina, um
neuromodulador endógeno. Os efeitos da cafeína são observados por
sua ação sobre o SNC; ela provoca, entre outros efeitos, melhora da
fadiga, aumento do estado de alerta e maior agilidade nos
pensamentos.

Farmacocinética

Ciclobenzaprina 

A ciclobenzaprina é bem absorvida após administração oral
(biodisponibilidade variando de 33-55%) e a ligação às proteínas
plasmáticas é elevada. O tempo até a concentração plasmática máxima
(Cmáx, que varia de 15-25 ng/mL) é de 3 a 8 horas após
uma dose oral única de 10 mg, e está sujeito a variações
individuais. A duração da ação é de 12 a 24 horas. O metabolismo da
droga é hepático, via CYP3A4, 1A2 e 2D6 e ela pode sofrer
recirculação enterohepática. A ciclobenzaprina é excretada
primariamente como glicuronídeos via renal e a meia-vida de
eliminação é de 18 horas, podendo variar de 8 a 37 horas. 

Cafeína 

A cafeína é bem absorvida após administração oral,e a ligação às
proteínas plasmáticas in vitro é, em média, de 36%; ela sofre ampla
distribuição pelos tecidos. O tempo até a Cmáx é de 0,5
a 0,6 horas, e não é afetado pela dose administrada. A cafeína
é metabolizada no fígado (P450 CYP1A2 e CYP3A4) e tem como
metabólitos ativos a paraxantina, teobromina e a teofilina.

Tanto a cafeína quanto seu metabólito teofilina são excretados
por via renal. Cerca de 1% da dose de cafeína é excretada pela
urina sem sofrer metabolização. A meia-vida de eliminação da
cafeína é de 4-5 horas após a administração de 250 mg. 

Tempo médio estimado para início da ação
terapêutica

O medicamento tem início de ação em, aproximadamente, 1 hora
após a administração.

Cuidados de Armazenamento do Miosan Caf

Miosan Caf® deve ser mantido em temperatura
ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido da luz e da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

O comprimido revestido de Miosan Caf® (5 mg de
cloridrato de ciclobenzaprina + 30 mg de cafeína) é vermelho
tijolo, oblongo, biconvexo, com vinco em ambos os lados.

O comprimido revestido de Miosan Caf® (10 mg de
cloridrato de ciclobenzaprina + 60 mg de cafeína) é vermelho
tijolo, redondo, biconvexo e liso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Miosan Caf

Reg. MS nº 1.0118.0611

Farmacêutico Responsável:

Alexandre Tachibana Pinheiro
CRF-SP nº 44081

Registrado e fabricado por:

Apsen Farmacêutica S/A
Rua La Paz, nº 37/67 – Santo Amaro
CEP 04755-020 – São Paulo – SP
São Paulo – SP
CNPJ 62.462.015/0001-29
Indústria Brasileira

Centro de Atendimento ao Cliente

0800 16 5678 – Ligação gratuita
infomed@apsen.com.br

® Marca registrada de Apsen Farmacêutica S.A.

Venda sob prescrição médica.

Miosan-Caf, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.