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Maxiliv

Como o Maxiliv funciona?


Maxiliv é um medicamento à base de dipirona sódica atuando como
analgésico e antitérmico de eficácia comprovada, sendo capaz de
aliviar os estados dolorosos, bem como diminuir temperaturas
elevadas. A ação antitérmica inicia-se aproximadamente 30 minutos
após a ingestão de Maxiliv.

Maxiliv pode ser utilizado como analgésico e antitérmico no
tratamento sintomático da dengue, sem favorecer o aparecimento de
hemorragias.

Febre

O que é febre?

A febre consiste na elevação da temperatura corporal acima
de seus limites normais, podendo ser definida quando a temperatura
corporal passa a ser superior à 37,5°C. Embora seja difícil
estabelecer um limite preciso, em geral considera-se que
temperaturas entre 37°C e 37,5°C representem os chamados estados
subfebris. É importante salientar que em qualquer caso de elevação
da temperatura corporal, é sempre necessária a observação cuidadosa
do paciente.

Benéfica ou maléfica?

É inegável que a febre representa um sinal de alerta para a
ocorrência de um problema orgânico. Existem vários fatores
fisiológicos associados à febre, que atuam na resposta do organismo
a um agente agressor, porém é certo também que a febre provoca uma
série de sintomas que causam desconforto clínico para o paciente,
como por exemplo, a ocorrência de dores musculares, calafrios e
prostração sendo que tais sintomas podem ser atenuados muitas vezes
com o uso de medicamentos antipiréticos.

Lembretes importantes

A febre pode ocorrer em vários tipos de infecções, inclusive
naquelas de origem viral. Portanto, nem sempre a sua ocorrência
justifica a necessidade de antibióticos.

Em qualquer situação de febre, o paciente sempre deve ser
observado, podendo ocorrer situações em que tal quadro é
transitório regredindo espontaneamente.

Mesmo após o início do tratamento antiinfeccioso específico, a
febre pode ainda persistir ou tornar-se menos intensa por um
período curto (em geral 48 a 72 horas). Sempre que houver
persistência do quadro febril por um período que ultrapasse o
esperado para seu desaparecimento, o quadro deve ser reavaliado
pelo médico.

Sinais de atenção

Qualquer situação de febre merece observação e avaliação
especializada, porém alguns casos devem merecer maior atenção:

  • Febre persistente e prolongada.
  • Febre associada à queda progressiva do estado geral.
  • Febre recorrente após um período afebril maior que 24
    horas.
  • Febre alta acompanhada de calafrios.

Medidas gerais úteis

  • É importante o uso de roupas que permitam manter o paciente
    confortável, evitando-se o uso de roupas muito quentes que possam
    aumentar a retenção de calor.
  • Manter o ambiente arejado e muito bem ventilado.
  • Oferecer líquidos com freqüência, principalmente para crianças,
    pois a febre persistente pode provocar desidratação.
  • Respeitar o estado geral da criança evitando forçá-la a manter
    atividades que não queira ou submetê-la a esforços físicos mais
    intensos.
  • O estado febril pode ser acompanhado de inapetência, devendo-se
    respeitar a vontade do paciente para alimentar-se.
  • Antitérmicos podem ser utilizados para controlar o quadro de
    febre, mas sempre devem ser orientados por um médico.
  • Compressas frias aplicadas na fronte, banho morno ou uso de
    toalhas mornas são outras maneiras disponíveis para controlar o
    quadro febril.

Dor

A dor é um sintôma

Normalmente, a dor surge como conseqüência de um distúrbio
localizado em algum órgão ou sistema de nosso organismo e, na
maioria das vezes, é possível estabelecer uma correlação entre
eles. Dentre as inúmeras causas que podem dar origem à dor, podemos
citar ferimentos, fraturas, inflamações, queimaduras,
distensão ou espasmo visceral, alterações do fluxo sangüíneo,
etc.

A dor é um alerta

A dor é sempre um aviso do nosso organismo para informar de que
algo não está bem. Embora muitas pessoas não dêem a esse sintoma
sua devida importância, vale lembrar que a dor é um importante
mecanismo de proteção da nossa integridade e da nossa saúde.

Portanto, para que se possa eliminar a causa que originou a
dor, é importante valorizá-la e interpretá-la devidamente.

Dor aguda X Dor crônica

Uma dor pode tornar-se crônica por variados motivos, mas
certamente, a dor aguda é a que melhor caracteriza a função de
alerta e defesa contra uma possível agressão.

Já a dor crônica, por reduzir a qualidade de vida, limitando a
movimentação, a agilidade, a atividade e o bem-estar das pessoas,
tem merecido grande atenção da medicina moderna.

O aspécto psicológico da dor

Não importa se ela tem causa conhecida ou não, toda dor, aguda
ou crônica, tem um componente subjetivo. Este componente subjetivo
também é modificado e influenciado por fatores individuais,
culturais, étnicos, sociais e ambientais. Se por um lado, existem
pessoas que têm grande controle sobre suas reações, mesmo sentindo
dor de forte intensidade, por outro lado, há aquelas que tomam
atitudes irracionais ou reagem de forma diferente frente a um mesmo
estímulo doloroso. Assim, a maneira de lidar com a dor varia
individualmente, desde pessoas que buscam seu esclarecimento e o
melhor tratamento, até outras, que adotam uma postura mais
tolerante e até mesmo resignada frente ao sintoma.

O que devemos fazer em caso de dor

O tratamento da dor sempre foi o principal dever da
Medicina. Por isso, em qualquer situação que ocorra dor, podemos
recorrer a uma medicação analgésica eficiente, porém nunca devemos
deixar de buscar suas causas, recorrendo, sempre que necessário, a
uma avaliação especializada.

Contraindicação do Maxiliv

Maxiliv é contra-indicado em pacientes que apresentem
hipersensibilidade a quaisquer dos componentes de sua fórmula.

Maxiliv é contra-indicado em pacientes que tiveram rinite,
urticária, asma ou reações alérgicas induzidas pelo ácido
acetilsalicílico ou por outros agentes antiinflamatórios.

Maxiliv não deve ser administrado em altas doses ou por períodos
prolongados, sem controle médico.

Durante o tratamento pode-se observar uma coloração avermelhada
na urina, devido à excreção do metabólito ácido rubazônico, porém
isto não tem significado toxicológico ou clínico. Informe seu
médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do
início, ou durante o tratamento.

Podem ser observados ataques de asma em pacientes predispostos a
tal condição.

Como usar o Maxiliv

Cada 1mL = 20 gotas, quando o frasco for mantido na posição
vertical para gotejar a quantidade pretendida de gotas como
indicado abaixo. As dosagens abaixo se aplicam a pacientes de peso
normal.

Adultos e adolescentes acima de 15 anos

20 a 40 gotas em administração única ou até o máximo de 40
gotas, 4 vezes ao dia.

Crianças abaixo de 15 anos e acima de 3 meses de idaade
ou 5kg

As crianças devem receber Maxiliv gotas conforme
seu peso, seguindo a orientação do esquema abaixo:

Peso (média de idade)

Dose

Gotas

5 a 8kg (3 a 11 meses)

Dose única

2 a 5

Dose máxima diária

20 (4 x 5)

9 a 15kg (1 a 3 anos)

Dose única

3 a 10

Dose maxima diária

40 (4 x 10)

16 a 23kg (4 a 6 anos)

Dose única

5 a 15

Dose máxima diária

60 (4 x 15)

24 a 30kg (7 a 9 anos)

Dose única

8 a 20

Dose máxima diária

120 (4 x 20)

31 a 45kg (10 a 12 anos)

Dose única

10 a 30

Dose máxima diária

120 (4 x 30)

46 a 53kg (13 a 14 anos)

Dose única

15 a 35

Dose máxima diária

140 (4 x 35)

Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de
5kg.

Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5kg não
devem ser tratadas com Maxiliv, a menos que seja absolutamente
necessário.

Neste caso, a dose de uma gota até 3 vezes ao dia não deve ser
excedida.

Doses maiores, somente a critério médico.

Idosos

As mesmas orientações dadas aos adultos devem ser seguidas para
os pacientes idosos, observando-se as recomendações específicas
para grupos de pacientes descritos nos itens “Precauções e
Advertências” e “Contra-indicações”.

Precauções do Maxiliv

O uso de Maxiliv em casos de amigdalite ou qualquer outra
afecção da buco-faringe deve merecer cuidado redobrado.

Esta afecção preexistente pode mascarar os primeiros sintomas de
agranulocitose (angina agranulocítica), ocorrência rara, mas
possível, quando se faz uso de produto que contenha dipirona.

Durante o tratamento pode-se observar uma coloração avermelhada
na urina, devido à excreção do metabólito ácido rubazônico, porém
isto não tem significado toxicológico ou clínico.

Pacientes com asma ou infecções respiratórias crônicas,
bem como pacientes com hipersensibilidade a qualquer tipo de
substância

Podem desenvolver choque.

Pacientes hematopoiéticos

Em pacientes com distúrbios hematopoiéticos Maxiliv somente deve
ser administrado sob controle médico.

Pacientes com insuficiência renal

Em situações ocasionais, principalmente em pacientes com
histórico de doença renal preexistente ou em casos de superdosagem,
houve distúrbios renais transitórios com oligúria ou anúria,
proteinúria e nefrite intersticial.

Interações medicamentosas

Não se deve ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento com
Maxiliv, porque o efeito do álcool pode ser potencializado.

Medicamentos contendo ciclosporina não devem ser administrados
concomitantemente com Maxiliv, pois ocorre uma diminuição do nível
sanguíneo de ciclosporina.

Maxiliv, igualmente, não deve ser administrado a pacientes sob
tratamento com clorpromazina, pois pode ocorrer hipotermia
grave.

Reações Adversas do Maxiliv

Em pacientes sensíveis, independente da dose, Maxiliv pode
provocar reações de hipersensibilidade. As mais graves, embora
bastante raras, são choque e discrasias sanguíneas (agranulocitose,
leucopenia, trombocitopenia, anemia aplástica e anemia hemolítica),
que é sempre um quadro muito grave.

Outras reações indesejadas, que podem ocorrer, incluem reações
de hipersensibilidade que afetam a pele (urticária), a conjuntiva e
a mucosa nasofaríngea, muito raramente progredindo para reações
cutâneas bolhosas, às vezes com risco de vida, geralmente com
comprometimento da mucosa (síndrome de Stevens-Johnson ou síndrome
de Lyell). No evento de tais reações cutâneas, o tratamento deve
ser suspenso imediatamente e o médico consultado.

Pacientes com história de reação de hipersensibilidade a outras
drogas ou substâncias, podem constituir um grupo de maior risco e
apresentar reações adversas mais intensas, até mesmo choque. Neste
caso o tratamento deve ser imediatamente suspenso e tomadas as
providências médicas adequadas: colocar o paciente deitado com as
pernas elevadas e as vias áereas livres.

População Especial do Maxiliv

Gestantes

Durante a gravidez, principalmente nos primeiros três meses e
nas seis últimas semanas e durante a lactação, Maxiliv somente deve
ser utilizado sob orientação médica.

Crianças

Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg
não devem ser tratadas com Maxiliv, a menos que seja absolutamente
necessário, devido à possibilidade de interferência com a função
renal.

Riscos do Maxiliv

Não use este medicamento durante a gravidez e em
crianças menores de três meses de idade.

Composição do Maxiliv

Apresentações

Solução oral (gotas) em frasco de 20 ml.

Uso adulto e pediátrico.

Uso oral.

Composição

Cada 1mL (20 gotas) contém:

Dipirona sódica 500mg.

Excipientes:

propilenoglicol, ciclamato de sódio, sacarina sódica diidratada,
metilparabeno, propilparabeno, edetato dissódico diidratado, álcool
etílico, aroma de damasco e água.

Superdosagem do Maxiliv

O tratamento segue os princípios gerais da conduta no controle
de intoxicações exógenas.

As medidas terapêuticas a serem tomadas em casos de superdosagem
são: tratamento sintomático e de suporte que deverão ser
implementados em casos de complicações, tais como: hipotensão,
insuficiência renal, convulsões, irritação gastrintestinal e
depressão respiratória

Terapias como anti-histamínicos do grupo H1 e
H2 e suporte cardiocirculatório são indicados em casos
específicos.

Interação Medicamentosa do Maxiliv

Ciclosporinas

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar redução
dos níveis plasmáticos de ciclosporina. As concentrações da
ciclosporina devem, portanto, ser monitoradas quando a Dipirona
monoidratada (substância ativa) é administrada
concomitantemente.

Metotrexato

A administração concomitante da Dipirona monoidratada
(substância ativa) com metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade
do metotrexato particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta
combinação deve ser evitada.

Ácido acetilsalicílico

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode reduzir o efeito
do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária, quando
administrados concomitantemente. Portanto, essa combinação deve ser
usada com precaução em pacientes que tomam baixa dose de ácido
acetilsalicílico para cardioproteção.

Bupropiona

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar a redução
na concentração sanguínea de bupropiona. Portanto, recomendase
cautela quando a Dipirona monoidratada (substância ativa) e a
bupropiona são administradas concomitantemente.

Medicamento-exames laboratoriais

Foram reportadas interferências em testes laboratoriais que
utilizam reações de Trinder (por exemplo: testes para medir níveis
séricos de creatinina, triglicérides, colesterol HDL e ácido úrico)
em pacientes utilizando Dipirona monoidratada (substância
ativa).

Interação Alimentícia do Maxiliv

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre
alimentos e Dipirona monoidratada (substância ativa).

Ação da Substância Maxiliv

Resultados de Eficácia


Comprimido efervescente / Comprimido simples 500mg e
1g

A ação analgésica da Dipirona monoidratada (substância ativa)
oral versus placebo foi avaliada em estudo clínico
multicêntrico, randomizado, duplo-cego, cruzado, controlado por
placebo, envolvendo 73 pacientes com crise de enxaqueca com ou sem
aura, selecionados para receber 1g de Dipirona monoidratada
(substância ativa) via oral ou placebo. A intensidade da dor foi
medida através da escala verbal de dor antes e 1, 2, 4 e 24h após o
tratamento. Melhora significativa da dor foi observada com Dipirona
monoidratada (substância ativa), comparativamente ao placebo em
todos os pontos medidos. As percentagens de ‘alívio da dor’ obtidas
1, 2 e 4 horas após a ingestão oral de 1g de Dipirona monoidratada
(substância ativa) variaram de 42% a 57,1% versus 19,6% a
28,6% para o placebo (plt;0,001) (Tulunay et al,
2004).

Doses orais únicas de Dipirona monoidratada (substância ativa)
500mg e 1g versus ácido acetilsalicílico (AAS) 1g foram
comparadas em estudo clínico multicêntrico, randomizado,
duplo-cego, de grupos paralelos, controlado com placebo e
comparador ativo, envolvendo 417 pacientes com cefaleia tensional
episódica. O intervalo de tempo resultante da soma da média
ponderada da diferença de intensidade da dor sobre ambos os
episódios chegou a 12,20, 12,64, 10,56 e 8,10 para 500mg e 1g de
Dipirona monoidratada (substância ativa), 1g de AAS e placebo,
respectivamente (p lt;0,0001 para ambos os grupos Dipirona
monoidratada (substância ativa) e p lt;0,0150 para AAS
versus placebo). Observou-se uma tendência para início
mais precoce de alívio da dor mais profunda com Dipirona
monoidratada (substância ativa) 500mg e 1g sobre 1g de AAS. Todos
os medicamentos foram seguros e bem tolerados (Martínez-Martín
et al, 2001).

Exclusivo Comprimido simples 500mg e 1g

A ação antipirética e analgésica da Dipirona monoidratada
(substância ativa) oral foi avaliada em estudos clínicos
duplo-cego. Em um estudo duplo-cego com pacientes com febre
tifóide, 25 pacientes receberam 500 mg de Dipirona monoidratada
(substância ativa) VO e 28 receberam 500 mg de paracetamol VO. A
temperatura retal e os registros de pulso foram monitorados a cada
30 minutos. Efeitos antipiréticos foram observados no grupo
Dipirona monoidratada (substância ativa) e paracetamol aos 30 e 60
minutos respectivamente. Foram calculadas a área sob a curva
tempo-temperatura tanto para a Dipirona monoidratada (substância
ativa) (148ºC·h) quanto para o paracetamol (128ºC·h), a diferença
entre as áreas foi significativamente maior para os pacientes que
receberam Dipirona monoidratada (substância ativa). O total de
antipirese nos dois grupos foi calculado pelos escores das somas de
redução de temperatura até 6 horas após administração da medicação,
que foi maior que 300 para os pacientes recebendo Dipirona
monoidratada (substância ativa) e menor que 300 para os pacientes
que receberam paracetamol (p lt; 0,05) (Ajgaonkar VS, 1988).

Gotas

Pacientes pediátricos

Estudo clínico comparativo, multinacional, randomizado,
duplo-cego, comparou a eficácia antipirética de Dipirona
monoidratada (substância ativa), paracetamol e ibuprofeno em 628
crianças com febre, com idade entre 6 meses a 6 anos. Os três
fármacos foram eficazes em baixar a temperatura em 555 pacientes
que completaram o estudo. Taxas de normalização de temperatura no
grupo Dipirona monoidratada (substância ativa) e ibuprofeno (82% e
78%, respectivamente) foram significativamente maiores do que no
grupo paracetamol (68%, p = 0,004). Depois de 4 a 6 horas, a
temperatura média no grupo da Dipirona monoidratada (substância
ativa) foi significativamente menor que os demais grupos,
demonstrando maior normalização da temperatura com a Dipirona
monoidratada (substância ativa) (Wong et al, 2001). Em
outro estudo clínico aberto, não comparativo foi usada Dipirona
monoidratada (substância ativa) oral na dose de 10-15 mg/kg cada
6-8 horas para avaliar a redução de temperatura em 93 pacientes
pediátricos (3 meses a 12 anos) com febre (gt; 38,5ºC). Resposta
boa ou satisfatória foi observada em 92% dos pacientes (Izhar T,
1999).

Pacientes adultos

Em estudo clínico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos,
controlado por placebo, foi comparada a eficácia analgésica de
Dipirona monoidratada (substância ativa) solução oral 500 mg/mL
(gotas), cetoprofeno formulação líquida (25 mg ou 50 mg) e placebo
em 108 pacientes com idade acima de 18 anos (26 a 28 pacientes por
tratamento) com dor pós episiotomia. Todos os tratamentos ativos
foram significativamente superiores ao placebo para várias medidas
de analgesia, incluindo 4-horas e 6-hora SPID e pontuações TOTPAR.
A avaliação global foi considerada como ‘bom’ ou ‘excelente’ por
mais de 75% dos pacientes nos grupos de tratamento ativo comparado
com 7,4% dos pacientes no grupo placebo (Olson et al,
1999).

Xarope

A eficácia da Dipirona monoidratada (substância ativa) xarope
foi avaliada em um estudo clínico comparando com xarope de
paracetamol em 120 crianças febris com idade entre 4 e 10 anos.
Infecções virais do trato respiratório foram as principais queixas
e as temperaturas de base foram comparáveis em ambos os grupos
(38,4°C para a Dipirona monoidratada (substância ativa) e 39,3°C
para o paracetamol). Trinta minutos após uma única dose foi
observada redução acentuada na febre com ambas as drogas. A
Dipirona monoidratada (substância ativa) pareceu ser
significativamente superior ao paracetamol, 1,5 h a 6 h após a
ingestão da droga. O início da ação foi a mesma com ambas as
drogas, mas o efeito atipirético durou mais tempo com a Dipirona
monoidratada (substância ativa). A faixa de dose foi 13,2-22,3
mg/kg de Dipirona monoidratada (substância ativa) e 15,0-39,2 mg/kg
de paracetamol. Altas doses de paracetamol não resultaram em um
maior efeito antipirético (Adam, 1994).

Solução injetável

A Dipirona monoidratada (substância ativa) injetável foi
comparada com placebo em estudos clínicos. Um estudo comparou
Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV versus
placebo para cefaleia tensional em 60 pacientes. Os pacientes que
receberam Dipirona monoidratada (substância ativa) mostraram uma
melhora estatisticamente significante da dor (p lt; 0,05) comparada
com o placebo aos 30 minutos após administração. O ganho
terapêutico foi de 30% em 30 minutos e 40% em 60 minutos, com
resultados significativamente superiores para Dipirona monoidratada
(substância ativa). Foram observadas reduções significativas na
reincidência (Dipirona monoidratada (substância ativa) = 25%,
placebo = 50%) e uso de medicação de resgate (Dipirona monoidratada
(substância ativa) = 20%, placebo = 47,6%) para o grupo Dipirona
monoidratada (substância ativa) (Bigal ME, 2002). Outro estudo
comparou Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV com
placebo para o alívio da cefaleia tipo migrânea com aura e sem
aura. Foram utilizados sete parâmetros de avaliação analgésica e
uma escala analógica para avaliar náuseas, fotofobia e
fonofobia.

Os pacientes sem aura que receberam Dipirona monoidratada
(substância ativa) demonstraram uma melhora estatisticamente
superior com 30 minutos (29,5% no grupo Dipirona monoidratada
(substância ativa) versus 10% no grupo placebo) e 60
minutos (65,9% com Dipirona monoidratada (substância ativa) e 16,7%
com placebo) (p lt; 0,05). Os pacientes que apresentavam aura
tiveram comportamento semelhante com 30% de melhora no grupo
Dipirona monoidratada (substância ativa) versus 3,3% no
grupo placebo com 30 minutos e 63,3% versus 13,3% para
Dipirona monoidratada (substância ativa) e placebo, respectivamente
com 60 minutos (p lt; 0,05). Houve melhora também em todos os
sintomas associados quando comparados com indivíduos controle
(Bigal ME, 2002).

Supositório

Em um estudo clínico fase II, prospectivo, randomizado e duplo
cego, 300 mg de Dipirona monoidratada (substância ativa)
supositório foi comparada com 100 mg de nimesulida supositório no
controle da dor pós-operatória em 45 crianças com idade entre 4 e 8
anos e peso corporal entre 16,5 e 62,5 kg (mediana 29,12 +/- 10,48
kg). Após 1 dia de tratamento com Dipirona monoidratada (substância
ativa), a dor foi avaliada como nula ou média em 71% dos pacientes
e 29% dos pacientes ainda reportavam dor moderada. Após 2 dias de
tratamento, 67% das crianças que ainda tiveram dor no dia anterior,
estavam livres de sintomas.

Após 1 dia de tratamento com nimesulida, a dor foi avaliada como
nula ou média em 73% dos pacientes e 27% dos pacientes ainda
reportavam dor moderada. Após 2 dias de tratamento, 75% das
crianças que ainda tiveram dor no dia anterior, estavam livres de
sintomas. A eficácia do tratamento foi avaliada pelo observador
como boa e muito boa em 75% dos casos no grupo que recebeu Dipirona
monoidratada (substância ativa) e em 66% dos casos no grupo que
recebeu nimesulida. Não houve diferença estatística quanto ao
controle da dor nos dois grupos. Ambos os tratamentos foram bem
tolerados, não tendo sido reportadas reações locais (Scharli et
al
, 1990).

Em outro estudo clínico aberto, 70 pacientes pediátricos com
idade entre 1 a 12 anos foram avaliados quanto ao efeito
antipirético da apresentação supositório (300 mg) de Dipirona
monoidratada (substância ativa), buscando-se determinar a
velocidade de absorção, pico de ação, duração de efeito e dose
terapêutica eficaz (mg/kg peso). Todos os pacientes receberam uma
única dose de apresentação estabelecendo-se, para efeito de análise
comparativa, três faixas de dosagem quanto à dose terapêutica
administrada (=21 mg/kg). Os dados obtidos permitiram concluir-se
por boa velocidade de absorção pela mucosa retal (queda de 1,5-C
obtida entre 90 e 120 minutos), pico de ação ao final de 180
minutos, duração de efeito antipirético superior a 6 horas e dose
terapêutica eficaz entre 15 e 20 mg/kg peso (17,9 + ou – 1,6 mg/kg)
(Almeida et al, 1986).

Referências bibliográficas:

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Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

A Dipirona monoidratada (substância ativa) é um derivado
pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e
espasmolítico.

A Dipirona monoidratada (substância ativa) é uma pró-droga cuja
metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais
há 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA)
e o 4-amino-antipirina (4-AA).

Como a inibição da ciclo-oxigenase (COX-1, COX-2 ou
ambas) não é suficiente para explicar este efeito antinociceptivo,
outros mecanismos alternativos foram propostos, tais
como:

Inibição de síntese de prostaglandinas preferencialmente no
sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores
periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no
nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso
central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de
que a Dipirona monoidratada (substância ativa) inibiria uma outra
isoforma da ciclo-oxigenase, a COX-3.

Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a
60 minutos após a administração e geralmente duram cerca de 4
horas.

Propriedades farmacocinéticas

A farmacocinética da Dipirona monoidratada (substância
ativa) e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas
as seguintes informações podem ser fornecidas:

Após administração oral, a Dipirona monoidratada (substância
ativa) é completamente hidrolisada em sua porção ativa,
4-Nmetilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA
é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração
oral quando comparada à administração intravenosa. A
farmacocinética da MAA não se altera em qualquer extensão quando a
Dipirona monoidratada (substância ativa) é administrada
concomitantemente a alimentos.

Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA),
contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC para AA
constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os
metabólitos 4-Nacetilaminoantipirina (AAA) e
4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito
clínico. São observadas farmacocinéticas não-lineares para todos os
metabólitos. São necessários estudos adicionais antes que se chegue
a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O
acúmulo de metabólitos apresenta pequena relevância clínica em
tratamentos de curto prazo.

O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA,
48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA.

Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de
aproximadamente 14 minutos para a Dipirona monoidratada (substância
ativa). Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada
por via intravenosa foram excretadas na urina e fezes,
respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos que são
excretados na urina, quando da administração oral de dose única,
obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e
23% ± 4% para FAA.

Após administração oral de dose única de 1g de Dipirona
monoidratada (substância ativa), o clearance renal foi de
5mL ± 2mL/min para MAA, 38mL ± 13mL/min para AA, 61mL ± 8mL/min
para AAA, e 49mL ± 5mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas
correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas
para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.

Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em
pacientes com cirrose hepática, após administração oral de dose
única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas),
enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.

Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente
estudados até o momento. Os dados disponíveis indicam que a
eliminação de alguns metabólitos (AAA e FAA) é reduzida.

Dados de segurança pré-clínicos

Toxicidade aguda

As doses mínimas letais de Dipirona monoidratada (substância
ativa) em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000mg/kg de
peso corporal por via oral, aproximadamente 2300mg de Dipirona
monoidratada (substância ativa) por kg de peso corporal ou 400mg de
MAA por kg de peso corporal por via intravenosa. Os sinais de
intoxicação foram sedação taquipneia e convulsões pré-morte.

Toxicidade crônica

As injeções intravenosas de Dipirona monoidratada (substância
ativa) em ratos (peso corporal 150mg/kg por dia) e cães (50mg/kg de
peso corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram
toleradas.

Foram realizados estudos de toxicidade oral crônica ao
longo de um período de 6 meses em ratos e cães:

Doses diárias de até 300mg de peso corporal/kg em ratos e
até 100mg/kg de peso corporal de peso em cães não causaram sinais
de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas espécies causaram
alterações químicas do soro e hemossiderose no fígado e baço,
também foram detectados sinais de anemia e toxicidade da medula
óssea.

Mutagenicidade

Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem
como negativos. No entanto, estudos in vitro e in
vivo
com material específico grau Hoechst não deu indicação de
um potencial mutagênico.

Carcinogenicidade

Em estudos em ratos e camundongos NMRI em tempo de vida, a
Dipirona monoidratada (substância ativa) não mostrou efeitos
cancerígenos.

Toxicidade reprodutiva

Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial
teratogênico.

Cuidados de Armazenamento do Maxiliv

Maxiliv, quando conservado em temperatura ambiente (temperatura
entre 15 e 30°C), ao abrigo da luz e umidade, apresenta uma
validade de 24 meses, a contar da data de sua fabricação.

Dizeres Legais do Maxiliv

MS – 1.0573.0238

Farmacêutico Responsável:

Dr. Wilson R. Farias
CRF-SP nº 9555

Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.

Via Dutra, km 222,2 – Guarulhos – SP
CNPJ 60.659.463/0001-91
Indústria Brasileira.

Siga corretamente o modo de usar; não desaparecendo os
sintômas procureorientação médica.

Maxiliv, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.