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Maleato de Enalapril Hidroclorotiazida Teuto

Contraindicação do Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida – Teuto

O Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa) é
contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer um
dos componentes de sua formulação, com histórico de edema
angioneurótico relacionado a tratamento anterior com inibidores da
enzima conversora da angiotensina e com angioedema hereditário ou
idiopático.

Hipersensibilidade a outros fármacos derivados das
sulfonamidas.

O Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa)
não deve ser administrado com alisquireno em pacientes com
diabetes.

Como usar o Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida –
Teuto

Hipertensão arterial

Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância
ativa) 10/25mg

Na hipertensão arterial, a posologia usual é de 1 ou 2
comprimidos, administrados 1 vez ao dia. A posologia deve ser
ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial.

Terapia diurética anterior

Pode ocorrer hipotensão sintomática após a dose inicial de
Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa), ela é
mais frequente em pacientes com depleção de sal ou de volume, como
resultado de terapia diurética anterior. A terapia diurética deve
ser descontinuada 2 a 3 dias antes do início do tratamento com
Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa).

Posologia na insuficiência renal

Os tiazídicos podem não ser diuréticos apropriados para
pacientes com disfunção renal e são ineficazes quando a depuração
plasmática de creatinina for igual ou menor do que 30mL/min (isto
é, insuficiência renal moderada ou grave). Em pacientes com
depuração plasmática de creatinina entre 30 e 80mL/min, o Maleato
de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa) deve ser usado
apenas após titulação dos componentes individuais.

Na insuficiência renal leve, a dose recomendada de maleato de
enalapril, quando utilizado isoladamente, é de 5 a 10mg.

Precauções do Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida –
Teuto

Hipotensão e desequilíbrio
hidroeletrolítico

A exemplo de qualquer tratamento anti-hipertensivo, pode
ocorrer hipotensão em alguns pacientes. Os pacientes devem ser
observados quanto a sinais clínicos de desequilíbrio
hidroeletrolítico, tais como depleção de volume, hiponatremia,
alcalose hipoclorêmica, hipomagnesemia ou hipocalemia, que podem
ocorrer durante diarreia ou vômitos intercorrentes. Os eletrólitos
séricos devem ser avaliados periodicamente, a intervalos
apropriados, nesses pacientes.

Deve ser dada particular atenção quando o medicamento for
administrado a pacientes com cardiopatia isquêmica ou doença
vascular cerebral, nos quais a redução acentuada da pressão
arterial poderia resultar em infarto do miocárdio ou acidente
vascular cerebral.

Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição
supina e, se necessário, deve receber infusão EV de solução salina
normal. Hipotensão transitória não constitui uma contraindicação
para doses posteriores. Após restabelecimento da PA e do volume
sanguíneo efetivo, pode-se reinstituir o tratamento com posologia
reduzida ou pode-se optar pelo uso apropriado de qualquer dos
componentes isoladamente.

Estenose aórtica/cardiomiopatia
hipertrófica

A exemplo de todos os vasodilatadores, deve-se ter cautela ao
administrar inibidores da ECA a pacientes com obstrução da via de
saída do ventrículo esquerdo.

Comprometimento da função renal

Os tiazídicos podem não ser diuréticos apropriados para
pacientes com comprometimento da função renal e são ineficazes
quando a depuração plasmática da creatinina for igual ou menor do
que 30mL/min (isto é, insuficiência renal moderada ou grave).

O Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa)
não deve ser administrado a pacientes com insuficiência renal
(depuração plasmática da creatinina lt; 80mL/min), até que a
titulação dos componentes individuais tenha demonstrado a
necessidade das doses existentes na combinação.

Alguns pacientes hipertensos sem doença renal preexistente
evidente apresentaram aumentos discretos e temporários de ureia
sanguínea e creatinina sérica quando receberam concomitantemente
enalapril e diurético. Se isso ocorrer durante o tratamento com o
Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa), a
combinação deve ser interrompida. Pode-se reiniciar com doses
menores ou optar por utilizar os componentes isoladamente de
maneira apropriada.

Em alguns pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou
estenose da artéria renal de rim único, observou-se aumento dos
níveis séricos de ureia e creatinina com os inibidores da enzima
conversora de angiotensina (ECA), em geral reversíveis após sua
interrupção.

Hepatopatias

As tiazidas devem ser utilizadas com cautela em pacientes com
disfunção hepática ou hepatopatias progressivas, pois pequenas
alterações do balanço hidroeletrolítico podem precipitar coma
hepático.

Cirurgia/anestesia

Em pacientes submetidos a cirurgias de vulto ou durante
anestesia com agentes hipotensores, o enalaprilato bloqueia a
formação de angiotensina II consequente à liberação compensatória
de renina. Se ocorrer hipotensão atribuível a esse mecanismo, a
pressão arterial poderá ser normalizada pela expansão de
volume.

Efeitos metabólicos e endócrinos

As tiazidas podem diminuir a tolerância à glicose. Podem ser
necessários ajustes posológicos dos agentes antidiabéticos,
inclusive da insulina.

As tiazidas podem diminuir a excreção urinária de cálcio e
aumentar de forma discreta e intermitente o cálcio sérico.
Hipercalcemia acentuada pode ser evidência de hiperparatireoidismo
subclínico. O tratamento com tiazídicos deve ser interrompido antes
da realização de exames da função paratireoidiana.

Aumentos dos níveis de triglicérides e colesterol podem estar
associados ao uso de diuréticos tiazídicos; entretanto, houve
relato de efeito mínimo ou nenhum efeito associado à dose de 12,5mg
presente em Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância
ativa).

O tratamento com tiazídicos pode precipitar hiperuricemia e/ou
gota em certos pacientes. Entretanto, o enalapril pode aumentar o
ácido úrico urinário e, portanto, atenuar o efeito hiperuricemiante
da hidroclorotiazida.

Hipersensibilidade/edema angioneurótico

Edema angioneurótico de face, lábios, língua, glote e/ou laringe
e das extremidades, que pode ocorrer em qualquer momento do
tratamento, foi relatado raramente em pacientes tratados com
inibidores da enzima conversora da angiotensina, inclusive com
maleato de enalapril. Nessas situações, o maleato de enalapril deve
ser imediatamente descontinuado e o paciente deve ser observado
cuidadosamente até a resolução completa dos sintomas, antes de
receber alta.

Mesmo nos casos que envolverem somente inchaço da língua sem
aflição respiratória, os pacientes podem necessitar de observação
prolongada, pois o tratamento com anti-histamínicos e
corticosteroides pode não ser suficiente.

Muito raramente foram relatadas mortes em razão de angioedema
associado com edema de laringe ou língua. Pacientes com
envolvimento de língua, glote ou laringe são provavelmente aqueles
com histórico de obstrução das vias aéreas, especialmente aqueles
com histórico de cirurgias. Quando houver envolvimento de língua,
glote ou laringe e possibilidade de obstrução das vias aéreas, o
tratamento adequado, que pode incluir a administração de adrenalina
a 1:1.000 (0,3 a 0,5mL) por via subcutânea e/ou medidas que
assegurem a desobstrução das vias aéreas devem ser instituídos
imediatamente.

Foi relatada incidência mais alta de angioedema em pacientes
negros tratados com inibidores da ECA do que em pacientes de outras
raças.

Pacientes com histórico de edema angioneurótico não relacionado
ao tratamento com inibidores da ECA correm maior risco de
apresentar angioedema durante o tratamento com esses agentes.

Em pacientes que recebem tiazídicos, podem ocorrer reações de
hipersensibilidade, independentemente de histórico de alergia ou
asma brônquica. Foi relatada exacerbação ou ativação de lúpus
eritematoso sistêmico com o uso de tiazídicos.

Reações anafilactoides durante dessensibilização com
himenóptero

Raramente, pacientes tratados com inibidores da ECA apresentaram
reações anafilactoides com risco de morte durante dessensibilização
com veneno de himenóptero. Essas reações foram evitadas com a
suspensão temporária do tratamento com o inibidor da ECA, antes de
cada dessensibilização.

Pacientes sob hemodiálise

O Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa)
não é indicado para pacientes que necessitam de hemodiálise em
consequência de insuficiência renal. Foi relatada a ocorrência de
reações anafilactoides em pacientes submetidos à diálise com
membranas de alto fluxo (por exemplo, AN 69), tratados
concomitantemente com um inibidor da ECA. Nesses pacientes, deve-se
considerar a utilização de um outro tipo de membrana de diálise ou
de uma classe diferente de agente anti-hipertensivo.

Tosse

Foi relatada tosse com o uso dos inibidores da ECA.
Caracteristicamente, a tosse é não produtiva, persistente e
desaparece com a descontinuação do tratamento. A tosse induzida por
inibidores da ECA deve ser incluída no diagnóstico diferencial de
tosse.

Hipercalemia

Os fatores de risco para desenvolvimento da hipercalemia incluem
insuficiência renal, diabetes mellitus e uso concomitante
de diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona,
eplerenona, triantereno ou amilorida), suplementos de potássio ou
substitutos do sal que contenham potássio.

O uso de suplementos de potássio, diuréticos poupadores de
potássio ou substitutos do sal que contenham potássio,
particularmente em pacientes com função renal comprometida, pode
levar a aumento significativo dos níveis séricos de potássio. A
hipercalemia pode causar arritmias graves, algumas vezes
fatais.

Se o uso concomitante de Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida (substância ativa) com qualquer um dos agentes
mencionados acima for considerado apropriado, deverá ser feito com
cautela e com monitoramento frequente dos níveis séricos de
potássio.

Gravidez e amamentação

Categoria de risco D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

O uso de Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância
ativa) durante a gravidez não é recomendado. Ao se confirmar
gravidez, a administração de Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida (substância ativa) deve ser interrompida o mais
rápido possível, a menos que seja considerada vital para a mãe.

Em um estudo publicado epidemiológico, retrospectivo, os
recém-nascidos cujas mães receberam um inibidor da ECA durante o
primeiro trimestre de gravidez pareceram ter risco aumentado de
malformações congênitas importantes em comparação com
recém-nascidos de mães não submetidas a exposição no primeiro
trimestre a inibidores da ECA. O número de casos de defeitos
congênitos é pequeno e os achados desse estudo ainda não se
repetiram.

Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal
e neonatal quando administrados no segundo e terceiro trimestres da
gravidez. A utilização de inibidores da ECA durante esse período
foi associada a danos para o feto e para o recém-nascido, incluindo
hipotensão, insuficiência renal, hipercalemia e/ou hipoplasia do
crânio em recém-nascido.

Ocorreu oligoidrâmnio materno, presumivelmente representando
redução da função renal fetal, podendo resultar em contraturas dos
membros, deformações craniofaciais e desenvolvimento de pulmão
hipoplásico. Essas reações adversas para o embrião e para o feto
não parecem ter ocorrido quando a exposição intrauterina ao
inibidor da ECA restringiu-se ao primeiro trimestre da gravidez. A
utilização rotineira de diuréticos em mulheres grávidas saudáveis
não é recomendada e expõe mãe e feto a riscos desnecessários,
incluindo icterícia fetal ou neonatal, trombocitopenia e
possivelmente outras reações adversas que ocorreram em adultos.

Se o Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa)
for utilizado durante a gravidez, a paciente deve ser alertada
sobre os possíveis riscos para o feto. Nos raros casos em que a
utilização durante a gravidez for considerada essencial, deve-se
solicitar ultrassonografias seriadas para avaliação do meio
intra-amniótico.

Se for detectado oligoidrâmnio, a utilização de Maleato de
Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa) deve ser
descontinuada, a menos que o medicamento seja considerado vital
para a mãe. Pacientes e médicos devem, contudo, estar cientes de
que o oligoidrâmnio pode não ser detectado antes de o feto ter
sofrido danos irreversíveis. Os recém-nascidos de mães que tomaram
o Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa) devem
ser cuidadosamente observados com o objetivo de verificar a
ocorrência de hipotensão, oligúria e hipercalemia. O enalapril, que
atravessa a placenta, foi removido da circulação neonatal por
diálise peritoneal, com algum benefício clínico, e teoricamente
pode ser removido por exsanguíneotransfusão. Não há experiência com
a remoção da hidroclorotiazida, que também atravessa a placenta, da
circulação neonatal.

O enalapril e as tiazidas aparecem no leite materno. Se o uso
dessas medicações for considerado absolutamente essencial, a
paciente deve interromper a amamentação.

Crianças

A eficácia e a segurança não foram estabelecidas em
crianças.

Idosos

Em estudos clínicos, a eficácia e a tolerabilidade do maleato de
enalapril e da hidroclorotiazida administrados concomitantemente
foram semelhantes em hipertensos idosos e mais jovens.

Este medicamento pode causar
doping.

Reações Adversas do Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida – Teuto

O Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa),
em geral, é bem tolerado. Em estudos clínicos, as reações adversas
foram geralmente leves e temporárias e, na maioria das vezes, não
foi necessária a interrupção do tratamento.

As reações adversas clínicas mais comuns foram tontura e fadiga,
que geralmente responderam à diminuição da posologia e raramente
levaram à interrupção do tratamento.

Outras reações adversas relatadas com incidência de 1% a
2% foram

Cãibras musculares, náuseas, astenia, efeitos ortostáticos
(incluindo hipotensão), cefaleia, tosse e impotência.

Ainda menos comuns foram os seguintes eventos, que
ocorreram durante estudos clínicos controlados ou após a
comercialização

Cardiovasculares

Síncope, hipotensão não ortostática, palpitações, dor torácica,
taquicardia.

Endócrino

Síndrome de secreção inadequada de hormônio antidiurético
(SIADH).

Gastrintestinais

Pancreatite, diarreia, dispepsia, flatulência, vômitos, dor
abdominal, constipação.

Sistema nervoso/psiquiátrico

Insônia, parestesia, nervosismo, sonolência, vertigem.

Respiratórios

Dispneia.

Pele

Síndrome de Stevens-Johnson, erupções cutâneas, diaforese,
prurido.

Outros

Disfunção renal, diminuição da libido, gota, artralgia,
insuficiência renal, secura da boca, zumbido.

Foi relatado um complexo sintomático que pode incluir
alguns ou todos os seguintes sintomas

Febre, serosite, vasculite, mialgia/miosite, artralgia/artrite,
FAN positivo, VHS aumentada, eosinofilia e leucocitose. Podem
ocorrer erupções cutâneas, fotossensibilidade ou outras
manifestações dermatológicas.

Hipersensibilidade/edema angioneurótico

Raramente foi relatado edema angioneurótico de face, lábios,
língua, glote e/ou laringe e das extremidades. Muito raramente, foi
relatado angioedema intestinal com inibidores da enzima conversora
de angiotensina, incluindo o enalapril.

Achados de exames laboratoriais

Alterações clinicamente importantes dos parâmetros laboratoriais
padrão raramente foram associadas à administração de Maleato de
Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa). Ocasionalmente
foram notadas hiperglicemia, hiperuricemia e hipocalemia. Também
foram observados aumentos da ureia sanguínea, da creatinina sérica
e das enzimas hepáticas e/ou bilirrubinas séricas, geralmente
reversíveis com a descontinuação de Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida (substância ativa). Ocorreu hipercalemia.

Foram relatadas reduções de hemoglobina e hematócrito.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida – Teuto

Outros tratamentos anti-hipertensivos

Podem ocorrer efeitos aditivos quando o Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida (substância ativa) for usado com outros
antihipertensivos.

A combinação do Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida
(substância ativa) com bloqueadores β-adrenérgicos, metildopa ou
bloqueadores dos canais de cálcio demonstrou aumentar a eficácia do
controle pressórico.

Ganglioplégicos e bloqueadores adrenérgicos combinados com
enalapril só devem ser administrados sob rigorosa observação.

As seguintes medicações, quando administradas
concomitantemente, podem interagir com diuréticos
tiazídicos

Álcool, barbitúricos ou narcóticos: pode ocorrer potencialização
da hipotensão ortostática.

Agentes antidiabéticos (hipoglicemiantes orais e
insulina)

Pode ser necessário ajuste posológico.

Colestiramina e resinas do colestipol

A presença de resinas de troca aniônica compromete a absorção da
hidroclorotiazida. Doses únicas de colestiramina ou de resinas do
colestipol ligam-se a hidroclorotiazida e reduzem sua absorção do
trato gastrintestinal em até 85% e 43%, respectivamente.

Corticosteroides, ACTH

Intensificam a depleção de eletrólitos, particularmente
hipocalemia.

Aminas pressoras (por
exemplo, adrenalina)

Possível decréscimo na resposta a aminas pressoras, mas não o
suficiente para impedir sua utilização.

Anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores
da ciclooxigenase-2

Agentes anti-inflamatórios não esteroides, incluindo os
inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (inibidor COX-2), podem
reduzir o efeito de diuréticos e outros agentes hipertensivos.
Portanto, os efeitos anti hipertensivos dos antagonistas dos
receptores da angiotensina II ou dos inibidores da ECA podem ser
atenuados pelos anti-inflamatórios não esteroides, incluindo os
inibidores seletivos da COX-2.

Em alguns pacientes com disfunção renal (por exemplo, pacientes
idosos ou hipovolêmicos, incluindo aqueles em tratamento com
diuréticos) sob tratamento com anti-inflamatórios não esteroides,
incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2, a
coadministração de antagonistas de receptor de angiotensina II ou
dos inibidores da ECA pode agravar a deterioração da função renal,
incluindo possível falência renal aguda. Esses efeitos em geral são
reversíveis. Portanto, a combinação deve ser administrada com
cautela em pacientes com disfunção renal.

Potássio sérico

O efeito espoliador de potássio dos diuréticos tiazídicos é
geralmente atenuado pelo efeito do enalapril. Os níveis de potássio
sérico geralmente se mantêm nos limites normais.

O uso de suplementação de potássio, agentes poupadores de
potássio, ou substitutos do sal de cozinha que contenham potássio,
principalmente em pacientes com insuficiência renal, pode resultar
em aumento significativo do potássio sérico. Se o uso concomitante
de Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa) com
qualquer um dos agentes mencionados acima for considerado
apropriado, deverá ser feito com cautela e com monitoramento
frequente dos níveis séricos de potássio.

Lítio

Diuréticos e inibidores da enzima conversora da angiotensina
reduzem a depuração renal do lítio e aumentam o risco de toxicidade
pelo lítio. Não se recomenda o uso concomitante de lítio com
inibidores da ECA.

As bulas das preparações que contêm lítio devem ser consultadas
antes de seu uso.

Relaxantes musculares não despolarizantes

As tiazidas podem aumentar a resposta à tubocuranina.

Bloqueio duplo do sistema
renina-angiotensina-aldosterona

O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona com
antagonista de receptor da angiotensina, inibidor da ECA ou
diretamente com inibidores da renina (como o alisquireno) está
associado com um maior risco de hipotensão, sincope, hipercalemia e
alterações na função renal (incluindo insuficiência renal aguda)
comparado a monoterapia. Deve se monitorar atentamente a pressão
sanguínea, a função renal e os eletrólitos em pacientes tratados
com o Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa) e
outros agentes que afetem o sistema
renina-angiotensina-aldosterona.

Não co-administrar alisquireno com o Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida (substância ativa) em pacientes com diabetes.
Evitar o uso de alisquireno com Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida (substância ativa) em pacientes com
comprometimento renal (FGR lt; 60mL/min).

Ouro

Reações nitritoides (os sintomas incluem rubor facial, náuseas,
vômitos e hipotensão) foram raramente relatadas em pacientes sob
tratamento com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e tratamento
concomitante com inibidores da ECA, incluindo enalapril.

Ação da Substância Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida –
Teuto

Resultados de eficácia

O Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa)
facilita a administração concomitante do inibidor da enzima
conversora de angiotensina de ação prolongada, maleato de enalapril
com o diurético hidroclorotiazida (HCTZ), e atenua alguns dos
efeitos metabólicos indesejáveis induzidos por este último. Os
efeitos redutores da pressão arterial de maleato de enalapril e
HCTZ, quando combinados são maiores do que aqueles produzidos pelos
agentes únicos administrados isoladamente.

Estudos de Eficácia

Análise especial de estudos clínicos da eficácia de
enalapril quando administrado concomitantemente com
HCTZ

Um mil e oito pacientes foram identificados entre os estudos
anteriores com enalapril e apresentaram dados para análise sobre a
eficácia da administração concomitante de enalapril mais HCTZ em
doses variadas. As doses diárias totais de enalapril mais HCTZ
foram de 40mg + 25mg, 40mg + 50mg, 40mg + 100mg e outras
(principalmente 10mg + 25mg e 20mg + 50mg).

A proporção de pacientes que iniciaram em monoterapia e estavam
normotensos ao final do tratamento concomitante variou de 42-77%,
um aumento importante em comparação à proporção de pacientes
normotensos ao final de cada monoterapia (5-13%). A administração
concomitante de ambos os fármacos aumentou a eficácia em pacientes
sem controle adequado com enalapril ou HCTZ isoladamente.

Comparação de dose baixa de HCTZ 12,5mg e HCTZ 25mg
administrada junto com enalapril 20mg

Para avaliar a eficácia de uma dose baixa de HCTZ com enalapril,
foi realizado um estudo para comparar uma taxa fixa de enalapril
20mg mais HCTZ 12,5mg e enalapril 20mg mais HCTZ 25mg com enalapril
20mg uma vez ao dia em pacientes hipertensos não adequadamente
tratados com enalapril apenas por 6 semanas. Cento e vinte e cinco
pacientes que ainda apresentavam pressão arterial diastólica na
posição supina (PADS) gt; 90 mmHg após 6 semanas de tratamento com
enalapril 20mg/dia apenas entraram e completaram o período
duplo-cego de 4 semanas e foram incluídos na Análise de Eficácia de
“Todos os Pacientes”. Tanto 20mg de enalapril mais 12,5mg de HCTZ
uma vez ao dia como 20mg de enalapril mais 25mg de HCTZ uma vez ao
dia reduziram a pressão arterial abaixo dos níveis alcançados com
20mg de enalapril uma vez ao dia. Não houve diferença
estatisticamente significativa entre 12,5mg e 25mg de HCTZ quando
administrados concomitantemente com enalapril.

Comprimido de combinação de enalapril mais HCTZ em
comparação com enalapril apenas e HCTZ apenas

Um estudo multicêntrico, duplo-cego, randômico, de grupos
paralelos e com 10 semanas de duração foi realizado para comparar o
perfil de segurança e eficácia de um esquema de dose única diária
de enalapril/HCTZ (20/12,5mg), com enalapril 20mg isoladamente e
com HCTZ 12,5mg isoladamente em pacientes com hipertensão essencial
não-complicada. Todos os 146 pacientes admitidos deveriam
apresentar PADS de 100 a 120 mmHg após 2 semanas com placebo.

O grupo de enalapril/HCTZ mostrou maior eficácia do que qualquer
um dos grupos de monoterapia em todos os parâmetros da Análise de
“Todos os Pacientes”, bem como da análise “Por Protocolo”. O
protocolo de estudo permitiu duplicar a dose da terapia de teste de
1 para 2 comprimidos uma vez ao dia no final da semana 4 se a PADS
do paciente fosse gt; 90 mmHg. Em todos os três grupos,
aproximadamente 70% dos pacientes receberam dois comprimidos ao
dia.

Eficácia prolongada com o uso da combinação de enalapril
com HCTZ

Em um estudo duplo-cego, randômico, de grupos paralelos,
controlado por agente ativo, que incluiu pacientes com hipertensão
(PADS 100 – 120 mmHg), documentou-se eficácia prolongada em 82
pacientes tratados por 48 semanas com enalapril ou enalapril mais
HCTZ. Além disso, os dados encontrados na literatura sobre 94
pacientes hipertensos registram que a resposta boa (PADS lt;90 mmHg
ou redução de 10 mmHg) foi atingida e mantida ao longo de 3 a 13
meses de tratamento com enalapril mais HCTZ.

Características farmacológicas

O Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa) é
uma combinação de um inibidor da enzima conversora da angiotensina
(maleato de enalapril) e um diurético (hidroclorotiazida).

O Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa) é
altamente eficaz para o tratamento da hipertensão. Os efeitos
anti-hipertensivos dos dois componentes são aditivos e se mantêm
durante pelo menos 24 horas. Uma porcentagem mais alta de pacientes
hipertensos responde satisfatoriamente ao Maleato de Enalapril +
Hidroclorotiazida (substância ativa) em comparação a pacientes que
recebem cada um dos seus componentes administrados isoladamente. O
maleato de enalapril atenua a perda de potássio associada à
hidroclorotiazida.

Mecanismo de Ação

Maleato de enalapril

A enzima conversora da angiotensina (ECA) é uma peptidil
dipeptidase, a qual catalisa a conversão da angiotensina I à
substância pressora angiotensina II. Depois da absorção, o
enalapril é hidrolisado a enalaprilato, o qual inibe a enzima
conversora da angiotensina. A inibição da ECA resulta na diminuição
da angiotensina II plasmática que aumenta a atividade da renina
plasmática (em razão da remoção do feedback negativo de
liberação da renina) e diminui a secreção de aldosterona.

A enzima conversora da angiotensina é idêntica à quininase II.
Portanto, o enalapril pode também bloquear a degradação de
bradicinina, um potente vasopressor peptídico. Entretanto, ainda
não foi esclarecido como isso gera o efeito terapêutico. Apesar de
se acreditar que o mecanismo pelo qual o enalapril diminui a
pressão arterial seja essencialmente pela supressão do sistema
renina-angiotensina-aldosterona, o qual desempenha importante papel
na regulação da pressão arterial, o enalapril é anti-hipertensivo
mesmo em pacientes hipertensos com renina baixa.

Maleato de enalapril – Hidroclorotiazida

A hidroclorotiazida é um agente diurético e
anti-hipertensivo que aumenta a atividade plasmática da renina.
Embora o enalapril isoladamente seja anti-hipertensivo mesmo em
pacientes hipertensos com renina baixa, a administração
concomitante de hidroclorotiazida nesses pacientes induz maior
redução da pressão arterial.

Farmacocinética

Maleato de enalapril

O maleato de enalapril oral é rapidamente absorvido e as
concentrações máximas plasmáticas de enalapril ocorrem em uma hora.
Com base na recuperação na urina, a taxa de absorção do enalapril
do maleato de enalapril oral é de aproximadamente 60%.

Após a absorção, o enalapril oral é rápida e extensivamente
hidrolisado a enalaprilato, um potente inibidor da enzima
conversora de angiotensina. As concentrações plasmáticas máximas do
enalaprilato ocorrem 3 a 4 horas depois de uma dose oral de maleato
de enalapril. A excreção do enalapril é principalmente renal. Os
principais componentes na urina são: enalaprilato, que contribui
com 40% da dose e enalapril intacto. Exceto pela conversão a
enalaprilato, não há evidência de metabolismo significante do
enalapril. O perfil de concentração sérica do enalaprilato exibe
uma fase terminal prolongada, aparentemente associado à ligação com
a ECA.

Em indivíduos com função renal normal, as concentrações séricas
em estado de equilíbrio do enalaprilato foram atingidas por volta
do quarto dia da administração do maleato de enalapril. A meia-vida
efetiva para acúmulo do enalaprilato após múltiplas doses de
maleato de enalapril oral é de 11 horas. A absorção do maleato de
enalapril oral não é influenciada pela presença de alimentos no
trato gastrintestinal. A extensão da absorção e a hidrólise do
enalapril são semelhantes para as diversas doses na faixa
terapêutica recomendada.

Hidroclorotiazida

Quando os níveis plasmáticos foram acompanhados durante 24
horas, no mínimo, observou-se que a meia-vida plasmática variou de
5,6 a 14,8 horas. A hidroclorotiazida não é metabolizada, mas é
eliminada rapidamente pelo rim. Pelo menos 61% da dose oral é
eliminada de forma inalterada em 24 horas. A hidroclorotiazida
cruza a placenta, mas não a barreira hematoencefálica.

Maleato de enalapril – Hidroclorotiazida

Doses múltiplas concomitantes de maleato de enalapril e
hidroclorotiazida exerceram pouco ou nenhum efeito na
biodisponibilidade desses fármacos. A combinação é equivalente à
administração concomitante de cada um separadamente.

Farmacodinâmica

Maleato de enalapril

A administração do maleato de enalapril a pacientes
hipertensos resulta na redução da pressão arterial tanto na posição
supina como de pé sem aumento significativo da frequência
cardíaca.

Hipotensão sintomática postural não é frequente. Em alguns
pacientes, a redução ideal da pressão arterial pode requerer várias
semanas de tratamento. A retirada abrupta de maleato de enalapril
não foi associada ao rápido aumento da pressão arterial.

A inibição efetiva da atividade da ECA usualmente ocorre 2 a 4
horas depois da administração oral de uma única dose de enalapril.
O início da atividade anti-hipertensiva geralmente foi observado em
uma hora e as reduções máximas, em 4 a 6 horas após a
administração. A duração do efeito é relacionada à dose.
Entretanto, nas doses recomendadas, demonstrou-se que os efeitos
anti-hipertensivos e hemodinâmicos se mantêm durante 24 horas, no
mínimo.

Em estudos hemodinâmicos que envolveram pacientes com
hipertensão essencial, a redução da pressão arterial foi
acompanhada de redução da resistência arterial periférica, pequeno
aumento no débito cardíaco e pequena ou nenhuma alteração da
frequência cardíaca. Após a administração do maleato de enalapril o
fluxo sanguíneo renal aumentou; a taxa de filtração glomerular não
foi modificada. Entretanto, em pacientes com taxa de filtração
glomerular baixa antes do tratamento, as taxas de filtração
glomerular geralmente aumentaram.

O tratamento anti-hipertensivo com enalapril induz significante
regressão da hipertrofia ventricular esquerda, preservando o
desempenho sistólico do ventrículo esquerdo.

O tratamento com enalapril foi associado a efeito favorável nas
frações lipoproteicas no plasma e favorável ou ausência de efeito
nos níveis de colesterol total.

Maleato de enalapril – Hidroclorotiazida

Em estudos clínicos a extensão da redução da pressão arterial
observada com a combinação de maleato de enalapril e
hidroclorotiazida foi maior do que a observada com os componentes
administrados isoladamente. Além disso, o efeito anti-hipertensivo
de Maleato de Enalapril + Hidroclorotiazida (substância ativa) foi
mantido durante 24 horas, no mínimo.

Maleato-De-Enalapril-Hidroclorotiazida-Teuto, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.