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Lisoclor

Contraindicação do Lisoclor

Lisocor é contra-indicado para

  • Pacientes com anúria;
  • Pacientes que sejam hipersensíveis a qualquer um de seus
    componentes;
  • Pacientes com história de edema angioneurótico relacionado a
    tratamento anterior com inibidor da eca e para pacientes com
    edemaangioneurótico hereditário ou idiopático.

Como usar o Lisoclor

Hipertensão arterial sistêmica

A dose usual é de 1 comprimido, administrado uma vez ao dia.

Se necessário, a dose pode ser aumentada para 2 comprimidos,
administrados uma vez ao dia.

Dose na insuficiência renal

As tiazidas podem não ser diuréticos adequados para uso em
pacientes com comprometimento renal e são ineficazes quando a
depuração de creatinina for de 30 mL/min ou menos (isto é,
insuficiência renal moderada ou grave).

Lisoclor não deve ser usado como tratamento inicial em nenhum
paciente com insuficiência renal.

Em pacientes com depuração de creatinina entre gt;30 e
lt;80mL/min, Lisoclor pode ser usado, mas apenas após a titulação
de seus componentes individuais.

A dose inicial recomendada de lisinopril, quando usado
isoladamente em insuficiência renal discreta, é de 5 a 10 mg.

Tratamento anterior com diuréticos

Pode ocorrer hipotensão sintomática após a dose inicial de
Lisoclor.

Isso é mais freqüente em pacientes que tenham depleção de volume
e/ou de sal como resultado de tratamento anterior com
diuréticos.

O tratamento com diurético deve ser suspenso por dois ou três
dias antes do início da administração de Lisoclor.

Se isto não for possível, o tratamento deve ser iniciado com
lisinopril isoladamente, com dose de 5 mg.

Siga a orientação do seu médico respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Precauções do Lisoclor

Hipotensão e desequilíbrio
hidroeletrolítico

Como acontece em todos os tratamentos anti-hipertensivos, pode
ocorrer hipotensão sintomática em alguns pacientes.

Isso foi raramente observado em pacientes hipertensos sem
complicações, mas é mais provável na presença de desequilíbrio
hidroeletrolítico, como depleção de volume, hiponatremia, alcalose
hipoclorêmica, hipomagnesemia ou hipocalemia, que podem ocorrer
devido a tratamento anterior com diurético, restrição dietética de
sal, diálise ou durante diarréia ou vômito intercorrentes.

A determinação periódica de eletrólitos séricos deve ser
realizada em intervalos adequados em tais pacientes.

Deve-se dar especial atenção ao tratamento administrado a
pacientes com cardiopatia isquêmica ou doença cérebro-vascular,
pois a queda excessiva da pressão arterial poderia resultar em
infarto do miocárdio ou acidente cérebro-vascular.

Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição
supina e, se necessário, deve receber infusão intravenosa de soro
fisiológico.

Uma resposta hipotensiva transitória não é contra-indicação para
doses posteriores.

Após a restauração do volume sangüíneo efetivo e da pressão
arterial, a reinstituição do tratamento com doses reduzidas é
possível, ou um de seus componentes pode ser utilizado
isoladamente.

Comprometimento da função renal

As tiazidas podem não ser diuréticos adequados para uso em
pacientes com comprometimento renal e são ineficazes com valores de
depuração de creatinina de 30 mL/min ou menos (isto é,
insuficiência renal moderada ou grave).

Lisoclor não deve ser administrado a pacientes com insuficiência
renal (depuração de creatinina lt; 80 mL/min), até que a titulação
de seus componentes individuais tenha mostrado a necessidade das
doses presentes no comprimido combinado.

Em alguns pacientes com estenose bilateral da artéria renal ou
estenose da artéria de rim único, observaram-se aumentos da uréia
sangüínea e da creatinina sérica com o uso de inibidores da
ECA.

Entretanto, esses aumentos foram reversíveis com a suspensão do
tratamento. Isto é especialmente provável em pacientes com
insuficiência renal.

Se houver hipertensão renovascular pré-existente, há um aumento
de risco de hipotensão severa e insuficiência renal.

Nestes pacientes, o tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa
supervisão médica com baixas doses e cuidadosa titulação de
dose.

Uma vez que o tratamento com diuréticos pode ser um fator
contribuinte para o caso acima, a função renal deve ser monitorada
durante as primeiras semanas de terapia com Lisoclor.

Alguns pacientes hipertensos, sem doença renal pré-existente,
desenvolveram aumentos transitórios e geralmente mínimos de uréia
sangüínea e creatinina sérica quando o lisinopril foi administrado
concomitantemente a um diurético.

Se isso ocorrer durante o tratamento com Lisoclor, a combinação
deve ser suspensa.

A reinstituição do tratamento com posologia reduzida é possível,
ou seus componentes podem ser usados adequadamente de forma
isolada.

Hepatopatias

As tiazidas devem ser usadas com cautela em pacientes com função
hepática comprometida ou hepatopatia progressiva, pois pequenas
alterações de equilíbrio hidroeletrolítico podem precipitar coma
hepático.

Cirurgia/anestesia

Em pacientes que serão submetidos a grandes cirurgias, ou
durante anestesia com agentes que produzem hipotensão, o lisinopril
pode bloquear a formação de angiotensina II secundária à liberação
compensatória de renina.

Se ocorrer hipotensão e for considerada como decorrente deste
mecanismo, pode-se corrigí-la através de expansores de volume.

Efeitos metabólicos e endócrinos

O tratamento com tiazidas pode comprometer a tolerância à
glicose.

Ajustes posológicos de agentes anti-diabéticos, inclusive
insulina, podem ser necessários.

As tiazidas podem diminuir a excreção urinária de cálcio e
causar elevações intermitentes e discretas do cálcio sérico.

Hipercalcemia importante pode ser evidência de
hiperparatireoidismo sub-clínico.

As tiazidas devem ser descontinuadas antes da realização de
testes da função paratireoideana.

Aumentos dos níveis de colesterol e triglicérides podem estar
associados ao tratamento com diuréticos tiazídicos.

O tratamento com tiazidas pode precipitar hiperuricemia e/ou
gota em alguns pacientes. Entretanto, o lisinopril pode aumentar a
excreção de ácido úrico e, assim, atenuar o efeito hiperuricêmico
da hidroclorotiazida.

Hipersensibilidade/edema angioneurótico

Edemas angioneuróticos de face, extremidades, lábios, língua,
glote e/ou laringe foram raramente relatados em pacientes tratados
com inibidores da enzima conversora da angiotensina, inclusive o
lisinopril.

Nesses casos, o lisinopril deve ser descontinuado prontamente, e
o paciente observado com cuidado até que o edema desapareça.

Nessas circunstâncias, quando o edema é confinado à face e aos
lábios, a afecção geralmente é resolvida sem tratamento;
entretanto, os antihistamínicos podem ser úteis para o alívio dos
sintomas.

O edema angioneurótico associado com edema de laringe pode ser
fatal.

Quando há envolvimento da língua, da glote ou da laringe que
pode causar obstrução das vias aéreas, deve-se administrar
adrenalina subcutânea imediatamente em solução 1:1000 (0,3 a 0,5
mL), e outro tratamento adequado deve ser instituído.

O paciente deve estar sob constante supervisão médica até a
completa resolução dos sintomas.

Inibidores da ECA causam uma maior taxa de angioedema em
pacientes da raça negra do que nos das outras raças.

Pacientes com história de angioedema não relacionado a terapia
com inibidores da ECA podem estar sob risco aumentado de angioedema
enquanto receberem um inibidor da enzima conversora da
angiotensina.

Em alguns pacientes que recebem tiazidas, podem ocorrer reações
de hipersensibilidade com ou sem história de alergia ou asma
brônquica.

Relatou-se exacerbação ou ativação de Lupus eritematoso
sistêmico com o uso de tiazidas.

Dessensibilização

Pacientes recebendo inibidores da ECA durante tratamento de
dessensibilização (por exemplo: veneno de Hymenoptera)
apresentaram reações anafilactóides.

Nos mesmos pacientes, essas reações foram evitadas com a
descontinuação temporária dos inibidores da ECA, mas reapareceram
com o reinício inadvertido da terapia.

Pacientes em hemodiálise

O uso de Lisoclor não é indicado para pacientes que
necessitam de diálise por insuficiência renal.

Reações anafilactóides foram relatadas em pacientes que sofreram
certos procedimentos de hemodiálise (por exemplo: com a membrana de
alto fluxo AN 69) e foram tratados concomitantemente a um inibidor
da ECA.

Nesses pacientes deve ser considerado o uso de uma membrana de
diálise diferente ou uma outra classe de agentes
anti-hipertensivos.

Tosse

Foram relatados casos de tosse com o uso de inibidores da
ECA.

A tosse é não-produtiva, persistente e desaparece com a
interrupção do tratamento.

A tosse induzida por inibidores da ECA deve ser considerada como
parte do diagnóstico diferencial da tosse.

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja
usando antes do início ou durante o tratamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Lisoclor

Lisoclor é geralmente bem tolerado.

Em estudos clínicos, as reações adversas foram geralmente
discretas e transitórias e, na maioria das vezes, não foi
necessária a interrupção do tratamento.

Os efeitos observados limitaram-se àqueles anteriormente
relatados com o lisinopril ou a hidroclorotiazida.

O efeito colateral mais comum foi tontura, que geralmente
respondeu à redução da dose e raramente necessitou da suspensão do
tratamento.

Outros efeitos colaterais menos comuns foram cefaléia, tosse
seca, fadiga e efeitos ortostáticos.

Ainda menos comuns foram diarréia, náuseas, vômito, boca seca,
erupção cutânea, gota, palpitação, desconforto torácico, cãibras e
fraqueza muscular, parestesia, astenia e impotência.

Hipersensibilidade/edema angioneurótico

Edemas angioneuróticos de face, extremidades, lábios, língua,
glote e/ou laringe foram raramente relatados.

Um conjunto de sintomas foi relatado e
inclui:

Febre, vasculite, mialgia, artralgia/artrite, anticorpos
antinucleares (ANA) positivo, velocidade de sedimentação dos
eritrócitos elevada, eosinofilia e leucocitose, eritrema cutâneo,
fotossensibilidade ou outras manifestações dermatológicas.

Depressão da medula óssea, manifestada como anemia e/ou
trombocitopenia e/ou leucopenia foi relatada.

Agranulocitose foi raramente relatada, apesar de uma relação
causal não ter sido estabelecida.

Pequenos decréscimos de hemoglobina e hematócrito foram
relatados freqüentemente em pacientes hipertensos tratados com
Lisoclor, mas raramente tiveram importância clínica, a menos que
outra causa de anemia coexistisse.

Raramente, ocorreram elevações de enzimas hepáticas ou
bilirrubina sérica, mas sua relação com Lisoclor não foi
estabelecida.

Outros efeitos colaterais relatados com os componentes
isolados e que podem ser considerados como potenciais com o uso de
Lisoclor são

Hidroclorotiazida

Anorexia, irritação gástrica, constipação, icterícia
(colestática), pancreatite, sialoadenite, vertigem, xantopsia,
leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia aplástica,
anemia hemolítica, púrpura, fotossensibilidade, urticária
(vasculite e vasculite cutânea); febre, respiração ofegante
(incluindo pneumonite e edema pulmonar), reações anafiláticas,
hiperglicemia, glicosúria, hiperuricemia, desequilíbrio
eletrolítico (incluindo hiponatremia), espasmo muscular,
inquietação, visão turva transitória, comprometimento renal,
disfunção renal e nefrite intersticial.

Lisinopril

Iinfarto do miocárdio ou acidente cérebro-vascular possivelmente
secundário à hipotensão excessiva em pacientes de alto risco,
taquicardia, dor abdominal e indigestão, alterações no humor,
confusão mental, vertigem, urticária, diaforese, hiponatremia,
uremia, oligúria/anúria, disfunção renal, comprometimento renal
agudo, pancreatite, hepatite (hepatocelular ou colestática) e
icterícia.

Leucopenia e trombocitopenia também foram observadas, mas não
foi estabelecida relação causal. Assim como com outros inibidores
da ECA, foram observados distúrbios de sono e de paladar;
broncoespasmo, rinite, sinusite, alopecia, prurido, psoríase e
severos distúrbios de pele (incluindo pênfigo, necrose epidérmica
tóxica, síndrome de Stevens-Johnson e eritema multiforme) também
foram relatados.

Alterações em exames clínicos e
laboratoriais

Os efeitos colaterais identificados em exames laboratoriais
raramente foram de importância clínica.

Ocasionalmente, observaram-se hiperglicemia, hiperuricemia e
hiper ou hipocalemia.

Comumente, ligeiros aumentos transitórios de nitrogênio uréico
sangüíneo e de creatinina sérica foram notados em pacientes sem
evidência de comprometimento renal pré-existente.

Se esses aumentos persistirem, geralmente serão reversíveis com
a descontinuação de Lisoclor.

Informe seu médico a ocorrência de reações
desagradáveis, tais como: tonturas, dores de cabeça e tosse
seca.

População Especial do Lisoclor

Gravidez e lactação

O uso de lisinopril durante a gravidez não é
recomendado.

Quando a gravidez for detectada, lisinopril deve ser
interrompido o mais rápido possível, a menos que seja considerado
de importância vital para a paciente.

Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal
e neonatal quando administrados a grávidas durante o segundo e
terceiro trimestres.

O uso de inibidores da ECA durante esse período foi associado a
complicação fetal e neonatal, incluindo hipotensão, prejuízo renal,
hipercalemia e/ou hipoplasia do crânio no recém-nascido.

Oligoidrâmnio materno, presumivelmente representando diminuição
da função renal no feto, ocorreu e pode resultar em contratura dos
membros, deformações craniofaciais e desenvolvimento de hipoplasia
pulmonar.

Essas reações adversas ao embrião e ao feto aparentemente não
resultam da exposição ao inibidor da ECA limitada ao primeiro
trimestre de gravidez.

Caso o lisinopril seja usado durante a gravidez, a paciente deve
ser informada sobre o risco potencial para o feto.

Nos raros casos em que o uso durante a gravidez é essencial,
deve-se realizar ultra-sonografia para avaliar o ambiente
intra-amniótico.

Se for observado oligoidrâmnio, Lisoclor deve ser descontinuado,
a não ser que seu uso seja considerado vital para a mãe.

As pacientes e os médicos devem estar cientes de que o
oligoidrâmnio pode não aparecer até que o dano causado ao feto seja
irreversível.

Idosos

O lisinopril, na faixa de dose diária de 20 a 80 mg, foi
igualmente eficaz em idosos (acima de 60 anos) e em adultos
hipertensos.

Em pacientes hipertensos idosos, a monoterapia com lisinopril
foi tão eficaz quanto a monoterapia com hidroclorotiazida ou
atenolol na redução da pressão arterial diastólica.

Em estudos clínicos, a idade não afetou a tolerabilidade do
lisinopril.

Em estudos clínicos, a eficácia e a tolerabilidade do lisinopril
e da hidroclorotiazida administrados concomitantemente foram
semelhantes em pacientes hipertensos idosos e em mais jovens.

Composição do Lisoclor

Cada comprimido contém:

Lisinopril diidratadoEquivalente a 20 mg de lisinopril
anidro
Hidroclorotiazida12,5 mg

Excipientes:

celulose microcristalina, lactose, croscarmelose sódica, dióxido
de silício, ácido esteárico e estearato de magnésio.

Superdosagem do Lisoclor

Não há informação específica sobre o tratamento de superdose de
Lisoclor.

O tratamento deve ser sintomático e de suporte.

Lisoclor deve ser descontinuado, e o paciente observado
cuidadosamente.

As medidas terapêuticas dependem da natureza e severidade dos
sintomas.

Medidas para prevenir a absorção e métodos para acelerar a
eliminação devem ser empregados.

As medidas sugeridas incluem indução de êmese e/ou lavagem
gástrica, se a ingestão for recente, e a correção da desidratação,
do desequilíbrio eletrolítico e da hipotensão deve ser feita
através das medidas usuais.

Lisinopril

O sintoma mais provável da superdose seria hipotensão, distúrbio
eletrolítico e insuficiência renal.

Se ocorrer hipotensão severa, o paciente deve ser colocado em
posição de Trendelemburg e uma solução intravenosa salina
normal deve ser administrada rapidamente.

Os inibidores da ECA podem ser removidos da circulação por
hemodiálise.

O uso de membranas de diálise de poliacrilonitrila de alto fluxo
deve ser evitado.

Os eletrólitos séricos e a creatinina devem ser monitorados
freqüentemente.

Hidroclorotiazida

Os sinais e sintomas mais comuns observados são os de depleção
eletrolítica (hipocalemia, hipocloremia e hiponatremia) e
desidratação resultante da diurese excessiva, se digitálicos
tiverem sido também administrados, a hipocalemia pode acentuar as
arritmias cardíacas.

Interação Medicamentosa do Lisoclor

Potássio Sérico – Veja Também ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
Hipercalemia

O efeito espoliador de potássio dos diuréticos tiazídicos é
geralmente atenuado pelo efeito poupador de potássio do lisinopril.
O uso de suplementos de potássio, agentes poupadores de potássio ou
substitutos do sal contendo potássio pode levar a aumento
significativo de potássio sérico, especialmente em pacientes com
comprometimento da função renal.

Quando o uso concomitante deste medicamento com qualquer um
desses agentes for considerado apropriado, eles devem ser usados
com cautela e o potássio sérico deve ser monitorado
frequentemente.

Lítio

Os diuréticos e os inibidores da ECA reduzem a depuração renal
do lítio, aumentando muito o risco de toxicidade do lítio. O uso
concomitante não é recomendado. Consulte as informações para
prescrição das preparações contendo lítio antes de usá-las.

Anti-inflamatórios Não-Esteroidais Incluindo Inibidores
Seletivos da Ciclooxigenase-2

Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) incluindo inibidores
seletivos da ciclooxigenase-2 (inibidores da COX-2) podem reduzir o
efeito de diuréticos e outros anti-hipertensivos. Portanto, o
efeito anti-hipertensivo de antagonistas de receptores da
angiotensina II ou de inibidores da ECA pode ser atenuado pelos
AINEs, incluindo inibidores seletivos da COX-2. Em alguns pacientes
com comprometimento da função renal (por exemplo, pacientes idosos
ou pacientes que estejam com depleção volumétrica incluindo aqueles
recebendo terapia diurética) que estão sendo tratados com
anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores seletivos
da ciclooxigenase-2, a coadministração de antagonistas de
receptores de angiotensina II ou de inibidores da ECA pode resultar
em deterioração adicional da função renal, incluindo possível
insuficiência renal aguda.

Esses efeitos, no entanto, geralmente são reversíveis. Portanto,
a combinação deve ser administrada com cautela em pacientes com
função renal comprometida.

Bloqueio duplo do sistema
Renina-angiotensina-aldosterona

Em pacientes com doença aterosclerótica estabelecida,
insuficiência cardíaca ou diabetes com dano final em órgãos alvo, o
bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona com
antagonista de receptor da angiotensina, inibidor da ECA ou
diretamente com inibidores da renina (como o alisquireno) está
associado com um maior risco de hipotensão, sincope, hipercalemia e
alterações na função renal (incluindo insuficiência renal aguda)
comparado a monoterapia.

Deve se monitorar atentamente a pressão sanguínea, a função
renal e os eletrólitos em pacientes tratados com este medicamento e
outros agentes que afetem o sistema
renina-angiotensina-aldosterona. Não co-administrar alisquireno com
este medicamento em pacientes com diabetes. Evitar o uso de
alisquireno com este medicamento em pacientes com comprometimento
renal (FGR lt; 60mL/min).

Outros Agentes

As tiazidas podem aumentar a resposta à tubocurarina.

Ouro:

Reações nitritóides (sintomas incluem rubor facial, náuseas,
vômitos e hipotensão) foram relatadas raramente em pacientes
recebendo terapia com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e
terapia concomitante com inibidor da ECA, incluindo lisinopril.

Ação da Substância Lisoclor

Resultados de Eficácia

Nos estudos clínicos, o grau de redução da pressão arterial
observado com a combinação de lisinopril e hidroclorotiazida foi
aproximadamente aditiva. A combinação Lisinopril +
Hidroclorotiazida (substância ativa) 10-12,5 mg agiu
igualmente bem em pacientes negros e caucasianos. As combinações
Lisinopril + Hidroclorotiazida (substância ativa) 20-12,5 mg e
20-25 mg pareceram de certa forma menos eficazes em pacientes
negros, porém um número relativamente pequeno de pacientes negros
foi estudado. Na maioria dos pacientes, o efeito anti-hipertensivo
Lisinopril + Hidroclorotiazida (substância ativa) foi mantido por
pelo menos 24 horas.

Em uma comparação randomizada e controlada, os efeitos
anti-hipertensivos médios Lisinopril + Hidroclorotiazida
(substância ativa) 20-12,5 mg e este medicamento 20-25 mg foram
semelhantes, o que, sugere que muitos pacientes que respondem
adequadamente ao último podem ser controlados com Lisinopril +
Hidroclorotiazida (substância ativa) 20-12.5 mg.

Características Farmacológicas

Farmacologia Clínica:

Lisinopril + Hidroclorotiazida (substância ativa) propicia
atividade anti-hipertensiva e diurética. Os dois componentes da
combinação – lisinopril e hidroclorotiazida – foram usados isolada
e concomitantemente para o tratamento da hipertensão e seus efeitos
anti-hipertensivos são aproximadamente aditivos. Além disso, o
componente lisinopril Lisinopril + Hidroclorotiazida (substância
ativa) mostrou atenuar a perda de potássio associada à
hidroclorotiazida.

O lisinopril e a hidroclorotiazida têm esquemas posológicos
semelhantes, portanto a formulação Lisinopril + Hidroclorotiazida
(substância ativa) para a administração concomitante de lisinopril
e hidroclorotiazida é cômoda.

Mecanismo de Ação

Lisinopril:

A enzima conversora de angiotensina (ECA) é uma peptidil
dipeptidase que catalisa a conversão da angiotensina I à substância
pressora angiotensina II. Após a absorção, o lisinopril inibe a
ECA, o que resulta na redução da angiotensina II no plasma, levando
ao aumento da atividade da renina plasmática (consequente à remoção
da retroalimentação negativa da liberação de renina) e à diminuição
da secreção de aldosterona. A ECA é idêntica à cininase II. Assim,
o lisinopril também pode bloquear a degradação da bradicinina, um
peptídeo vasodepressor potente, entretanto o papel desse bloqueio
nos efeitos terapêuticos do lisinopril ainda precisa ser
elucidado.

Embora se acredite que o mecanismo pelo qual o lisinopril reduz
a pressão arterial deve-se principalmente à supressão do
sistema renina-angiotensina-aldosterona, o qual desempenha um
importante papel na regulação da pressão arterial, o lisinopril
exerce efeito anti-hipertensivo mesmo em pacientes hipertensos com
renina baixa. Esse fato é compatível com o que geralmente se
considera uma correlação precária entre a atividade da renina
plasmática e a resposta anti-hipertensiva.

Lisinopril-Hidroclorotiazida:

A hidroclorotiazida é um agente diurético e
anti-hipertensivo que aumenta a atividade da renina plasmática.
Embora o lisinopril isoladamente seja anti-hipertensivo mesmo em
pacientes hipertensos com renina baixa, a administração
concomitante de hidroclorotiazida a esses pacientes causa maior
redução da pressão arterial.

Farmacocinética

Lisinopril:

Em estudos clínicos, concentrações séricas máximas ocorreram
aproximadamente 6-8 horas após administração oral. As concentrações
séricas declinantes apresentaram uma fase terminal prolongada que
não contribuiu para o acúmulo do fármaco. Essa fase terminal não
foi proporcional à dose e provavelmente representa ligação
saturável à ECA. O lisinopril não pareceu estar ligado a outras
proteínas plasmáticas.

O lisinopril não sofre metabolismo significativo e é excretado
inalterado predominantemente na urina. Com base na recuperação
urinária em estudos clínicos, a extensão da absorção do lisinopril
foi de aproximadamente 25% e não foi influenciada pela presença de
alimento no trato gastrintestinal.

Em estudos de doses múltiplas, o lisinopril exibiu meia-vida de
acúmulo efetiva de 12 horas.
As concentrações plasmáticas máximas observadas em idosos sadios
(65 anos de idade ou mais) após a administração de uma dose única
de 20 mg de lisinopril foram mais altas do que as observadas em
adultos jovens sadios que receberam dose semelhante. Em outro
estudo, foram administradas doses únicas de 5 mg ao dia de
lisinopril durante 7 dias consecutivos a voluntários sadios jovens
e idosos e a pacientes idosos com insuficiência cardíaca
congestiva. As concentrações plasmáticas máximas de lisinopril no
7o dia foram mais altas nos voluntários idosos do que nos jovens e
ainda mais altas nos pacientes idosos com insuficiência cardíaca
congestiva.

Esses achados são coerentes com o conceito de que o volume de
distribuição de fármacos pouco lipossolúveis (como o lisinopril) em
idosos é reduzido em razão da menor proporção massa
corpórea/gordura nessa faixa etária; além disso, a depuração renal
do lisinopril foi diminuída no idoso, particularmente na presença
de insuficiência cardíaca congestiva.

A disposição do lisinopril em pacientes com insuficiência renal
foi semelhante àquela observada em pacientes com função renal
normal até a taxa de filtração glomerular alcançar 30 mL/min ou
menos.

A partir daí, os níveis de lisinopril no vale e no pico
aumentaram, o tempo para as concentrações máximas aumentou e o
tempo para o estado de equilíbrio às vezes foi prolongado.
Estudos em ratos indicam que o lisinopril cruza muito pouco a
barreira hematoencefálica. Doses múltiplas de lisinopril em ratos
não resultam em acúmulo em nenhum tecido. Após administração de
14C-lisinopril, o leite de ratas lactantes continha radioatividade,
que também foi demonstrada na placenta de ratas grávidas, mas não
nos fetos.

Farmacocinética de Interações
Medicamentosas:

Não ocorreram interações farmacocinéticas clinicamente
significativas quando lisinopril foi usado concomitantemente com
propranolol, digoxina ou hidroclorotiazida.

Hidroclorotiazida:

Quando os níveis plasmáticos foram acompanhados durante 24
horas, no mínimo, observou- se que a meia-vida plasmática foi de
5,60-14,8 horas. A hidroclorotiazida não é metabolizada, mas é
eliminada rapidamente pelo rim; pelo menos 61% da dose oral é
eliminada inalterada em 24 horas. A hidroclorotiazida cruza a
placenta, mas não a barreira hematoencefálica.

Lisinopril-Hidroclorotiazida:

Doses múltiplas de lisinopril e hidroclorotiazida administradas
concomitantemente exercem pouco ou nenhum efeito na
biodisponibilidade desses fármacos. O comprimido contendo a
combinação é bioequivalente à administração concomitante dos
componentes isoladamente.

Farmacodinâmica

Lisinopril:

A administração do lisinopril a pacientes hipertensos
resulta em redução da pressão arterial nas posições deitada e
ereta, sem taquicardia compensatória. Hipotensão postural
sintomática geralmente não foi observada, embora possa ser prevista
em pacientes com depleção de sal e/ou volume.

Na maioria dos pacientes estudados, o início da atividade
anti-hipertensiva foi observado 1–2 horas após a administração oral
de uma dose individual de lisinopril e a redução máxima da pressão
arterial foi alcançada em 6 horas; em alguns pacientes, a redução
ideal da pressão arterial pode requerer de duas a quatro semanas de
terapia. Nas doses únicas diárias recomendadas, os efeitos
anti-hipertensivos mantiveram-se por até 24 horas.

Os efeitos anti-hipertensivos do lisinopril mantiveram-se
durante a terapia de longo prazo e sua descontinuação abrupta não
foi associada a aumento rápido da pressão arterial nem superação
significativa dos níveis pressóricos observados antes do
tratamento.

Em estudos hemodinâmicos que envolveram pacientes com
hipertensão essencial, a redução da pressão arterial foi
acompanhada de redução da resistência arterial periférica com
pequena ou nenhuma alteração no débito cardíaco ou na
frequência cardíaca. Em um estudo que envolveu pacientes
hipertensos, o fluxo sanguíneo renal aumentou e a taxa de filtração
glomerular não se alterou após a administração do lisinopril.

O lisinopril, na faixa posológica de 20 mg a 80 mg, foi
igualmente eficaz em pacientes hipertensos idosos (65 anos de idade
ou mais) e mais jovens. Em estudos clínicos, a idade não afetou o
perfil de segurança do lisinopril. Em pacientes com hipertensão
renovascular, o lisinopril mostrou ser bem tolerado e eficaz no
controle da pressão arterial.

Hidroclorotiazida:

O mecanismo do efeito anti-hipertensivo das tiazidas é
desconhecido. Os diuréticos tiazídicos geralmente não afetam a
pressão arterial normal.

A hidroclorotiazida é um agente diurético e anti-hipertensivo,
que afeta o mecanismo tubular distal renal de reabsorção
eletrolítica e aumenta a excreção de sódio e cloreto em quantidades
aproximadamente equivalentes. A natriurese pode ser acompanhada de
alguma perda de potássio, magnésio e bicarbonato.

Depois do uso oral, a diurese começa em 2 horas, alcançando o
pico em aproximadamente 4 horas, e dura cerca de 6 a 12 horas.

Lisinopril-Hidroclorotiazida:

Quando administrado concomitantemente com diuréticos tiazídicos,
os efeitos redutores da pressão arterial do lisinopril foram
aditivos.

Cuidados de Armazenamento do Lisoclor

Conservar em temperatura ambiente (entre 15° a 30°C). Proteger
da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido;
poderá ocorrer diminuição significativa do seu efeito
terapêutico.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Lisoclor

Registro M.S nº 1.0465.0320.

Farm. Responsável:

Dr Marco Aurélio Limirio G. Filho
CRF-GO no 3524.

Laboratório Neo Química Com. e Ind. Ltda.

VPR 1 – Quadra 2-A – Módulo 4 – DAIA
Anápolis – GO
CEP 75132-020.

Venda sob prescrição médica.

Lisoclor, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.