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Hetori

  • Tratamento da osteoartrite;
  • Tratamento da artrite reumatoide;
  • Tratamento de espondilite anquilosante (inflamação da coluna e
    de grandes articulações);
  • Alívio da dor;
  • Tratamento de dor aguda após cirurgia dentária;
  • Tratamento de dor aguda após cirurgia ginecológica
    abdominal.

Como o Hetori funciona?

Hetori faz parte de um grupo de medicamentos denominados
coxibes, usados para diminuir a dor e a inflamação. Hetori é um
inibidor seletivo da COX-2. Hetori não é um narcótico.

Nosso organismo produz dois tipos de enzimas semelhantes,
denominadas COX-1 e COX-2. Uma das funções da COX-1 está
relacionada com a proteção do estômago, enquanto a COX-2 participa
nos processos inflamatórios e dolorosos de tecidos e das
articulações.

  • Hetori bloqueia a COX-2 e, desse modo, reduz a dor e a
    inflamação.
  • Hetori não bloqueia a COX-1, substância envolvida na proteção
    contra úlceras no estômago.
  • Outros anti-inflamatórios (anti-inflamatórios não esteroides –
    AINEs) bloqueiam tanto a COX-1 como a COX-2.
  • Hetori alivia a dor e a inflamação com menos risco de úlceras
    no estômago em comparação com os AINEs.

Informações sobre as doenças

As doenças das articulações (também conhecidas como “juntas”)
são popularmente chamadas de reumatismo e podem se apresentar de
várias formas (por exemplo, osteoartrite, artrite reumatoide, gota,
etc.).

O que é osteoartrite?

A osteoartrite é uma doença das articulações. É o resultado da
destruição gradual da cartilagem que envolve as extremidades dos
ossos causando dor, inflamação, aumento da sensibilidade, rigidez e
perda da função da articulação.

O que é artrite reumatoide?

A artrite reumatoide é uma doença crônica que causa dor,
rigidez, inchaço e perda da função das articulações e inflamação de
outros órgãos do corpo.

O que é espondilite anquilosante?

A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória da coluna e
de grandes articulações (por exemplo, quadril, joelho e ombro).

O que posso fazer para ajudar a controlar essas doenças,
além de tomar remédios?

Converse com seu médico sobre:

  • Exercícios físicos;
  • Controle de peso;
  • Fisioterapia;
  • Uso de instrumentos de apoio.

O que é cirurgia ginecológica abdominal?

Qualquer cirurgia abdominal na área do útero (ventre) e/ou de
outros órgãos femininos.

Contraindicação do Hetori

Você não deve tomar Hetori se:

  •  For alérgico a qualquer um de seus componentes;
  • Tiver histórico de insuficiência cardíaca, ataque cardíaco,
    cirurgia de revascularização (por exemplo, ponte de safena), dor no
    peito (angina), estreitamento ou bloqueio de artérias das
    extremidades do corpo (doença arterial periférica), derrame ou
    derrame transitório (ataque isquêmico transitório – AIT).

Como usar o Hetori

Hetori deve ser tomado uma vez ao dia, com ou sem alimentos.

Seu médico decidirá a dose e por quanto tempo você deverá tomar
Hetori, de acordo com os critérios abaixo.

Para o tratamento da osteoartrite:

A dose recomendada é de 60 mg uma vez ao dia.

Para o tratamento da artrite reumatoide:

A dose recomendada é de 90 mg uma vez ao dia.

Para o tratamento da espondilite
anquilosante:

A dose recomendada é de 90 mg uma vez ao dia.

Para alívio da dor crônica:

A dose recomendada é de 60 mg uma vez ao dia.

Condições de dor aguda:

A dose recomendada é de 90 mg uma vez ao dia. Hetori deve ser
utilizado apenas durante o período agudo, limitado a 8 dias no
máximo.

Para alívio da dor após cirurgia dentária:

A dose recomendada é de 90 mg uma vez ao dia, limitada ao máximo
de 3 dias de tratamento.

Para alívio de dor após cirurgia ginecológica
abdominal:

A dose recomendada é de 90 mg uma vez ao dia, limitada ao máximo
de 5 dias de tratamento. A primeira dose deve ser tomada logo antes
da cirurgia.

Doses maiores que as recomendadas para cada situação citada
acima não devem ser utilizadas. Caso você tenha uma doença leve do
fígado, deve tomar no máximo 60 mg ao dia; se tiver doença moderada
do fígado, deve tomar no máximo 60 mg

em dias alternados

.

Não dê seus comprimidos de Hetori para outra pessoa. Eles foram
prescritos por seu médico somente para você.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Hetori?

Tente tomar Hetori de acordo com a receita do seu médico. No
entanto, caso você se esqueça de tomar uma dose, não tome uma dose
extra. Apenas retome o tratamento no dia seguinte.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Hetori

  • Em estudos clínicos, o risco de desenvolvimento de úlceras com
    etoricoxibe foi menor do que com AINEs. Nesses estudos algumas
    pessoas desenvolveram úlceras ao tomar etoricoxibe ou placebo, no
    entanto a incidência foi mais alta naqueles que tomaram
    etoricoxibe.
  • Caso você sinta falta de ar, dor no peito ou inchaço no
    tornozelo ou algum desses sintomas piorar interrompa o tratamento
    com Hetori e consulte um médico assim que possível.
  • Se você tiver doença no rim, no fígado ou no coração, seu
    médico irá acompanhá-lo apropriadamente.
  • Se você desenvolver algum sintoma indicativo de reação alérgica
    grave, como dificuldade para respirar ou reação grave na pele,
    procure um médico imediatamente.
  • Seu médico poderá discutir seu tratamento com você de tempos em
    tempos. É importante que você tome a dose mais baixa suficiente
    para controlar sua dor e que não tome Hetori por mais tempo que o
    necessário. Isso se deve ao fato de que o risco de ataques
    cardíacos e derrames pode aumentar após o tratamento prolongado,
    especialmente com altas doses.
  • Hetori pode aumentar a pressão arterial em algumas pessoas,
    especialmente em altas doses, o que pode aumentar o risco de
    ataques cardíacos e derrames. Seu médico irá verificar sua pressão
    regularmente para se certificar de que é seguro continuar o
    tratamento.

Informe ao médico qualquer problema de saúde ou alergia
que você apresente ou já tenha apresentado, incluindo:

  • Doenças do coração, tais como angina, ataque cardíaco ou
    bloqueio de artéria no coração;
  • Dstreitamento ou bloqueio das artérias das extremidades;
  • Doenças dos rins;
  • Doenças do fígado;
  • Desidratação, por exemplo, uma crise prolongada de vômitos ou
    diarreia;
  • Histórico de sangramento no estômago ou úlcera;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Inchaço devido a retenção de líquidos;
  • Pressão alta;
  • Reação alérgica ao ácido acetilsalicílico ou a outros
    anti-inflamatórios (geralmente conhecidos como AINEs –
    anti-inflamatórios não esteroides);
  • Histórico de derrame ou derrame transitório;
  • Condições que aumentem o risco de doença arterial coronariana
    ou aterosclerose, como pressão alta, diabetes, colesterol alto ou
    tabagismo,
  • Caso esteja recebendo tratamento para alguma infecção. Hetori
    pode mascarar ou esconder a febre, que é um sinal de infecção.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Hetori

Qualquer medicamento pode apresentar efeitos inesperados ou
indesejáveis, denominados efeitos adversos, e Hetori também
pode apresentá-los.

Se você desenvolver qualquer um dos sinais abaixo, deve parar de
tomar Hetori e falar com seu médico imediatamente:

  • Falta de ar, dores no peito ou inchaço no tornozelo ou
    agravamento desses sintomas;
  • Amarelamento da pele e dos olhos (icterícia) – estes são sinais
    de problemas no fígado;
  • Dor abdominal grave ou persistente ou se as fezes se tornarem
    negras;
  • Reações alérgicas – que podem incluir problemas de pele, tais
    como úlceras ou vesículas ou inchaço da face, lábios, língua ou
    garganta que podem causar dificuldade para respirar.

Os seguintes efeitos adversos podem ocorrer durante o tratamento
com Hetori:

Muito Comum (ocorre em pelo menos 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Alveolite (inflamação e dor após extração dentária).

Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
este medicamento):

Fraqueza e fadiga, tontura, dor de cabeça, doença semelhante à
gripe, diarreia, flatulência, náuseas, má digestão (dispepsia), dor
ou desconforto no estômago, azia, alterações nos exames de sangue
relacionados ao seu fígado, inchaço das pernas e/ou pés devido à
retenção de líquidos (edema), aumento da pressão arterial,
palpitações e hematomas.

Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Distensão abdominal do estômago ou intestino, dor no peito,
insuficiência cardíaca; sensação de aperto, pressão ou peso no
peito (angina), ataque cardíaco, derrame, derrame transitório,
batimento anormal do coração (fibrilação atrial), infecção do trato
respiratório superior, altos níveis de potássio no sangue,
alterações no sangue ou urina relacionadas aos rins, alterações nos
hábitos intestinais, incluindo prisão de ventre, boca seca, aftas,
alteração do paladar, gastroenterite, gastrite, úlcera gástrica,
enjoo (vômitos), síndrome do intestino irritável, inflamação do
esôfago, visão turva, irritação e vermelhidão nos olhos,
sangramento nasal, zumbido nos ouvidos, vertigens, aumento ou
diminuição do apetite, ganho de peso, câimbras/espasmos, dor
muscular/rigidez, incapacidade de dormir, insônia, redução da
sensibilidade ou formigamento nas extremidades, ansiedade,
depressão, redução da agilidade mental, falta de ar, tosse, inchaço
da face, rubor, erupção cutânea ou coceira, infecção do trato
urinário, diminuição de plaquetas, diminuição do número de glóbulos
vermelhos, diminuição do número de glóbulos brancos.

Raro (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Baixos níveis sanguíneos de sódio, vermelhidão na pele.

Muito raro (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Reações alérgicas (que podem ser suficientemente graves para
exigir assistência médica imediata) incluindo urticária, inchaço da
face, lábios, língua e/ou garganta que podem causar dificuldade
para respirar ou engolir, broncoespasmo (chiado ou falta de ar),
reações graves na pele, inflamação da parede do estômago ou úlceras
que possam se agravar e provocar sangramentos, problemas no fígado,
problemas graves nos rins, aumento grave da pressão sanguínea,
confusão, ver, sentir ou ouvir coisas que não existem
(alucinações).

Desconhecido (a frequência não pode ser estimada a
partir dos dados disponíveis)

Amarelamento da pele e dos olhos (icterícia), inflamação do
pâncreas, batimento cardíaco acelerado, ritmo cardíaco
irregular (arritmia), agitação, insuficiência hepática.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Hetori

Gravidez e Amamentação:

Informe ao seu médico se estiver grávida ou se pretender
engravidar; informe ao seu médico se estiver amamentando ou se
pretender amamentar.

Hetori não deve ser utilizado por mulheres com gravidez
avançada, porque pode causar danos ao feto.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Uso pediátrico:

Hetori não foi adequadamente estudado em crianças, portanto
Hetori não é recomendado a crianças.

Idosos:

Hetori age da mesma forma nos pacientes idosos e nos adultos
mais jovens. As experiências adversas podem ocorrer com maior
frequência nos pacientes idosos em comparação com os mais jovens.
Se tiver mais de 65 anos de idade, seu médico irá avaliá-lo e
acompanhá-lo apropriadamente. Não é necessário ajuste da dose para
os pacientes idosos.

Dirigir ou Operar Máquinas:

Não existem informações sugestivas de que o uso de Hetori possa
afetar sua capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.

Composição do Hetori

Cada comprimido revestido contém:

Toricoxibe: 60 mg ou 90 mg.

Excipientes:

fosfato de cálcio dibásico anidro, cera de carnaúba,
croscarmelose sódica, hipromelose, lactose monoidratada, estearato
de magnésio, celulose microcristalina, dióxido de titânio e
triacetina. Hetori 60 mg também contém óxido férrico (amarelo) e
FDamp;C azul número 2 (laca índigo carmim).

Superdosagem do Hetori

Se você tomar mais do que a dose prescrita, procure um médico
imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Hetori

Varfarina:

Em indivíduos estabilizados sob tratamento crônico com a
varfarina, a administração de Etoricoxibe (substância ativa) 120 mg
uma vez ao dia foi associada a aproximadamente 13% de aumento no
tempo de protrombina (International Normalized Ratio – INR). Em
pacientes que estejam recebendo varfarina ou agentes semelhantes,
deve-se proceder a monitorização-padrão dos valores de INR ao se
iniciar ou alterar o tratamento com Etoricoxibe (substância ativa),
principalmente nos primeiros dias de tratamento.

Rifampicina:

A coadministração de Etoricoxibe (substância ativa) e
rifampicina, um potente indutor do metabolismo hepático, reduziu em
65% a área sob a curva da concentração plasmática (AUC) do
Etoricoxibe (substância ativa). Essa interação deve ser considerada
quando Etoricoxibe (substância ativa) for administrado com
rifampicina.

Metotrexato:

Dois estudos pesquisaram os efeitos de Etoricoxibe (substância
ativa) nas doses de 60 mg, 90 mg e 120 mg administradas uma vez ao
dia durante sete dias em pacientes com artrite reumatoide que
recebiam doses de 7,5 mg a 20 mg de metotrexato uma vez por semana.
Em um estudo, as doses de Etoricoxibe (substância ativa) 60 mg e 90
mg não exerceram efeito na concentração plasmática do metotrexato
(conforme avaliado pela AUC) ou na depuração renal, o que também
ocorreu com a dose de Etoricoxibe (substância ativa) 120 mg em um
estudo. Em outro estudo, Etoricoxibe (substância ativa) na dose de
120 mg aumentou a concentração plasmática do metotrexato em 28%
(conforme avaliado pela AUC) e reduziu a depuração renal do
metotrexato em 13%. A monitorização da toxicidade relacionada ao
metotrexato deve ser considerada quando este for administrado
concomitantemente a doses maiores de 90 mg ao dia de Etoricoxibe
(substância ativa).

Diuréticos, Inibidores da Enzima Conversora de
Angiotensina (ECA) e Bloqueadores do Receptor de Angiotensina II
(BRAs):

Relatos sugerem que os AINEs, incluindo os inibidores seletivos
da COX-2, podem diminuir o efeito anti-hipertensivo dos diuréticos,
dos inibidores da ECA e dos BRAs. Essa interação deve ser
considerada quando Etoricoxibe (substância ativa) for administrado
concomitantemente com esses produtos.

Em alguns pacientes com função renal comprometida (por exemplo,
pacientes idosos ou pacientes com hipovolemia, incluindo pacientes
sob tratamento diurético) que estejam sendo tratados com AINEs,
incluindo inibidores seletivos da COX-2, a administração
concomitante de inibidores da ECA ou de BRAs pode resultar em
deterioração adicional da função renal, inclusive possível
insuficiência renal aguda. Esses efeitos são em geral reversíveis.
Portanto a combinação deve ser administrada com cuidado,
particularmente em idosos.

Lítio:

Relatos sugerem que os AINEs não seletivos e os inibidores
seletivos da COX-2 podem aumentar os níveis plasmáticos de lítio.
Essa interação deve ser considerada quando Etoricoxibe (substância
ativa) for administrado concomitantemente com lítio.

Ácido Acetilsalicílico:

Etoricoxibe (substância ativa) pode ser administrado
concomitantemente com ácido acetilsalicílico em baixas doses para
profilaxia cardiovascular. Em estado de equilíbrio, a dose de 120
mg de Etoricoxibe (substância ativa) uma vez ao dia não exerceu
efeito na atividade antiplaquetária do ácido acetilsalicílico em
baixas doses (81 mg uma vez ao dia).

Entretanto, a administração concomitante de Etoricoxibe
(substância ativa) com baixas doses de ácido acetilsalicílico
aumenta a incidência de ulceras ou de outras complicações do trato
gastrintestinal em comparação com o uso de Etoricoxibe (substância
ativa) isoladamente.

Anticoncepcionais Orais:

A administração concomitante de Etoricoxibe (substância ativa)
60 mg e de um anticoncepcional oral com 35 mcg de etinilestradiol e
0,5 a 1 mg de noretindrona durante 21 dias aumentou a
AUC0-24h no estado de equilíbrio do etinilestradiol em
37%; a administração concomitante, ou com intervalo de 12 horas, de
Etoricoxibe (substância ativa) 120 mg com o mesmo anticoncepcional
oral aumentou a AUC0-24h no estado de equilíbrio do
etinilestradiol em 50% a 60%.

Esse aumento da concentração do etinilestradiol deve ser
considerado ao se escolher um anticoncepcional oral para ser
utilizado com Etoricoxibe (substância ativa). Um aumento na
exposição ao etinilestradiol pode aumentar a incidência de eventos
adversos associados aos anticoncepcionais orais (por exemplo,
eventos tromboembólicos venosos em mulheres com risco).

Terapia de Reposição Hormonal:

A administração de Etoricoxibe (substância ativa) 120 mg com
estrogênios conjugados para terapia de reposição hormonal (0,625 mg
de estrogênios conjugados), durante 28 dias, aumentou a média da
AUC0-24h no estado de equilíbrio da estrona não
conjugada (41%), da equilina (76%) e do 17-β-estradiol (22%). O
efeito das doses de Etoricoxibe (substância ativa) recomendadas
para uso crônico (60 mg e 90 mg) não foi estudado. Os efeitos da
dose de Etoricoxibe (substância ativa) 120 mg na exposição
(AUC0-24h) a esses componentes estrogênicos foram
inferiores à metade daqueles observados quando o preparado de
estrogênios conjugados foi administrado isoladamente e a dose foi
aumentada de 0,625 mg para 1,25 mg. A importância clínica desse
aumento é desconhecida e a administração de doses mais altas de
estrogênios conjugados em combinação com Etoricoxibe (substância
ativa) não foi estudada. Esse aumento na concentração estrogênica
deve ser levado em consideração ao selecionar uma terapia de
reposição hormonal para ser utilizada com Etoricoxibe (substância
ativa).

Outros:

Em estudos de interação medicamentosa, Etoricoxibe (substância
ativa) não exerceu efeitos clinicamente importantes na
farmacocinética da prednisona/prednisolona ou da digoxina.

Antiácidos e Cetoconazol (um potente inibidor do
CIP3A4):

Não exerceram efeitos clinicamente importantes na
farmacocinética de Etoricoxibe (substância ativa).

Ação da Substância Hetori

Resultados da eficácia 

Resultados dos estudos Artrite

Osteoartrite (OA)

Os pacientes com osteoartrite que receberam este medicamento
apresentaram melhora significativa nas avaliações de dor,
inflamação e mobilidade. Foram realizados dois estudos clínicos
duplo-cegos, randômicos e com duração de até 52 semanas que
envolveram aproximadamente 1.000 pacientes com agudização da OA no
joelho ou no quadril; também foi avaliada OA da mão em 21% dos
pacientes.

Nos dois estudos, a eficácia deste medicamento com 60 mg uma vez
ao dia foi superior à do placebo durante um período de 12 semanas e
comparável à de naproxeno 500 mg duas vezes ao dia durante todo o
período de tratamento de 52 semanas. Os pacientes apresentaram
redução significativa da dor e da rigidez articular, redução da
sensibilidade articular causada pela dor e melhora significativa da
mobilidade. A eficácia clínica foi demonstrada já no segundo dia de
tratamento e manteve-se até o final dos estudos.

Nos pacientes com OA da mão, a redução da dor e da rigidez e a
melhora da função física foram superiores às observadas com o
placebo e semelhantes às observadas nos pacientes que receberam
naproxeno.

Em um terceiro estudo, que envolveu aproximadamente 600
pacientes, a dose deste medicamento com 60 mg uma vez ao dia foi
superior ao placebo durante um período de tratamento de seis
semanas (no qual foram utilizadas avaliações semelhantes às dos
dois primeiros estudos) e semelhante à de diclofenaco 50 mg três
vezes ao dia na avaliação pelo paciente da resposta ao medicamento
em estudo e na avaliação pelo pesquisador do status da doença
durante um período de tratamento de até 92 semanas.

Artrite Reumatoide (AR)

Os pacientes com artrite reumatoide que receberam este
medicamento apresentaram melhoras significativas nas múltiplas
avaliações de dor, inflamação e mobilidade. Aproximadamente 1.700
pacientes com AR foram estudados em dois estudos clínicos
duplo-cegos com 12 semanas de duração.

A dose deste medicamento 90 mg uma vez ao dia demonstrou
eficácia superior à do placebo nos dois estudos. Em um estudo, este
medicamento demonstrou eficácia semelhante à de naproxeno 500 mg
duas vezes ao dia e, no outro estudo, eficácia superior à do
naproxeno. Nesses dois estudos, os pacientes que receberam este
medicamento apresentaram reduções clinicamente significativas
no número de articulações dolorosas e de articulações edemaciadas e
melhora nas avaliações da atividade da doença realizadas. A melhora
com este medicamento também foi demonstrada pelo American
College of Rheumatology 20%
(ACR20) Responder Index, um
composto de medidas clínicas, laboratoriais e funcionais de AR. Os
efeitos benéficos deste medicamento foram observados logo após duas
semanas (quando foi feita a primeira avaliação) e mantiveram-se até
o final dos estudos.

Em um terceiro estudo que envolveu aproximadamente 600 pacientes
e no qual foram utilizadas avaliações semelhantes às dos dois
primeiros estudos, este medicamento com 90 mg uma vez ao dia
demonstrou eficácia semelhante à do diclofenaco 50 mg três vezes ao
dia durante um período de tratamento de 44 semanas.

Espondilite Anquilosante

Etoriceste medicamento xibe demonstrou melhorar de modo
significativo a dor, a inflamação, a rigidez, a função e a
mobilidade da coluna. este medicamento  foi avaliado para o
tratamento de espondilite anquilosante em um estudo clínico
composto de duas partes, duplo-cego, de grupos paralelos, com
duração de 52 semanas, que envolveu aproximadamente 400 pacientes.
Na parte controlada com placebo, com duração de seis semanas, este
medicamento na dose de 90 mg uma vez ao dia foi superior ao placebo
em todos os desfechos primários (avaliação da dor na coluna pelo
paciente, avaliação da atividade da doença pelo paciente e
avaliação do índice funcional de espondilite anquilosante de
Bath).

Além disso, na dose com 90 mg demonstrou efeitos
estatisticamente superiores aos do naproxeno 500 mg duas vezes ao
dia nas avaliações feitas pelos pacientes em relação à dor na
coluna e à atividade da doença no período de seis semanas em que o
estudo foi controlado com placebo. Os efeitos benéficos deste
medicamento com 90 mg mantiveram-se durante o período de
tratamento de 52 semanas, duplo-cego, com agente de comparação
ativo. Os efeitos do tratamento com este medicamento 90 mg foram
estatisticamente superiores em relação ao naproxeno nas avaliações
de dor, inflamação, rigidez e função da coluna durante 1 ano. O
benefício clínico deste medicamento foi observado logo após 4 horas
do início do tratamento. Também foi estudada a dose de 120 mg deste
medicamento uma vez ao dia, entretanto não foi observada eficácia
adicional em comparação com a dose de 90 mg.

Dor Aguda, incluindo Dor Pós-Cirúrgica

Em um estudo de doses múltiplas pós-cirurgia odontológica, este
medicamento com 90 mg administrado uma vez ao dia por até três dias
proporcionou efeito analgésico significativamente maior em
comparação com o placebo. Este medicamento 90 mg proporcionou tempo
mais curto para início da ação e duração mais longa de alívio da
dor, maior pico de alívio da dor, além de menor uso de analgésico
de resgate após a dose inicial no primeiro dia em comparação com
placebo. Este medicamento com 90 mg foi não inferior ao ibuprofeno
600 mg a cada 6 horas e foi superior ao paracetamol/codeína 600
mg/60 mg a cada 6 horas no alívio total da dor.

No estudo de histerectomia abdominal total, este medicamento com
90 mg foi administrado antes da cirurgia e por mais 4 dias9. As
pacientes apresentaram intensidade de dor significativamente menor
em repouso (média durante os 3 primeiros dias) em comparação com
placebo.

Observou-se efeito benéfico nas primeiras 24 horas após a
cirurgia, que se manteve durante o período de tratamento de 5 dias.
As pacientes tratadas com este medicamento de 90 mg necessitaram de
30% menos morfina em média durante os 3 primeiros dias em
comparação às pacientes do grupo placebo, resultando em recuperação
mais rápida da motilidade intestinal.

Dor Crônica

Este medicamento aliviou a dor nos estudos de lombalgia
crônica (aproximadamente 650 pacientes). O efeito analgésico deste
medicamento foi demonstrado pela avaliação das respostas
relacionadas à dor (por exemplo, sintomas, mobilidade e avaliações
do tratamento pelos pacientes e pesquisadores). Este
medicamento com 60 mg uma vez ao dia demonstrou eficácia
significativa em uma semana de tratamento (quando foi feita a
primeira avaliação) e a melhora da lombalgia crônica foi mantida
nos pacientes que receberam este medicamento durante o período de
12 semanas de tratamento controlado com placebo.

Estudos Especiais

Programa de Estudo Multinacional deste medicamento
(substância ativa deste medicamento) e Diclofenaco a Longo Prazo na
Artrite (MEDAL)

O Programa MEDAL foi desenhado de forma prospectiva para avaliar
resultados de segurança cardiovascular por meio dos dados
combinados de três estudos individuais, randômicos, duplo-cegos e
controlados com comparador ativo (diclofenaco) (estudo MEDAL, EDGE
II e EDGE).

O programa MEDAL também avaliou a segurança no trato
gastrintestinal superior e inferior. Esse programa incluiu 34.701
pacientes com osteoartrite e artrite reumatoide que receberam este
medicamento 60 mg por dia (OA) ou este medicamento 90 mg por dia
(OA e AR, 1,5 vez a dose recomendada para osteoartrite) versus
diclofenaco 150 mg por dia por período médio de cerca de 18 meses;
aproximadamente 12.800 pacientes tiveram mais que 24 meses de
exposição ao tratamento e alguns, até 42 meses.

Os pacientes incluídos no programa apresentavam ampla gama de
fatores de risco cardiovascular e gastrintestinal no período basal.
Cerca de 47% dos pacientes tinham histórico de hipertensão,
aproximadamente 12% dos pacientes tinham histórico de doença
cardiovascular aterosclerótica (DCA) sintomática e cerca de 38% dos
pacientes tinham, no período basal, risco cardiovascular elevado
(definido como histórico anterior de doença cardiovascular
aterosclerótica sintomática ou ≥ 2 fatores de risco cardiovascular
dos 5 seguintes: tabagismo ou histórico de hipertensão, de diabetes
mellitus, de dislipidemia ou de doença cardiovascular.
Foram excluídos os pacientes com histórico recente de infarto do
miocárdio, cirurgia de revascularização do miocárdio ou intervenção
coronariana percutânea nos 6 meses anteriores à alocação no estudo.
O uso de agentes gastroprotetores e de ácido acetilsalicílico em
baixas doses foi permitido nos estudos; aproximadamente 50% dos
pacientes utilizaram gastroprotetores e cerca de 35%, ácido
acetilsalicílico em baixa dose. Nos estudos, a eficácia deste
medicamento 60 mg e 90 mg demonstrou ser comparável à do
diclofenaco.

Os dados de segurança cardiovascular e gastrintestinal estão
resumidos abaixo.

Dados cardiovasculares:

O programa MEDAL demonstrou que a incidência de eventos adversos
cardiovasculares trombóticos graves confirmados (que consistiram de
eventos cardíacos, vasculares cerebrais e vasculares periféricos)
foram comparáveis entre este medicamento e diclofenaco (veja tabela
1). Para o desfecho primário de eventos CV trombóticos confirmados,
o risco relativo entre este medicamento e diclofenaco foi 0,95
(intervalo de confiança de 95%: 0,81; 1,11) na análise primária
pré-especificada. A incidência para os tipos específicos de eventos
trombóticos (por exemplo, infarto do miocárdio e acidente vascular
cerebral) também foram semelhantes entre este medicamento e
diclofenaco. A incidência foi semelhante entre este medicamento e
diclofenaco ao longo de toda a duração do estudo, inclusive no
subgrupo de pacientes que recebeu medicamento por mais de 24 meses.
Não houve diferença significativa na incidência de eventos
trombóticos entre este medicamento e diclofenaco em todos os
subgrupos analisados, independente da categoria de risco
cardiovascular dos pacientes no período basal. A mortalidade
cardiovascular, assim como a mortalidade total, foram semelhantes
entre os grupos deste medicamento e diclofenaco.

Tabela 1. Incidência de Eventos CV Trombóticos
Confirmados (Dados Combinados do Programa MEDAL)

*Eventos por 100 pacientes-anos.
N= número total de pacientes; IC = intervalo de confiança.

Dados gastrintestinais:

A frequencia por 100 pacientes-anos de eventos clínicos
confirmados do trato gastrintestinal superior (perfurações, úlceras
e sangramentos – PUSs) foram 0,67 (IC 95%, 0,57; 0,77) com este
medicamento e 0,97 (IC 95%, 0,85; 1,10) com diclofenaco, indicando
risco relativo de 0,69 (IC 95%, 0,57; 0,83). A frequencia por 100
pacientes-anos de eventos clínicos complicados do trato GI superior
foram semelhantes entre este medicamento e diclofenaco (0,30 vs.
0,32). Como o risco de eventos do trato GI superior aumenta com a
idade, avaliou-se a frequencia desses eventos em pacientes idosos.
A maior redução de risco foi observada em pacientes com idade ≥ 75
anos; a frequencia por 100 pacientes-anos para um evento confirmado
no trato GI superior foi mais baixa para este medicamento do que
para o diclofenaco (1,35 [IC 95%, 0,94; 1,87] vs. 2,78 [IC 95%,
2,14; 3,56]). Também foram avaliadas as taxas de eventos
confirmados no trato GI superior para pacientes que receberam
concomitantemente ácido acetilsalicílico em baixas doses e/ou
agentes gastroprotetores; os dados estão na tabela 2.

A freqüência de eventos clínicos confirmados no trato GI
inferior foram 0,32 (IC 95%, 0,25; 0,39) vs. 0,38 (IC 95%, 0,31;
0,46) por 100 pacientes-anos para este medicamento vs. diclofenaco,
indicando risco relativo de 0,84 (IC 95%, 0,63; 1,13).

Tabela 2. Eventos Confirmados no Trato GI
Superior (Dados Combinados do Programa MEDAL)

 

Etoricoxibe (substância ativa)

Diclofenaco

Frequencia* (IC 95%)Frequencia* (IC 95%)

Frequencia total

(Risco relativo 0,69 [0,57, 0,83])

0,67 (0,57; 0,77)0,97 (0,85; 1,10)

Uso concomitante de ácido acetilsalicílico em baixas
doses

Não0,38 (0,29; 0,48)0,73 (0,60; 0,87)
Sim1,14 (0,94; 1,37)1,37 (1,15; 1,63)

Uso concomitante de agentes
gastroprotetores**

Não0,63 (0,49; 0,79)0,83 (0,67; 1,02)
Sim0,70 (0,57; 0,84)1,07 (0,91; 1,25)

*Frequencia = eventos por 100 pacientes-anos (PA) = (n/PA) x
100. IC = intervalo de confiança.
**Cerca de 96% dos agentes gastroprotetores utilizados
corresponderam a inibidores.

Em cada estudo do programa MEDAL, também se avaliou a
tolerabilidade gastrintestinal, definida como a ocorrência de
descontinuações de pacientes do estudo por qualquer experiência
adversa GI, seja clínica (por exemplo, dispepsia, dor abdominal e
úlcera) ou laboratorial (por exemplo, aumento da ALT ou da AST),
incluindo eventos hepáticos. O desfecho primário dos estudos EDGE e
EDGE II foi a tolerabilidade gastrintestinal. Eles compararam este
medicamento 90 mg por dia e diclofenaco 150 mg por dia em pacientes
com osteoartrite (EDGE) e artrite reumatoide (EDGE II). Um dos
objetivos secundários do estudo MEDAL foi comparar a tolerabilidade
gastrintestinal entre este medicamento 60 mg (OA) ou 90 mg (OA e
AR) e diclofenaco 150 mg por dia. Nos três estudos, este
medicamento demonstrou tolerabilidade GI superior comparado ao
diclofenaco (valores de p lt;0,001; veja figura 1). O benefício da
tolerabilidade GI deste medicamento foi significativo para os
componentes tanto clínicos quanto laboratoriais que compuseram esse
desfecho.

Figura 1. Tolerabilidade Gastrintestinal

As reações adversas de origem hepática que levaram à
descontinuação também foram avaliadas em cada estudo individual do
programa MEDAL.

Nos três estudos, a incidência de descontinuação foi
significativamente mais baixa nos grupos de tratamento com este
medicamento 60 mg e 90 mg, em relação aos grupos com diclofenaco
150 mg, para pacientes com osteoartrite e artrite reumatoide.

Dados Adicionais de Segurança Cardiovascular
Trombótica

Em uma análise combinada dos estudos clínicos de fase IIb a V
com 4 semanas de duração ou mais (excluindo-se os estudos do
Programa MEDAL), não houve diferença perceptível na taxa de eventos
cardiovasculares trombóticos graves confirmados entre os pacientes
que receberam este medicamento em doses ≥30 mg (n= 2.147 pacientes;
média de duração de exposição de aproximadamente 309 dias) ou
AINEs, com exceção do naproxeno (ibuprofeno 2400 mg por dia ou
diclofenaco 150 mg por dia, n= 1.470 pacientes; média de duração de
exposição de aproximadamente 161 dias). A frequencia desses eventos
foi mais alta em pacientes que receberam este medicamento (n= 1.960
pacientes; média de duração de exposição de aproximadamente 462
dias) em comparação com os que receberam naproxeno 500 mg duas
vezes ao dia (n= 1.497 pacientes; média de duração de exposição de
aproximadamente 421 dias). A diferença de atividade antiplaquetária
entre alguns AINEs inibidores da COX-1 e inibidores seletivos da
COX-2 pode ser de significância clínica em pacientes com risco de
eventos tromboembólicos. Os inibidores seletivos da COX-2 reduzem a
formação de prostaciclina sistêmica (e, portanto, possivelmente
endotelial) sem afetar o tromboxano plaquetário.

Dados Adicionais de Segurança
Gastrintestinal

Os estudos especiais a seguir foram conduzidos para avaliar se
este medicamento, um inibidor seletivo da COX–2, está associado a
menos toxicidade GI do que os AINEs não seletivos.

Endoscopia Digestiva Alta em Pacientes com Artrite
Reumatoide ou Osteoartrite

A incidência cumulativa de úlceras gastroduodenais foi
significativamente mais baixa em pacientes que receberam este
medicamento  120 mg uma vez ao dia em comparação com os
pacientes que receberam um de dois AINES não seletivos (naproxeno
500 mg duas vezes ao dia ou ibuprofeno 800 mg três vezes ao dia) em
dois estudos endoscópicos, duplo-cegos, com duração de 12 semanas.
No 1° estudo, foram envolvidos 700 pacientes com OA ou AR e no
2° estudo, 655 pacientes com OA. A incidência cumulativa de
úlceras entre os pacientes que receberam este medicamento foi mais
alta do que entre os que receberam placebo (ver os resultados
desses estudos na figura 2).

Figura 2: Incidência Cumulativa de Úlcera
Gastroduodenal ≥3 mm* por Anos de Sobrevida após 12 Semanas para os
Dois Estudos Endoscópicos (Intenção de Tratar)

* Os resultados das análises cujo desfecho foi úlcera
gastroduodenal ≥5 mm foram compatíveis.
** plt; 0,001 versus naproxeno 500 mg 2x/dia.
*** p= 0,007 versus ibuprofeno 800 mg 3x/dia.

Os dois estudos endoscópicos incluíram pacientes cujo risco de
úlceras gastrintestinais (GI) era mais alto; isto é, pacientes com
infecção ativa por Helicobacter pylori, com erosões
gastroduodenais no período basal, histórico de perfuração, úlcera
ou sangramento (PUSs) e/ou pacientes que faziam uso concomitante de
corticosteroides. Dos pacientes incluídos, 400 (28%) tinham idade
igual ou superior a 65 anos. A vantagem deste medicamento 
sobre o naproxeno ou o ibuprofeno foi mantida nesses subgrupos de
risco mais alto.

Análise Combinada de Segurança
Gastrintestinal

Em uma análise combinada de todos os estudos clínicos de fase
IIb a V com 4 semanas de duração ou mais (excluindo-se os estudos
do Programa MEDAL), a frequencia de eventos do tipo PUS
(perfurações gastroduodenais, úlceras gastrintestinais sintomáticas
ou sangramentos do trato GI superior) para doses combinadas deste
medicamento variando entre 30 mg e 120 mg por dia (N= 4.107
pacientes; média de duração do tratamento de aproximadamente 220
dias) foi comparada à dos AINEs não seletivos (naproxeno 1.000 mg
por dia, diclofenaco 150 mg por dia e ibuprofeno 2400 mg por dia; N
total = 2.967 pacientes; média de duração do tratamento de
aproximadamente 182 dias). A frequencia de eventos confirmados do
tipo perfuração, úlcera ou sangramento no grupo deste medicamento
foram cerca da metade das do grupo dos AINEs não seletivos, durante
o primeiro ano de tratamento (1,13 eventos por 100 pacientes-anos
para este medicamento e 2,64 eventos por 100 pacientes-anos para os
AINEs; risco relativo 0,47 [IC 95%: 0,28, 0,76]). Os resultados
foram consistentes ao longo de todo o período de
acompanhamento.

Análise Combinada da Tolerabilidade Clínica
Gastrintestinal

Uma análise combinada pré-especificada de oito estudos clínicos
que envolveram aproximadamente 4.000 pacientes com OA, AR ou
lombalgia crônica avaliou a incidência quanto aos seguintes
desfechos: 1) descontinuação por sintomas no trato GI superior;
2) descontinuação por qualquer experiência adversa no trato
GI; 3) pacientes que passaram a utilizar medicamentos
gastroprotetores (incluindo antagonistas dos receptores
H2, misoprostol e inibidores da bomba de prótons) e 4)
pacientes que passaram a utilizar quaisquer medicamentos para
o trato GI.

Houve redução de risco aproximada de 50% para esses desfechos
entre os pacientes que receberam este medicamento (60 mg, 90 mg ou
120 mg uma vez ao dia) em comparação com os pacientes que receberam
AINEs não seletivos (naproxeno 500 mg duas vezes ao dia ou
diclofenaco 50 mg três vezes ao dia). Não houve diferenças
estatisticamente significativas entre este medicamento e
placebo.

Avaliação de Perda de Sangue Oculto nas Fezes em
Indivíduos Sadios

Para avaliar a integridade da mucosa de todo o trato
gastrintestinal, foram comparadas as perdas de sangue pelas fezes
com a administração deste medicamento 120 mg uma vez ao dia,
ibuprofeno 2.400 mg uma vez ao dia e placebo em um estudo que
utilizou hemácias radiomarcadas com 51Cr e envolveu 62
homens sadios. Após quatro semanas de administração deste
medicamento 120 mg, não houve aumento significativo na quantidade
de perda de sangue nas fezes comparativamente ao placebo. Em
contrapartida, a administração de ibuprofeno 2.400 mg/dia causou
aumento significativo da perda de sangue fecal em comparação com os
indivíduos que receberam placebo e os que receberam este
medicamento.

Estudo da Função Renal em Pacientes Idosos

Um estudo com distribuição randômica, duplo-cego, controlado por
placebo e de grupos paralelos avaliou os efeitos de 15 dias de
tratamento deste medicamento (90 mg), celecoxibe (200 mg 2x/dia),
naproxeno (500 mg 2x/dia) e placebo sobre excreção urinária de
sódio, pressão arterial e outros parâmetros da função renal em
pacientes com 60 a 85 anos de idade que recebiam uma dieta de 200
mEq/dia de sódio. Este medicamento, o celecoxibe e o naproxeno
apresentaram efeitos similares sobre a excreção urinária de sódio
durante as 2 semanas de tratamento. Todos os comparadores ativos
apresentaram aumento na pressão arterial sistólica em relação ao
placebo, no entanto este medicamento foi associado a aumento
estatisticamente significativo no 14o dia em comparação com o
celecoxibe e com o naproxeno (alteração média em relação ao período
basal para pressão arterial sistólica: este medicamento 7,7 mmHg,
celecoxibe 2,4 mmHg, naproxeno 3,6 mmHg).


Características farmacológicas

Mecanismo de Ação

Este medicamento é um anti-inflamatório não esteroide (AINE) que
apresenta atividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética em
modelos animais.

Este medicamento é um potente inibidor da cicloxigenase-2
(COX-2), ativo por via oral, altamente seletivo, dentro e acima da
faixa posológica clínica. Foram identificadas duas isoformas da
cicloxigenase: a cicloxigenase-1 (COX-1) e a cicloxigenase-2
(COX-2). A COX-1 é responsável pelas funções fisiológicas normais
mediadas pelas prostaglandinas, tais como a citoproteção gástrica e
a agregação plaquetária. A inibição da COX-1 por anti-inflamatórios
não esteroides (AINEs) não seletivos foi associada a lesões
gástricas e redução da agregação plaquetária. A COX-2 demonstrou
ser responsável principalmente pela síntese de mediadores
prostanoides da dor, da inflamação e da febre. A inibição seletiva
da COX-2 peleste medicamento diminui esses sinais e sintomas
clínicos com menos toxicidade gastrintestinal e sem exercer efeito
na função plaquetária.

Em estudos de farmacologia clínica, este medicamento produziu
inibição de COX-2 dose-dependente sem inibição da COX-1, em doses
de até 150 mg/dia.

A influência sobre a atividade gastroprotetora da COX-1 também
foi avaliada em um estudo clínico no qual a síntese de
prostaglandinas foi medida em amostras de biópsias gástricas de
indivíduos que receberam 120 mg deste medicamento diariamente, 500
mg de naproxeno duas vezes ao dia ou placebo. Este medicamento não
inibiu a síntese gástrica de prostaglandina comparativamente ao
placebo; em contrapartida, o naproxeno inibiu a síntese gástrica de
prostaglandina em aproximadamente 80% quando comparado ao placebo.
Esses dados reforçam a seletividade deste medicamento para a
COX-2.

Função Plaquetária

Múltiplas doses deste medicamento de até 150 mg/dia
administradas por até nove dias não exerceram efeito no tempo de
sangramento em relação ao placebo. De forma similar, o tempo de
sangramento não foi alterado em um estudo com administração de dose
única de 250 mg ou 500 mg deste medicamento. Não houve inibição, no
estado de equilíbrio, da agregação plaquetária ex vivo induzida
pelo ácido araquidônico ou por colágeno com doses de até 150 mg de
etorioxibe. Esses achados são compatíveis com a seletividade deste
medicamento para a COX-2.

Absorção

Este medicamento é bem absorvido por via oral. A
biodisponibilidade oral média é de aproximadamente 100%. Em
adultos, em jejum, o pico de concentração plasmática (média
geométrica da Cmáx= 3,6 μg/mL) foi observado
aproximadamente 1 hora (Tmáx) após a administração de
120 mg uma vez ao dia até o estado de equilíbrio. A média
geométrica da área sob a curva (AUC0-24h) foi de 37,8
μg•h/mL. A farmacocinética deste medicamento é linear na faixa
posológica clínica.

Uma refeição-padrão não exerceu efeito clinicamente
significativo na magnitude ou velocidade de absorção de uma dose de
120 mg deste medicamento; em estudos clínicos, este medicamento foi
administrado independentemente da alimentação. A farmacocinética
deste medicamento foi semelhante (AUC comparável, Cmáx
em aproximadamente 20%) quando administrado isoladamente ou com
antiácidos contendo hidróxido de alumínio/magnésio ou carbonato de
cálcio (aproximadamente 50 mEq de capacidade neutralizadora do
ácido) a 12 indivíduos sadios.

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas humanas deste medicamento é
de aproximadamente 92% na faixa de concentração de 0,05 a 5 μg/mL.
O volume de distribuição no estado de equilíbrio (Vdss)
é de aproximadamente 120 litros em seres humanos. Este medicamento
atravessa a placenta de ratas e coelhas e a barreira
hematoencefálica de ratos.

Metabolismo

Este medicamento é amplamente metabolizado e menos de 1% da dose
é recuperada na urina de forma inalterada. A principal via
metabólica para a formação do metabólito 6′-hidroximetil é
catalisada pelas enzimas do citocromo P450 (CIP).

Cinco metabólitos foram identificados em humanos; o principal é
o 6′-ácido carboxílico derivado deste medicamento formado pela
oxidação adicional do metabólito 6′-hidroximetil. Esses metabólitos
principais ou não demonstram nenhuma atividade mensurável ou
apresentam apenas fraca atividade como inibidores da COX-2; nenhum
deles inibe a COX-1.

Eliminação

Após administração intravenosa de uma dose de 25 mg deste
medicamento, marcada radioativamente, a indivíduos sadios, 70% da
radioatividade foi recuperada na urina e 20%, nas fezes, a maioria
como metabólito; menos de 2% foram recuperados como fármaco
inalterado.

A eliminação deste medicamento é feita quase exclusivamente pelo
metabolismo, seguida de excreção renal. Concentrações de estado de
equilíbrio deste medicamento são atingidas 7 dias após a
administração de 120 mg uma vez ao dia, com relação de acúmulo de
aproximadamente 2, correspondente à meia-vida de acúmulo de
aproximadamente 22 horas. O clearance plasmático é estimado em
aproximadamente 50 mL/min.

Cuidados de Armazenamento do Hetori

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aparência:

  •  

    Hetori 60 mg

    : comprimido revestido verde-escuro, biconvexo, em forma de
    maçã, com a inscrição “200” em um lado.

  •  

    Hetori 90 mg

    : comprimido revestido branco, biconvexo, em forma de maçã, com
    a inscrição “202” em um lado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Hetori

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

MS 1.0171.0200

Farm. Resp.:

Cristina Matushima – CRF-SP no 35.496

Registrado e importado por:

Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua João Alfredo, 353 – São Paulo/SP
CNPJ 03.560.974/0001-18 – Indústria Brasileira

SAC Grünenthal: 0800 205 2050

Fabricado por:

Frosst Ibérica S.A.
Madri, Espanha

Embalado por:

Merck Sharp amp; Dohme Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 1.161 – Sousas, Campinas/SP

Comercializado por:

Grünenthal do Brasil Farmacêutica Ltda.
Av. Guido Caloi, 1935, BL B e BL C – 1o andar
São Paulo/SP

Hetori, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.