Pular para o conteúdo

Hemofol

Os trombos, quando são formados, podem se desprender do local e
serem levados através da circulação sanguínea e causar o que
chamamos de embolia, ou seja, uma obstrução do fluxo de sangue no
local onde o coágulo foi levado. A embolia pode ocorrer em
pacientes com insuficiência renal e que estão em programa de
hemodiálise, e é por isso que é indicado o uso de heparina.

Como o Hemofol funciona?

A heparina é um agente natural, encontrado em tecido animal, com
ação anticoagulante, uma vez que age inibindo a formação do coágulo
a partir da inativação dos fatores de coagulação presentes no
sangue.

A administração intravenosa apresenta efeito imediato enquanto a
administração subcutânea produz efeito mais prolongado, com inicio
de ação entre 20-30 minutos e concentração sanguínea máxima após
2-4 horas.

Contraindicação do Hemofol

A heparina não deve ser utilizada em pacientes que apresentam
hipersensibilidade à heparina, trombocitopenia (redução do número
de plaquetas no sangue) severa, endocardite bacteriana subaguda
(infecção que ocorre na válvula cardíaca ou no tecido do coração),
suspeita de hemorragia intracraniana, hemorragia ativa
incontrolável (exceto quando associada à coagulação intravascular
disseminada), hemofilia, retinopatia (doenças degenerativas não
inflamatórias da retina do olho), quando não houver condições
para realização de teste de coagulação (avalia o tempo que o sangue
demora a coagular. Esse exame permitirá ajustar a dose e monitorar
os efeitos da heparina) em intervalos adequados (esta
contraindicação refere-se a dose total de heparina, geralmente não
há necessidade de monitorar parâmetros de coagulação em pacientes
que recebem baixa dose de heparina) e nas desordens que implicam em
danos ao sistema vascular (ex. úlcera gastrintestinal, hipertensão
diastólica maior que 105 mm Hg).

Também é contraindicado nas diáteses hemorrágicas (sangramento
espontâneo sem causa aparente ou sangramento mais intenso devido a
um traumatismo local), cirurgias de medula espinhal (aumento do
risco de hemorragias secundárias), aborto iminente, coagulopatias
graves (doenças de coagulação), na insuficiência hepática
(insuficiência do fígado) e renal (rim) grave, em presença de
tumores malignos com permeabilidade capilar elevada do aparelho
digestivo e, algumas púrpuras vasculares.

Pacientes com histórico de trombocitopenia induzida por heparina
e trombose.

Gestantes, lactantes ou neonatos não devem utilizar a
apresentação de heparina contendo álcool benzílico. É recomendável
o uso de heparina isenta de conservantes.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Como usar o Hemofol

Hemofol (heparina sódica) – SC

O Hemofol 5.000 UI/0,25 mL solução injetável para administração
subcutânea profunda deve ser injetado no tecido subcutâneo (abaixo
da pele) da região abdominal por meio de agulha fina. Para prevenir
o desenvolvimento de hematoma, cada injeção deve ser administrada
em um local diferente.

Hemofol (heparina sódica) – IV

Quando a heparina for adicionada a uma solução de infusão, a
bolsa ou frasco contendo a solução deve ser vertido por pelo menos
seis vezes. Este procedimento assegura a homogeneização adequada da
heparina na solução.

As soluções mais adequadas para preparar uma solução de infusão
são: glicose a 5% e a 10%, e a solução de Ringer. Se possível, não
misturar Hemofol (heparina sódica) com outros medicamentos.

Vias de administração

Hemofol IV e Hemofol SC devem ser administrados por via
intravenosa em injeções diretas ou em infusão por via subcutânea,
respectivamente. Durante procedimentos dialíticos, a medicação deve
ser administrada na linha arterial do circuito de diálise.

Posologia

A posologia do produto deve ser individualizada e sempre
ajustada às circunstâncias especiais de cada caso (tipo
de evolução da patologia, peso corpóreo e idade do paciente,
efeitos secundários, etc.). Especial atenção deve ser dada à dose
pois, com uma posologia muito baixa, o processo trombótico pode
continuar a progredir com o risco de uma embolia mortal. A
posologia deve ser estabelecida baseando-se nos resultados das
provas de coagulação (tempo de trombina, tempo parcial de
tromboplastina, tempo parcial de tromboplastina ativada) que
permitem também determinar a hora da próxima dose de heparina,
quando esta for administrada por via intravenosa e de forma
repetida, ou segundo um esquema posológico. A experiência clínica
demonstrou que a posologia de heparina pode variar, segundo
as indicações. Em pacientes com insuficiência renal, hepática
ou da coagulação, o tratamento com a heparina deve ser instituído
levando-se em consideração as provas de coagulação.

A heparina é administrada por vias parenterais em dois níveis de
dose. O primeiro – esquema de doses plenas – utiliza de 24000 a
32000 UI em 24 horas, administradas preferencialmente por infusão
intravenosa contínua, mas podendo ser utilizada injeção intravenosa
intermitente. O segundo – esquema de minidoses – utiliza de 10.000
a 15.000 UI, por dia, por via subcutânea profunda. Usam-se
doses plenas em tratamento de doenças tromboembólicas instaladas
(como embolia pulmonar, oclusão arterial periférica aguda) e em
profilaxia de sua recorrência. Minidoses servem para prevenção
primária de trombose venosa.

Para a prevenção de trombos nos circuitos dialíticos, a dose
recomendada é de 150 UI/kg, administradas na linha arterial do
circuito dialítico.

Via Intravenosa

Tratamento da trombose e embolia

Na trombose venosa, na embolia pulmonar e no infarto do
miocárdio as doses usuais variam de acordo com o tipo de
administração:

Infusão (método de eleição)

Injeção de uma dose inicial de 5.000 – 10.000 UI e, em seguida,
infusão de 20.000 a 30.000 UI/dia.

Injeções intravenosas repetidas

A dose diária habitual é de 40.000 – 50.000 UI, divididas em
quatro a seis injeções.

Estas diretrizes posológicas têm somente caráter de orientação.
Na embolia pulmonar, com choque simultâneo, deve-se aumentar a dose
diária do primeiro dia de tratamento (por exemplo, infusão de
40.000 a 50.000 UI) em função dos resultados das provas
laboratoriais.

Controlando o tratamento (de quatro a seis horas após a injeção
IV) mediante exames laboratoriais (tempo de trombina, tempo parcial
de tromboplastina, tempo parcial de tromboplastina ativada) a
posologia pode ser ajustada segundo as necessidades individuais. A
duração do tratamento depende da resposta do paciente à medicação.
Geralmente, o tratamento com heparina é continuado até a
estabilização ou a regressão do processo tromboembólico. A inibição
posterior da coagulação com anticoagulantes orais (p. ex.
femprocumona) pode ser continuada (os primeiros dias com heparina)
durante várias semanas ou meses.

Após uma trombólise, por exemplo, produzida pela
estreptoquinase, a heparina sódica deve ser administrada sob forma
de infusão de 20.000 UI/dia. É indispensável que o tratamento deva
ser acompanhado através da realização de exames laboratoriais.

Hemofol, quando usado para prevenção de trombos no circuito de
diálise, deve ser administrado na dose de 150 UI/kg, na linha
arterial do circuito, no início da sessão. O objetivo é manter
níveis de TTPa entre 1,5 e 2 vezes o valor normal.

Habitualmente, a dose recomendada é suficiente para a
anticoagulação eficaz durante o tempo da sessão de hemodiálise (4
horas). Incrementos nesta dose devem ser realizados para que os
níveis de TTPa se situem dentro da faixa ideal.

Profilaxia das enfermidades tromboembólicas

Profilaxia com doses convencionais

Este procedimento está indicado em casos em que se suspeite ou
haja um risco elevado de trombose ou embolia pulmonar. Devem ser
empregadas as mesmas doses que as indicadas para o tratamento.
Devido ao risco de hemorragias pós-operatórias, a heparina sódica
somente deve ser administrada após dois ou quatro dias de uma
intervenção cirúrgica.

Via Subcutânea

A profilaxia pela heparina em doses baixas

Deve ser instituída antes da cirurgia, o que não vem a elevar
sensivelmente o risco de hemorragia, durante ou após o ato
cirúrgico. Duas horas antes da intervenção cirúrgica, administrar
por via subcutânea uma ampola de Hemofol 5.000 UI/0,25 mL. Em
seguida, repetir a administração desta dose a intervalos de 8 a 12
horas durante 7 a 10 dias. Não são necessários controles de
laboratório durante o tratamento profilático.

Ajuste de dose

Não é necessário reajuste de dosagem na insuficiência renal,
entretanto, em pacientes com insuficiência renal, hepática ou da
coagulação, o tratamento com a heparina deve ser instituído
levando-se em consideração as provas de coagulação.

Não requer reajustes durante a hemodiálise ou diálise
peritoneal.

Uso pediátrico

A dose de heparina em crianças pode diferir dos adultos devido a
diferenças fisiológicas e patológicas dependentes da idade na
hemostasia que influenciam a atividade da heparina. Dessa forma, é
recomendado que a dose seja individualizada e ajustada às condições
específicas de cada paciente (tipo de evolução da patologia, peso
corpóreo e idade do paciente, efeitos secundários, etc.).

Muitos pacientes pediátricos que necessitam de terapia com
heparina apresentam concentrações plasmáticas significativamente
diminuídas de antitrombina que refletem fatores fisiológicos,
congênitos e / ou etiologias adquiridas.

A posologia deve ser estabelecida baseando-se nos resultados das
provas de coagulação (tempo de trombina, tempo parcial de
tromboplastina, tempo parcial de tromboplastina ativada) que
permitem também determinar a hora da próxima dose de heparina,
quando esta for administrada por via intravenosa e de forma
repetida, ou segundo um esquema posológico.

Ressalta-se que uma das apresentações do produto contém álcool
benzílico como conservante, podendo causar toxicidade fatal a
recém-nascidos, em concentrações maiores de 100 mg/kg/dia (síndrome
de gasping), sendo recomendável o uso de heparina isenta de
conservantes nestes pacientes.

Uso em Idosos

É recomendável que a dose de heparina seja reduzida e monitorada
em idosos.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. 

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Hemofol?

Caso haja esquecimento de dose, proceder da seguinte
forma

  • Administrar a dose o mais cedo possível;
  • Se estiver quase no período da próxima dose, não administre a
    dose esquecida, e não duplique a próxima dose.

Duplicando a dose, pode ocorrer hemorragia. Volte a
utilizar o medicamento de acordo com o tratamento indicado. Em caso
de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou
cirurgião-dentista.

Precauções do Hemofol

Hemofol não é indicado para administração intramuscular.

A heparina é um produto de origem animal e deve ser utilizada
com cautela em pacientes alérgicos. A menstruação normal não é
contraindicação para o seu uso.

Alguns pacientes que recebem heparina podem desenvolver coágulos
de sangue (trombos) em associação com trombocitopenia (redução do
número de plaquetas no sangue), também chamada de “Síndrome do
Trombo Branco”.

A anestesia epidural ou punção na medula óssea deve ser evitada
devido ao risco de hematoma espinhal, resultando em paralisia.

Sangramento da gengiva pode ser um sintoma de sobredose da
heparina. O uso de heparina aumenta o risco de hemorragia local
durante e após procedimentos cirúrgicos orais (na boca).

Hipersensibilidade

Em casos muito raros, observaram-se reações de
hipersensibilidade (eritema, asma brônquica, febre medicamentosa,
colapso, espasmos vasculares). Quando se suspeita de
hipersensibilidade ao medicamento, o médico pode administrar uma
pequena quantidade antes de injetar a primeira dose. A alopecia que
pode surgir depois do tratamento pela heparina é espontaneamente
reversível.

Hemorragia

Evitar usar heparina na presença de hemorragia severa, exceto
quando os benefícios da terapia com heparina superarem os riscos
potenciais.

Usar heparina com precaução na presença de fatores de risco que
podem causar hemorragias, incluindo pacientes acima de 60 anos de
idade (principalmente mulheres), úlcera péptica, permeabilidade
capilar aumentada, menstruação, hemofilia, trombocitopenia,
purpuras vasculares, disfunção renal hepática ou biliar, pacientes
em choque ou hipotensão severa, pacientes com cateter de retenção,
indivíduos com alcoolismo crônico, pacientes com endocardite
bacteriana subaguda, durante e imediatamente após a anestesia
espinhal ou cirurgias envolvendo cérebro, medula espinhal ou olho e
pacientes com deficiência hereditária de antitrombina III que
recebem terapia concomitante de antitrombina III.

Trombocitopenia Induzida por Heparina (TIH) e
Trombocitopenia e Trombose Induzidas por Heparina
(TTIH)

A trombocitopenia induzida por heparina é uma reação grave
mediada por anticorpos que pode progredir para o desenvolvimento de
tromboses venosas e arteriais, denominada Trombocitopenia e
Trombose Induzidas por Heparina. Estes graves eventos
tromboembólicos incluem trombose venosa profunda, embolia pulmonar,
trombose da veia cerebral, isquemia dos membros, acidente vascular
cerebral, infarto do miocárdio, trombose mesentérica, trombose
arterial renal, necrose da pele, gangrena das extremidades que
podem levar a amputação e possivelmente a morte. Se você tiver com
o número de plaquetas muito baixo ou desenvolver trombose
recorrente, o médico irá interromper o uso de heparina e avaliar
TIH e TTIH.

Testes laboratoriais e Monitoramento

É essencial a realização de testes laboratoriais para monitorar
os efeitos da heparina. A determinação do tempo parcial de ativação
de tromboplastina é a técnica mais amplamente empregada. Efetuar
periodicamente contagens de plaquetas, hematócrito e pesquisa de
sangue oculto nas fezes. Interromper imediatamente o tratamento aos
primeiros sinais de sangramento.

Pacientes com diabete melito ou insuficiência renal são mais
susceptíveis ao hipoaldosteronismo e hipercalemia induzidos pela
heparina e, por isso, deve-se monitorar constantemente os níveis de
potássio sérico destes indivíduos durante a terapia. Pacientes que
recebem mais de 22.500 unidades/dia devem evitar lesões
traumáticas.

Resistência à heparina

Casos em que há necessidade de utilização de doses crescentes de
heparina, não se observa alteração no tempo de tromboplastina
parcial ativado – TTPA (exame utilizado para triagem da
coagulação). A resistência à heparina pode ser manifestada por meio
de sintomas como febre, trombose, tromboflebite, infecções com
tendências trombóticas, infarto do miocárdio, câncer, em pacientes
pós-operatórios e pacientes com deficiência de antitrombina III. É
recomendado um monitoramento rigoroso dos testes de coagulação
nestes casos. Deve-se ajustar as doses de heparina com base nos
níveis de antifator Xa.

Insuficiência Renal, Hepática ou da
Coagulação

Não é necessário ajuste de dose de heparina na insuficiência
renal, e hepática ou da coagulação, porém o tratamento com a
heparina deve ser monitorado pelo médico através de exames
laboratoriais de coagulação sanguínea.

Toxicidade ao álcool benzílico

Uma das apresentações do produto contém álcool benzílico como
conservante, podendo causar toxicidade fatal a recém nascidos, em
concentrações maiores de 100 mg/kg/dia (síndrome de gasping), sendo
recomendável o uso de heparina isenta de conservantes.

Existe alta incidência de sangramento em pacientes idosos,
particularmente mulheres acima de 60 anos. O médico precisará
reduzir a dose de heparina nestes casos.

Interações medicamentosas

Medicamentos interagem e aumentam o efeito da
heparina

Ácido acetilsalicílico, ácido valpróico, anti-inflamatórios não
esteroidais, anticoagulantes orais (ex: dicumarol, varfarina),
antagonistas de vitamina K, dextrano, antiplaquetários,
estreptoquinase, algumas penicilinas e cefalosporinas de uso
parenteral, anti-histamínicos, tetraciclinas, nicotina e
digitálicos. Em tratamento prolongado com heparina o uso com
corticoides deve ser evitado.

Medicamentos que interagem e diminuem o efeito da
heparina

Nitroglicerina.

Inibidores plaquetários

Fármacos como os anti-inflamatórios não esteroidais – AINEs
(incluindo ácido salicílico, ibuprofeno, indometacina e
celecoxibe), dextrano, fenilbutazona, tienopiridinas, dipiridamol,
hidroxicloroquina, antagonistas da glicoproteína IIb / IIIa
(incluindo abciximabe, eptifibatide e tirofiban) e outros que
interferem em reações de agregação plaquetária podem induzir
sangramento e devem ser usados com precaução em pacientes que
recebem heparina. Para reduzir o risco de sangramento, recomenda-se
uma redução na dose do agente antiplaquetário ou de heparina.

Antitrombina III

O efeito anticoagulante da heparina é aumentado na administração
concomitante com antitrombina III.

Para reduzir o risco de sangramento, recomenda-se uma dose
reduzida de heparina durante o tratamento com antitrombina III.

Podem ocorrer interferências em testes diagnósticos. Avise o seu
médico sobre o uso de heparina, se você pretende fazer testes
diagnósticos.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para sua saúde.

Reações Adversas do Hemofol

As frequências das reações adversas estão listadas a
seguir de acordo com a seguinte convenção

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados
    disponíveis).

Reação muito comum (gt;1/10)

Hemorragia, trombocitopenia induzida por heparina,
trombocitopenia.

Reação rara (gt;1/10.000 e lt;1/1.000)

Vasoespasmo, apoplexia pituitária, trombocitopenia induzida por
heparina com trombose, reação de hipersensibilidade (choque
anafilático).

Reações adversas com frequências
desconhecidas

Sem informações detalhadas

Hipotensão, alopecia, disestesia no pé, equimose, eczema,
eritema, eritrodermia, dor no local de aplicação, púrpura, síndrome
de resposta inflamatória sistêmica, necrose tecidual, deficiência
de aldosterona, hipercalemia, aumento do nível do hormônio da
tireóide, lipídeos anormais, hiperlipidemia de rebote com
interrupção do tratamento, coagulação intravascular disseminada,
hematoma, aumento de agregação plaquetária, hepatotoxicidade,
aumento do nível de aminotransferase hepática, osteoporose,
amnésia, hemorragia cerebral, hematoma intracraniano extradural,
hematoma subdural não-traumático, hemorragia ventricular,
conjuntivite (reação alérgica), priaprismo, broncoespasmo,
hemopneumotorax, edema pulmonar, febre, trombose (com interrupção
prematura do fármaco), dor no peito, choque hemorrágico, cefaleia,
calafrios, urticária, náusea, vômito, constipação, hematêmese,
ereção frequente ou persistente, neuropatia periférica, asma e
rinite.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Hemofol

Gravidez e lactação

Categoria C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres
grávidas.

A segurança no uso durante a gravidez ainda não está bem
estabelecida. A sua utilização neste período tem sido associada a
uma série de efeitos indesejáveis, incluindo nascimento prematuro e
natimortalidade. Ainda assim, é o anticoagulante de escolha em
mulheres grávidas (menor risco que os anticoagulantes cumarínicos).
Deve-se ter cautela principalmente no último trimestre e no
puerpério (fase pós-parto). A administração pela via subcutânea
deve ser evitada por período prolongado.

A heparina parece não causar defeitos ou problemas de hemorragia
no feto.

Lactação

A heparina não é secretada no leite materno.

Insuficiência Renal, Hepática ou da
Coagulação

Não é necessário ajuste de dose de heparina na insuficiência
renal, e hepática ou da coagulação, porém o tratamento com a
heparina deve ser monitorado pelo médico através de exames
laboratoriais de coagulação sanguínea.

Crianças

Estudos apropriados foram realizados, não demonstrando problemas
específicos, que pudessem limitar a utilização de heparina na
população pediátrica.

Ressalta-se que uma das apresentações do produto contém álcool
benzílico como conservante, podendo causar toxicidade fatal
a recém-nascidos, em concentrações maiores de 100 mg/kg/dia
(síndrome de gasping), sendo recomendável o uso de heparina
isenta de conservantes.

Idosos

Existe alta incidência de sangramento em pacientes idosos,
particularmente mulheres acima de 60 anos. O médico precisará
reduzir a dose de heparina nestes casos.

Composição do Hemofol

Componentes:

 

Solução IV

Solução SC

Heparina sódica5. 000 UI5.000 UI
Veículo estéril q.s.p.1mL0,25 mL

Veículo estéril da solução intravenosa:

cloreto de sódio, álcool benzílico, água para injetáveis.

Veículo estéril da solução subcutânea

: água para injetáveis.

Superdosagem do Hemofol

Se ocorrer reação de hipersensibilidade, administrar
imediatamente epinefrina 1:1000, 0,5 mL, por via subcutânea.

O sangramento é o principal sintoma de superdose de
heparina.

Em caso de superdose, as medidas a serem tomadas caso ocorra
hemorragia consistem em: redução da dose, interrupção do tratamento
e, em casos graves, neutralização com cloridrato de protamina 1.000
UI/mL. Cada 1 mL de protamina inativa 1.000 UI de heparina sódica.
A quantidade necessária de protamina depende da concentração de
heparina circulante no sangue, isto é, da dose administrada e do
tempo transcorrido após a administração. Se essa já foi
administrada há algum tempo, tendo sido parcialmente depurada,
deve-se diminuir a dose de protamina, pois seu excesso também tem
efeito anticoagulante. Caso a concentração de heparina não seja
conhecida, recomenda-se inicialmente não administrar mais que 1 mL
de protamina 1.000 UI, injetando-se lentamente por via
intravenosa.

Assim que for atingida a atividade de protrombina
terapeuticamente desejada, descontinuar o uso de heparina e
continuar o tratamento com anticoagulantes orais. É comum a
continuidade do uso de heparina após o início do tratamento com
varfarina, com o propósito de assegurar a anticoagulação e proteger
contra uma possível hipercoagulabilidade de transição.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Hemofol

Injetável

Fármacos que aumentam o efeito da Heparina
Sódica

Ácido acetilsalicílico, ácido valpróico, anti-inflamatórios não
esteroidais, anticoagulantes orais (ex: dicumarol, varfarina),
antagonistas de vitamina K, dextrano, antiplaquetários,
estreptoquinase, algumas penicilinas e cefalosporinas de uso
parenteral, anti-histamínicos, tetraciclinas, nicotina e
digitálicos. Em tratamento prolongado evitar o uso com
corticoides.

Fármaco que diminui o efeito da Heparina
Sódica

Nitroglicerina.

Inibidores plaquetários

Fármacos como os anti-inflamatórios não
esteroidais

AINEs (incluindo ácido salicílico, ibuprofeno, indometacina e
celecoxibe), dextrano, fenilbutazona, tienopiridinas, dipiridamol,
hidroxicloroquina, antagonistas da glicoproteína IIb / IIIa
(incluindo abciximabe, eptifibatide e tirofiban) e outros que
interferem em reações de agregação plaquetária podem induzir
sangramento e devem ser usados com precaução em pacientes que
recebem Heparina Sódica (substância ativa). Para reduzir o risco de
sangramento, recomenda-se uma redução na dose do agente
antiplaquetário ou de Heparina Sódica (substância ativa).

Antitrombina III

O efeito anticoagulante da Heparina Sódica (substância ativa) é
aumentado na administração concomitante com antitrombina III.

Para reduzir o risco de sangramento, recomenda-se uma dose
reduzida de Heparina Sódica (substância ativa) durante o tratamento
com antitrombina III.

As substâncias mais apropriadas para preparar uma
solução de infusão são:

Glicose a 5% e a 10%, e solução de Ringer.

Se possível, não misturar Heparina Sódica (substância ativa) com
outras substâncias.

Interferência em testes diagnósticos

  • Concentração plasmática de ácidos graxos livres pode ser
    aumentada;
  • Concentração plasmática de triglicerídeos plasmáticos pode ser
    aumentada;
  • Concentração sérica de colesterol pode diminuir com doses de
    15.000 a 20.000 unidades USP de Heparina Sódica (substância
    ativa).

Poderá ocorrer interferência nos resultados
de:

Estudos cintilográficos que utilizam a interação do Tc 99m com
as hemácias.

Teste de detecção 125I-fibrinogênio:

Pode haver falsos negativos em pacientes com trombose venosa
profunda.

Teste de tempo de protrombina:

Possibilidade de prolongamento do tempo.

Exames com radioisótopos utilizando Tc 99m
coloidal:

Heparina Sódica (substância ativa) pode acumular o traçador no
tecido pulmonar, diminuindo a concentração nos locais
estudados.

Testes da função da tireoide:

Aumento da concentração de tiroxina pode ocorrer.

As atividades da aminotransferase aspartato e da
aminotransferase alanina podem ser reduzidas durante ou após a
terapia com Heparina Sódica (substância ativa). A utilização destas
enzimas para determinação do infarto agudo do miocárdio, do
embolismo pulmonar ou de patologias hepáticas pode ser
consequentemente comprometida.

Gel

Não são conhecidas, até o momento, interações medicamentosas com
o uso de Heparina Sódica (substância ativa).

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Hemofol® e
Trombofob® Gel.

Ação da Substância Hemofol

Resultados de Eficácia


Injetável

Heparina Sódica (substância ativa) é um agente antitrombótico
com eficácia no tratamento e prevenção do tromboembolismo venoso e
na angina de pré-infarto. Há muitas evidências de que a Heparina
Sódica (substância ativa) seja útil na prevenção da reoclusão da
artéria coronária após a terapia trombolítica para o infarto agudo
do miocárdio da parede anterior.1

Andrew et al., realizaram estudo prospectivo de coorte,
com o objetivo de determinar os fatores epidemiológicos, resposta
clínica e laboratorial de pacientes pediátricos que receberam
Heparina Sódica (substância ativa) por 10 meses. Sessenta e cinco
crianças foram incluídas; 30 crianças tiveram trombose venosa
profunda e/ou embolia pulmonar; 11 tinham trombos arteriais; e os
24 restantes receberam Heparina Sódica (substância ativa) de forma
profilática, para doença cardíaca congênita. Vinte e nove (45%) dos
65 pacientes tinham menos de 1 ano de idade e 22 (34%) tinham 10
anos ou mais. A terapia com Heparina Sódica (substância ativa) foi
iniciada com bolus de 50 U/kg de Heparina Sódica (substância ativa)
administrado ao longo de 10 minutos, seguido de terapia de
manutenção de 20 U/kg/h. Sessenta e oito por cento das crianças
atingiram um nível mínimo de tromboplastina parcial ativada (TTPA)
por 24 h e 81% por 48 h. Para todas as crianças, os valores de TTPA
estavam dentro da faixa terapêutica 43% do tempo. A quantidade
média de Heparina Sódica (substância ativa) necessária para manter
os valores terapêuticos de TTPA para foi de 22 U/kg/h para
crianças, 28 U/ kg/h para lactentes menores de 1 ano e 20 U/kg/h
para o restante. Episódios de sangramento foram raros (2%) e leves.
A Heparina Sódica (substância ativa) se mostrou eficaz e
administração na população pediátrica deve ser feita com cautela e
relacionadas a condição clínica e com a idade do
paciente.2

Estudo prospectivo, comparativo, duplamente encoberto e
aleatorizado, realizado com o objetivo de avaliar o desempenho
clínico e a segurança de Heparina Sódica (substância ativa) em
pacientes portadores de IRC (insuficiência renal crônica) em
programa de hemodiálise (três vezes por semana), mostrou que para
os parâmetros estudados (atividade anti Xa e TTPa, volume do filtro
capilar, formação de fibrina no capilar), Heparina Sódica
(substância ativa) foi eficaz e não inferior ao medicamento
referência usado como comparador, na prevenção de trombos no
circuito dialítico. Com 30 pacientes tratados com Heparina Sódica
(substância ativa) e 32 tratados com o comparador, da mesma forma
os medicamentos se mostraram igualmente seguros, se considerados a
perda de sangue durante a diálise, reações alérgicas, febre e
surgimento de hematomas, antes, durante e após a diálise e
ocorrência de plaquetopenia após o procedimento dialítico. As
medicações foram administradas em 12 sessões consecutivas de
diálise, sendo que em 5 delas foram colhidos os dados para as
avaliações de eficácia e segurança.3

Referências:

1. Hyers TM. Heparin Therapy.
Regimens and Treatment Considerations. Drugs. 1992; 44(5):
738-749.
2. Andrew M, Marzinotto V, Massicotte P, Blanchette V, Ginsberg J,
Brill-Edwards P, Burrows P, Benson L, Williams W, David M, et al.
Heparin therapy in pediatric patients: a prospective cohort study.
Pediatr Res. 1994 Jan;35(1):78-83.
3. Estudo Clínico de Efeito Farmacodinâmico e Não Inferioridade
Clínica do Fármaco Heparina Sódica (substância ativa) Sódica
produzido pelo Laboratório Cristália. HEPCRI0907.

Gel

Um estudo realizado com 102 indivíduos avaliou a
efetividade de Heparina Sódica (substância ativa) nas seguintes
condições:

Tromboflebite superficial aguda na coxa superior e inferior,
síndromes pós-trombóticas (principalmente edemas póstrombóticos),
úlcera de perna (venosa e pós-trombótica), após finalização da
série de tratamento (cura da tromboflebite, dissolução dos edemas,
cicatrização da úlcera) e adaptação das meias elásticas. O
tratamento foi realizado de modo que a aplicação de Heparina Sódica
(substância ativa) era feita em combinação com bandagens de
compressão ou com compressão através de meias elásticas. Em
inflamações agudas foi aplicada somente uma camada fina e suave do
preparado; inchaços e regiões ulcerosas foram massageados com
Heparina Sódica (substância ativa) e depois, após o tratamento da
ferida, empregada bandagem de compressão.

Aproximadamente metade dos pacientes recebeu bandagens por 4 a 7
dias, enquanto os demais tiveram tratamento das regiões lesionadas
duas vezes ao dia com Heparina Sódica (substância ativa) e em
seguida bandagens de compressão ou usaram meias elásticas.

Foram utilizados os seguintes critérios como parâmetro
para avaliação da eficiência:

Tempo em que objetivamente desapareceram os sintomas da doença e
tempo em que foi constatada melhora subjetiva. Os resultados foram
classificados pelos médicos como “Muito Bom”, “Bom”, “Satisfatório”
ou “Sem Sucesso”.

Das 102 pessoas tratadas com Heparina Sódica (substância ativa),
61 casos apresentaram resultado “Muito Bom”, 31 pacientes tiveram
resultado “Bom” e em 8 o resultado foi considerado “Satisfatório.
Não houve êxito com a terapia em somente 2 casos com úlceras nas
pernas e úlcera varicosa. A tolerância ao preparado pode ser
classificada como excelente. Por parte dos pacientes foi
constantemente ressaltado o efeito agradavelmente refrescante e
principalmente o perfume. A observação comprovou que, através do
tratamento combinado de Heparina Sódica (substância ativa) com as
bandagens de compressão ou meias elásticas pode ser obtida uma cura
mais rápida (Marx, 1971).

Em outro estudo, o Heparina Sódica (substância ativa) foi
avaliado em 117 pacientes que sofreram acidentes de diversos tipos,
durante 2 meses. O gel foi aplicado 3 vezes ao dia através de leve
fricção. No caso de úlcera na perna, foi aplicado somente na região
ao redor. As contusões foram tratadas adicionalmente com irradiação
de ondas curtas, 3 vezes por semana. A reabsorção do Heparina
Sódica (substância ativa) foi rápida e quase completa. Os pacientes
elogiaram o efeito refrescante inicial, o aroma refrescante e a
característica do preparado de não ser oleoso e conseguentementenão
provocamanchas nos tecidos (roupas) dos pacientes estudados.
Clinicamente foi observada uma reabsorção surpreendentemente rápida
dos hematomas e edemas. As inflamações apresentaram rápida
diminuição e as distensões musculares e conjuntivas logo se
resolveram. Também foi observada uma cicatrização muito boa e
rápida das úlceras (Colombel, 1971).

Referências Bibliográficas

1. Marx R. Pesquisa sobre o efeito
do Thrombofob® Gel em conjunto com meias de compressão pneumática
intermitente ou meias elásticas em indicações flebológicas.
Allgemeinmedizin 1971; 47(5): S249-50.
2. Colombel M. Trombophob Gel in de Unfallchirurgie.
Allgemeinmedizin 1971; 47 (22):S129-30.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Hemofol® e
Trombofob® Gel.

Características Farmacológicas


Injetável

Farmacodinâmica

A Heparina Sódica (substância ativa) consiste em 10-15 cadeias
de polissacarídeos ligadas a uma proteína central, formando
proteinoglicano de alto peso molecular, encontrado no interior dos
mastócitos de muitos tecidos animais, incluindo pulmões, fígado e
intestino. Isenta de atividade intrínseca anticoagulante, atua
intermediada por um componente endógeno plasmático, chamado
co-fator de Heparina Sódica (substância ativa). Em sua presença, a
antitrombrina III sofre mudanças que torna seu sítio reacional mais
acessível a proteases, inativando rapidamente os fatores de
coagulação XIIa, XIa, Xa, IXa e trombina II. A Heparina Sódica
(substância ativa) modifica a velocidade da reação trombina
antitrombina III, complexando-se com a protease e o inibidor. O
consumo de cofator explica o efeito trombogênico da Heparina Sódica
(substância ativa) após o uso prolongado. Em concentrações
plasmáticas reduzidas, obtidas com esquemas de baixas doses
(minidoses), a Heparina Sódica (substância ativa) antagoniza
parcialmente a hiperatividade dos fatores X e II em algumas
situações como estase venosa. Esse efeito embasa as indicações
profiláticas da Heparina Sódica (substância ativa). Liga-se também
aos receptores de plaquetas, inibindo sua função, o que explica
parte dos seus efeitos pró-hemorrágicos.

Além dos seus efeitos anticoagulantes, promove a redução de
lipídeos do plasma, através do estímulo à liberação da lipoproteína
lipase. A Heparina Sódica (substância ativa) também suprime a
secreção de aldosterona, resultando em perda gradativa de sódio e
retenção de potássio.

Os efeitos da Heparina Sódica (substância ativa) contra o
embolismo pulmonar podem não estar totalmente relacionados à ação
anticoagulante. A redução do broncoespasmo pode ser resultado da
inibição da liberação de serotonina das plaquetas. A Heparina
Sódica (substância ativa) não possui propriedades fibrinolíticas e,
portanto, não é capaz de promover a lise de trombos já
estabelecidos.

Em resumo, sua atividade anticoagulante é variável porque sua
atividade e depuração dependem do comprimento da cadeia. As
moléculas maiores são eliminadas da circulação mais rapidamente do
que os menores. Além do mais, as moléculas menores têm maior
atividade contra o fator Xa do que contra o fator II. O tempo de
sangramento é geralmente afetado pela Heparina Sódica (substância
ativa). O tempo de coagulação é prolongado por doses terapêuticas
completas de Heparina Sódica (substância ativa), entretanto, na
maioria das vezes, doses baixas de Heparina Sódica (substância
ativa) utilizadas profilaticamente não alteram o TTPA.

Farmacocinética

A Heparina Sódica (substância ativa) não é absorvida por vias
enterais. Após administração intravenosa o efeito ocorre
imediatamente. Utilizando-se o tempo de ativação da coagulação como
indicador de atividade da Heparina Sódica (substância ativa),
tem-se que 25,7% da atividade anticoagulante é perdida entre 2 e 20
minutos após dose em bolus. A administração subcutânea produz
efeito mais prolongado, com início da ação entre 20-30 minutos e
picos plasmáticos de 0,02-0,08 UI/mL após 2-4 horas. A absorção
intramuscular é irregular e associada à dor e formação de
hematoma.

A Heparina Sódica (substância ativa) liga-se às lipoproteínas de
baixa densidade, globulinas (incluindo alfa-globulina antitrombina
III) e fibrinogênio. Não atravessa a placenta, nem é excretada no
leite materno. O volume de distribuição é cerca de 5,5% do peso
corporal (70 mL/kg), correspondendo à extensão de volume do plasma,
o que sugere que a sua distribuição esteja confinada ao espaço
intravascular. É parcialmente metabolizada no fígado pela enzima
Heparina Sódica (substância ativa)se, sofrendo N-dessulfatação, e
pelo sistema retículo endotelial (RE). Sugere-se que o fármaco seja
transportado do plasma para o interior do RE por fagocitose, sendo
este seu principal mecanismo de eliminação. A meia-vida varia entre
30-180 minutos e é dose-dependente (30 minutos para uma dose de 25
unidades/kg e 150 minutos para dose de 400 unidades/kg). Em
pacientes com insuficiência renal crônica, a Heparina Sódica
(substância ativa) apresenta elevado tempo de meia vida.

Pacientes com disfunção hepática podem apresentar aumento ou
diminuição do tempo de meia-vida. A Heparina Sódica (substância
ativa) é excretada pela urina; até 50% de uma dose podem ser
eliminados em forma inalterada, sobretudo quando se injetam doses
elevadas. Alguns produtos de degradação possuem atividade
anticoagulante. Não é removida por hemodiálise.

O tempo de sangramento é geralmente afetado pela Heparina Sódica
(substância ativa). Tempo de coagulação é prolongado por doses
terapêuticas completas de Heparina Sódica (substância ativa),
entretanto, na maioria das vezes, doses baixas de Heparina Sódica
(substância ativa) utilizadas profilaticamente não alteram o
TTPA.

Gel

A heparina é uma substância anticoagulante, normalmente
encontrada no organismo, sendo definida comomucopolissacarídeo
polissulfatado, relacionada ao ácido mucoitin-sulfúrico, de alto
teor de enxofre. A heparina inibe a ação da trombina, impedindo a
conversão do fibrinogênio na rede de fibrina que forma os
coágulos.

A heparina assemelha-se, quimicamente, às substâncias básicas
mesenquimais: ácido hialurônico, ácido mucoitínico sulfúrico e
ácido condroitin sulfúrico. Estas substâncias apresentam-se
constituídas de moléculas de elevado peso molecular e dispostas em
longas cadeias; fixam-se às mucoproteínas, o que explica a sua alta
eficácia fisiológica.

A heparina prolonga o tempo de coagulação e favorece a
fibrinólise; além disso, dissolve trombos localizados e evita a
formação de novos coágulos. Ademais, a heparina tem ação
antiflogística e normaliza a consistência de tecidos endurecidos,
por um processo de hidratação. Acelera a absorção de coágulos
sanguíneos e estimula a regeneração do tecido conjuntivo.
Finalmente, produz vasodilatação e melhora a circulação sanguínea,
combatendo manifestações de estase.

Não há alteração significativa da heparinemia quando a heparina
é aplicada sobre a derme. Os tempos de coagulação e de sangramento
aumentam apenas na região em que é aplicado o produto. Por isso, a
aplicação tópica de heparina não exige os cuidados da
heparinoterapia ou cumarinoterapia por via sistêmica.

Pelo seu efeito antiinflamatório, a heparina tem acentuado
efeito antiexsudativo. Exerce efeito relaxante sobre a musculatura
vascular, melhorando, desta forma, a circulação sanguínea. Heparina
Sódica (substância ativa) contém heparina natural concentrada.

Aplicada topicamente, penetra de forma rápida na pele e inicia
diretamente o processo de cura do tecido afetado.

Heparina Sódica (substância ativa) estimula a fibrinólise e
possui propriedades antiedematosas e antiinflamatórias; melhora a
circulação sanguínea local e produz, consequentemente, um rápido
alívio da dor.

Heparina Sódica (substância ativa), após aplicação tópica nas
zonas afetadas, exerce agradável efeito refrescante; não resseca a
pele, não é gorduroso nem pegajoso.O tempo médio estimado para o
início da ação terapêutica de Heparina Sódica (substância ativa)
pode variar de acordo com as características específicas de cada
paciente.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Hemofol® e
Trombofob® Gel.

Cuidados de Armazenamento do Hemofol

Conservar o produto em sua embalagem original, em temperatura
ambiente, entre 15 e 30ºC, protegido da luz. O prazo de validade é
de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Hemofol é incolor ou levemente amarelado. Pequenas variações de
cor não afetam a sua eficácia terapêutica.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto do medicamento, consulte o farmacêutico para saber se
poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Hemofol

MS N.º 1.0298.0371

Farm. Resp.:

José Carlos Módolo
CRF-SP N.º 10.446

Registrado por:

Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda
Rodovia Itapira-Lindoia, km 14 – Itapira – SP
CNPJ n.º 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Av. Nossa Senhora da Assunção, 574 – Butantã – São Paulo – SP
CNPJ nº 44.734.671/0008-28

SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente):

0800-7011918

Venda sob prescrição médica.

Uso restrito a hospitais.

Hemofol, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.