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Glicefor

Como o Glicefor funciona?


Glicefor contém metformina, um medicamento para tratar o
diabetes. A metformina pertence a um grupo de medicamentos
denominados biguanidas.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que
os tecidos do corpo absorvam a glicose (açúcar) do sangue e a usem
para produzir energia ou armazená-la para uso posterior. Se você
tem diabetes, o seu pâncreas não produz insulina suficiente ou o
seu corpo não é capaz de utilizar adequadamente a insulina que
produz. Isto leva a um nível elevado de glicose no sangue.

Glicefor ajuda a baixar o nível de glicose no sangue para um
nível tão normal quanto possível. Em estudos clínicos, o uso de
metformina foi associado à estabilização do peso corporal ou a uma
modesta perda de peso.

Contraindicação do Glicefor

Você não deve tomar Glicefor

  • Se tiver hipersensibilidade (alergia) à metformina ou aos
    outros componentes da fórmula;
  • Se estiver com problema de funcionamento do fígado ou dos
    rins;
  • Se tiver diabetes não controlada, com hiperglicemia ou
    cetoacidose graves. A cetoacidose é uma condição na qual
    substâncias denominadas “corpos cetônicos” se acumulam no sangue.
    Os sintomas incluem dores de estômago, respiração rápida e
    profunda, sonolência ou hálito com odor de fruta;
  • Se estiver desidratado (por exemplo, em função de uma diarreia
    grave e persistente, vômitos repetidos) ou se tiver com infecção
    grave (por exemplo, infecção das vias aéreas ou do trato urinário)
    tanto desidratação quanto infecções graves podem conduzir a
    problemas renais, com risco de acidose lática;
  • Se estiver em tratamento para problemas cardíacos, tiver tido
    recentemente um ataque cardíaco, tiver problemas circulatórios
    graves ou dificuldades respiratórias. Isto pode provocar uma falta
    de oxigenação dos tecidos, com risco de acidose lática (ver
    Advertências e precauções);
  • Se ingerir bebidas alcoólicas em excesso;
  • Se tiver que ser submetido à cirurgia eletiva de grande porte
    ou a exame utilizando meio de contraste contendo iodo (por exemplo,
    exames como raio-X ou tomografia). Você deve parar de tomar
    Glicefor durante um determinado tempo antes e depois do exame ou da
    cirurgia. O seu médico decidirá se necessita de outro tratamento
    durante este período.

Como usar o Glicefor

Glicefor não substitui os benefícios de uma vida saudável.
Continue a seguir a dieta que o seu médico lhe recomendou e procure
fazer exercícios regularmente.

Tome os comprimidos durante ou depois de uma refeição, iniciando
o tratamento com doses pequenas que podem ser gradualmente
aumentadas. Isto permite reduzir a ocorrência de efeitos
secundários gastrointestinais. Engula cada comprimido com um copo
de água.

Tome os comprimidos de Glicefor

  • De manhã (no café da manhã), em caso de tomada única
    diária;
  • De manhã (no café) e à noite (no jantar), em caso de duas
    tomadas por dia;
  • De manhã (no café), ao meio-dia (no almoço) e à noite (no
    jantar), em caso de três tomadas diárias.

Pacientes diabéticos tipo 2 (não dependentes de
insulina)

Glicefor pode ser usado isoladamente ou em combinação com outros
medicamentos antidiabéticos, como as sulfonilureias.

Comprimidos de 850mg

A dose inicial é de um comprimido no café da manhã, em adultos e
crianças acima de 10 anos. Conforme sua necessidade, essa dose pode
ser aumentada, a cada duas semanas, de um comprimido até ao máximo
de três comprimidos, equivalentes a 2.550mg de metformina (um no
café da manhã, um no almoço e um no jantar). Em crianças acima de
10 anos, a dose máxima diária não deve exceder 2.000mg (dois
comprimidos).

Pacientes diabéticos tipo 1 (dependentes de
insulina)

Glicefor e insulina podem ser utilizados em associação, no
sentido de se obter um melhor controle da glicemia em adultos. O
cloridrato de metformina é administrado na dose inicial usual de
500mg ou 850mg 2 a 3 vezes por dia, enquanto que a dose de insulina
deve ser ajustada com base nos valores da glicemia.

Síndrome dos Ovários Policísticos

A posologia é de, usualmente, 1.000 a 1.500mg por dia (2 ou 3
comprimidos de 500mg) divididos em 2 ou 3 tomadas. Aconselha-se
iniciar o tratamento com dose baixa (1 comprimido de 500mg/dia) e
aumentar gradualmente a dose (1 comprimido de 500mg a cada semana)
até atingir a posologia desejada. Em alguns casos, pode ser
necessário o uso de 1 comprimido de 850mg 2 a 3 vezes ao dia (1.700
a 2.250mg/dia).

Uso em idosos

Glicefor deve ser usado com cautela em pacientes idosos que, em
geral não devem receber a dose máxima do produto.

Uso em crianças e adolescentes

Glicefor não é indicado para crianças abaixo de 10 anos.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Glicefor?


Não tome uma dose dobrada para compensar uma dose que se
esqueceu de tomar. Tome a dose seguinte na hora habitual.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Glicefor

Glicefor pode provocar uma complicação muito rara, mas grave,
chamada acidose lática, particularmente se os rins não estiverem
funcionando normalmente. O risco de acidose lática é aumentado
também com diabetes não controlada, jejum prolongado ou ingestão de
bebidas alcoólicas. Os sintomas da acidose lática são vômitos,
dores de barriga (dor abdominal) com cãibras musculares, sensação
geral de mal-estar com grande cansaço e dificuldade em
respirar.

Caso esses sintomas ocorram, você pode necessitar de tratamento
imediato, uma vez que a acidose lática pode levar ao coma. Pare de
tomar Glicefor imediatamente e informe o seu médico.

Você deve ter a função de seus rins avaliada antes de iniciar
tratamento com Glicefor (clearance de creatinina e/ou
níveis séricos de creatinina) e regularmente depois: pelo menos uma
vez ao ano se estiver com a função renal normal e de duas a quatro
vezes ao ano se os níveis séricos de creatinina estiverem no limite
superior da normalidade, e também se você for um paciente
idoso.

É necessário cautela naquelas situações que a função dos rins
possa estar comprometida, por exemplo, nos idosos, quando se inicia
tratamento com medicamentos para baixar a pressão ou com
diuréticos, e também quando começar tratamento com medicamentos
anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).

Glicefor isoladamente não provoca hipoglicemia (nível muito
baixo de glicose no sangue). Entretanto, se tomar Glicefor
juntamente com outros medicamentos para o tratamento da diabetes
que possam causar hipoglicemia (tais como sulfonilureias, insulina,
meglitinidas), existe risco de desenvolvimento de hipoglicemia. Se
sentir sintomas tais como fraqueza, tonturas, suores, batimentos
cardíacos acelerados, perturbações da visão ou dificuldades de
concentração, é habitualmente útil comer ou beber algo contendo
açúcar.

O uso de Glicefor não elimina a necessidade de dieta com redução
de açúcares em todos os casos de diabetes, assim como de dieta com
redução de açúcares e calorias quando houver, associadamente,
excesso de peso. Realize regularmente os controles biológicos
habituais do diabetes.

Direção de veículos e operação de máquinas

Como Glicefor isoladamente não provoca hipoglicemia, seu uso não
afeta a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Entretanto, tome cuidado se tomar Glicefor juntamente com outros
medicamentos para o tratamento da diabetes que possam causar
hipoglicemia (tais como sulfonilureias, insulina, meglitinidas).
Não dirija nem opere máquinas se começar a sentir os sintomas da
hipoglicemia.

Reações Adversas do Glicefor

Como todos os medicamentos, Glicefor pode causar algumas reações
desagradáveis; no entanto, estas não ocorrem em todas as pessoas.
Caso você tenha uma reação alérgica, deve parar de tomar o
medicamento.

Podem ocorrer as seguintes reações desagradáveis
descritas a seguir

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Problemas digestivos como náusea, vômito, diarreia, dor na
barriga, perda de apetite. Essas reações acontecem com mais
frequência no início do tratamento. Distribuir as doses durante o
dia ou tomar os comprimidos durante ou imediatamente depois de uma
refeição pode ajudar. Se os sintomas continuarem, pare de tomar
Glicefor e consulte o seu médico.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Alterações do paladar.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Acidose lática (ver Advertências e precauções). Reações na pele
como vermelhidão, coceira e urticária. Queda dos níveis de vitamina
B12 no sangue. Alterações nos exames da função do fígado ou
inflamação do fígado (hepatite, que pode provocar cansaço, perda de
apetite, perda de peso, com ou sem amarelecimento da pele ou do
branco dos olhos), neste caso, pare de tomar Glicefor.

Crianças e adolescentes

Dados limitados em crianças e adolescentes demonstraram que as
reações adversas foram similares, em natureza e gravidade, àquelas
verificadas em adultos.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Glicefor

Gravidez e amamentação

Durante a gravidez, o diabetes deve ser tratado com insulina.
Informe o médico em caso de gravidez, suspeita de gravidez ou ainda
se planeja ficar grávida, para que ele possa alterar o seu
tratamento. Glicefor não é recomendado durante a amamentação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Composição do Glicefor

Cada comprimido contém

850mg* de cloridrato de metformina.

Excipientes:

povidona, celulose microcristalina, dióxido de silício,
croscarmelose sódica, estearato de magnésio, álcool etílico e água
purificada.

*Equivalente a 663mg de metformina.

Apresentação do Glicefor


Comprimido de 850mg

Embalagem contendo 30 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 10 anos.

Superdosagem do Glicefor

Se você tomar mais comprimidos de Glicefor do que deveria poderá
desenvolver acidose lática (ver sintomas em Advertências e
precauções). Fale imediatamente com o seu médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Glicefor

Se você tiver que ser submetido a exame radiológico utilizando
meio de contraste contendo iodo, deve parar de tomar Glicefor
durante um determinado tempo antes e depois do exame. Informe o seu
médico se estiver tomando ao mesmo tempo Glicefor e qualquer um dos
seguintes medicamentos, pois você poderá necessitar fazer exames de
glicose no sangue com maior frequência ou o seu médico poderá ter
que ajustar a dose de Glicefor.

  • Inibidores da enzima da conversão da angiotensina (utilizados
    no tratamento de várias doenças cardiovasculares, tais como pressão
    alta ou insuficiência cardíaca);
  • Diuréticos (utilizados para a eliminação de água do corpo,
    produzindo mais urina);
  • Agonistas beta-2 tais como salbutamol ou terbutalina
    (utilizados no tratamento da asma);
  • Corticosteroides ou tetracosactida (utilizados no tratamento de
    diversas doenças, tais como inflamação cutânea grave ou asma);
  • Clorpromazina (medicamento neuroléptico que atua no
    funcionamento do cérebro);
  • Danazol (usado no tratamento da endometriose, condição na qual
    o tecido que reveste internamente o útero é encontrado fora do
    útero).

A ingestão com alimentos não prejudica a absorção do
medicamento. Não consuma bebidas alcoólicas quando tomar Glicefor.
O álcool pode aumentar o risco de acidose lática, especialmente se
você tiver problemas de fígado ou se estiver subnutrido, com esta
recomendação também se aplicando a medicamentos contendo álcool em
sua fórmula.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Glicefor

Resultados de Eficácia


O estudo prospectivo randomizado “United Kingdom Prospective
Diabetes Study
” (UKPDS) estabeleceu os benefícios em longo
prazo de um controle intensivo da glicemia em pacientes adultos com
diabetes tipo 2.

A análise dos resultados para pacientes com excesso de
peso tratados com Cloridrato de Metformina (substância ativa) após
insucesso de uma dieta isolada revelou: 

  • Redução significativa do risco absoluto de qualquer complicação
    relacionada ao diabetes no grupo tratado com Cloridrato de
    Metformina (substância ativa) (29,8 eventos/1.000 pacientes-ano) em
    comparação com o grupo em dieta isolada (43,3 eventos/1.000
    pacientes-ano), p= 0,0023, e em comparação aos grupos de
    sulfonilureia combinada e de monoterapia com insulina (40,1
    eventos/1.000 pacientes-ano), p= 0,0034. 
  • Redução significativa do risco absoluto de mortalidade
    relacionada ao diabetes, Cloridrato de Metformina (substância
    ativa) 7,5 eventos/1.000 pacientes-ano, dieta isolada 12,7
    eventos/1.000 pacientesano, p= 0,017; 
  • Redução significativa do risco absoluto de mortalidade
    global, Cloridrato de Metformina (substância ativa) 13,5
    eventos / 1000 pacientes-ano em comparação com dieta isolada 20,6
    eventos/1.000 pacientes-ano (p= 0,011), e em comparação com grupos
    recebendo sulfonilureia combinada e monoterapia de insulina 18,9
    eventos / 1.000 pacientes-ano (p= 0,021); 
  • Redução significativa do risco absoluto de infarto do
    miocárdio, Cloridrato de Metformina (substância ativa) 11
    eventos/1.000 pacientes-ano, dieta isolada 18 eventos/1.000
    pacientes-ano (p= 0,01). 

Paro Cloridrato de Metformina (substância ativa) utilizada como
terapia de segunda linha em combinação com sulfonilureia, os
benefícios relacionados aos resultados clínicos não foram
demonstrados. Em diabetes tipo 1, a combinação de Cloridrato de
Metformina (substância ativa) e insulina foi utilizada em um grupo
selecionado de pacientes, mas o benefício clínico desta combinação
não foi formalmente estabelecido. 

Redução do risco ou retardo do diabetes
mellitus tipo 2

O Programa de Prevenção do Diabetes (Diabetes Prevention
Program/DPP) foi um estudo clínico multicêntrico controlado
randomizado em adultos, visando avaliar a eficácia de uma
modificação intensa de estilo de vida ou do Cloridrato de
Metformina (substância ativa) para prevenir ou retardar o
desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2. Os
participantes do DPP (n = 3.234 durante 2,8 anos) apresentavam
tolerância à glicose alterada (IGT), glicemia de normalidade alta
(95-125 mg/dl), IMC ≥ 24 (≥ 22 nos asiáticos) kg/m2 e
alto risco de desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2.
A mudança intensiva do estilo de vida bem como o Cloridrato de
Metformina (substância ativa) reduziram significativamente o risco
de desenvolver diabetes evidente em comparação com placebo, 58%
(95% IC 48-66%) e 31% (95% IC 17-43%), respectivamente.

Os pacientes que mais provavelmente se beneficiaram do
Cloridrato de Metformina (substância ativa) foram aqueles abaixo de
45 anos, com um IMC igual ou acima de 35 kg/m2, valor
basal de glicose 2 h de 9,6-11,0 mmol/l, HbA1C basal igual ou acima
de 6,0% ou com história de diabetes gestacional.

O Estudo de Resultados do Programa de Prevenção do Diabetes
(Diabetes Prevention Program Outcomes Study / DPPOS) é o
estudo de seguimento do DPP, que inclui mais de 87% da população
original do DPP para o acompanhamento em longo prazo. 

Entre os participantes do DPPOS (n = 2.776), a incidência
cumulativa de diabetes no ano 15 é de 62% no grupo placebo, 56% no
grupo Cloridrato de Metformina (substância ativa) e 55% no grupo de
modificação intensiva de estilo de vida. As taxas brutas de
diabetes são de 7,0, 5,7 e 5,2 casos por 100 pessoas-ano entre
participantes dos grupos placebo, Cloridrato de Metformina
(substância ativa) e modificação intensiva de estilo de vida
intensivo, respectivamente. As reduções no risco de diabetes foram
de 18% (taxa de risco 0,82, IC 95% 0,72-0,93, p = 0,001) para o
grupo Cloridrato de Metformina (substância ativa) e 27% (HR 0,73;
IC 95% 0,65-0,83; p lt;0,0001) para o grupo com modificação
intensiva de estilo de vida, quando comparados com o grupo
placebo.

Em relação ao desfecho microvascular agregado de nefropatia,
retinopatia e neuropatia, o resultado não foi significativamente
diferente entre os grupos de tratamento, porém entre os
participantes que não desenvolveram diabetes durante DPP/DPPOS, a
prevalência do resultado microvascular agregado foi 28% menor
quando comparado com aqueles que desenvolveram diabetes (taxa de
risco 0,72; IC 95% 0,63-0,83; p lt;0,0001). Não foram
disponibilizados dados prospectivos comparativos para o Cloridrato
de Metformina (substância ativa) sobre os resultados
macrovasculares em pacientes com IGT e/ou IFG e/ou aumento da
HbA1C. 

Os fatores de risco publicados para o diabetes tipo 2
incluem:

Antecedentes étnicos asiáticos ou negros, idade acima de 40
anos, dislipidemia, hipertensão, obesidade ou sobrepeso, idade,
história familiar de diabetes de 1° grau, história de diabetes
mellitus gestacional e síndrome dos ovários policísticos
(SOP) (ADA, 2013; ADA, 2015; Ferrannini et al., 2014, Alberti et
al, 2007). 
 

Referências:

UK Prospective diabetes study
(UKPDS) group. Effect of intensive blood-glucose control with
metformin on complications in overweight patient with type 2
diabetes mellitus (UKPDS 34). Lancet 1998; 52:854-865.

DPP (Diabetes Prevention Program
Research Group). Reduction in the incidence of type 2 diabetes with
lifestyle intervention or metformin. N Engl J Med
2002;346:393-403.
DPP (Diabetes Prevention Program Research Group). Effects of
withdrawal from metformin on the development of diabetes in the
Diabetes Prevention Program. Diabetes Care 2003a; 26:977-80.
DPP (Diabetes Prevention Program Research Group). Long-term effects
of lifestyle intervention or metformin on diabetes development and
microvascular complications over 15year follow-up: The Diabetes
Prevention Program Outcomes Study. Lancet 2015;
http:77dx.doi.org/10.1016/S2213-8587(15) 00291-0.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

O Cloridrato de Metformina (substância ativa) é um fármaco
antidiabético da família das biguanidas com efeitos
antihiperglicêmicos, reduzindo a glicose plasmática pós-prandial e
basal. O Cloridrato de Metformina (substância ativa) não estimula a
secreção de insulina, não tendo, por isso, ação hipoglicemiante em
pessoas não diabéticas. Em diabéticos, o Cloridrato de Metformina
(substância ativa) reduz a hiperglicemia, sem o risco de causar
hipoglicemia, exceto em caso de jejum ou de associação com insulina
ou sulfonilureias.

O Cloridrato de Metformina (substância ativa) pode agir
através de três mecanismos:

  • Na redução da produção da glicose hepática através da inibição
    da gliconeogênese e glicogenólise;
  • No músculo, através do aumento da sensibilidade à insulina,
    melhorando a captação e utilização da glicose periférica;
  • No retardo da absorção intestinal da glicose. 

O Cloridrato de Metformina (substância ativa) estimula a síntese
de glicogênio intracelular atuando na síntese de glicogênio e
aumenta a capacidade de transporte de todos os tipos de
transportadores de glicose de membrana (GLUTs) conhecidos até hoje.
Em humanos, independentemente de sua ação na glicemia, o Cloridrato
de Metformina (substância ativa) exerce efeito favorável sobre o
metabolismo lipídico. Tal efeito tem sido demonstrado com
doses terapêuticas em estudos clínicos controlados de média a longa
duração, com o Cloridrato de Metformina (substância ativa)
reduzindo os níveis de colesterol total, LDL e triglicerídeos.

De acordo com o United Kingdom Prospective Diabetes Study
(UKPDS), estudo multicêntrico, randomizado, que acompanhou per
cerca de 10 anos mais de 7.000 pacientes submetidos a diversos
tratamentos para controle do diabetes tipo 2, o Cloridrato de
Metformina (substância ativa) reduziu, de maneira significativa, as
complicações e mortalidade associadas com a doença. 

Estudos clínicos controlados realizados numa população
pediátrica limitada, com faixa etária de 10-16 anos, tratada
durante um ano, evidenciaram uma resposta idêntica no controle da
glicemia àquela observada em adultos. 

Tem sido demonstrada uma redução de complicações diabéticas em
pacientes adultos com diabetes tipo 2, tratados com Cloridrato de
Metformina (substância ativa) como terapia de primeira linha após a
dietoterapia. Em estudos clínicos, o uso de Cloridrato de
Metformina (substância ativa) está associado à estabilização do
peso corporal ou a uma modesta perda de peso. 

Propriedades farmacocinéticas 

Absorção

Após uma dose administrada por via oral o Cmax é
atingido em 2,5 horas (Tmax) entre 1,5 e 3,5. A biodisponibilidade
absoluta de um comprimido de Cloridrato de Metformina (substância
ativa) 500 mg ou 850 mg é de aproximadamente 50-60% em indivíduos
saudáveis. Após uma dose oral, a fração não absorvida recuperada
nas fezes foi de 20-30%. Após administração oral, a absorção de
Cloridrato de Metformina (substância ativa) é saturável e
incompleta. É assumido que a farmacocinética da absorção de
Cloridrato de Metformina (substância ativa) é não-linear. Nas doses
e esquemas posológicos recomendados, as concentrações plasmáticas
de Cloridrato de Metformina (substância ativa) em estado
estacionário são atingidas no prazo de 24 a 48 horas, sendo
geralmente inferiores a 1 micrograma/mL. Em estudos clínicos
controlados, os níveis plasmáticos máximos de Cloridrato de
Metformina (substância ativa) (Cmax) não excederam 5
microgramas/mL, inclusive nas doses mais elevadas. A ingestão de
alimentos reduz a quantidade de Cloridrato de Metformina
(substância ativa) absorvida e retardam ligeiramente sua absorção.
Após administração de uma dose de 850 mg observou-se concentração
plasmática máxima 40% menor, redução de 25% na AUC (área sob a
curva) e um prolongamento de 35 minutos no tempo para atingir a
concentração plasmática máxima. Desconhece-se a importância clínica
destas reduções. 

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas é negligenciável. O
Cloridrato de Metformina (substância ativa) é distribuída pelos
eritrócitos. A concentração máxima sanguínea é mais baixa do que a
concentração máxima plasmática, ocorrendo aproximadamente ao mesmo
tempo. Os glóbulos vermelhos representam, provavelmente, um
compartimento secundário de distribuição. O volume de distribuição
médio (Vd) encontra-se na faixa 63-276 l.

Metabolismo

O Cloridrato de Metformina (substância ativa) é excretada na
urina sob forma inalterada. Não foram identificados metabólitos em
humanos. 

Eliminação

A depuração renal (clearance) do Cloridrato de
Metformina (substância ativa) é superior a 400 mL/min, o que indica
que a eliminação se dá por filtração glomerular e secreção tubular.
Após uma dose oral, a meia-vida de eliminação terminal aparente é
de aproximadamente 6,5 horas. Quando a função renal estiver
prejudicada, a depuração renal diminui proporcionalmente à
depuração da creatinina e, assim, a meia-vida de eliminação é
prolongada, levando ao aumento dos níveis plasmáticos de Cloridrato
de Metformina (substância ativa). 

Farmacocinética em populações especiais

Estudos com dose única

Após doses únicas de 500 mg de Cloridrato de Metformina
(substância ativa), pacientes pediátricos apresentaram perfil
farmacocinético similar ao observado em adultos
saudáveis. 

Estudos com dose múltipla

Os dados são restritos a um estudo. Após doses repetidas de 500
mg de Cloridrato de Metformina (substância ativa) duas vezes ao dia
durante sete dias em pacientes pediátricos, a concentração
plasmática máxima (Cmax) e a exposição sistêmica
(AUC0-t) foram reduzidas aproximadamente em 33% e 40 %
respectivamente, em comparação com pacientes adultos que receberam
doses repetidas de 500 mg duas vezes ao dia durante 14 dias. Isso
apresenta relevância clínica limitada, uma vez que a dose é
titulada individualmente com base no controle glicêmico. 

Estudos de interação medicamentosa

Nifedipino

Estudo de interação em dose único Cloridrato de Metformina
(substância ativa)-nifedipino em voluntários sadios normais
demonstrou que a coadministração destes dois fármacos aumentou o
Cmax e a AUC do Cloridrato de Metformina (substância
ativa) no plasma em 20% e 9% respectivamente, e aumentou a
quantidade de Cloridrato de Metformina (substância ativa) excretada
na urina. Tmax e a meia-vida de Cloridrato de Metformina
(substância ativa) não foram afetadas. O nifedipino parece aumentar
a absorção de Cloridrato de Metformina (substância ativa). O
Cloridrato de Metformina (substância ativa) acarretou efeitos
mínimos sobre a farmacocinética do nifedipino. 

Furosemida

Estudo de interação em dose único Cloridrato de Metformina
(substância ativa)-furosemida em indivíduos sadios demonstrou que
os parâmetros farmacocinéticos de ambos os fármacos foram afetados
pela coadministração. A furosemida aumentou o Cmax do
Cloridrato de Metformina (substância ativa) no plasma e no sangue
em 22% e a AUC no sangue em 15%, sem nenhuma alteração
significativa na depuração renal do Cloridrato de Metformina
(substância ativa). Quando administrada com Cloridrato de
Metformina (substância ativa), a furosemida apresentou
Cmax e AUC respectivamente 31% e 12% menores do que
quando administrada isoladamente, sendo que a meia-vida terminal
foi reduzida em 32%, sem nenhuma alteração significativa na
depuração renal da furosemida. Não existem informações disponíveis
a respeito da interação entre Cloridrato de Metformina (substância
ativa) e furosemida quando administradas de forma
crônica. 

Antagonistas da vitamina K

Em um estudo de interação farmacocinética, o Cloridrato de
Metformina (substância ativa) aumentou a taxa de eliminação da
varfarina

Fármacos catiônicos

Além da interação com substratos/inibidores/indutores de OCT ,
outros fármacos catiônicos (como amilorida, digoxina, morfina,
procainamida, quinidina, quinina, ranitidina, triantereno,
trimetoprima ou vancomicina) que são eliminados por secreção
tubular renal possuem teoricamente potencial para interagir com o
Cloridrato de Metformina (substância ativa) por meio da competição
pelos sistemas comuns de transporte tubular renal.

Propranolol

Em voluntários sadios, as farmacocinéticas do Cloridrato de
Metformina (substância ativa) e do propranolol não foram afetadas
quando em coadministração em um estudo de interação com dose
única. 

Ibuprofeno

Em voluntários sadios, as farmacocinéticas do Cloridrato de
Metformina (substância ativa) e do ibuprofeno não foram afetadas
quando em coadministração em um estudo de interação com dose
única. 

Dados de segurança pré-clínica

Dados pré-clínicos não evidenciaram nenhum risco especial em
humanos, com base em estudos convencionais de segurança,
farmacologia, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade,
potencial carcinogênico e toxicidade na reprodução.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Glifage

Cuidados de Armazenamento do Glicefor

Glicefor deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30°C),
protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Glicefor apresenta- se na forma de comprimido oblongo,
semiabaulado, com vinco e coloração branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Glicefor

Registro M.S. nº 1.5423.0040

Farm. Resp.:

Rafaella C. A. Chimiti
CRF-GO n° 4262

GeoLab Indústria Farmacêutica S/A

VP. 1B QD.08-B Módulos 01 a 08
Daia – Anápolis – GO
CNPJ: 03.485.572/0001-04
Indústria Brasileira

SAC:

0800 701 6080

Venda sob prescrição médica.

N.º do lote, Data de Fabricação e Prazo de Validade:
Vide cartucho.

Glicefor, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.