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Gineane

Contraindicação do Gineane

– Durante a gravidez.
– Alterações graves da função hepática.
– Prurido gestacional grave.
– Tumores hepáticos atuais
– Processos tromboembólicos arteriais ou venosos.
– Anemia falciforme, carcinoma de mama ou de endométrio, ou
antecedentes dos mesmos.
– Diabetes mellitus grave com alterações vasculares, transtornos do
metabolismo lipídico, antecedentes de herpes gravídico.

Como usar o Gineane

– Mesigyna deve ser sempre administrado por via intramuscular
profunda (de preferência na região glútea e como alternativa no
braço).

– A primeira injeção deve ser administrada no primeiro dia de um
ciclo menstrual.

– As injeções seguintes devem ser administradas,
independentemente do padrão menstrual, em intervalos de 30 ± 3
dias, isto é, no mínimo 27 e no máximo 33 dias.

Precauções do Gineane

O estradiol + acetato de noretisterona (substância ativa deste
medicamento) não pode ser usado como contraceptivo.

Antes de iniciar a terapia, todas as condições/fatores de riscos
mencionados a seguir devem ser considerados quando se determina o
risco/benefício do tratamento para cada paciente.

Durante o uso da TRH, a terapia deve ser descontinuada
imediatamente caso ocorra qualquer uma das condições citadas no
item Contraindicações, assim como nas seguintes condições:

  • Enxaqueca ou cefaleias frequentes com intensidade fora do
    habitual que ocorram pela primeira vez ou se houver quaisquer
    outros sintomas que sejam possíveis sinais prodrômicos de oclusão
    cerebrovascular;
  • Recorrência de icterícia colestática ou prurido colestático que
    tenham surgido inicialmente durante uma gravidez ou durante o uso
    anterior de esteroides sexuais;
  • Sintomas ou suspeita de um evento trombótico.

No caso de ocorrência ou agravamento das condições ou fatores de
riscos descritos a seguir, a análise individual do risco/benefício
deve ser realizada novamente, levando-se em consideração a possível
necessidade de descontinuação da terapia.

O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve
ser considerado em mulheres que possuem uma combinação de fatores
de risco ou apresentem um fator de risco individual mais grave.
Este risco aumentado pode ser maior que o simples risco cumulativo
de fatores. A TRH não deve ser prescrita quando a avaliação
risco/benefício for desfavorável.

Tromboembolismo venoso

Estudos epidemiológicos e estudos controlados randomizados
sugeriram um aumento do risco relativo (RR) de desenvolvimento de
tromboembolismo venoso (TEV), isto é, trombose venosa profunda ou
embolia pulmonar. Portanto, a relação risco-benefício deve ser
cuidadosamente avaliada em conjunto com a paciente quando se
prescrever TRH para mulheres que apresentem fator de risco para
TEV.

Os fatores de risco geralmente reconhecidos incluem história
pessoal ou familiar (a ocorrência de TEV em um familiar em primeiro
grau, em idade relativamente precoce, pode indicar predisposição
genética) e obesidade grave. O risco de TEV também aumenta com a
idade. Não há consenso sobre a possível influência de veias
varicosas no desenvolvimento de TEV.

O risco de TEV pode estar temporariamente aumentado em casos de
imobilização prolongada, cirurgia de grande porte eletiva ou
pós-traumática ou trauma extenso. Dependendo da natureza da
ocorrência e da duração da imobilização, deve-se considerar a
interrupção temporária da TRH.

Tromboembolismo arterial

Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios equinos
conjugados (EEC) combinados com acetato de medroxiprogesterona
(AMP), em esquema de administração contínua, indicaram um possível
aumento do risco de cardiopatia coronariana no primeiro ano de uso
e nenhum benefício após este período. Um estudo clínico abrangente,
realizado com EEC administrados isoladamente, indicou um potencial
para redução da taxa de cardiopatia coronariana em mulheres com
idade entre 50 e 59 anos e nenhum benefício geral na população
total estudada. Como resultado secundário, verificou-se um aumento
de 30 a 40% no risco de acidente vascular cerebral em dois grandes
estudos clínicos realizados com EEC administrados isoladamente ou
em combinação com AMP. Não se sabe se estes dados também se aplicam
a outros medicamentos para TRH ou para vias de administração
não-oral.

Doença da vesícula biliar

É conhecido o aumento da litogenicidade da bile provocado por
estrogênios. Algumas mulheres são predispostas a desenvolver
doenças da vesícula biliar durante a terapia estrogênica.

Demência

Existe evidência limitada, observada a partir de estudos
clínicos realizados com produtos contendo estrogênios equinos
conjugados (EEC), de que a terapia hormonal pode aumentar o risco
de provável demência se iniciada em mulheres com idade igual ou
superior a 65 anos. O risco pode diminuir se o tratamento for
iniciado próximo da menopausa, como observado em outros estudos.
Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos
para TRH.

Tumores

Câncer de mama

Estudos clínicos e observacionais relataram aumento do risco de
câncer de mama em mulheres que usaram TRH por vários anos. Estes
resultados podem ser devido ao diagnóstico precoce dos efeitos que
promovem o crescimento de tumores preexistentes ou da combinação de
ambos.

Estimativas para o risco relativo global de diagnóstico de
câncer de mama fornecidas em mais de 50 estudos epidemiológicos
variaram entre um e dois, na maioria dos estudos.

O risco relativo aumenta com a duração do tratamento e pode ser
menor ou possivelmente neutro com medicamentos contendo somente
estrogênios.

Dois extensos estudos clínicos randomizados, realizados com
estrogênios equinos conjugados (EEC) administrados isoladamente ou
em combinação com AMP em uso contínuo, apresentaram riscos
estimados de 0,77 (Intervalo de Confiança (IC) de 95%: 0,59 – 1,01)
ou de 1,24 (IC de 95%: 1,01 – 1,54) após 6 anos de TRH. Não se sabe
se o risco aumentado também se aplica a outros medicamentos para
TRH.

Aumentos similares do diagnóstico de câncer de mama são
observados, por exemplo, nos casos de atraso da menopausa natural,
consumo de bebida alcoólica ou adiposidade.

O excesso de risco desaparece poucos anos após a descontinuação
do uso da TRH.

A TRH aumenta a densidade das imagens mamográficas, o que pode
afetar adversamente a detecção radiológica do câncer de mama em
alguns casos.

Câncer de ovário

A prevalência de câncer de ovário é menor do que a prevalência
de câncer de mama.

Uma metanálise de 52 estudos epidemiológicos relatou que o risco
global de ser diagnosticado câncer de ovário é ligeiramente
aumentado para as usuárias de TRH em comparação com mulheres que
nunca usaram TRH (estudos prospectivos: RR 1,20, IC de 95%
1,15-1,26; todos os estudos combinados: RR 1,14, IC de 95%
1,10-1,19). Em usuárias atuais de TRH o risco de câncer de ovário
aumentou ainda mais (RR 1,43, IC de 95% 1,31-1,56).

Essas associações não foram demonstradas em todos os estudos,
incluindo ensaios clínicos randomizados controlados, como por
exemplo, Women’s Health Initiative (WHI).

Além disso, não foi consistentemente demonstrado um efeito de
duração da exposição, mas o risco pode ser mais relevante, com o
uso prolongado (vários anos).

Câncer endometrial

A exposição prolongada a estrogênios administrados isoladamente
aumenta o risco de desenvolvimento de hiperplasia ou carcinoma do
endométrio. Estudos sugerem que a adição apropriada de progestógeno
à terapia elimina esse aumento no risco.

Tumor hepático

Após o uso de hormônios como os contidos em medicamentos
destinados à TRH, foram observados, em casos raros, tumores
hepáticos benignos e, mais raramente, tumores malignos que, em
casos isolados, ocasionaram hemorragias intra-abdominais com risco
para a vida da paciente. Se ocorrer dor no abdome superior, aumento
do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra- abdominal,
deve-se incluir tumor hepático nas considerações
diagnóstico-diferenciais.

Outras condições

Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o
desenvolvimento de hipertensão clínica. Foram relatados pequenos
aumentos na pressão arterial em usuárias de TRH; os aumentos
clinicamente relevantes são raros. Entretanto, deve-se considerar a
descontinuação do tratamento em casos individuais de
desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente
significativa durante a TRH.

Distúrbios moderados da função hepática, incluindo
hiperbilirrubinemias, tais como as síndromes de Dubin-Johnson ou de
Rotor, necessitam de rigorosa supervisão, sendo que a função
hepática deve ser monitorada periodicamente. Em caso de alteração
nos indicadores da função hepática, deve-se descontinuar a TRH.

Mulheres com níveis moderadamente elevados de triglicérides
necessitam de acompanhamento especial. A TRH, nestes casos, pode
estar associada a um aumento adicional do nível de triglicérides
levando ao risco de pancreatite aguda.

Embora a TRH possa ter efeito na resistência periférica à
insulina e na tolerância à glicose, geralmente não há necessidade
de alterar o regime terapêutico para pacientes diabéticas que
estiverem usando TRH. Entretanto, estas pacientes devem ser
cuidadosamente monitoradas durante a terapia.

Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis
geradas pela estimulação estrogênica durante a TRH, como
sangramento uterino anormal. Se durante a terapia ocorrer
sangramento uterino anormal de forma frequente, persistente ou
recorrente, recomenda-se avaliação endometrial.

Leiomiomas uterinos (miomas) podem aumentar de tamanho sob a
influência de estrogênios. Caso seja observado este aumento, o
tratamento deve ser descontinuado.

Se ocorrer reativação de endometriose durante a TRH,
recomenda-se a descontinuação do tratamento.

Se a paciente apresentar diagnóstico de prolactinoma, é
necessário um acompanhamento médico rigoroso, incluindo avaliação
periódica dos níveis de prolactina.

Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres
com história de cloasma gravídico. Mulheres com tendência a cloasma
devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto
estiverem em tratamento com TRH.

A ocorrência ou agravamento dos quadros abaixo foram relatados
com o uso da TRH.

Embora não exista evidência conclusiva da associação com a TRH,
as mulheres que apresentarem alguma das condições abaixo e que
estiverem em terapia de reposição hormonal devem ser cuidadosamente
monitoradas.

  • Epilepsia;
  • Doença benigna da mama;
  • Asma;
  • Enxaqueca;
  • Porfiria;
  • Otosclerose;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Coreia menor.

Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios
exógenos pode induzir ou exacerbar sintomas de angioedema.

Gravidez e lactação

A TRH é contraindicada durante a gravidez ou lactação. Se
ocorrer gravidez durante a utilização de estradiol + acetato de
noretisterona (substância ativa deste medicamento), o tratamento
deve ser descontinuado imediatamente.

Estudos epidemiológicos abrangentes realizados com hormônios
esteroides utilizados em contracepção e em terapia de reposição
hormonal não revelaram risco aumentado de malformação congênita em
crianças cujas mães utilizaram hormônios sexuais antes da gravidez,
nem efeitos teratogênicos quando hormônios sexuais foram tomados de
forma inadvertida durante a fase inicial da gestação.

Pequenas quantidades de hormônios sexuais podem ser excretadas
com o leite materno.

Consultas / exames médicos

Antes de iniciar ou retomar o uso da TRH, é necessário obter a
história clínica detalhada e realizar exame clínico completo,
considerando os itens descritos em “Contraindicações” e
“Precauções”; estes acompanhamentos devem ser repetidos
periodicamente durante o uso da TRH. A frequência e a natureza
destas avaliações devem ser baseadas em condutas médicas
estabelecidas e adaptadas a cada usuária, mas, em geral, devem
incluir atenção especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos
pélvicos, incluindo citologia cervical de rotina.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar
máquinas

Não foram conduzidos estudos sobre os efeitos capacidade de
dirigir veículos ou operar máquinas. Não foram observados efeitos
sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas em
usuárias de estradiol + acetato de noretisterona (substância ativa
deste medicamento).

Reações Adversas do Gineane

As reações adversas mais graves que estão associadas à
utilização da terapia de reposição hormonal estão citadas no item
“Precauções”.

Outras reações adversas que foram reportadas em usuárias da
terapia de reposição hormonal (dados pós-comercialização), mas para
as quais a associação com estradiol + acetato de noretisterona
(substância ativa deste medicamento) não foi confirmada e nem
descartada são:

Foi utilizado o termo MedDRA mais apropriado (versão 8.0) para
descrever uma determinada reação. Sinônimos ou condições
relacionadas não foram listados, mas também devem ser
considerados.

Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios
exógenos pode induzir ou exacerbar sintomas de angioedema.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

Gineane, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.