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Fiprima

Fiprima também está indicado para redução da duração da
neutropenia e suas sequelas clínicas em pacientes submetidos à
terapia mieloablativa (que destrói a medula óssea) seguida de
transplante de medula óssea.

Como o Fiprima funciona?


Fiprima aumenta a produção e liberação dos neutrófilos da medula
óssea (tecido presente dentro dos ossos e que é responsável pela
produção de células do sangue). Em um período de 24 horas, há
aumento evidente nas contagens de neutrófilos no sangue
periférico.

Contraindicação do Fiprima

Não utilize Fiprima se você tem hipersensibilidade (alergia) ao
produto ou aos seus componentes.

Não utilize Fiprima se você é portador de neutropenia congênita
grave (Síndrome de Kostmann) com citogenética anormal.

Fiprima não deve ser administrado para aumentar a dose de
quimioterapia contra câncer acima dos esquemas de administração e
doses já estabelecidos pelo seu médico.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes
pediátricos.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Como usar o Fiprima

Uma ou duas doses de Fiprima por dia devem ser aplicadas por via
subcutânea ou intravenosa. A aplicação de Fiprima deve ser feita ou
supervisionada por um médico com experiência no uso deste tipo de
medicamento. Se necessário, Fiprima pode ser diluído. Fiprima é
compatível com solução glicosada a 5% e solução glicosada a 5% com
albumina sérica humana a 2 mg/mL.

Quimioterapia citotóxica estabelecida

A dose recomendada de Fiprima é de 0,5 MU/kg/dia (5 μg/kg/dia).
O conteúdo de uma seringa de Fiprima com 30 milhões de unidades
fornece, portanto, a dose diária necessária para um paciente com 60
kg. A primeira dose de Fiprima não deve ser administrada em menos
de 24 horas após a quimioterapia citotóxica.

Espera-se que a duração necessária do tratamento para que o
número dos neutrófilos retorne aos valores normais seja de até 14
dias, dependendo do tipo, da dose e do esquema quimioterápico
citotóxico utilizado.

Em pacientes sob quimioterapia citotóxica, uma elevação
transitória do número de neutrófilos é tipicamente observada 1 a 2
dias após iniciado o tratamento com Fiprima. Contudo, é recomendado
manter a aplicação diária até que você recupere os valores normais
do número de neutrófilos.

Pacientes tratados com terapia mieloablativa seguida de
transplante da medula óssea

A dose inicial recomendada de Fiprima é de 1,0 MU/kg/dia (1
milhão de unidades por quilo de peso por dia) (10 μg/kg/dia) (10
microgramas por quilo de peso por dia) administrado em 30 minutos
ou 24 horas por infusão intravenosa (na veia), ou 1,0 MU/kg/dia (10
μg/kg/dia) (mesma dose) administrado em 24 horas, de maneira
contínua, por via subcutânea (abaixo da pele). Fiprima deve ser
diluído em 20 mL de solução glicosada a 5% (soro glicosado 5%).

A primeira dose de Fiprima não deve ser administrada nas 24
horas seguintes à quimioterapia citotóxica, mas sim dentro das 24
horas após a infusão da medula óssea. A eficácia e a segurança da
administração de Fiprima por mais 28 dias neste contexto ainda não
foram estabelecidas.

Filgrastim tem demonstrado eficácia e boa tolerabilidade neste
contexto em doses até 70 μg/kg/dia.

Uso em idosos

Estudos clínicos com filgrastim incluíram pequeno número de
pacientes idosos. Estudos especiais não foram realizados nesse
grupo e, portanto, recomendações específicas de dosagem não podem
ser feitas.

Insuficiência renal ou hepática

Não foram realizados estudos com Fiprima em pacientes com
prejuízo severo das funções hepática e renal. Portanto, seu uso em
pacientes desses grupos não pode ser recomendado.

O profissional da saúde saberá como preparar o
medicamento.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Fiprima?


A administração de Fiprima é realizada em ambiente hospitalar e
por esta razão, as doses e a duração do tratamento serão
estabelecidas pelo seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Fiprima

Recomenda-se atenção médica especial em pacientes com anemia
falciforme (tipo de anemia hereditária), uma vez que crises de
falcização (sintomas decorrentes desta doença) podem ocorrer em
pacientes falcêmicos em uso de Fiprima. Alguns casos foram
relatados como fatais. É de extrema importância a avaliação
cuidadosa dos potenciais riscos e benefícios.

Casos muito raros de ruptura esplênica (do baço) foram
reportados em pacientes com câncer e em doadores saudáveis com
alguma alteração esplênica e que estavam recebendo filgrastim.
Alguns desses casos foram fatais. Indivíduos recebendo Fiprima e
que relatam dor na parte superior esquerda do abdômen e/ou na
extremidade do ombro devem ser avaliados com relação a aumento do
baço ou possível ruptura esplênica.

Se você é portador de osteoporose ou osteopenia, poderá haver
necessidade de acompanhamento com exames periódicos de
densitometria se você for tratado com Fiprima durante mais do que 6
meses.

Ainda não se conhece o efeito de Fiprima sobre a doença do
enxerto versus hospedeiro (GvHD).

A contagem de plaquetas deve ser cuidadosamente monitorada, pois
trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue) foi
frequentemente relatada em pacientes em tratamento com
filgrastim.

Fiprima contém sorbitol como excipiente. Nos casos raros de
pacientes com intolerância hereditária à frutose (HFI), este
medicamento não deve ser utilizado.

O aumento de neutrófilos com o uso do Fiprima poderá não ser o
esperado caso você já tenha sido submetido a radioterapia e / ou
quimioterapia extensas ou ainda se apresenta infiltração da medula
óssea pelo tumor.

Fiprima poderá ser interrompido por seu médico no caso de um
quadro pulmonar grave conhecido como síndrome da angústia
respiratória do adulto (SARA).

Crescimento de células malignas

A segurança e eficácia da administração de Fiprima em pacientes
com mielodisplasia (doenças que cursam com alterações das células
do sangue), leucemia mieloide aguda ou leucemia mieloide crônica
não foram estabelecidas. Portanto, devido à possibilidade de
crescimento tumoral, Fiprima deve ser administrado com extrema
cautela nesses casos.

Leucocitose

Uma contagem de leucócitos ≥ 100.000/mm3 foi observada em menos
de 5% dos pacientes recebendo filgrastim em doses superiores a 0,3
MU/kg/dia (3 μg/kg/dia). Não foram relatados efeitos adversos
diretamente atribuíveis a este grau de leucocitose (aumento de
leucócitos). Contudo, devido aos riscos potenciais associados à
leucocitose grave, contagens de leucócitos devem ser realizadas a
intervalos regulares durante a terapêutica com Fiprima.

Riscos associados com altas doses de
quimioterapia

O tratamento com Fiprima pode possibilitar que você receba o
esquema de quimioterapia indicado, sem que os glóbulos brancos
cheguem a um nível tão baixo que seja necessário suspender o
tratamento, porém não exclui a possibilidade de trombocitopenia
(queda das plaquetas) e anemia (queda das hemácias) pela
quimioterapia mielossupressora.

Reações Adversas do Fiprima

Em pacientes com câncer

Reação muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes
que recebem esse medicamento)

  • Náusea.
  • Vômito.
  • Aumento da gama-glutamil transferase (GGT).
  • Aumento da fosfatase alcalina.
  • Aumento da desidrogenase lática (DHL) e do ácido úrico.

Reação comum (ocorre entre 1 e 10% dos pacientes que
recebem esse medicamento)

  • Fadiga.
  • Fraqueza generalizada.
  • Inflamação da mucosa.
  • Dor de cabeça.
  • Prisão de ventre.
  • Diarreia.
  • Anorexia (redução ou ausência de apetite).
  • Dor no peito.
  • Dor musculoesquelética.
  • Tosse.
  • Dor na garganta.
  • Alopecia (queda de pelo e cabelo).
  • Erupção cutânea.

Reação incomum (ocorre entre 0,1 e 1% dos pacientes que
recebem esse medicamento)

Dor inespecífica.

Reação muito rara (ocorre em menos 0,01% dos pacientes
que recebem esse medicamento)

  • Reações alérgicas, piora da artrite reumatoide, infiltrados
    pulmonares.
  • Síndrome de Sweet (dermatose com placas vermelhas salientes na
    face, no pescoço e nos membros).
  • Vasculites (inflamação dos vasos) cutâneas.
  • Anormalidades na urina.

Outros eventos relatados com uso de
filgrastim

Distúrbios do sistema imunológico

Reações alérgicas incluindo anafilaxia (reação alérgica grave,
acompanhada de queda acentuada da pressão arterial e dificuldade
para respirar), rash cutâneo (erupção na pele) e urticária
(reação alérgica em que aparecem placas avermelhadas, com muita
coceira), podem ocorrer no tratamento inicial ou subsequente em
pacientes recebendo filgrastim. Em alguns casos, os sintomas
ocorreram novamente quando o paciente recebeu uma nova dose de
filgrastim, sugerindo uma relação de causa entre medicamento e
efeito.
Reações alérgicas a filgrastim foram raramente reportadas em
experiência pós-comercialização. Caso você apresente alguma reação
alérgica séria, o seu médico poderá descontinuar o uso de Fiprima
(filgrastim).

Distúrbios do sangue e do sistema linfático

Casos isolados de crise de falcização (hemácias perdem a forma
normal e assumem a forma de “foice”), em alguns casos fatais, foram
relatados em pacientes com anemia falciforme.

Casos frequentes de esplenomegalia (aumento do volume do baço)
foram relatados em pacientes tratados com filgrastim (ocorre entre
1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Casos pouco frequentes de ruptura de baço foram relatados em
doadores normais e pacientes recebendo filgrastim (ocorre entre
0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Distúrbios musculoesqueléticos

Eventos de pseudogota foram relatados muito raramente em
pacientes com câncer tratados com filgrastim (0,00003%).

Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos

Foram relatados casos raros (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos
pacientes que utilizam este medicamento) de Síndrome de Sweet
(dermatite febril aguda).

Reações de vasculite cutânea foram relatadas raramente em
pacientes com câncer que receberam filgrastim (0,001%).

Anormalidades laboratoriais

Elevações leves a moderadas e reversíveis de ácido úrico,
fosfatase alcalina e desidrogenase láctica, sem associação com
efeitos clínicos, foram observadas em pacientes recebendo
filgrastim após quimoterapia citotóxica.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através de seu serviço de
atendimento.

População Especial do Fiprima

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

Não foram relatados efeitos sobre a capacidade de dirigir e
operar máquinas.
Até o momento, não há informações de que Fiprima possa causar
doping. Em casos de dúvidas, consulte seu médico.

Gravidez e amamentação

A segurança do Fiprima não foi estabelecida em mulheres
grávidas. Existem trabalhos na literatura médica demonstrando que
pode haver passagem de filgrastim da gestante para o feto através
da placenta. Estudos em animais de laboratório mostraram que pode
haver toxicidade para a reprodução.

Durante a gestação, seu médico deverá avaliar o possível risco
do uso de Fiprima para o feto, com relação aos benefícios
terapêuticos esperados.

Não se sabe se o Fiprima passa para o leite materno. Fiprima não
é recomendado para mulheres que estejam amamentando.

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia de Fiprima em
crianças.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Composição do Fiprima

Apresentações

Embalagem com 1 seringa preenchida com dispositivo de segurança
com 0,5 mL de solução injetável contendo 30 milhões de unidades
(MU) ou 300 μg de filgrastim (G-CSF).

Via intravenosa ou subcutânea.

Uso adulto.

Composição

Cada seringa preenchida contém:

Filgrastim

30 MU (300 μg)

Excipientes

0,5 mL

Excipientes:

ácido acético glacial, acetato de sódio tri-hidratado, sorbitol,
polissorbato 80 e água para injetáveis.

Superdosagem do Fiprima

A administração de Fiprima é realizada em ambiente hospitalar e
por esta razão, as doses e a duração do tratamento serão
estabelecidas pelo seu médico. Os efeitos de doses excessivas deste
medicamento não foram determinados. A descontinuação do tratamento
com Fiprima em geral resulta na queda dos neutrófilos circulantes
em 1 a 2 dias, com um retorno aos níveis normais em 1 a 7 dias.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Fiprima

Fiprima (filgrastim) não é recomendado no período de 24 horas
antes até 24 horas após quimioterapia.

Evidências preliminares em um número pequeno de pacientes
tratados concomitantemente com filgrastim e 5-fluorouracil indicam
que a gravidade da neutropenia pode ser exacerbada.

Uma vez que o lítio promove a liberação de neutrófilos, seu uso
pode potencializar o efeito de Fiprima (filgrastim). Embora essa
interação não tenha sido formalmente investigada, não há evidências
de que seja prejudicial.

Possíveis interações com outros fatores de crescimento
hematopoiéticos e citocinas ainda não foram investigadas.

Pode ocorrer alteração temporária de imagens ósseas em exames de
imagem associada ao uso de Fiprima (filgrastim).

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Fiprima

Resultados de eficácia

A eficácia e segurança clínica do Filgrastim (substância ativa)
foram avaliadas em três estudos clínicos fase III.

Câncer de mama

Estudo clínico fase III, multinacional, multicêntrico,
randomizado e controlado de comparação entre Filgrastim (substância
ativa) vs. comparador vs. placebo, conduzido em 348
pacientes com câncer de mama tratados com quimioterapia citotóxica.
Durante o estudo, os voluntários estavam sob tratamento
quimioterápico de no máximo 4 ciclos de docetaxel 75mg/m2 IV e
doxorrubicina 60mg/m2 IV no 1° dia.

Os resultados de eficácia basearam-se nas seguintes
determinações:

Duração de neutropenia severa (DSN): a duração de neutropenia
severa no ciclo 1 foi de 1,1 dias (faixa de 0 a 5) para pacientes
tratados com o Filgrastim (substância ativa) e o medicamento
comparador e 3,8 dias (faixa de 0 a 9) em pacientes que utilizaram
o placebo.

Os resultados foram similares no total de pacientes tratados,
confirmando a comparabilidade de Filgrastim (substância ativa) e o
medicamento comparador.

Incidência de neutropenia febril (FN): no ciclo 1, a incidência
de neutropenia febril observada ou definida em protocolo foi
consideravelmente menor nos grupos tratados com Filgrastim
(substância ativa) e com o medicamento comparador, comparado aos
grupos que receberam o placebo (12,1% vs. 12,5% vs. 36,1%). Não
houve diferenças significativas entre o Filgrastim (substância
ativa) e o medicamento comparador na incidência de neutropenia
febril no ciclo 1 ou nos demais ciclos.

Contagem absoluta de neutrófilos (ANC): no ciclo 1, grupos que
receberam Filgrastim (substância ativa) e o medicamento comparador
apresentaram um aumento significativo de ANC após o 2° dia de
tratamento, atingindo contagem máxima no 3° dia de tratamento.

Em seguida, os grupos demonstraram diminuição de ANC a 0,7 x
109/L no 7° dia e alcançaram novamente uma contagem máxima no 11°
dia. No grupo que recebeu placebo, não houve aumento inicial de
ANC, sendo observada diminuição constante a partir do 2° dia,
atingindo um nível consideravelmente baixo (0,2 x 109/L) no 11°
dia. 

No ciclo 1, o tempo médio de recuperação na contagem absoluta de
neutrófilos foi similar nos grupos de que receberam o Filgrastim
(substância ativa) e o medicamento comparador (8 dias) e
consideravelmente maior no grupo que recebeu placebo (15 dias).

Nos ciclos 2 a 4, o ANC foi similar para todos os grupos (~1,0 x
109/L) e o tempo médio de recuperação na contagem absoluta de
neutrófilos foi de 8 dias para todos os grupos.

Neste estudo clínico fase III, conduzido com pacientes de
alto-risco ou com câncer de mama avançado, Filgrastim (substância
ativa) demonstrou ser superior ao placebo, e com eficácia
comparável à do medicamento comparador na redução da duração de
neutropenia severa induzida pela quimioterapia, no aumento da
contagem absoluta de neutrófilos e na redução do tempo de
recuperação da contagem absoluta de neutrófilos. O Filgrastim
(substância ativa) e o medicamento comparador também demonstraram
eficácia equivalente na redução da incidência de neutropenia febril
quando comparados ao placebo.

Os resultados de eficácia deste estudo são sumarizados
na tabela a seguir:

*Pacientes deste grupo receberam placebo no ciclo 1 e Filgrastim
(substância ativa) nos ciclos de 2 a 4;
† Estimativa de análise de covariância (ANCOVA) e o intervalo de
confiança de 95% para a diferença entre o Filgrastim (substância
ativa) e o medicamento comparador no ciclo 1;
**Observado ou definido em protocolo;
DSN: Duração de neutropenia severa;
ANC: Contagem absoluta de neutrófilos;
trec: Tempo para recuperação da contagem absoluta de
neutrófilos;
FN: Incidência de neutropenia febril.

Câncer de pulmão

Estudo clínico fase III, multinacional, multicêntrico e
randomizado, de comparação entre Filgrastim (substância ativa) e
medicamento comparador, conduzido em 240 pacientes com câncer de
pulmão tratados com quimioterapia citotóxica. Durante o estudo, os
voluntários estavam sob tratamento quimioterápico de no máximo 6
ciclos com derivados de platina. O regime de terapia mais comum
utilizado foi cisplatina + etoposídeo ou gencitabina em 49% e 15%
dos pacientes, respectivamente. Outros regimes incluíram cisplatina
+ vinorelbina e combinações de carboplatina + vinorelbina,
etoposídeo, gencitabina ou paclitaxel.

Os resultados de eficácia basearam-se nas seguintes
determinações:

Duração de neutropenia severa (DSN): a duração de neutropenia
severa no ciclo 1 foi de 0,5 dias para pacientes tratados com o
Filgrastim (substância ativa) e 0,3 dias para os pacientes tratados
com o medicamento comparador. A estimativa de análise de
covariância (ANCOVA) entre o Filgrastim (substância ativa) e o
medicamento comparador foi de 0,157 dias. O intervalo de confiança
de 95% (-0,114 a 0,428 dias) foi incluído na faixa pré-definida de
equivalência (-1 a 1 dia), indicando que a duração de neutropenia
severa (DSN) não foi diferente para o Filgrastim (substância ativa)
e o medicamento comparador.

Contagem absoluta de neutrófilos (ANC): o perfil de contagem
absoluta de neutrófilos foi similar em todos os ciclos para o
medicamento comparador e o Filgrastim (substância ativa). Houve um
aumento inicial de ANC significativo atingindo contagem máxima no
5° dia e subsequente diminuição nos 11° e 12° dias. ANC atingiu uma
segunda contagem máxima no 14° dia e retornou próxima a contagem
basal, gradualmente, até o 21° dia. A contagem absoluta de
neutrófilos foi comparável entre os grupos que receberam o
medicamento comparador e Filgrastim (substância ativa) no ciclo 1
(2,1 vs. 2,9 x 109/L) e após migrarem do medicamento comparador
para Filgrastim (substância ativa) no ciclo 4 (2,3 vs. 3,2 x
109/L). No tempo médio de recuperação na contagem absoluta de
neutrófilos houve diferenças mínimas entre os grupos no ciclo 1
(6,3 vs. 4,5 dias) que persistiu até o ciclo 4 quando Filgrastim
(substância ativa) foi administrado em ambos os grupos (6,4 vs. 4,5
dias).

Incidência de neutropenia febril (FN):

No ciclo 1, a incidência observada ou definida em protocolo foi
de 15,0% no grupo que recebeu o Filgrastim (substância ativa) e
8,8% no grupo que recebeu o medicamento comparador.
Estatisticamente, esta diferença não é significativa (p=0,23). No
ciclo 4, após os pacientes migrarem do medicamento comparador para
Filgrastim (substância ativa), a incidência de neutropenia febril
foi de 4,3% e 3,3%, respectivamente (p=0.90). Nos outros ciclos, a
incidência de neutropenia febril foi de 33,1% e 23,8% nos pacientes
sob tratamento com o Filgrastim (substância ativa) e o medicamento
comparador, respectivamente.

Neste estudo clínico fase III, conduzido com pacientes com
câncer de pulmão sob tratamento quimioterápico citotóxico, a
profilaxia primária com Filgrastim (substância ativa) e o
medicamento comparador demonstraram eficácia e segurança
equivalentes. O perfil de contagem absoluta de neutrófilos,
incluindo a duração de neutropenia severa foi similar entre ambos
os medicamentos. Diferenças estatisticamente não significativas
entre o Filgrastim (substância ativa) e o medicamento comparador na
incidência de neutropenia febril podem ser atribuídas às diferentes
características dos pacientes.

Os resultados de eficácia deste estudo são sumarizados
na tabela a seguir:

 

Filgrastim (substância ativa) (n=160)

Comparador * (n=80)

DSN (dias)

Ciclo 10,50,3

∆ DSN, dias (95% CI)*

0,157 (-0,114, 0,428)

Ciclo 40,40,3**

ANC nadir, 109/L

Ciclo 12,12,9
Ciclo 42,33,2**

Tempo de recuperação ANC (dias)

Ciclo 16,34,5
Ciclo 46,44,5**

Incidência de neutropenia febril‡ (%)

Ciclo 115,08,8
Ciclo 44,33,3**
Todos os ciclos33,123,8

† Estimativa de análise de covariância (ANCOVA) e o intervalo de
confiança de 95% para a diferença entre o Filgrastim (substância
ativa) e o medicamento comparador no ciclo 1;
*Pacientes deste grupo receberam o medicamento comparador no ciclo
1 e o Filgrastim (substância ativa) nos ciclos seguintes;
**Após migrar do medicamento comparador para o Filgrastim
(substância ativa);
‡ Observado ou definido em protocolo;
DSN: Duração de neutropenia severa;
ANC: Contagem absoluta de neutrófilos;
FN: Incidência de neutropenia febril.

Linfomas Não-Hodgkin

Estudo clínico fase III, multinacional, multicêntrico e
randomizado, de comparação entre Filgrastim (substância ativa) e
medicamento comparador, conduzido em pacientes com linfoma
não-Hodgkin. Durante o estudo, os pacientes estavam sob tratamento
quimioterápico, de no máximo 6 ciclos, com ciclofosfamida,
doxorrubicina, vincristina e prednisona (CHOP). Tratamento
adicional com rituximabe (anticorpo monoclonal anti-CD20) foi
utilizado a critério de médico.

Os resultados de eficácia basearam-se nas seguintes
determinações:

Duração de neutropenia severa (DSN):

A duração de neutropenia severa no ciclo 1 foi de 0,5 dias para
pacientes tratados com o Filgrastim (substância ativa) e 0,9 dias
para os pacientes tratados com o medicamento comparador. A
estimativa de análise de covariância (ANCOVA) entre o Filgrastim
(substância ativa) e o medicamento comparador foi de -0,378 dias. O
intervalo de confiança de 95% (-0,837 a 0,081 dias) foi incluído na
faixa pré-definida de equivalência (-1 a 1 dia), indicando que a
duração de neutropenia severa (DSN) foi similar para o Filgrastim
(substância ativa) e o medicamento comparador (p=0.11). A duração
de neutropenia severa (DSN) no ciclo 4, após os pacientes migrarem
do Filgrastim (substância ativa) para o medicamento comparador foi
de, respectivamente, 0,2 e 0,7 dias para o grupo que recebeu
Filgrastim (substância ativa) e o grupo que recebeu o medicamento
comparador.

Contagem absoluta de neutrófilos (ANC):

O perfil de contagem absoluta de neutrófilos foi similar em
todos os ciclos para o medicamento comparador e o Filgrastim
(substância ativa). No ciclo 1, houve um aumento inicial de ANC
significativo atingindo contagem máxima no 4° dia e subsequente
diminuição no 9° dia. O ANC atingiu uma segunda contagem máxima no
11° dia e retornou próxima a contagem basal, gradualmente, até o
21° dia. A contagem absoluta de neutrófilos foi comparável entre os
grupos que receberam o medicamento comparador e o Filgrastim
(substância ativa) no ciclo 1 (1,7 vs. 1,1 x 109/L) e após migrarem
do Filgrastim (substância ativa) para o medicamento comparador no
ciclo 4 (2,1 vs. 1,8 x 109/L). O tempo médio de recuperação na
contagem absoluta de neutrófilos nos pacientes que receberam o
Filgrastim (substância ativa) e o medicamento comparador foi
respectivamente de 6,0 e 6,7 dias no ciclo 1, e 4,9 e 6,1 dias no
ciclo 4.

Incidência de neutropenia febril (FN):

No ciclo 1, a incidência observada ou definida em protocolo foi
de 11,1% no grupo que recebeu o Filgrastim (substância ativa) e
20,7% no grupo que recebeu o medicamento comparador (p=0.12). As
taxas de incidência no ciclo 4 foram respectivamente 31,7% e 41,4%
(p=0.21).

Este estudo clínico fase III foi conduzido em pacientes com
linfoma não-Hodgkin tratados com o regime quimioterápico CHOP, com
ou sem rituximabe. Os resultados do estudo confirmaram que a
profilaxia primária com o Filgrastim (substância ativa) é tão
eficaz quanto com o medicamento comparador na redução da duração de
neutropenia severa e na incidência de neutropenia febril. O perfil
de contagem absoluta de neutrófilos foi similar entre ambos os
medicamentos no ciclo 1.

Os resultados de eficácia resumidos estão demonstrados a
seguir:​

*Pacientes deste grupo receberam o medicamento comparador no
ciclo 1 e o Filgrastim (substância ativa) nos ciclos seguintes;
† Estimativa de análise de covariância (ANCOVA) e o intervalo de
confiança de 95% para a diferença entre o Filgrastim (substância
ativa) e o medicamento comparador no ciclo 1;
**Após migrar do medicamento comparador para o Filgrastim
(substância ativa);
‡ Observado ou definido em protocolo;
DSN: Duração de neutropenia severa;
ANC: Contagem absoluta de neutrófilos;
FN: Incidência de neutropenia febril;
n.a.: Não avaliado

Característias Farmacológicas

Grupo Farmacoterapêutico:

Imunoestimuladores, Fatores Estimuladores de Colônias.

Código ATC: L03AA02.

Propriedades farmacodinâmicas

Filgrastim (substância ativa), é uma glicoproteína que regula a
produção e a liberação de neutrófilos funcionais da medula óssea. O
Filgrastim (substância ativa) provoca, em um período de 24 horas,
um aumento significativo da contagem de neutrófilos no sangue
periférico, com pequenos aumentos de monócitos. Em alguns pacientes
com neutropenia crônica grave, o Filgrastim (substância ativa) pode
também induzir um pequeno aumento do número de eosinófilos e
basófilos circulantes em relação aos valores basais; alguns destes
pacientes podem apresentar eosinofilia ou basofilia antes do
tratamento. Elevações nas contagens de neutrófilos são
dosedependentes nas doses recomendadas. Os neutrófilos produzidos
em resposta ao Filgrastim (substância ativa) apresentam função
normal ou aumentada, conforme demonstrado em testes de funções
fagocítica e quimiostática. Após o término do tratamento com
Filgrastim (substância ativa), a contagem de neutrófilos
circulantes diminui em 50% dentro de 1 a 2 dias, e para níveis
normais dentro de 1 a 7 dias.

O uso de Filgrastim (substância ativa) em pacientes submetidos à
quimioterapia citotóxica leva a reduções significativas na
incidência, gravidade e duração da neutropenia e da neutropenia
febril. O tratamento com Filgrastim (substância ativa) reduz
significativamente a duração da neutropenia febril, a utilização de
antibióticos e o tempo de hospitalização após quimioterapia de
indução para leucemia mieloide aguda ou terapia mieloablativa
seguida de transplante de medula óssea. A incidência de relatos de
febre e infecções não foi reduzida em nenhum destes quadros
clínicos. A duração da febre não diminuiu nos pacientes que
receberam terapia mieloablativa seguida de transplante de medula
óssea.

A utilização de Filgrastim (substância ativa), isoladamente ou
após quimioterapia, mobiliza as células progenitoras
hematopoiéticas para o sangue periférico. Estas células
progenitoras do sangue periférico (CPSP) autólogas podem ser
coletadas e infundidas após terapia citotóxica de dose elevada, em
substituição ou em adição ao transplante de medula óssea. A infusão
de CPSP acelera a recuperação hematopoiética, reduzindo a duração
do risco de complicações hemorrágicas e a necessidade de
transfusões de plaquetas.

Os receptores de CPSP alogênicas mobilizadas com Filgrastim
(substância ativa) tiveram uma recuperação hematológica
significativamente mais rápida, levando a uma diminuição
significativa do tempo de recuperação de plaquetas quando comparado
com o transplante alogênico de medula óssea.

Um estudo Europeu retrospectivo que avaliou o uso de fator
estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF) após transplante
alogênico de medula óssea em pacientes com leucemia aguda sugeriu
risco aumentado de doença do enxerto contra hospedeiro
(graft-versus-host disease – GVHD), mortalidade
relacionada ao tratamento (TRM) e mortalidade quando o G-CSF foi
administrado. Outro estudo retrospectivo internacional, conduzido
em pacientes com leucemias mieloides aguda e crônica, não foi
observado risco de GVHD, TRM e mortalidade. Uma metanálise de
estudos de transplantes alogênicos, incluindo resultados de nove
estudos randomizados prospectivos, 8 estudos retrospectivos e 1
estudo de caso-controle, não detectou efeito sobre o risco de GVHD
aguda, GVHD crônica ou mortalidade relacionada ao tratamento.

GVHD: doença do enxerto contra hospedeiro (graft-versus-host
disease
);
TRM: mortalidade relacionada ao tratamento;
G-CSF: fator estimulador de colônias de granulócitos;
¹ A análise incluiu estudos envolvendo transplante de medula óssea
durante este período; alguns estudos utilizaram GM-CSF (fator
estimulador de colônias de macrófagos e granulócitos);
² A análise incluiu pacientes recebendo transplante de medula óssea
durante este período.

Previamente ao transplante de CPSP alogênicas, a utilização de
Filgrastim (substância ativa) para a mobilização de CPSP em
doadores saudáveis permite um cultivo de 4 x 106 células CD34+ /kg
de peso corporal do receptor na maioria dos doadores, após duas
leucaféreses. Para estes doadores saudáveis é dada uma dose de 10
mcg/kg/dia, administrada por via subcutânea durante 4 a 5 dias
consecutivos.

O uso de Filgrastim (substância ativa) em pacientes com
neutropenia crônica grave (neutropenia congênita grave, neutropenia
cíclica e neutropenia idiopática), induz um aumento sustentado das
contagens absolutas de neutrófilos no sangue periférico e uma
redução das infecções e eventos relacionados.

O Filgrastim (substância ativa), assim como com outros fatores
de crescimento hematopoiéticos, demonstrou in vitro
propriedades estimuladoras sobre as células endoteliais
humanas.

Propriedades Farmacocinéticas

A depuração de Filgrastim (substância ativa), tanto após
administração subcutânea como intravenosa, demonstrou seguir uma
farmacocinética de primeira ordem. A meia-vida de eliminação sérica
do Filgrastim (substância ativa) é de aproximadamente 3,5 horas,
com uma taxa de depuração de aproximadamente 0,6mL/min/kg. A
infusão contínua com Filgrastim (substância ativa) durante um
período de até 28 dias, em pacientes em recuperação de transplante
autólogo de medula óssea, não apresentou evidência de acumulação do
fármaco e de meias-vidas comparáveis. Há uma correlação linear
positiva entre a dose e a concentração sérica de Filgrastim
(substância ativa), se administrado por via intravenosa ou por via
subcutânea. Após administração subcutânea das doses recomendadas,
as concentrações séricas mantiveramse acima dos 10 ng/mL, durante 8
a 16 horas. O volume de distribuição no sangue é aproximadamente de
150mL/kg.

Em pacientes com câncer, o perfil farmacocinético do Filgrastim
(substância ativa) e do medicamento comparador foi comparável após
administração única e após administrações múltiplas por via
subcutânea.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Os dados pré-clínicos não revelaram risco especial para humanos
com base em estudos convencionais de segurança farmacológica,
genotoxicidade e tolerância local.

Os dados pré-clínicos de estudos convencionais de toxicidade de
doses múltiplas demonstraram os efeitos farmacológicos esperados,
incluindo aumento da contagem leucocitária, hiperplasia mieloide da
medula óssea, hematopoiese extramedular e dilatação esplênica.

Não foram observados efeitos sobre a fertilidade de ratos do
sexo masculino e feminino, assim como sobre a gestação em ratos.
Não existe evidência a partir dos estudos conduzidos em ratos e
coelhos de que o Filgrastim (substância ativa) seja teratogênico.
Foi observada incidência aumentada de perda embrionária em coelhos,
porém não foi observada má formação.

Cuidados de Armazenamento do Fiprima

Fiprima deve ser armazenado sob refrigeração, entre 2°C e 8°C e
protegido da luz. O produto deve ser mantido sempre dentro de sua
embalagem secundária até o momento do uso.

Fiprima não pode ser congelado (temperatura de congelamento do
produto: -11°C).

Após diluição, manter sob refrigeração entre 2°C e 8°C
por até 24 horas.

Soluções diluídas de Fiprima não devem ser preparadas mais de 24
horas antes da administração.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do produto

Fiprima é uma solução límpida, incolor a levemente amarelada e
isenta de partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Fiprima

M.S.: 1.0043.1165

Farm. Resp.:

Dra. Maria Benedita Pereira
CRF-SP 30.378

Eurofarma Laboratórios S. A.

Av. Vereador José Diniz
3.465 São Paulo – SP
CNPJ: 61.190.096/0001-92
Indústria Brasileira

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.

Fiprima, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.