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Ferronil

Como o Ferronil funciona?


O ferro, componente principal do Ferronil®, é um
dos mais importantes elementos no metabolismo das células vivas. É
através deste metal que o sangue transporta o oxigênio. O ferro é
um elemento essencial utilizado no tratamento de anemias devidas à
falta deste elemento no organismo. Estas anemias podem ser
decorrentes de sangramentos agudos ou crônicos ou em razão da má
absorção deste elemento ou ainda por deficiência da
alimentação.

Contraindicação do Ferronil

Você não deve utilizar Ferronil® caso esteja
recebendo transfusões de sangue repetidas ou com anemias não
causadas por deficiências de ferro, a menos que a deficiência de
ferro também esteja presente. O sulfato ferroso é contraindicado em
pacientes com hipersensibilidade (alergia) ao sulfato ferroso.

Como usar o Ferronil

Ferronil deve ser administrado após as refeições,
acompanhado de água ou suco de frutas. Não administrar o sulfato
ferroso junto com leite ou bebidas alcoólicas.

Adultos

1 comprimido (40mg de ferro) 4 vezes ao dia, após as
refeições.

Crianças de 0 a 6 anos

Doses de 2mg/kg/dia para lactentes da 6ª semana a 1 ano e
4mg/kg/dia para crianças maiores.

Crianças de 6 a 12 anos

1 comprimido (40mg de ferro), 3 vezes ao dia, após as
refeições.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não pode ser partido ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Ferornil?


Caso você tenha se esquecido de utilizar uma das doses de
Ferronil®, utilize a dose assim que você se lembrar.
Caso esteja perto do momento da utilização da próxima dose não
utilize uma dose duplicada, omita a dose esquecida. Continue
normalmente a utilizar as próximas doses, nos horários normais. Se
tiver esquecido diversas doses, solicitamos que informe ao seu
médico e siga as orientações dele.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Ferronil

Suas fezes poderão se tornar escuras durante o tratamento com
preparados contendo ferro, este fato é inofensivo e é causado pela
presença do ferro não absorvido nas fezes.

Você não deve utilizar o sulfato ferroso por períodos
prolongados e em doses acima das recomendadas, exceto por indicação
do seu médico. Não utilize o sulfato ferroso junto com leite ou
bebidas alcoólicas. Informe seu médico se for portador de úlcera
péptica, colite, enterite, pancreatite, hepatite ou se tiver
passado por alguma cirurgia estomacal nos últimos tempos, antes de
iniciar o tratamento com sulfato ferroso.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Reações Adversas do Ferronil

As reações adversas mais frequentes com o uso de sais de
ferro são:

  • Diarreia;
  • Dor epigástrica (dor localiza-se na parte alta e central do
    abdômen);
  • Náusea;
  • Vômitos;
  • Fezes escuras (coloração causada pela presença de ferro não
    absorvido).

A administração contínua pode provocar prisão de ventre.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Riscos do Ferronil

Não use este medicamento se você tem problemas
gastrointestinais.

Composição do Ferronil

Cada comprimido revestido contém:

Ferro (na forma de
sulfato ferroso)
40mg
Excipiente q.s.p1 comprimido

Excipientes:

corante amarelo 6 alumínio laca, dióxido de titânio, estearato
de magnésio, povidona, lactose monoidratada, celulose
microcristalina, crospovidona, talco, hipromelose/macrogol,
acetona, água de osmose reversa, macrogol e álcool etílico.

Apresentação do Ferronil


Comprimido revestido 40mg. Embalagens contendo 50 e 300
comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico.

Superdosagem do Ferronil

As superdoses agudas são muito raras em adultos, mas atingem as
crianças e podem ser muito graves, até mortais. As principais
manifestações da intoxicação por ferro são náuseas, vômitos com
sangue, diarreia abundante e com sangue, diminuição da pressão
arterial, insuficiência respiratória e morte.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Ferronil

O ácido ascórbico aumenta a absorção do ferro medicinal, no
entanto essa maior absorção está associada a um aumento da
incidência de efeitos adversos.

Medicamentos contendo alumínio, magnésio ou citrato de bismuto
diminuem a abosrção de ferro.

O ferro reduz a absorção das tetraciclinas orais, das quinolonas
(ciprofloxacino) e ainda, a eficácia da penicilina.

Ao se fazer uso de tetraciclina deve ser respeitado um período
de tempo de pelo menos 3 horas para administração do sulfato
ferroso.

O uso conjunto de alopurinol com sulfato ferroso poderá
ocasionar acúmulo de ferro no fígado.

O uso concomitante com cimentidina, omeprazol, metildopoa,
também reduz a absorção do ferro, enquanto que o álcool
favorece sua absorção. O tratamento concomitante com cloranfenicol
retarda a absorção do ferro.

A levodopa e a vitamina E interferem no efeito terapêutico do
ferro.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Ferronil

Resultados de Eficácia


Comprimido

Um estudo foi desenvolvido no Centro de Atenção à Mulher do
Instituto Materno Infantil de Pernambuco, para avaliar a
efetividade de três esquemas de tratamento utilizando Sulfato
Ferroso (substância ativa) em gestantes anêmicas. Esse estudo foi
em Recife, no período de maio de 2000 a dezembro de 2001. O ensaio
clínico foi aleatório e cego do ponto de vista laboratorial,
utilizando comprimidos de Sulfato Ferroso (substância ativa) para
administração de 60 mg de ferro elementar. As gestantes foram
alocadas em três grupos de tratamento, conforme a frequência de
administração do ferro: uma vez por semana (n =48); duas vezes por
semana (n =53); e uma vez ao dia (n =49). Foram comparadas as
concentrações de hemoglobina, volume corpuscular médio e
ferritina.(1)

Antes da intervenção, os grupos eram homogêneos e apresentaram
as seguintes médias e desvios-padrão nas concentrações de
hemoglobina: 10,2 ± 0,5 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato
Ferroso (substância ativa) uma vez por semana; 10,2 ± 0,6 g/dL para
o grupo que recebeu Sulfato Ferroso (substância ativa) duas vezes
por semana; e 10,1 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato
Ferroso (substância ativa) uma vez ao dia. As médias de volume
corpuscular médio foram, respectivamente: 88,5 ± 5,0; 87,6 ± 5,9; e
88,7 ± 5,1 fL. As medianas de ferritina foram 30,2; 37,1; e 52,9
ng/mL. Houve 27% de cura no esquema de uma vez por semana, 34% no
grupo tratado duas vezes por semana e 47% no tratamento diário.
Abandono do tratamento por queixa de diarréia ou dor epigástrica só
foi observado no tratamento diário.(1)

Em conclusão, o tratamento diário com Sulfato Ferroso
(substância ativa) continua sendo o mais eficaz.

Contudo, o tratamento com Sulfato Ferroso (substância ativa)
duas vezes por semana é uma alternativa em caso de dificuldade de
adesão ao tratamento diário.(1)

Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp;
Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser
utilizado em todos os pacientes com diagnóstico
clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da
dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de
ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de
ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha
devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de
tratamento depende da severidade da anemia.(2)

A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande
chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como
gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.

Para gestantes em áreas de baixa prevalência de anemia (Hb lt;
11 g/dl em menos de 20% das gestantes na segunda metade da
gravidez), a dose preconizada pela OMS é de um comprimido de 60 mg
de ferro elementar por dia. A suplementação deve ocorrer
principalmente durante a segunda metade da
gravidez.(2)

A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da
anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da
deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na
qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual
é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em
programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os
grupos de maior vulnerabilidade.(2)

Um estudo foi realizado para determinar se a suplementação de
ferro podia prevenir decréscimos no status de ferro e melhorar as
medidas de desempenho físico e estado cognitivo em soldados
mulheres durante o treinamento básico de combate (TBC). No estudo
de 8 semanas randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, os
soldados voluntários (n = 219) receberam cápsulas contendo 100 mg
de sulfato de ferro (correspondente a 15 ± 0,2 mg de ferro
elementar) ou placebo. Ensaios indicadores do status de ferro foram
realizados pré e pós- treinamento básico de combate. O tempo de
execução de duas milhas foi avaliado pós-treinamento básico de
combate. O humor foi avaliado através de um questionário, Perfil
dos Estados de Humor, pré e póstreinamento básico de
combate.(3)

A participação no curso de treinamento básico de combate (TBC)
teve efeito sobre o nível de ferro, como mostrado pela elevação do
RDW (índice que indica a variação de tamanho das hemácias) – P
lt;0,05 e do sTfR ( Receptor solúvel de tranferrina) – P lt;0,05. O
RDW no grupo placebo aumentou de 16.1 ± 1.5 % para 16.8 ± 1.5 % e
no grupo do ferro de 16.1 ± 1.6 % para 16.9 ± 1.6 %. O sTfR no
grupo placebo aumentou de 21.8 ± 8.0 nmol/L para 27.2 ± 10.5 nmol/L
e no grupo do ferro de 21.4 ± 9.0 nmol/L para 23.6 ± 9.6 nmol/L. A
ferritina sérica foi reduzida (P lt;0,05) pós-TBC, porém a
suplementação com ferro atenuou essa queda, pois no grupo placebo,
os valores de ferritina eram 39.6 ± 30.7 ng/mL e diminuiram para
26.0 ± 18.3 ng/mL e no grupo tratado com ferro eram de 37.0 ±
29.4 ng/mL e dimuiram para 32.0 ± 22.1 ng/mL.(3) Em voluntários com
ADF (Anemia por Deficiência de Ferro) no início da TBC, o
tratamento com ferro teve um efeito benéfico, porque o tempo de
execução médio foi de 110s mais rápido (P lt;0,001) no final do TBC
no grupo tratado com ferro em comparação com os voluntários
tratados com placebo (1081 ± 125s em comparação com 1191 ± 96s). A
suplementação com ferro resultou em melhora (P lt;0,05) no vigor,
de 10.8 ± 4.9 antes do tratamento para 13.1 ± 6.3 após o
tratamento, sobre o Perfil dos Estados de Humor pós –
TBC.(3)

Em conclusão, a suplementação com ferro atenuou o decréscimo nos
indicadores do estado nutricional de ferro nos voluntários. Além
disso, a suplementação de ferro mostrou-se ser benéfica para o
humor e a performance física.(3)

Referências:

(1) Souza A. I. et al.
Efetividade de três esquemas com Sulfato Ferroso para
tratamento de anemia em gestantes. Rev Panam Salud Publica vol.15
no.5 Washington May 2004.
(2) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções
Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) McClung J. P. et al. Randomized, double-blind,
placebo-controlled trial of iron supplementation in female soldiers
during military training: effects on iron status, physical
performance, and mood. Am J Clin Nutr. 2009 Jul;90(1):124-31. Epub
2009 May 27. PMID: 19474138 [PubMed – indexed for
MEDLINE].

Gotas

Um ensaio de campo randomizado, com crianças de 6 a 12 meses de
idade, foi realizado com o objetivo de avaliar a efetividade da
suplementação universal profilática com Sulfato Ferroso (substância
ativa), em administração diária ou semanal, na prevenção da anemia
em lactentes. As crianças foram atendidas em unidades básicas de
saúde do município do Rio de Janeiro, em 2004-2005. Foram formadas
três coortes concorrentes com suplementação universal com Sulfato
Ferroso (substância ativa) com grupos: diário (n=150; 12,5mg
Fe/dia), semanal (n=147; 25mgFe/semana) e controle (n=94). A
intervenção durou 24 semanas e foi acompanhada por ações educativas
promotoras de adesão. A concentração de hemoglobina sérica foi
analisada segundo sua distribuição, média e prevalência de anemia
(Hblt;110,0 g/L) aos 12 meses de idade. A avaliação da efetividade
foi realizada segundo intenção de tratar e adesão ao protocolo,
utilizando-se análises de regressão múltipla (linear e de
Poisson).(1)

Os grupos mostraram-se homogêneos quanto às variáveis de
caracterização. A intervenção foi operacionalizada com sucesso, com
elevada adesão ao protocolo em ambos os grupos expostos a ela, sem
diferença estatística entre eles. Após ajuste, somente o esquema
diário apresentou efeito protetor. Na análise por adesão, o esquema
diário apresentou evidente efeito dose-resposta para média de
hemoglobina sérica e prevalência de anemia, não sendo observado
nenhum efeito protetor do esquema semanal.(1)

Portanto, apenas o esquema diário de suplementação universal com
Sulfato Ferroso (substância ativa) dos 6 aos 12 meses de idade foi
efetivo em aumentar a concentração de hemoglobina sérica e em
reduzir o risco de anemia. (1) 

Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp;
Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser
utilizado em todos os pacientes com diagnóstico
clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da
dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de
ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de
ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha
devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de
tratamento depende da severidade da anemia.(2)

A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande
chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como
gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.

Crianças com baixo peso ao nascer (lt; 2,5 kg) apresentam
velocidade de crescimento pós-natal maior; por isso,
recomenda-se 2 mg de ferro elementar/kg de peso/dia a partir do
segundo mês de idade. Para crianças em idade escolar, se a
prevalência de ADF apresentar magnitude importante, o serviço de
saúde em assistência primária e os professores poderão fornecer
doses diárias de 30 a 60 mg de ferro elementar/dia, dependendo da
idade e do peso da criança.(2)

A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da
anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da
deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na
qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual
é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em
programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os
grupos de maior vulnerabilidade.(2)

Um estudo foi realizado com o objetivo de determinar a situação
de ferro das crianças que consumiam mingau cozido em água com
adição de Sulfato Ferroso (substância ativa). Um total de 234
crianças, com idades entre 6-12 meses, foram recrutados na
República Popular Democrática da Coreia (RPDC Coreia do Norte) e
divididos aleatoriamente em grupo ferro (Fe) e grupo placebo. No
início do estudo, não havia diferenças significativas entre os dois
grupos no que diz respeito à concentração de hemoglobina (Grupo Fe
com Hb = 111 ± 10.4 e grupo placebo com Hb = 111 ± 10.0) e na
prevalência de anemia. O grupo Fe recebeu mingau de arroz
fortificado com 10 mg de ferro (como Sulfato Ferroso (substância
ativa)) por dia, adicionada à água em que o arroz era cozido e o
grupo placebo recebeu cereal nãofortificado por 6
meses.(3)

Após a intervenção, a concentração média de hemoglobina no grupo
Fe foi significativamente maior do que no grupo controle (grupo Fe
118 g/L e grupo placebo 110 g/L; plt;0,001). A prevalência de
crianças com anemia no grupo Fe foi significativamente menor em
comparação com os do grupo placebo (grupo Fe com 24% e no grupo
placebo com 48%; p lt;0,001). Os valores de ferritina sérica foram
significativamente diferentes no final do estudo (Grupo Fe com 40,7
K/L e grupo placebo com 26,8 K/L; plt;0,001). A proporção de
crianças com anemia ferropriva (Hb lt; 110 g/L, Ferritina Sérica
lt; 12 mcg/L) no grupo Fe foi significativamente menor em
comparação com os do grupo placebo (p lt;0,001).(3) Em conclusão, a
adição de Sulfato Ferroso (substância ativa) reduziu a prevalência
de anemia ferropriva de lactentes na RPDC, sem reações adversas.
Esta fortificação simples seria apropriada como um programa
nacional na RPDC e em outros países.(3)

Em outro estudo objetivou-se testar a terapêutica com doses
profiláticas de sulfato ferroso no combate à anemia carencial
ferropriva, em 620 crianças de 4 a 36 meses de idade,
atendidas em duas unidades de saúde do Município de São Paulo,
Brasil. As crianças foram submetidas a coleta de sangue para
dosagem de hemoglobina. Em seguida, foi prescrita dosagem de 12
mg/dia de ferro elementar, por 30 dias.

Observouse que 25% dos menores de 6 meses apresentaram níveis de
hemoglobina inferiores a 11,0 g/dl. As maiores ocorrências de
anemia foram detectadas entre os de 9 e 23 meses de idade
(50,0%).

Decorrido o prazo, apenas 37,4% das crianças com anemia e 52,4%
das não anêmicas retornaram para reavaliação. Das 299 que foram
reavaliadas, somente 157 (52,5%) receberam a medicação
corretamente. A frequência de hemoglobinas inferiores a 9,5 g/dl
caiu de 17,1% no início do estudo, para 8,1% ao final da
intervenção. Por outro lado, o percentual de crianças com
hemoglobinas superiores a 12,0 g/dl subiu de 13,4%, para 33,4%. As
que receberam a suplementação férrica de forma correta registraram
queda nos índices de anemia sensivelmente maior que a observada
naquelas suplementadas de forma incorreta.

Concluiu-se que a terapêutica com doses profiláticas de Sulfato
Ferroso (substância ativa) mostrou-se eficiente na recuperação dos
níveis de hemoglobina.(4)

Referências:

(1) Engstrom E. M. et
al. Efetividade da suplementação diária ou semanal com ferro na
prevenção da anemia em lactentes. Revista de Saúde Pública, vol.42
no.5 São Paulo Oct. 2008 Epub Aug 08, 2008.
(2) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções
Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) Rim H.Y. MD, et al. Effect ofiron fortification of
nursery complementary food on iron status of infants in the
DPRKorea. Pac J Clin Nutr 2008;17 (2):264-269.
(4) Torres M.A.A. et al. Terapêutica com doses
profiláticas de Sulfato Ferroso (substância ativa) como medida de
intervenção no combate à carência de ferro em crianças atendidas em
unidades básicas de saúde. Revista de Saúde Pública, vol.28 no.6
São Paulo Dec. 1994.

Xarope

Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp;
Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser
utilizado em todos os pacientes com diagnóstico
clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da
dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de
ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de
ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha
devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de
tratamento depende da severidade da anemia.(1)

A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande
chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como
gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.

Para crianças em idade escolar, se a prevalência de ADF
apresentar magnitude importante, o serviço de saúde em assistência
primária e os professores poderão fornecer doses diárias de 30 a 60
mg de ferro elementar/dia, dependendo da idade e do peso da
criança.(1)

A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da
anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da
deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na
qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual
é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em
programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os
grupos de maior vulnerabilidade.(1)

Um estudo foi realizado em 118 crianças com anemia ferropriva
(IDA), com idade variando entre 1-6 anos, para comparar a eficácia
e efeitos colaterais do Complexo Polymaltose Ferro (IPC) em relação
ao Sulfato Ferroso (substância ativa) (SF) em preparações
convencionais para tratamento da anemia ferropriva (AF). Os
indivíduos foram randomizados para receber terapia oral com um IPC
(Grupo A, n = 59) ou SF oral (Grupo B, n = 59), todos receberam
ferro elementar em três doses separadas de 6 mg/kg/dia. Cento e
seis crianças puderam completar o estudo, sendo 53 em cada
grupo.(2)

Na maioria dos casos, em ambos os grupos A e B mostraram aumento
da hemoglobina após o tratamento. Nenhuma mudança foi observada na
Hb em 7,6% (n = 4) das crianças do grupo A e 1,9% (n = 1) do Grupo
B. Onze (20,75%) casos apresentaram diminuição da hemoglobina no
Grupo A, enquanto nenhum caso apresentou diminuição na hemoglobina
no grupo B. Os efeitos colaterais gastrintestinais foram 2,5 vezes
mais comum no grupo SF em relação ao grupo IPC (grupo IPC = 4
(7,6%) e grupo SF = 9 (17,0%)). Entretanto, um conjunto de
queixas residuais foram mais comuns no grupo do IPC em relação
ao grupo FS em um mês de seguimento (grupo IPC = 16 (30.8%) e grupo
SF = 2 (3.8%)).(2)

Portanto, as crianças que receberam Sulfato Ferroso (substância
ativa) tinham maior nível de hemoglobina, e menos queixas
residuais, em comparação com aqueles que haviam recebido
polymaltose complexo de ferro. Esse estudo sugere que o Sulfato
Ferroso (substância ativa) tem uma melhor resposta clínica e menos
efeitos adversos significativos durante o tratamento da anemia
ferropriva em crianças.(2)

Referências: 

(1) Cardoso, M. A. amp;
Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva.
Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun,
1994.
(2) Bopche A. V. et al. Ferrous Sulfate Versus Iron
Polymaltose Complex for Treatment of Iron Deficiency Anemia in
Children. Indian Pediatrics. Vol. 46, October 17, 2009. Published
online 2009 April 15. PII:S097475590700648-2.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Lomfer.

Características Farmacológicas


Mecanismo de Ação

O ferro é um componente essencial na função fisiológica da
hemoglobina; são necessárias quantidades adequadas de ferro para a
eritropoiese e a capacidade resultante de transportar oxigênio no
sangue. O ferro tem uma função similar na produção de mioglobina e
também serve como co-fator de várias enzimas essenciais. Quando se
administra por via oral, em alimentos ou como suplementos, o ferro
passa através das células mucosas no estado ferroso e se une à
proteína transferrina. Esta forma de ferro é transportada do
organismo à medula óssea para a produção de glóbulos vermelhos.

Farmacocinética

A absorção de ferro aumenta quando os depósitos estão vazios ou
quando aumenta a produção de glóbulos vermelhos. Entretanto,
elevadas concentrações de ferro diminuem a absorção.

Nas formas farmacêuticas orais, a absorção se comporta
da seguinte forma:

  • Pessoas com deficiência de ferro: absorve de 20 a 30%, sendo a
    quantidade aproximadamente proporcional ao grau de
    deficiência;
  • Pessoas sem deficiência de ferro: absorve-se de 3 a 10% do
    ferro ingerido. A absorção se processa principalmente no duodeno e
    jejuno proximal e é maior quando o ferro é ingerido com o estômago
    vazio. A absorção é mais eficaz quando o ferro encontra-se em sua
    forma ferrosa, do que quando está na forma férrica. Quando se
    administra com alimentos, a quantidade de ferro absorvida pode
    reduzir em 1/2 a 1/3 da dose ingerida com o estômago vazio. A união
    à proteína é muito elevada, cerca de 90% (hemoglobina-elevada;
    mioglobina, enzimas e transferrina-baixa e
    hemossiderinabaixa).

Não existe um sistema fisiológico de eliminação para o ferro e
este pode acumular-se no organismo em quantidades tóxicas,
entretanto, diariamente perdem-se pequenas quantidades de ferro,
algumas vezes no suor, leite materno (0,5 a 1,0 mg/dia); sangue
menstrual e urina.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Lomfer.

Cuidados de Armazenamento do Ferronil

Durante o consumo este produto deve ser mantido no cartucho de
cartolina, conservado em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger
da luz e umidade.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Ferronil® se apresenta na forma de comprimido
revestido circular de cor laranja.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Ferronil

M.S. nº 1.0370.0247

Farm. Resp.:

Andreia Cavalcante Silva
CRF-GO nº 2.659

Laboratório Teuto Brasileiro S/A.

CNPJ – 17.159.229/0001 -76
VP 7-D Módulo 11 Qd. 13 – DAIA
CEP 75132-140 – Anápolis – GO
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Ferronil, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.