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Cloridrato De Tizanidina Unichem

  • Associado a distúrbios estáticos e funcionais da coluna
    (síndromes cervical e lombar);
  • Após cirurgia, como por exemplo, de hérnia de disco
    intervertebral ou de osteoartrite do quadril.

Espasticidade decorrente de distúrbios
neurológicos

Esclerose múltipla, mielopatia crônica, doenças degenerativas da
medula espinhal, acidentes cerebrovasculares e paralisia
cerebral.

Contraindicação do Cloridrato De Tizanidina –
Unichem

O Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) é contraindicado
em casos de hipersensibilidade conhecida à tizanidina ou a qualquer
um dos excipientes. É também contraindicado na disfunção hepática
grave.

O uso concomitante de tizanidina com inibidores fortes da
CYP1A2, como a fluvoxamina ou o ciprofloxacino é
contraindicado.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes
com disfunção hepática grave.

Como usar o Cloridrato De Tizanidina –
Unichem

O Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) deve ser
usado por via oral.

O Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) possui janela
terapêutica estreita e alta variabilidade interpaciente devido às
concentrações plasmáticas de tizanidina, o que torna importante o
ajuste de dose de acordo com a necessidade do paciente.

Uma baixa dose inicial de 2 mg, três vezes ao dia, pode
minimizar o risco de reações adversas. O aumento de dose deve ser
ajustado cuidadosamente de acordo com as necessidades individuais
do paciente.

Para alívio dos espasmos musculares
dolorosos

A dose usual é de 2 a 4 mg, três vezes ao dia. Em casos graves,
uma dose adicional de 2 mg ou 4 mg pode ser tomada,
preferencialmente à noite para minimizar a sedação.

Espasticidade decorrente de distúrbios
neurológicos

A dose diária inicial não deve exceder a 6 mg, divididos em três
doses, podendo ser aumentada gradativamente de 2 mg a 4 mg, em
intervalos de 3 a 4 dias ou semanalmente. Geralmente, obtém-se
resposta terapêutica ótima com dose diária entre 12 e 24 mg,
administradas em 3 ou 4 doses, em intervalos iguais. Não se deve
exceder a dose diária de 36 mg.

Uso pediátrico

Como a experiência em pacientes abaixo de 18 anos de idade é
limitada, não se recomenda o uso de Cloridrato de Tizanidina
(substância ativa) nessa faixa etária da população.

Uso em idosos (= 65 anos)

A experiência com o uso de Cloridrato de Tizanidina (substância
ativa) em idosos é limitada. Entretanto, é recomendado que o
tratamento seja iniciado com a menor dose e o aumento da dose deve
ser realizado aos poucos, de acordo com a tolerância e
eficácia.

Pacientes com insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal grave [clearance
(depuração) de creatinina lt; 25 mL/min], é recomendado iniciar o
tratamento com 2 mg, uma vez ao dia. O aumento da posologia deve
ser feito gradativamente, de acordo com a tolerabilidade e a
eficácia.

Se a eficácia precisar ser melhorada, recomenda-se aumentar
primeiramente a dose única diária antes de aumentar a frequência de
administração.

Pacientes com insuficiência hepática

O uso de Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) em
pacientes com insuficiência hepática grave é contraindicado.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

Uma vez que Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) é
extensivamente metabolizado no fígado, estão disponíveis dados
limitados nesta população.

Sua utilização foi associada com anormalidades reversíveis em
testes da função hepática. O Cloridrato de Tizanidina (substância
ativa) deve ser utilizado com precaução em pacientes com problemas
hepáticos moderados, e qualquer tratamento deve ser iniciado com a
menor dose. Depois, o aumento de dose deve ser feito cuidadosamente
e de acordo com a tolerabilidade do paciente.

Descontinuação do tratamento

Caso o uso de Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) deva
ser descontinuado, a dose deve ser lentamente reduzida,
particularmente em pacientes que receberam altas doses por um longo
período, para prevenir ou minimizar o risco de hipertensão e
taquicardia rebotes.

Precauções do Cloridrato De Tizanidina –
Unichem

Inibidores da CYP

O uso concomitante de Cloridrato de Tizanidina (substância
ativa) com inibidores moderados da enzima CYP1A2 não é
recomendado.

Deve-se ter cautela quando Cloridrato de Tizanidina (substância
ativa) for administrado com medicamentos conhecidos por aumentar o
intervalo QT.

Hipotensão

Pode ocorrer hipotensão durante o tratamento com Cloridrato de
Tizanidina (substância ativa) e também em decorrência da interação
do fármaco com inibidores da CYP1A2 e/ou fármacos
anti-hipertensivos.

Também foram observadas manifestações graves de hipotensão, como
perda de consciência e colapso circulatório.

Síndrome de abstinência

Foram observadas hipertensão e taquicardia rebotes após a
retirada repentina de cloridrato de tizanidina, quando este é
utilizado de maneira crônica, e/ou em altas doses diárias, e/ou
concomitantemente com fármacos anti-hipertensivos. Em casos
extremos, a hipertensão rebote pode levar a um acidente vascular
cerebral. O Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) não deve
ser interrompido abruptamente, mas sim gradualmente com diminuição
da dose ajustada.

Disfunção hepática

Embora a disfunção hepática tenha sido raramente relatada em
associação à tizanidina em doses diárias de até 12 mg, é
recomendada a monitoração mensal dos testes de função hepática
durante os primeiros quatro meses de tratamento em pacientes que
recebem doses superiores ou equivalentes a 12 mg e em pacientes nos
quais os sintomas clínicos sugerem disfunção hepática, tais como
náuseas sem explicação, anorexia ou cansaço. O tratamento com
Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) deve ser descontinuado
se os níveis séricos das transaminases TGP ou TGO estiverem três
vezes acima do limite superior da normalidade.

Insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal grave [clearance
(depuração) de creatinina lt; 25 mL/min], a exposição sistêmica à
tizanidina pode aumentar em até 6 vezes quando comparada a
pacientes com função renal normal. Portanto, recomenda-se iniciar o
tratamento com 2 mg, uma vez ao dia.

Reações de Hipersensibilidade

Reações de hipersensibilidade incluindo anafilaxia, angioedema,
dermatite, erupção cutânea, urticária, prurido e eritema foram
relatadas em associação com tizanidina. Observações cuidadosas dos
pacientes são recomendadas de um a dois dias após a primeira dose
ter sido administrada. Se a anafilaxia ou angioedema com choque
anafilático ou dificuldade de respirar for observado, o tratamento
com tizanidina deve ser descontinuado imediatamente e tratamento
médico adequado deve ser instituído.

O medicamento contém lactose. Este medicamento não é
recomendado a pacientes com raros problemas hereditários de
intolerância à galactose, deficiência grave de lactase ou má
absorção de glicose-galactose.

Este medicamento contém lactose.

Mulheres em idade fértil

Não existem dados que suportam as recomendações especiais em
mulheres em idade fértil.

Gravidez

Uma vez que existe pouca experiência com a utilização de
Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) em mulheres grávidas, a
tizanidina não deve ser utilizada durante a gravidez, a menos que
os benefícios sejam superiores aos riscos.

Dados em animais

Os estudos de reprodução realizados em ratos e coelhos não
demonstraram evidência de teratogenicidade. Nos ratos, os níveis de
dose de 10 e 30 mg/kg/dia, aumentaram a duração da gestação. A
perda de filhotes pré-natal e pós-natal aumentou e ocorreu o
retardo no desenvolvimento. Nessas doses, a mãe mostrou sinais
evidentes de relaxamento muscular e sedação. Com base na área
superficial do corpo, estas doses foram 2,2 e 6,7 vezes maiores do
que a dose máxima recomendada para humanos de 0,72 mg/kg/dia.

Este medicamento pertence à categoria de risco na
gravidez C, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Lactação

Sumário do risco

Pequenas quantidades de tizanidina são excretadas no leite de
ratas. Considerando que dados em humanos não estão disponíveis, não
deve ser administrado a mulheres que estejam
amamentando.

Teste de Gravidez

Mulheres sexualmente ativas com potencial reprodutivo são
recomendadas a realizarem um teste de gravidez antes de iniciar o
tratamento.

Contracepção

Mulheres com potencial reprodutivo devem ser advertidas que
estudos com animais foram realizados e demonstraram que tizanidina
é prejudicial para o desenvolvimento do feto.

Mulheres sexualmente ativas com potencial reprodutivo são
recomendadas a utilizar métodos contraceptivos eficazes (métodos
que resultem em taxas de gravidez inferiores a 1%) quando
em tratamento e um dia após a interrupção do tratamento com o
medicamento.

Fertilidade

Dados em animais

Não foram observados problemas de fertilidade em ratos machos
com doses de 10 mg/kg/dia e em ratos fêmeas com doses de 3
mg/kg/dia. A fertilidade foi reduzida em ratos machos recebendo 30
mg/kg/dia e em ratos fêmeas recebendo 10 mg/kg/dia. Nessas doses,
efeitos comportamentais maternos e sinais clínicos foram
observados, incluindo sedação acentuada, perda de peso e
ataxia.

Dirigir veículos e/ou operar máquinas

Os pacientes que apresentarem sonolência, tontura ou qualquer
sintoma de hipotensão devem evitar atividades que requeiram alto
grau de concentração, como, por exemplo, dirigir veículos e/ou
operar máquinas.

Reações Adversas do Cloridrato De Tizanidina –
Unichem

Com doses baixas, como as recomendadas para o alívio de espasmos
musculares dolorosos, as reações adversas como sonolência, fadiga,
tontura, boca seca, diminuição da pressão arterial, náuseas,
problemas gastrintestinais e aumento das transaminases, têm sido
relatadas, geralmente como ligeiras e transitórias.

Com doses mais elevadas, como as recomendadas para o tratamento
de espasticidade, as reações adversas observadas com doses baixas
são mais frequentes e mais pronunciadas, mas raramente graves o
suficiente para requerer a descontinuação do tratamento. Além
disso, as seguintes reações adversas podem ocorrer hipotensão,
bradicardia, fraqueza muscular, insônia, distúrbio do sono,
alucinação, hepatite.

As reações adversas a medicamentos de estudos clínicos (Tabela
1) estão listadas de acordo com a classificação sistema-órgão do
MedDRA. Dentro de cada classe de sistema-órgão, as reações adversas
a medicamentos estão classificadas conforme a frequência, a mais
frequente primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as
reações adversas a medicamentos estão apresentadas em ordem
decrescente de gravidade.

Além disso, a frequência correspondente utilizando a
seguinte convenção (CIOMS III) também está sendo fornecida para
cada reação adversa ao medicamento

  • Muito comum (gt; 1/10);
  • Comum (gt; 1/100 a lt; 1/10);
  • Incomum (gt; 1/1.000 a lt; 1/100);
  • Rara (gt; 1/10.000 a lt; 1/1.000);
  • Muito rara (lt; 1/10.000).

Tabela 1 – Reações adversas:

Classe de sistema de órgãos

Categoria de frequencia

Reações adversas

Distúrbios psiquiátricosComuns Insônia, distúrbio do
sono.
Distúrbios do sistema nervosoMuito comunsSonolência, tontura.
Distúrbios cardíacosIncomumBradicardia.

Distúrbios vasculares

ComumHipotensão.
Distúrbios gastrintestinaisMuito comunsDistúrbios gastrintestinais, boca
seca.
 ComumNáusea.
Distúrbios musculoesqueléticos e de
tecidos conjuntivos
Muito comumFraqueza muscular.
Distúrbios gerais e condições do
local de administração
Muito comumFadiga.
LaboratoriaisComunsDiminuição da pressão sanguínea,
aumento de transaminase.

Reações adversas a medicamentos na pós-comercialização
(frequência desconhecida)

As seguintes reações adversas a medicamentos foram reportadas
durante o uso de Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) após
aprovação, por relatos espontâneos e casos da literatura.

Como esses casos são relatados voluntariamente de uma população
de tamanho incerto e estão sujeitos a fatores confusos, não é
possível estimar confiavelmente sua frequência (que é, portanto,
classificada como desconhecida), ou estabelecer uma relação causal
à exposição ao medicamento. As reações adversas a medicamentos
estão listadas de acordo com a classificação sistema-órgão do
MedDRA.

Distúrbios psiquiátricos

Alucinação, estado confusional.

Distúrbios do sistema nervoso

Vertigem.

Distúrbios vasculares

Síncope.

Distúrbios oftálmicos

Visão borrada.

Distúrbios hepatobiliares

Hepatite e falência hepática.

Distúrbios gerais

Astenia e síndrome de abstinência.

Síndrome de abstinência

Foram observadas hipertensão e taquicardia rebotes após a
retirada repentina de Cloridrato de Tizanidina (substância ativa).
Em casos extremos, a hipertensão rebote pode levar a um acidente
vascular cerebral.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária NOTIVISA ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Cloridrato De Tizanidina –
Unichem

O uso concomitante de fármacos conhecidos por inibirem a
atividade da CYP1A2 pode aumentar os níveis plasmáticos da
tizanidina. Os níveis plasmáticos elevados de tizanidina podem
resultar em sintomas de superdose como prolongamento do QTc.

O uso concomitante de fármacos conhecidos por induzir a
atividade da CYP1A2 pode diminuir as concentrações plasmáticas de
tizanidina.

As baixas concentrações plasmáticas de tizanidina podem reduzir
o efeito terapêutico de Cloridrato de Tizanidina (substância
ativa).

Interações observadas resultando em
contraindicação

O uso concomitante de Cloridrato de Tizanidina (substância
ativa) com fluvoxamina ou ciprofloxacino, ambos inibidores da
CYP1A2, é contraindicado.

O uso concomitante de Cloridrato de Tizanidina (substância
ativa) com fluvoxamina ou ciprofloxacino resulta em aumentos na ASC
da tizanidina de 33 vezes e 10 vezes, respectivamente.

Hipotensão clinicamente significativa e prolongada pode resultar
em sonolência, tontura e diminuição da performance psicomotora. Os
níveis plasmáticos elevados de tizanidina podem resultar em
sintomas de superdose, como prolongamento do intervalo QTc.

Interações observadas resultando em uso concomitante não
recomendado

A coadministração de Cloridrato de Tizanidina (substância ativa)
com outros inibidores da CYP1A2, como alguns antiarrítmicos
(amiodarona, mexiletina, propafenona), cimetidina, algumas
fluorquinolonas (enoxacino, pefloxacino, norfloxacino), rofecoxibe,
contraceptivos orais e ticlopidina, não é recomendada.

Interações observadas a serem consideradas

Deve-se ter cautela quando Cloridrato de Tizanidina (substância
ativa) for administrado com fármacos conhecidos por prolongar o
intervalo QT (incluindo, mas não limitado à, cisaprida,
amitriptilina e azitromicina).

Anti-hipertensivos

O Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) quando utilizado
concomitantemente com anti-hipertensivos, incluindo diuréticos,
pode ocasionalmente causar hipotensão e bradicardia. Foram
observadas hipertensão e taquicardia rebotes após a retirada
repentina de Cloridrato de Tizanidina (substância ativa), quando
este é utilizado concomitantemente com fármacos anti-hipertensivos.
Em casos extremos, a hipertensão rebote pode levar a um acidente
vascular cerebral.

Rifampicina

A administração concomitante de Cloridrato de Tizanidina
(substância ativa) com rifampicina resultou na diminuição de 50%
das concentrações de tizanidina. Portanto, os efeitos terapêuticos
de Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) podem ser reduzidos
durante o tratamento com rifampicina, o que pode ser clinicamente
significante para alguns pacientes. A administração por longos
períodos deve ser evitada e, caso a coadministração seja
considerada, um cuidadoso ajuste de dose (aumento) pode ser
requerido.

Fumantes

A administração de Cloridrato de Tizanidina (substância ativa)
em fumantes (gt; 10 cigarros ao dia), resultou no decréscimo em
aproximadamente 30% da exposição sistêmica à tizanidina. Terapias
de longo prazo com Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) em
fumantes inveterados podem requerer doses maiores que as doses
médias.

Interações antecipadas a serem consideradas

Sedativos, hipnóticos (por ex.: benzodiazepínicos ou baclofeno)
e outros medicamentos, como anti-histamínicos, podem aumentar o
efeito sedativo da tizanidina.

O Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) deve ser evitado
quando há administração de outros agonistas alfa-2 adrenérgicos
(como clonidina) por causa de seu potencial efeito aditivo de
hipotensão.

Interação Alimentícia do Cloridrato De Tizanidina – Unichem

Álcool

Durante o tratamento com Cloridrato de Tizanidina (substância
ativa) o consumo de álcool deve ser diminuído ou evitado, pois pode
aumentar o potencial de causar reações adversas (por ex.: sedação e
hipotensão). Os efeitos depressores do álcool sob o Sistema Nervoso
Central podem ser potencializados por Cloridrato de Tizanidina
(substância ativa).

Ação da Substância Cloridrato De Tizanidina – Unichem

Resultados da eficácia

O Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) é eficaz tanto
contra os espasmos musculares dolorosos agudos como contra a
espasticidade crônica de origem espinhal e cerebral. Reduz a
resistência a movimentos passivos, alivia os espasmos e o clônus e
melhora a força muscular voluntária.

Características Farmacológicas

Grupo farmacoterapêutico:

relaxantes musculares, outros agentes de ação central.

Código ATC:

M03B X02.

Mecanismo de ação

A tizanidina é um relaxante muscular esquelético que atua de
forma central. O seu principal local de ação é a medula espinhal,
onde evidências sugerem que, pela estimulação de receptores alfa
pré-sinápticos, ocorre inibição da liberação de aminoácidos
excitatórios que estimulam os receptores N-metil-D-aspartato
(NMDA). A transmissão do sinal 2 polissináptico aos interneurônios
espinhais, os quais são responsáveis pelo tônus muscular excessivo,
é então inibida e o tônus muscular é reduzido. Adicionalmente às
propriedades miorrelaxantes, a tizanidina também exerce um efeito
analgésico central moderado.

Propriedades farmacodinâmicas

O Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) é eficaz tanto
contra os espasmos musculares dolorosos agudos como contra a
espasticidade crônica de origem espinhal e cerebral. Reduz a
resistência a movimentos passivos, alivia os espasmos e o clônus, e
melhora a força muscular voluntária. A atividade antispástica
(medida pelo Ashworth score e teste pendular) e efeitos adversos
(frequência cardíaca e pressão sanguínea) de Cloridrato de
Tizanidina (substância ativa) estão relacionados às concentrações
plasmáticas de tizanidina.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

A tizanidina é absorvida de forma rápida e quase completa,
atingindo picos de concentração plasmática aproximadamente uma hora
após a administração da dose. A biodisponibilidade absoluta média
da formulação em comprimidos é de cerca de 34% (CV 38%) por causa
do extenso metabolismo de primeira passagem. A concentração
plasmática máxima média alcançada (Cmáx) da tizanidina é
de 12,3 ng/mL (CV 10%) e 15,6 ng/mL (CV 13%) após administração
única e administração de doses repetidas de 4 mg,
respectivamente.

A ingestão concomitante de alimentos não apresenta influência
significativa no perfil farmacocinético da tizanidina (administrado
em 4 mg). Apesar de a alimentação aumentar o valor da
Cmáx em aproximadamente 1/3, isso não é considerado como
sendo de qualquer relevância clínica e a absorção (ASC) não é
significativamente afetada.

Distribuição

O volume médio de distribuição no steady state (estado de
equilíbrio) (Vss) após a administração i.v. é de 2,6 L/kg
(CV 21%). A ligação às proteínas plasmáticas é de 30%.

Biotransformação / Metabolismo

O fármaco tem demonstrado que é rápida e extensivamente
metabolizado pelo fígado (em torno de 95%). A tizanidina é
principalmente metabolizada pela citocromo P450 1A2 in
vitro
. Os metabólitos parecem ser inativos.

Eliminação

A tizanidina é eliminada da circulação sistêmica com uma
meia-vida terminal média de duas a quatro horas. Os metabólitos são
excretados primeiramente através dos rins (aproximadamente 70% da
dose). O fármaco inalterado é excretado por via urinária somente em
uma pequena extensão (aproximadamente 4,5%).

Linearidade

A tizanidina possui farmacocinética linear em uma taxa de dose
de 1 a 20 mg.

Pacientes com danos renais [clearance
(depuração) de creatinina lt; 25 mL/min].

Foram encontrados valores médios dos níveis plasmáticos máximos
como sendo duas vezes superiores aos de voluntários normais e a
meia-vida terminal prolongou-se por aproximadamente 14 horas,
resultando em valores de ASC significativamente maiores
(aproximadamente seis vezes o valor médio).

Pacientes com danos hepáticos

Não foram realizados estudos específicos nesta população. Como a
tizanidina é extensivamente metabolizada no fígado pela enzima
CYP1A2, problemas hepáticos podem aumentar a sua exposição
sistêmica. O Cloridrato de Tizanidina (substância ativa) é
contraindicado em pacientes com danos hepáticos graves.

Pacientes idosos (= 65 anos)

Os dados de farmacocinética nesta população são limitados.

Efeitos de gênero

O gênero não apresentou efeitos clínicos significativos na
farmacocinética da tizanidina.

Sensibilidade étnica

Não foram estudados impactos de sensibilidade étnica e racial na
farmacocinética da tizanidina.

Dados de segurança pré-clínicos

Toxicidade aguda

A tizanidina possui uma toxicidade aguda de baixa ordem. Os
sinais de superdose estão relacionados à ação farmacológica do
fármaco.

Toxicidade crônica e subcrônica

Em um estudo de 13 semanas de toxicidade oral em ratos, foram
administradas doses diárias de 1,7; 8 e 40 mg/kg. A maioria dos
achados: excitação motora, agressividade, tremor e convulsões,
foram relacionados com a estimulação do sistema nervoso central
(SNC) e ocorreram principalmente na dose mais elevada.

Foram observadas alterações no eletrocardiograma (ECG) e efeitos
no SNC com doses diárias maiores ou iguais a 1 mg/kg em cães
(estudo de 13 semanas com doses de 0,3; 1 e 3 mg/kg/dia dadas como
cápsulas e estudo de 52 semanas com 0,15; 0,45 e 1,5
mg/kg/dia).

Esses representaram efeitos farmacológicos exagerados. Aumentos
transitórios da TGP sérica observados com doses diárias maiores ou
iguais a 1 mg/kg não foram relacionados a achados histopatológicos,
porém indicam que o fígado é um órgão-alvo em potencial.

Mutagenicidade

Diferenças nos ensaios in vitro, bem como nos ensaios
in vivo e citogenéticos não comprovaram o potencial
mutagênico da tizanidina.

Carcinogenicidade

Não houve indicação de carcinogenicidade potencial em ratos ou
camundongos, aos quais se administrou doses diárias de até 9 mg/kg
e 16 mg/kg, respectivamente, junto com a alimentação.

Toxicidade reprodutiva

Estudos reprodutivos realizados em ratos em doses de 3 mg/kg/dia
e coelhos em doses de 30 mg/kg/dia, não demonstraram evidências de
teratogenicidade. Níveis de dose de 10 e 30 mg/kg/dia aumentaram o
tempo de gestação em ratos fêmeas. Perdas de filhotes pré-natal e
pós-natal foram aumentadas e ocorreu retardo no
desenvolvimento.

Nessas doses, as fêmeas mostraram sinais acentuados de
relaxamento muscular e sedação.

Cloridrato-De-Tizanidina-Unichem, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.