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Cancidas

Uma infecção fúngica grave chamada candidíase
invasiva:

Essa infecção é causada por células fúngicas (leveduras)
chamadas Candida. Normalmente essas leveduras encontram-se
no trato digestivo e não causam infecção a menos que entrem na
corrente sanguínea (neste caso, a infecção é chamada candidemia) ou
em outros tecidos e órgãos, como revestimento do abdome
(peritonite), rins, fígado, ossos, músculos, articulações, baço ou
olhos. Entre as pessoas que correm alto risco de apresentar
candidíase invasiva, estão pacientes cirúrgicos e aqueles cujo
sistema imunológico encontra-se deficiente.

Infecções fúngicas da boca, da garganta e do esôfago
(tubo digestivo que liga a boca ao estômago):

Essas infecções são chamadas candidíase orofaríngea (na boca e
no fundo da garganta) ou candidíase esofageana (no esôfago) e
também são causadas por Candida. Indivíduos saudáveis
normalmente possuem Candida na boca e na garganta sem
apresentar qualquer efeito da doença. Uma infecção ocorre quando a
resistência do corpo a doenças está baixa.

Uma infecção fúngica grave chamada aspergilose
invasiva:

essa infecção grave ocorre no nariz, nos seios nasais e nos
pulmões e pode se espalhar para outras partes do corpo. Esse tipo
de infecção é causado por vários fungos comuns encontrados no
ambiente chamados Aspergillus. A maioria das infecções
fúngicas por Aspergillus começa no sistema respiratório
(nariz, seios nasais ou pulmões), porque os esporos do fungo
encontram-se no ar que respiramos todos os dias. Na maioria dos
indivíduos saudáveis, a capacidade natural de combater doenças
destrói os esporos e os remove do corpo. Algumas condições
clínicas, entretanto, diminuem a resistência do corpo a doenças.
Alguns medicamentos prescritos a pacientes que receberam
transplante de órgãos ou de medula também fazem com que o organismo
apresente menor resistência a doenças. São esses pacientes os que
mais provavelmente desenvolvem esse tipo de infecção.

Além desses casos, seu médico pode lhe prescrever Cancidas caso
suspeite que você apresente uma infecção fúngica decorrente de
quimioterapia ou de outros tratamentos ou condições clínicas que
possam diminuir a resistência do corpo a doenças por reduzirem a
quantidade de alguns tipos de leucócitos. Se você apresentar febre
persistente após quimioterapia ou em algumas das condições
descritas acima e sua febre não baixar após tratamento com
antibiótico, pode ser que você tenha uma infecção fúngica.

Como o Cancidas funciona?

Cancidas é um antifúngico que interfere na produção de um
componente (polissacarídeo glucana) da parede da célula fúngica,
essencial à vida e ao crescimento do fungo. As células fúngicas
expostas a Cancidas apresentam paredes celulares incompletas ou
defeituosas, o que as torna frágeis e incapazes de se
desenvolver.

Contraindicação do Cancidas

Cancidas é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade
a qualquer componente do produto.

Como usar o Cancidas

Cancidas deve ser administrado em dose única diária por infusão
intravenosa lenta de aproximadamente 1 hora. O médico irá
determinar a duração do tratamento e a quantidade diária de
Cancidas a ser administrada.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Cancidas?

O esquema terapêutico e a dose serão determinados pelo seu
médico, que irá monitorar a sua resposta e condição clínica. Se
você estiver preocupado(a) com a possibilidade de ter deixado de
receber uma dose, fale com seu médico imediatamente.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Cancidas

Durante a administração de Cancidas, reações alérgicas com risco
de morte foram relatadas raramente. Foram relatados sinais ou
sintomas possivelmente mediados pela histamina, incluindo erupção
cutânea, inchaço do rosto e/ou dos lábios, prurido, sensação de
calor ou dificuldade respiratória. Cancidas também pode causar
reações adversas graves à pele, incluindo descamação da pele,
úlceras na membrana mucosa, urticária ou descamação de grandes
áreas da pele. Informe o seu médico ou farmacêutico imediatamente
sobre esses ou quaisquer outros sinais ou sintomas incomuns que
apresentar.

Informe o seu médico sobre qualquer condição médica e sobre
qualquer tipo de alergia que esteja apresentando ou tenha
apresentado.

Reações Adversas do Cancidas

Qualquer medicamento pode apresentar efeitos adversos ou
indesejados, denominados reações adversas.

As reações adversas relacionadas a Cancidas mais comuns (ocorrem
em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) em adultos são
febre e irritações na veia no local da infusão (prurido,
vermelhidão, inchaço ou formação de coágulos).

Outros efeitos indesejáveis relatados relacionados a
este medicamento em adultos incluem:

Dor de cabeça; dor; calafrios; batimentos cardíacos acelerados;
sudorese; náusea; diarreia; vômito; rubor da face e do pescoço;
erupção cutânea; coceira; dificuldade para respirar; inchaço nas
mãos, tornozelos ou pés; prejuízo da função hepática e alterações
de alguns testes laboratoriais de sangue.

As reações adversas relacionadas a Cancidas mais comuns (ocorrem
em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) em crianças e
adolescentes são febre, erupção cutânea e dor de cabeça.

Outros efeitos indesejáveis relatados relacionados a
este medicamento em crianças e adolescentes incluem:

Dor no local da infusão calafrios, batimentos cardíacos rápidos,
rubor da face e do pescoço, coceira, baixa pressão arterial e
alterações em alguns testes laboratoriais.

Raramente (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam
este medicamento) foram relatadas reações alérgicas potencialmente
fatais durante a administração de Cancidas.

Foram relatados sinais ou sintomas possivelmente mediados pela
histamina, incluindo erupções cutâneas, inchaço da face e/ou
lábios, coceira, sensação de calor ou dificuldade para respirar;
além disso, podem ocorrer raramente outros efeitos além dos citados
e, a exemplo do que ocorrem com qualquer medicação obtida somente
com prescrição médica, alguns podem ser graves. Peça mais
informações ao seu médico ou farmacêutico.

Adicionalmente, durante a comercialização do
medicamento, as seguintes reações foram reportadas:

Erupção cutânea, descamação da pele, feridas nas membranas
mucosas, urticária, grandes áreas de descamação da pele.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Cancidas

Gravidez e amamentação:

Informe imediatamente o seu médico em caso de suspeita de
gravidez. Não há experiência clínica envolvendo mulheres grávidas.
Em estudos com animais, demonstrou-se que a caspofungina ultrapassa
a barreira placentária.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Não se sabe se essa medicação é excretada no leite humano,
portanto, mulheres que estejam recebendo Cancidas não devem
amamentar.

Crianças:

Cancidas foi aprovado para uso em crianças e adolescentes (de 3
meses até 17 anos de idade) para todos os tipos de infecção
descritos anteriormente. A dose utilizada em pacientes pediátricos
pode diferir da dose utilizada em pacientes adultos. Cancidas não
foi estudado adequadamente em bebês com menos de 3 meses de
idade.

Idosos:

Não é necessário ajuste da dose para pacientes idosos.

Uso em pacientes com insuficiência renal:

Não é necessário ajuste posológico para pacientes com
insuficiência renal.

Uso em pacientes com insuficiência
hepática:

Alguns pacientes com problemas hepáticos podem necessitar de
ajuste de dose. Informe o seu médico se apresenta ou já apresentou
problemas hepáticos.

Dirigir ou operar máquinas:

Não existem informações sugestivas de que Cancidas afete a
capacidade de conduzir veículos ou operar máquinas

Composição do Cancidas

Cada frasco-ampola de Cancidas 50 mg
contém:

55,5 mg de acetato de caspofungina, que equivale a 50 mg de base
anidra livre de caspofungina.

Cada frasco-ampola de Cancidas 70 mg
contém:

77,7 mg de acetato de caspofungina, que equivale a 70 mg de base
anidra livre de caspofungina.

Excipientes:

sacarose, manitol, ácido acético e hidróxido de sódio (para
ajustar o pH).

Superdosagem do Cancidas

O esquema terapêutico e a dose serão determinados pelo seu
médico, que irá monitorar as suas condições clínicas e a resposta
ao tratamento. Caso tenha recebido uma quantidade muito alta de
Cancidas, fale com seu médico imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Cancidas

Estudos in vitro mostram que o Acetato de Caspofungina
(substância ativa) não é um inibidor de nenhuma enzima do sistema
do citocromo P450 (CYP). Em estudos clínicos, a caspofungina não
induziu o metabolismo pela via do CYP3A4 de outras medicações. A
caspofungina não é um substrato para a glicoproteína-P e é um
substrato fraco para as enzimas do citocromo P450. 

Em dois estudos clínicos, a ciclosporina (uma dose de 4 mg/kg ou
duas doses de 3 mg/kg) aumentou a AUC da caspofungina em
aproximadamente 35%. Esses aumentos da AUC são provavelmente
devidos à captação reduzida de caspofungina pelo fígado.

Acetato de Caspofungina (substância ativa) não aumentou os
níveis plasmáticos de ciclosporina. 

Ocorreram aumentos transitórios de ALT e AST quando Acetato de
Caspofungina (substância ativa) e ciclosporina foram administrados
concomitantemente. Em um estudo retrospectivo que envolveu 40
pacientes tratados durante o período de comercialização com Acetato
de Caspofungina (substância ativa) e/ou ciclosporina por 1 a 290
dias (mediana de 17,5 dias), não foram observados eventos
adversos hepáticos graves. 

Estudos clínicos com voluntários saudáveis mostram que a
farmacocinética de Acetato de Caspofungina (substância ativa) não é
alterada por itraconazol, anfotericina B, micofenolato,
nelfinavir ou tacrolimo. Acetato de Caspofungina (substância ativa)
não exerce efeito na farmacocinética de itraconazol,
anfotericina B, rifampicina ou do metabólito ativo do
micofenolato.

Acetato de Caspofungina (substância ativa) reduziu em 26% a
concentração sanguínea de 12 horas (C12h) de tacrolimo
(FK-506) em voluntários adultos saudáveis. Para os pacientes
que estejam recebendo as duas terapias, recomenda-se a monitoração
padrão das concentrações sanguíneas do tacrolimo e seu ajuste
posológico adequado. 

Os resultados de dois estudos clínicos de interação
medicamentosa em voluntários adultos saudáveis indicaram que a
rifampicina tanto induz como inibe a disposição da caspofungina com
indução líquida no estado de equilíbrio.

Em um dos estudos, o tratamento tanto com rifampicina como com
caspofungina foi iniciado simultaneamente e ambos os fármacos foram
administrados concomitantemente durante 14 dias; no segundo estudo,
a rifampicina foi administrada isoladamente durante 14 dias para
permitir ao efeito de indução alcançar o estado de equilíbrio até
que, por fim, a rifampicina e a caspofungina foram coadministradas
durante mais 14 dias.

Quando o efeito de indução da rifampicina estava no estado de
equilíbrio, houve pequena alteração na AUC da caspofungina ou na
concentração no final da infusão, mas as concentrações de
caspofungina no vale foram reduzidas em aproximadamente 30%.

Demonstrou-se o efeito inibitório da rifampicina quando o
tratamento com a rifampicina e o Acetato de Caspofungina
(substância ativa) foram iniciados simultaneamente; a elevação
transiente nas concentrações plasmáticas de caspofungina ocorreu no
primeiro dia (aumento de aproximadamente 60% na AUC).

Esse efeito inibitório não foi observado quando a caspofungina
foi adicionada à terapia preexistente com rifampicina e não ocorreu
elevação das concentrações de caspofungina. Além disso, os
resultados da triagem da população farmacocinética em adultos
sugerem que a administração concomitante de outros indutores da
depuração de medicamentos (efavirenz, nevirapina, fenitoína,
dexametasona ou carbamazepina) com Acetato de Caspofungina
(substância ativa) pode também resultar em reduções clinicamente
significativas das concentrações de caspofungina. 

Os dados disponíveis sugerem que o mecanismo indutível de
depuração de medicamentos envolvido na disposição da caspofungina é
provavelmente um processo de transporte de captação e não de
metabolismo; portanto, quando Acetato de Caspofungina (substância
ativa) é administrado em pacientes adultos concomitantemente com
indutores da depuração de medicamentos, como efavirenz,
nevirapina, rifampicina, dexametasona, fenitoína ou carbamazepina,
deve-se considerar a administração da dose diária de 70 mg de
Acetato de Caspofungina (substância ativa).

Em pacientes pediátricos, os resultados das análises de
regressão dos dados farmacocinéticos sugerem que a coadministração
de dexametasona e Acetato de Caspofungina (substância ativa) pode
resultar em reduções clinicamente significativas
nas concentrações de vale da caspofungina. Esse achado pode
indicar que pacientes pediátricos terão reduções similares com
indutores conforme observado em adultos. Quando Acetato de
Caspofungina (substância ativa) é coadministrado em
pacientes pediátricos com indutores de depuração do fármaco,
como rifampicina, efavirenz, nevirapina, fenitoína, dexametasona,
ou carbamazepina, deve-se considerar uma dose de Acetato de
Caspofungina (substância ativa) de 70 mg/m2 diariamente
(sem exceder uma dose diária real de 70 mg). 

Estudos in vitro e in vivo com Acetato de
Caspofungina (substância ativa) em combinação com anfotericina B
não demonstram antagonismo da atividade antifúngica contra A.
fumigatus
ou C. albicans. Os resultados dos estudos
in vitro sugerem alguma evidência de atividade
aditiva/indiferente ou sinérgica contra A. fumigatus e
atividade aditiva/indiferente contra C. albicans. A
significância clínica desses resultados é desconhecida. 

Ação da Substância Cancidas

Resultados de eficácia

Os resultados dos estudos clínicos que incluíram adultos são
apresentados por cada indicação abaixo, seguidos dos resultados dos
estudos clínicos pediátricos. 

Tratamento empírico em paciente neutropênico
febril

Um estudo duplo-cego e multicêntrico envolveu 1.111 pacientes
neutropênicos febris distribuídos de forma randômica para receber
doses diárias de Acetato de Caspofungina (substância ativa) (50
mg/dia após uma dose de ataque de 70 mg no 1º dia) ou de
anfotericina B lipossomal injetável (3,0 mg/kg/dia).

Os pacientes elegíveis haviam recebido quimioterapia para
tumores malignos ou sido submetidos a transplante de células-tronco
hematopoiéticas (TCTH) e apresentavam neutropenia (lt; 500
células/mm3 durante 96 horas) e febre (gt; 38,0ºC) que
não respondiam ao tratamento antibacteriano; pacientes com
infecção fúngica documentada foram excluídos do estudo. Os
pacientes foram tratados até a resolução da neutropenia, por no
máximo 28 dias, e aqueles que apresentavam infecção fúngica
documentada puderam ser tratados durante mais tempo.

Se o medicamento fosse bem tolerado, mas a febre persistisse e a
condição clínica piorasse após 5 dias de tratamento, a dose poderia
ser aumentada para 70 mg/dia de Acetato de Caspofungina (substância
ativa) (13,3% dos pacientes tratados) ou 5,0 mg/kg/dia de
anfotericina B lipossomal injetável (14,3% dos pacientes
tratados). 

Os pacientes foram estratificados com base na categoria de risco
(pacientes de alto risco haviam sido submetidos a TCTH alogênico ou
apresentavam leucemia aguda recidivante) e no recebimento prévio de
profilaxia antifúngica. A porcentagem de pacientes na categoria de
alto risco no início do estudo foi de 26,6% no grupo que recebeu
Acetato de Caspofungina (substância ativa) e de 22,9% entre aqueles
que foram tratados com anfotericina B lipossomal
injetável. 

Uma porcentagem similar de pacientes nos dois grupos recebeu
profilaxia antifúngica. Os diagnósticos mais frequentes foram
leucemia mielogênica aguda, leucemia linfocítica aguda e linfoma
não Hodgkin.

Os pacientes que se enquadraram nos critérios de inclusão do
estudo e receberam pelo menos uma dose do tratamento foram
incluídos na população de intenção de tratamento modificada (ITM)
(556 tratados com Acetato de Caspofungina (substância ativa) e 539
tratados com anfotericina B lipossomal injetável). Uma resposta
global favorável requeria cada um dos 5 critérios: 

  • Tratamento bem-sucedido de qualquer infecção fúngica presente
    no período basal; 
  • Ausência de novas infecções fúngicas manifestadas durante a
    administração da medicação de estudo ou até 7 dias após a conclusão
    do tratamento; 
  • Sobrevida durante 7 dias após a conclusão da medicação de
    estudo; 
  • Desaparecimento da febre durante o período de
    neutropenia. 

Um comitê independente de especialistas analisou os dados cegos
de todos os pacientes com suspeita de infecção fúngica invasiva. O
comitê avaliou a presença de infecção fúngica invasiva, tempo do
início do resultado (período basal ou nova infecção), patógeno
responsável e, para infecções no período basal, resposta ao
tratamento.

As únicas infecções fúngicas consideradas para a proposta da
análise estatística foram aquelas classificadas pelos especialistas
como prováveis ou comprovadas. Aproximadamente 5% dos pacientes
apresentaram infecções fúngicas no período basal, a maioria causada
por espécies de Aspergillus ou de Candida. Os
percentuais de pacientes da população de ITM com resposta favorável
global e respostas favoráveis aos critérios individuais são
demonstrados na Tabela 1. 

Tabela 1: Resposta favorável de pacientes com febre
persistente e neutropenia:

Acetato de Caspofungina (substância ativa): 70 mg no
1º dia, seguidos de 50 mg diariamente durante o restante do
tratamento (dose aumentada para 70 mg para 73 pacientes);
anfotericina B lipossomal: 3,0 mg/kg/dia (dose aumentada para 5,0
mg/kg/dia para 74 pacientes). 
†† Resposta global: diferença percentual estimada
ajustada por estrato e expressa como Acetato de Caspofungina
(substância ativa) – anfotericina B lipossomal injetável (IC
95,2%). Critérios individuais: diferença percentual calculada como
Acetato de Caspofungina (substância ativa) – anfotericina B
lipossomal injetável (IC 95%). 
†††Diferença estatisticamente significativa. 

Com base nas taxas de resposta favorável global, Acetato de
Caspofungina (substância ativa) foi tão eficaz quanto a
anfotericina B lipossomal injetável no tratamento empírico da
neutropenia febril persistente. Acetato de Caspofungina (substância
ativa) apresentou taxas significativamente maiores que a
anfotericina B lipossomal injetável para os seguintes critérios:
tratamento bem-sucedido de qualquer infecção fúngica presente no
período basal (Acetato de Caspofungina (substância ativa), 51,9%;
anfotericina B lipossomal injetável, 25,9%) e inexistência de
descontinuação prematura da medicação em estudo por toxicidade ou
ausência de eficácia (Acetato de Caspofungina (substância ativa),
89,7%; anfotericina B lipossomal injetável, 85,5%). Acetato de
Caspofungina (substância ativa) foi comparável à anfotericina
B lipossomal injetável em outros critérios (ausência de infecções
fúngicas manifestadas durante a administração da medicação de
estudo ou até 7 dias e após a conclusão do tratamento e
desaparecimento da febre durante o período de
neutropenia). 

A taxa de resposta favorável global foi comparável em pacientes
de alto risco (Acetato de Caspofungina (substância ativa), 43,2%;
anfotericina B lipossomal injetável, 37,7%) e de baixo risco
(Acetato de Caspofungina (substância ativa), 31,0%; anfotericina B
lipossomal injetável, 32,4%). As taxas também foram
comparáveis em pacientes que receberam profilaxia antifúngica
prévia (Acetato de Caspofungina (substância ativa), 33,5%;
anfotericina B lipossomal injetável, 32,9%) e naqueles que não
receberam profilaxia antifúngica prévia (Acetato de
Caspofungina (substância ativa), 35,0%; anfotericina B lipossomal
injetável, 34,5%). 

A maioria das infecções do período basal foi causada por
espécies de Aspergillus ou de Candida. As taxas
de resposta a Acetato de Caspofungina (substância ativa) e à
anfotericina B lipossomal injetável para infecções no período basal
causadas por espécies de Aspergillus foram de 41,7%
(5/12) e 8,3% (1/12), respectivamente; para infecções do período
basal causadas por espécies de Candida, essas taxas foram
de 66,7% (8/12) e 41,7% (5/12) para Acetato de Caspofungina
(substância ativa) e anfotericina B lipossomal injetável,
respectivamente. 

Candidíase invasiva

Em um estudo duplo-cego, randômico e de fase III, pacientes com
diagnóstico comprovado de candidíase invasiva receberam doses
diárias de Acetato de Caspofungina (substância ativa) (50 mg/dia
após uma dose de ataque de 70 mg no 1º dia) ou de anfotericina
B deoxicolato (0,6 a 0,7 mg/kg/dia para pacientes não neutropênicos
e 0,7 a 1,0 mg/kg/dia para pacientes neutropênicos); os pacientes
foram estratificados tanto pelo status neutropênico como pela
escala APACHE II.

Os pacientes que atendiam aos critérios de inclusão e receberam
uma ou mais doses de terapia IV do estudo foram incluídos na
análise primária (intenção de tratamento modificada [ITM]) de
resposta no fim da terapia IV do estudo. Uma análise pré-definida
para sustentar a ITM – análise dos pacientes avaliáveis – incluiu
pacientes que atendiam aos critérios de inclusão e que receberam
terapia IV do estudo durante 5 dias ou mais e que tiveram avaliação
completa de eficácia no final da terapia IV do estudo. Uma resposta
favorável requereu tanto a resolução do sintoma como o
desaparecimento da infecção por Candida

Dos 239 pacientes envolvidos, 224 (109 tratados com Acetato de
Caspofungina (substância ativa) e 115 tratados com anfotericina
B) atenderam aos critérios de inclusão da análise ITM; destes,
185 (88 tratados com Acetato de Caspofungina (substância ativa) e
97 tratados com anfotericina B) atendiam aos critérios de
inclusão na análise de pacientes avaliáveis. Os diagnósticos mais
frequentes foram infecções da corrente sanguínea (candidemia) (83%)
e peritonite por Candida (10%). A maioria das infecções
foi causada por C. albicans (45%) e, secundariamente, por
C. parapsilosis (19%), C. tropicalis (16%),
C. glabrata (11%) e C. krusei (2%). As taxas de
resposta favorável no fim da terapia IV do estudo encontram-se
descritas na Tabela 2. 

Tabela 2: Taxas de resposta favorável à terapia IV do
estudo entre pacientes com candidíase invasiva:

 Os pacientes receberam 70 mg de Acetato de
Caspofungina (substância ativa) no 1º dia e, a seguir, 50 mg
diariamente durante o restante do tratamento. 
†† Número de pacientes com resposta favorável no
fim da terapia IV do estudo/número de pacientes incluídos na
análise. 

Em pacientes neutropênicos, as taxas de resposta favorável no
final da terapia IV do estudo nos grupos tratados com Acetato de
Caspofungina (substância ativa) e anfotericina B foram comparáveis:
50% (7/14) no grupo de Acetato de Caspofungina (substância ativa) e
40% (4/10) no grupo que recebeu anfotericina B. Em pacientes
com classificação alta (gt; 20) na escala APACHE II no início do
estudo, as taxas de resposta favorável no grupo de Acetato de
Caspofungina (substância ativa) e no grupo tratado com anfotericina
B foram semelhantes: 57,1% (12/21) no grupo de Acetato de
Caspofungina (substância ativa) e 43,5% (10/23) no grupo tratado
com anfotericina B.

As taxas de respostas foram também consistentes entre todas
as espécies de Candida. Para todos os outros pontos de
tempo (10º dia da terapia IV, fim de todas as terapias
antifúngicas, 2ª semana de acompanhamento monitorado pós-terapia e
6ª a 8ª semana de acompanhamento pós-terapia), Acetato de
Caspofungina (substância ativa) foi tão eficaz quanto a
anfotericina B. Acetato de Caspofungina (substância ativa) foi
também comparável à anfotericina B no que se refere à recidiva ou
taxa de sobrevivência. 

Acetato de Caspofungina (substância ativa) foi comparável à
anfotericina B no tratamento de candidíase invasiva no fim da
terapia IV do estudo na análise primária de eficácia (ITM). Em
uma análise de eficácia pré-definida de pacientes avaliáveis para
manter a ITM, Acetato de Caspofungina (substância ativa) foi
estatisticamente superior à anfotericina B no fim do estudo da
terapia IV. 

Candidemia

Dos 224 pacientes do estudo de candidíase invasiva, aqueles que
se enquadraram nos critérios de inclusão da análise por ITM – 186
(92 tratados com Acetato de Caspofungina (substância ativa) e 94
tratados com anfotericina B) – apresentaram candidemia.
Destes, 150 (71 tratados com Acetato de Caspofungina (substância
ativa) e 79 tratados com anfotericina B) atenderam aos
critérios de inclusão da análise de pacientes avaliáveis. As taxas
de resposta favorável no fim da terapia IV do estudo para pacientes
com candidemia são relacionadas na Tabela 3. 

Tabela 3: Taxa de resposta favorável à terapia IV do
estudo entre pacientes com candidemia:

 Os pacientes receberam 70 mg de Acetato de
Caspofungina (substância ativa) no 1º dia e, a seguir, 50 mg
diariamente (reforço) durante o restante do
tratamento. †† Número de pacientes com taxa de
resposta favorável no fim da terapia IV do estudo/número de
pacientes incluídos na análise. 

Tanto na ITM como na análise de eficácia dos pacientes
avaliáveis, Acetato de Caspofungina (substância ativa) foi
comparável à anfotericina B no tratamento de candidemia no fim
da terapia IV do estudo. 

Candidíase esofágica

Foram conduzidos três estudos comparativos para avaliar a
eficácia de Acetato de Caspofungina (substância ativa) no
tratamento de candidíase esofágica. Um estudo comparou Acetato de
Caspofungina (substância ativa) com fluconazol IV, enquanto
dois estudos de determinação de dose compararam diferentes
doses de Acetato de Caspofungina (substância ativa) com
anfotericina B. Nesses três estudos, foi admitido um total de
393 pacientes com candidíase esofágica (Acetato de Caspofungina
(substância ativa), n = 222; fluconazol, n = 94; anfotericina
B, n = 77). Em todos os três, os pacientes admitidos apresentavam
sintomas e documentação microbiológica de candidíase esofágica e
muitos deles apresentavam AIDS avançada (contagem de CD4 lt;
50/mm3). A gravidade da doença foi determinada por
esofagoscopia (endoscopia). 

Em um estudo randômico e duplo-cego que comparou 50 mg/dia de
Acetato de Caspofungina (substância ativa) com 200 mg/dia
de fluconazol IV para o tratamento de candidíase esofágica, os
pacientes foram tratados durante 7 a 21 dias. Uma resposta global
favorável exigiu completa resolução dos sintomas e melhora
significativa da endoscopia 5 a 7 dias após a descontinuação do
tratamento. A definição da resposta endoscópica foi baseada na
gravidade da doença no período basal, a qual foi avaliada
utilizando-se uma escala de 4 graus, e exigiu redução de, no
mínimo, 2 graus em relação ao escore da endoscopia do período basal
ou redução ao grau 0 para pacientes com escore de 2 ou menos no
período basal. A proporção de pacientes tratados com Acetato de
Caspofungina (substância ativa) e fluconazol que apresentaram
resposta global, sintomática e endoscópica favorável foi
comparável: 81,5% e 85,1%, respectivamente, para resposta global
favorável; 90,1% e 89,4% para resposta sintomática favorável; 85,2%
e 86,2% para resposta endoscópica favorável. 

Dois estudos duplos-cegos de determinação de dose avaliaram 3
diferentes doses de Acetato de Caspofungina (substância ativa) (35
mg, 50 mg, 70 mg/dia) com anfotericina B (0,5 mg/kg/dia). A
proporção de pacientes com resposta global favorável no grupo que
recebeu 50 mg/dia de Acetato de Caspofungina (substância ativa) foi
de 34/46 (73,9%) no estudo 1 e de 18/20 (90,0%) no estudo 2; a
proporção de pacientes com resposta global favorável no grupo que
recebeu anfotericina B foi de 34/54 (63,0%) no estudo 1 e de 14/23
(60,9%) no estudo 2. Doses de Acetato de Caspofungina (substância
ativa) maiores que 50 mg/dia não proporcionaram benefício
adicional no tratamento de candidíase esofágica. 

Candidíase orofaríngea

Evidências que embasam a eficácia de Acetato de Caspofungina
(substância ativa) para o tratamento de candidíase orofaríngea
foram derivadas de dois grupos de pacientes admitidos nos 3 estudos
comparativos descritos acima. Os pacientes incluídos no primeiro
grupo, provenientes desses estudos comparativos, apresentavam tanto
doença orofaríngea como esofágica (n = 173), enquanto aqueles
incluídos no segundo grupo apresentavam somente doença orofaríngea
(n = 52). Uma resposta favorável foi definida como resolução
completa de todos os sintomas da doença orofaríngea e de todas as
lesões orofaringeanas visíveis. 

Dos 52 pacientes que apresentavam somente doença orofaríngea e
foram tratados durante 7 a 10 dias, 14 receberam Acetato de
Caspofungina (substância ativa) na dose recomendada de 50 mg/dia. A
taxa de resposta favorável foi de 92,9% (13/14) para Acetato
de Caspofungina (substância ativa) e de 66,7% (8/12) para a
anfotericina B (0,5 mg/kg/dia). 

Os resultados dos pacientes tanto com doença orofaríngea como
esofágica fornecem evidências adicionais de que Acetato de
Caspofungina (substância ativa) (50 mg/dia; n = 67) é eficaz para o
tratamento de candidíase orofaríngea, com
resultados comparáveis aos obtidos com anfotericina B ou
fluconazol. Doses maiores que 50 mg/dia de Acetato de Caspofungina
(substância ativa) não proporcionaram benefícios adicionais na
candidíase orofaríngea. 

Aspergilose invasiva

Sessenta e nove pacientes com 18 a 80 anos de idade com
aspergilose invasiva foram admitidos em um estudo não comparativo e
aberto para avaliar a segurança, a tolerabilidade e a eficácia de
Acetato de Caspofungina (substância ativa); os pacientes admitidos
eram refratários ou intolerantes a outro(s) tratamento(s)
antifúngico(s). 

Foram classificados como refratários os pacientes que
apresentaram progressão da doença ou que não apresentaram melhora
apesar do tratamento durante 7 dias ou mais com anfotericina B,
formulações lipídicas de anfotericina B, itraconazol ou um azol sob
pesquisa com atividade relatada contra Aspergillus. A
intolerância ao tratamento anterior foi definida como duplicação
dos níveis de creatinina (ou creatinina de 2,5 mg/dL ou mais
durante o tratamento), outras reações agudas ou toxicidade
relacionada à infusão.

Para serem incluídos no estudo, os pacientes com doença pulmonar
deveriam ter apresentado aspergilose invasiva classificada como
definida (histopatologia ou cultura de tecido positivas obtidas por
meio de procedimento invasivo) ou provável (evidência positiva no
exame radiológico ou na tomografia computadorizada, confirmada por
cultura do lavado broncoalveolar ou do escarro, ensaio
imunoabsorvente ligado à enzima de galactomanana e/ou reação em
cadeia da polimerase) e os pacientes com doença extrapulmonar
deveriam apresentar aspergilose invasiva definida; as definições
foram elaboradas de acordo com os Critérios do Grupo de Estudo de
Micoses.

Os pacientes receberam uma dose única de ataque de 70 mg de
Acetato de Caspofungina (substância ativa) e, subsequentemente, uma
dose de 50 mg diariamente. A duração média do tratamento foi
de 33,7 dias, com variação de 1 a 162 dias. 

Um comitê independente de especialistas avaliou os dados dos
pacientes, inclusive o diagnóstico de aspergilose invasiva, a
resposta e a tolerabilidade ao tratamento antifúngico anterior, o
curso do tratamento com Acetato de Caspofungina (substância ativa)
e o resultado clínico. 

Uma resposta favorável foi definida como o desaparecimento
completo (resposta completa) ou a melhora clinicamente
significativa (resposta parcial) de todos os sinais, sintomas e
achados radiográficos atribuíveis. Doença estável e não progressiva
foi considerada uma resposta desfavorável. 

Entre os 69 pacientes admitidos no estudo, 63 atenderam aos
critérios diagnósticos de admissão e apresentavam dados de
resultados e, destes, 52 receberam tratamento durante mais de 7
dias; 53 (84%) eram refratários e 10 (16%) apresentavam
intolerância ao tratamento antifúngico prévio; 45 apresentavam
doença pulmonar e 18, doença extrapulmonar. As afecções subjacentes
foram neoplasia hematológica (n = 24), transplante alogênico de
medula óssea ou transplante de células-tronco (n = 18), transplante
de órgãos (n = 8), tumor sólido (n = 3) ou outras afecções (n =
10); todos os pacientes admitidos no estudo receberam tratamento
concomitante para as afecções subjacentes. Dezoito pacientes
receberam tacrolimo e Acetato de Caspofungina (substância ativa)
concomitantemente, dentre os quais 8 receberam também
micofenolato mofetil. 

No geral, o comitê de especialistas determinou que 41% (26/63)
dos pacientes que receberam no mínimo uma dose de Acetato de
Caspofungina (substância ativa) apresentaram resposta favorável.
Entre os pacientes que receberam Acetato de Caspofungina
(substância ativa) por um período superior a 7 dias, 50%
(26/52) apresentaram resposta favorável. As taxas de resposta
favorável para os pacientes refratários ou intolerantes aos
tratamentos prévios foram de 36% (19/53) e de 70% (7/10),
respectivamente. As taxas de resposta entre os pacientes com doença
pulmonar e doença extrapulmonar foram de 47% (21/45) e de 28%
(5/18), respectivamente.

Entre os pacientes com doença extrapulmonar, 2 de 8 pacientes
que também tiveram envolvimento de SNC definido, provável ou
possível, apresentaram resposta favorável. Também foi feita revisão
dos prontuários médicos de 206 pacientes com aspergilose invasiva
para avaliar a resposta aos tratamentos convencionais (não os de
pesquisa). As características dos pacientes e os fatores de risco
importantes nessa revisão foram similares aos dos pacientes
admitidos no estudo não comparativo aberto (veja acima) e foram
usadas as mesmas definições rigorosas para o diagnóstico e os
resultados.

Para inclusão nesse estudo, os pacientes deveriam ter
apresentado aspergilose invasiva e recebido no mínimo 7 dias de
tratamento antifúngico convencional. A taxa de resposta favorável
desse estudo de controle histórico foi de 17% (35/206) para o
tratamento convencional em comparação com a taxa de resposta
favorável de 41% (26/63) obtida para Acetato de Caspofungina
(substância ativa) no estudo não comparativo aberto.

Os resultados de análises multivariadas demonstraram
relação de probabilidade de mais de 3 para Acetato de Caspofungina
(substância ativa), com um intervalo de confiança de
95% excluindo 1, sugerindo benefício do tratamento com Acetato
de Caspofungina (substância ativa). 

Pacientes pediátricos

A segurança e a eficácia de Acetato de Caspofungina (substância
ativa) foram avaliadas em pacientes pediátricos de 3 meses a
17 anos de idade em dois estudos clínicos multicêntricos
prospectivos. 

O primeiro estudo, que incluiu 82 pacientes com idade entre 2 e
17 anos, foi randômico, duplo-cego e comparou Acetato de
Caspofungina (substância ativa) (50 mg/m2 IV uma vez ao
dia após uma dose inicial de 70 mg/m2 no 1º dia [sem
exceder 70 mg/dia]) à anfotericina B lipossomal (3 mg/kg/dia
IV) em uma proporção de tratamento de 2:1 (56 com caspofungina, 26
com anfotericina B lipossomal) como tratamento empírico em
pacientes pediátricos com febre persistente e neutropenia. O
desenho do estudo e os critérios para determinação da eficácia
foram similares aos do estudo em pacientes adultos.

Os pacientes foram estratificados com base na categoria de risco
(pacientes de alto risco foram submetidos a transplante alogênico
de células-tronco ou apresentaram recidiva de leucemia aguda).
Vinte e sete por cento dos pacientes de ambos os grupos de
tratamento eram de alto risco. As taxas de sucesso global nos
resultados da análise MITT, ajustadas pelos estratos de alto risco,
foram as seguintes: 41,3% (23/56) para Acetato de Caspofungina
(substância ativa) e 28,1% (7/25) para anfotericina B lipossomal.
Para os pacientes da categoria de alto risco, a taxa de
resposta global favorável foi de 60% (9/15) no grupo Acetato de
Caspofungina (substância ativa) e 0% (0/7) no grupo
que recebeu anfotericina B lipossomal. 

O segundo estudo foi prospectivo, aberto, não comparativo, para
avaliar a segurança e a eficácia da caspofungina em pacientes
pediátricos (3 meses a 17 anos de idade) com candidíase invasiva,
candidíase esofágica e aspergilose invasiva (como terapia de
resgate).

O estudo empregou critérios diagnósticos baseados nos critérios
EORTC/MSG estabelecidos de infecção comprovada ou provável; esses
critérios foram similares aos empregados nos estudos em adultos
para essas várias indicações. Similarmente, os pontos de tempo de
eficácia e os endpoints utilizados nesse estudo foram semelhantes
aos empregados nos estudos correspondentes em adultos. Todos os
pacientes receberam Acetato de Caspofungina (substância ativa) a 50
mg/m2 IV uma vez ao dia após uma dose de ataque de
70 mg/m2 no 1º dia (sem exceder 70 mg diariamente).
Entre os 49 pacientes admitidos que receberam Acetato de
Caspofungina (substância ativa), 48 foram incluídos na análise
MITT. Desses 48 pacientes, 37 tinham candidíase invasiva, 10
tinham aspergilose invasiva e 1 paciente tinha candidíase
esofágica. De acordo com cada indicação, a taxa de resposta
favorável ao final do tratamento com caspofungina na análise MITT
foi 81% (30/37) em candidíase invasiva, 50% (5/10) em aspergilose
invasiva e 100% (1/1) em candidíase esofágica. 

Características Farmacológicas

Mecanismo de ação

O acetato de caspofungina, ingrediente ativo de Acetato de
Caspofungina (substância ativa), inibe a síntese do
β(1,3)-D-glucana, um componente essencial da parede celular de
muitos fungos filamentosos e leveduras que não faz parte das
células dos mamíferos. 

Farmacocinética 

Absorção

Uma vez que o acetato de caspofungina é administrado por via
intravenosa, a absorção não é relevante. 

Distribuição

A concentração plasmática da caspofungina declina de maneira
polifásica após infusões intravenosas únicas de 1 hora. Uma fase α
curta ocorre imediatamente após a infusão, seguida de uma fase β
com meia-vida de 9 a 11 horas, que caracteriza grande parte do
perfil e apresenta claro comportamento log-linear de 6 a 48 horas
após a dose, durante as quais a concentração plasmática diminui por
uma ordem de magnitude; uma fase γ adicional também ocorre
(meia-vida de 40-50 horas). A distribuição, e não a excreção ou a
biotransformação, constitui o mecanismo dominante que influencia a
depuração plasmática.

A caspofungina liga-se extensamente à albumina (aproximadamente
97%) e a distribuição nos eritrócitos é mínima. Os resultados do
equilíbrio de massa mostraram que aproximadamente 92% da
radioatividade administrada foi distribuída nos tecidos 36 a 48
horas após uma dose única de 70 mg de acetato de [3H] caspofungina.
Ocorre pouca excreção ou biotransformação da caspofungina
durante as primeiras 30 horas após a administração.

Metabolismo

A caspofungina é lentamente metabolizada por hidrólise e
N-acetilação. A caspofungina sofre também degradação química
espontânea para um composto peptídico de anel aberto. Em pontos de
tempo mais tardios (≥ 5 dias após a dose), observa-se baixo nível
(≤ 7 picomoles/mg de proteína ou ≤ 1,3% da dose administrada) de
ligação covalente do radiomarcador no plasma após a administração
de uma dose única de acetato de [3H] caspofungina, que pode ser
decorrente de dois intermediários reativos formados durante
a degradação química da caspofungina.

O metabolismo adicional envolve a hidrólise em aminoácidos
constitutivos e seus derivados, incluindo a diidroxihomotirosina e
a N-acetil-diidroxihomotirosina; esses dois derivados da tirosina
são encontrados apenas na urina, sugerindo rápida depuração
plasmática desses derivados pelos rins.

Eliminação

Foram conduzidos dois estudos farmacocinéticos com uma dose
única do radiomarcado. No primeiro estudo, foram colhidos plasma,
urina e fezes durante 27 dias; no segundo estudo, foi colhido
plasma durante 6 meses. Aproximadamente 75% da radioatividade foi
recuperada: 41% na urina e 34% nas fezes. As concentrações
plasmáticas da radioatividade e da caspofungina foram similares
durante as primeiras 24 a 48 horas após a dose; a seguir, os níveis
do medicamento caíram mais rapidamente.

No plasma, a concentração da caspofungina caiu abaixo do limite
de quantificação 6 a 8 dias após a dose, enquanto o radiomarcado
caiu abaixo do limite de quantificação 22,3 semanas após a dose.
Uma pequena quantidade de caspofungina é excretada inalterada na
urina (aproximadamente 1,4% da dose) e a depuração renal da
medicação original é baixa (aproximadamente 0,15 mL/min). 

Populações específicas 

Sexo

A concentração plasmática da caspofungina foi similar em homens
e mulheres saudáveis no 1o dia após a administração de
uma dose única de 70 mg. Após 13 doses diárias de 50 mg, a
concentração plasmática da caspofungina em algumas mulheres
elevou-se cerca de 20% em relação à observada em homens. 

Insuficiência hepática

Após a administração de uma dose única de 70 mg a pacientes
adultos com insuficiência hepática leve (escore de Child-Pugh de 5
a 6), a concentração plasmática da caspofungina aumentou
aproximadamente 55% (AUC – área sob a curva) em comparação à
observada em indivíduos saudáveis de controle. Em um estudo de
doses múltiplas com 14 dias de duração (70 mg no 1o dia,
seguidos por 50 mg diariamente), a concentração plasmática em
pacientes adultos com insuficiência hepática leve aumentou
modestamente (de 19% para 25% – AUC) no 7o e no
14o dia em relação à observada em indivíduos saudáveis
de controle. 

Pacientes pediátricos

Acetato de Caspofungina (substância ativa) foi estudado em cinco
estudos prospectivos com pacientes pediátricos com menos de 18
anos de idade, incluindo três estudos farmacocinéticos pediátricos
(estudo inicial em adolescentes [12-17 anos de idade] e crianças
[2-11 anos de idade], seguidos por um estudo em pacientes mais
novas [3-23 meses de idade] e outro estudo com neonatos e bebês
[lt; 3 meses]). 

Em adolescentes (12 a 17 anos de idade) que receberam
caspofungina a 50 mg/m2 diariamente (máximo de 70
mg diariamente), a AUC0-24 h plasmática de caspofungina
foi geralmente comparável à observada em adultos que receberam
caspofungina a 50 mg diariamente. Todos os adolescentes receberam
doses gt; 50 mg diariamente; 6 de 8 receberam a dose máxima de 70
mg/dia. A concentração plasmática de caspofungina nesses
adolescentes foi reduzida em relação aos adultos que receberam 70
mg diariamente, a dose mais frequentemente administrada a
adolescentes. 

Em crianças (2 a 11 anos de idade) que receberam caspofungina a
50 mg/m2 diariamente (máximo de 70 mg diariamente),
a AUC0-24 h plasmática de caspofungina após doses
múltiplas foi comparável à observada em adultos que receberam
caspofungina a 50 mg/dia. No 1º dia de administração, a
AUC0-24 h foi pouco maior em crianças do que em
adultos para essas comparações (37% de aumento para a comparação de
50 mg/m2/dia com 50 mg/dia). No entanto, deve-se
reconhecer que os valores de AUC no 1º dia nessas crianças
foram ainda menores do que os observados em adultos em condições de
estado de equilíbrio. 

Em crianças jovens e pré-escolares (3 a 23 meses de idade) que
receberam caspofungina a 50 mg/m2 diariamente (máximo de
70 mg diariamente), a AUC0-24 h plasmática de
caspofungina após doses múltiplas foi comparável à observada
em adultos que receberam caspofungina a 50 mg diariamente. Como em
crianças de mais idade, essas crianças mais novas que receberam 50
mg/m2 diariamente tiveram valores de AUC0-24
h
 discretamente mais altos no 1º dia em relação aos
adultos que receberam a dose diária padrão de 50 mg. Os resultados
farmacocinéticos da caspofungina obtidos com crianças mais novas (3
a 23 meses de idade) que receberam 50 mg/m2 de
caspofungina diariamente foram similares aos resultados
farmacocinéticos de crianças de mais idade (2 a 11 anos de
idade) que receberam o mesmo esquema posológico. 

Em neonatos e bebês (lt; 3 meses) que receberam caspofungina a
25 mg/m2 diariamente, a concentração de pico da
caspofungina (C1 h) e a concentração de vale da caspofungina (C24
h) após doses múltiplas foram comparáveis às observadas em
adultos que receberam caspofungina a 50 mg diariamente. No 1º dia,
a C1 h foi comparável e a C24 h foi modestamente elevada (36%)
nesses neonatos e bebês, em relação aos adultos. 

As medidas de AUC0-24 h não foram realizadas nesse
estudo em razão da amostragem plasmática esparsa. 

Deve-se observar que a eficácia e a segurança de Acetato de
Caspofungina (substância ativa) não foram adequadamente avaliadas
nos estudos clínicos prospectivos que incluíram neonatos e
bebês com menos de 3 meses de idade.

Farmacodinâmica 

Atividade in vitro

A caspofungina exerce atividade in vitro contra
espécies de Aspergillus (incluindo Aspergillus
fumigatus, Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Aspergillus
nidulans, Aspergillus terreus e Aspergillus candidus
) e
espécies de Candida (incluindo Candida albicans,
Candida dubliniensis, Candida glabrata, Candida guilliermondii,
Candida kefyr, Candida krusei, Candida lipolytica, Candida
lusitaniae, Candida parapsilosis, Candida rugosa e Candida
tropicalis
). Um teste de sensibilidade foi realizado de acordo
com uma modificação dos métodos M38-A (para espécies de
Aspergillus) e M27-A (para espécies de Candida)
do Instituto de Padrões Clínicos e Laboratoriais (Clinical and
Laboratory Standards Institute
– CLSI, anteriormente conhecido
como Comitê Nacional de Padrões Clínico-Laboratoriais, National
Committee for Clinical Laboratory Standards
– NCCLS). Não
foram estabelecidos métodos padronizados de teste de sensibilidade
para equinocandinas e os resultados dos estudos de sensibilidade
não se correlacionam necessariamente com o resultado
clínico. 

Atividade in vivo

A caspofungina foi ativa quando administrada por via parenteral
a animais imunocompetentes e imunossuprimidos com infecções
disseminadas por Aspergillus e Candida, para as
quais os endpoints foram aumento da sobrevida dos animais
infectados (Aspergillus e Candida) e
desaparecimento dos fungos nos órgãos- lvo (Candida). A
caspofungina também exerceu atividade em animais imunodeficientes
depois de uma infecção disseminada por C. glabrata, C. krusei,
C. lusitaniae, C. parapsilosis
ou C. tropicalis, para
a qual o endpoint foi o desaparecimento de
Candida nos órgãos-alvo. Em um modelo de infecção pulmonar
letal por A. fumigatus em ratos, a caspofungina foi
extremamente ativa na prevenção e no tratamento da aspergilose
pulmonar.

Resistência cruzada

A acetato de caspofungina exerce atividade contra cepas de
Candida com resistência intrínseca ou adquirida a
fluconazol, anfotericina B ou flucitosina, compatível com seus
mecanismos distintos de ação. 

Resistência à medicação

Durante o tratamento foram identificados, em alguns pacientes,
mutantes de Candida com suscetibilidade reduzida ao
acetato de caspofungina. Os valores de MIC para o acetato de
caspofungina não podem ser utilizados para indicação do resultado
clínico, já que a correlação entre valores de MIC e o resultado
clínico ainda não foi estabelecida e, portanto, a relevância para o
resultado clínico é desconhecida.

O desenvolvimento de resistência in vitro das espécies
de Aspergillus à caspofungina não foi estudado. Não foi
observada resistência à medicação em pacientes com candidíase ou
aspergilose invasiva em experiências clínicas limitadas. A
incidência de resistência à medicação em vários isolados clínicos
de espécies de Candida e Aspergillus é
desconhecida. 

Cuidados de Armazenamento do Cancidas

Conservar sob refrigeração (entre 2 e 8°C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido
Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, os frascos reconstituídos podem ser mantidos em
temperatura até 25ºC por até 24 horas antes da preparação da
solução para infusão.

A solução final para infusão intravenosa deve ser usada em 24
horas se for mantida em temperatura até 25ºC ou em 48 horas se
mantida sob refrigeração entre 2°C e 8°C.

Aparência:

Cancidas é um pó de cor branca a esbranquiçada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento Caso ele
esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Cancidas

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.

MS 1.0029.0033

Farm. Resp.:

Fernando C. Lemos – CRF-SP nº 16.243

Registrado e importado por:

Merck Sharp amp; Dohme Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 815 – Sousas, Campinas/SP
CNPJ: 45.987.013/0001-34 – Brasil

MSD On Line 0800-0122232
E-mail: online@merck.com

Cancidas, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.