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Brator

Brator é usado para tratar a pressão arterial elevada. A pressão
arterial elevada aumenta a carga de trabalho do coração e artérias.
Se isto continuar por muito tempo, pode danificar os vasos
sanguíneos do cérebro, coração e rins, e pode resultar em um
acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca ou insuficiência
renal. A pressão arterial elevada aumenta o risco de ataques
cardíacos. A redução da pressão arterial para valores normais
diminui o risco de desenvolvimento destas doenças.

Brator também é usado para tratar a insuficiência cardíaca. A
insuficiência cardíaca está associada a falta de ar e inchaço dos
pés e pernas devido ao acúmulo de fluidos. A insuficiência cardíaca
ocorre quando o músculo do coração não consegue bombear o sangue
com força suficiente para abastecer o corpo.

Brator Pode também ser usado para tratar pessoas que sofreram um
ataque cardíaco (infarto do miocárdio) para melhorar a
sobrevivência e reduzir problemas cardíacos.

Como Brator funciona?


Brator pertence a uma classe de medicamentos conhecidos como
antagonistas do receptor da angiotensina II, os quais ajudam no
controle da pressão arterial alta. A angiotensina II é uma
substância do organismo que causa constrição dos vasos sanguíneos,
causando assim o aumento da sua pressão arterial. Brator atua
bloqueando o efeito da angiotensina II. Como resultado, as artérias
relaxam e a pressão sanguínea diminui.

Se você tiver qualquer dúvida sobre como Brator funciona ou
porque este medicamento foi prescrito para você, converse com seu
médico.

Contraindicação do Brator

Este medicamento é contraindicado a pacientes alérgicos à
valsartana ou a qualquer outro componente da formulação. Se você
acha que pode ser alérgico, informe seu médico. Seu uso é também
contraindicado durante a gravidez e a amamentação. Não utilize o
medicamento se você tem alto nível de açúcar no sangue e tem
diabetes mellitus tipo 2 (também chamado diabetes
mellitus não dependente de insulina) e enquanto está
tomando alisquireno, um medicamento utilizado para diminuir a
pressão arterial.

Este medicamento é contraindicado para uso por
lactantes.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Como usar o Brator

Siga as instruções do seu médico cuidadosamente. Não exceda a
dose recomendada.

Tome os comprimidos de Brator com um copo de água. Os
comprimidos de Brator podem ser tomados com ou sem alimentos.

Os pacientes que tem pressão alta, muitas vezes não percebem
qualquer sinal deste problema. Muitos sentem-se completamente
normais. Isso torna ainda mais importante para você manter suas
consultas com o médico, mesmo que você estiver se sentindo bem. É
muito importante que você tome este medicamento exatamente como o
seu médico lhe disser, a fim de obter os melhores resultados e
reduzir o risco de efeitos colaterais.

Brator é para o uso oral.

Cuidados de administração

Brator deve ser ingerido de preferência pela manhã com o auxilio
de um líquido, com ou sem alimentos. Siga a orientação do seu
médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento.

Posologia do Brator


O seu médico irá dizer-lhe exatamente quantos comprimidos de
Brator você deve tomar.

  • Para tratar pressão alta a dose habitual é de um comprimido de
    80 mg ou 160 mg uma vez por dia. Em alguns casos, o médico pode
    prescrever uma dose mais elevada (por exemplo: um comprimido de 320
    mg) ou um medicamento adicional.
  • Na insuficiência cardíaca o tratamento começa geralmente com 40
    mg duas vezes ao dia. A dose é aumentada gradualmente para 80 mg
    duas vezes ao dia e 160 mg duas vezes ao dia, conforme tolerado
    pelo paciente.
  • O tratamento após um ataque cardíaco geralmente é iniciado em
    até 12 horas, normalmente em uma dose baixa de 20 mg duas vezes ao
    dia. O seu médico irá aumentar a dose gradualmente durante várias
    semanas até um máximo de 160 mg duas vezes ao dia.

Durante quanto tempo tomar Brator

Continue usando Brator como seu médico indicou.

Se você tiver alguma pergunta sobre por quanto tempo tomar
Brator, fale com seu médico.

Efeito da interrupção do tratamento com
Brator

Interromper o tratamento com Brator pode agravar a sua doença.
Não pare de tomar o medicamento a menos que seu médico lhe
indique.

A dose máxima de Brator é de 320 mg.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento pode ser partido.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Brator?


Se você se esquecer de tomar uma dose, retorne ao seu esquema de
tratamento. Não tome a dose dobrada (dois comprimidos de uma única
vez).

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Brator

Siga as orientações do seu médico cuidadosamente. Elas podem ser
diferentes das instruções gerais dessa bula.

Tome especial cuidado com Brator

  • Se você tem uma doença renal ou hepática grave;
  • Se você já está tomando um medicamento chamado inibidor da ECA,
    juntamente com um betabloqueador para tratar sua insuficiência
    cardíaca;
  • Se você está tendo vômitos ou diarreia ou está tomando doses
    elevadas de um diurético;
  • Se você está com insuficiência cardíaca ou tem história de
    infarto do miocárdio. Siga as instruções do seu médico para iniciar
    cuidadosamente o seu tratamento. Seu médico também pode verificar a
    sua função renal;
  • Se você já teve inchaço principalmente na face e na garganta
    quando tomou outros medicamentos (incluindo inibidores da ECA). Se
    você tem estes sintomas, pare de tomar Brator e contate seu médico.
    Você não deve tomar Brator se algum destes tópicos se aplicar a
    você, informe o seu médico antes de tomar Brator;
  • Se você faz tratamento com inibidores da ECA ou
    alisquireno.

Uso de Brator com alimentos e bebidas

Você pode tomar Brator com ou sem alimentos.

Ingestão concomitante com outras
substâncias

Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja
usando, mesmo os isentos de prescrição, antes do início, ou durante
o tratamento. Pode ser necessário mudar a dose, tomar outras
precauções, ou em alguns casos, parar de tomar um dos medicamentos.
Isso se aplica tanto para medicamentos prescritos como não
prescritos, especialmente medicamentos para pressão alta,
principalmente diuréticos poupadores de potássio, inibidores da ECA
ou alisquireno, suplementos de potássio ou substitutos do sal que
contenham potássio, pois seu médico pode checar a quantidade de
potássio no seu sangue periodicamente, lítio e ritonavir, agentes
bloqueadores de SRAA e certos tipos de medicamentos para dor como
os antinflamatórios não esteroidais (AINES) ou inibidores seletivos
da cicloxigenase 2 (inibidores da Cox 2). Com o uso dos dois
últimos seu médico deve checar a sua função renal. Alguns
antibióticos (grupo da rifampicina), um medicamento usado para
proteger contra rejeição em transplantes (ciclosporina)
ou medicamentos usados para tratar infecções por HIV/AIDS
(ritonavir). Estes medicamentos podem aumentar os efeitos do
Brator.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você esta
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use este medicamento sem o conhecimento do seu
médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Brator

Como com todos os medicamentos, os pacientes que estão tomando
Brator podem vivenciar eventos adversos, embora não sejam
apresentados por todas as pessoas.

Você pode ter sintomas de angioedema, tais
como

  • Inchaço na face, língua ou garganta;
  • Dificuldade em engolir;
  • Urticária e dificuldade em respirar.

Se você apresentar algum destes sintomas consulte um médico
imediatamente.

Alguns eventos adversos são comuns (estes efeitos
adversos podem afetar entre 1 e 10 a cada 100
pacientes)

  • Tontura, hipotensão postural;
  • Pressão arterial baixa, com sintomas como tonturas;
  • Diminuição da função renal (sinais de insuficiência
    renal).

Alguns eventos adversos são incomuns (estes efeitos
adversos podem afetar entre 1 a 10 a cada 100
pacientes)

  • Reação alérgica com sintomas como erupções cutâneas, prurido,
    tontura, inchaço da face, lábios, língua ou garganta, dificuldade
    em respirar ou engolir (sinais de angioedema);
  • Perda súbita de consciência;
  • Tontura;
  • Grave diminuição da função renal (sinais de insuficiência renal
    aguda);
  • Espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal (sinais de
    hipercalemia);
  • Falta de ar, dificuldade para respirar quando deitado, inchaço
    nos pés ou pernas (sinais de insuficiência cardíaca);
  • Dor de cabeça;
  • Tosse;
  • Dor abdominal;
  • Náuseas;
  • Diarreia;
  • Cansaço;
  • Fraqueza.

Eventos adversos também relatados (frequência não
conhecida em que não pode ser estimada a partir dos dados
disponíveis)

  • Erupção cutânea, juntamente com alguns dos sinais ou sintomas
    como febre, dor nas articulações, dor muscular, inchaço dos
    gânglios linfáticos e/ou sintomas de gripe;
  • Manchas vermelhas arroxeadas, febre, prurido (sinais de
    inflamação dos vasos sanguíneos também chamada de vasculite);
  • Sangramento anormal ou hematomas (sinais de
    trombocitopenia);
  • Dores musculares (mialgia);
  • Febre, dor de garganta ou úlceras na boca devido a infecções
    (sintomas de baixo nível de glóbulos brancos, também chamada de
    neutropenia);
  • Diminuição do nível de hemoglobina e diminuição da percentagem
    de glóbulos vermelhos no sangue (que pode, em casos graves, levar à
    anemia);
  • Aumento do nível de potássio no sangue (que pode, em casos
    graves, provocar espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal);
  • Elevação dos valores da função hepática (o que pode indicar
    danos no fígado), incluindo um aumento de bilirrubina no sangue
    (que pode, em casos graves, provocar o amarelamento da pele e
    olhos);
  • Aumento do nível de ureia e aumento do nível de creatinina
    sérica (o que pode indicar alterações na função renal).

A frequência de alguns eventos adversos pode variar dependendo
da sua condição. Por exemplo, eventos adversos como tontura e
diminuição da função renal ocorreram com menos frequência em
pacientes tratados com pressão arterial elevada do que nos
pacientes tratados com insuficiência cardíaca ou após um ataque
cardíaco recente.

Os seguintes efeitos também foram observados durante os
estudos clínicos com valsartana, sem possibilidade de determinar se
eles são causados pela droga ou se tem outras causas

Dor nas costas, alteração de libido, sinusite, insônia, dor nas
articulações, faringite, coriza, congestão nasal, inchaço das mãos,
tornozelos ou pés, infecções do trato respiratório superior,
infecções virais.

Se algum dos eventos adversos se agravar ou se detectar qualquer
evento adverso não mencionado nesta bula, informe o seu médico ou
farmacêutico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Brator

Idosos (65 anos ou mais)

Você pode usar Brator se tiver 65 anos de idade ou mais.

Crianças e adolescentes (com idade inferior a 18
anos)

Não existe experiência com Brator em crianças e
adolescentes.

Gravidez e Lactação

Não tome Brator se estiver grávida ou planejando engravidar. Uso
de medicamentos similares tem sido associado com danos graves ao
feto. Por isso, é importante informar o seu médico imediatamente se
você acha que pode estar grávida ou se planeja engravidar.

O seu médico discutirá com você o risco potencial de tomar
Brator durante a gravidez.

Informe imediatamente ao seu médico sobre a ocorrência
de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu
término.

Não tome Brator enquanto estiver amamentando. Informe ao
seu médico se estiver amamentando.

Habilidades de dirigir e/ou operar máquinas

O paciente deve estar atento sobre suas reações quando dirigir
veículos e/ou operar máquinas ou realizar outras tarefas que exijam
atenção, pois, como muitos outros medicamentos usados no tratamento
da pressão alta, Brator pode afetar a capacidade de
concentração.

Composição do Brator

Apresentações

Comprimidos revestidos 80 mg:

Embalagens com 10 e 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos 160 mg:

Embalagens com 30 comprimidos .

Comprimidos revestidos 320 mg:

Embalagens com 30 comprimidos .

Uso oral.

Uso adulto.

Composição

Cada comprimido revestido de Brator 80 mg
contém:

80 mg Valsartana.

Excipientes:

lactose monoidratada, croscarmelose sódica, povidona, estearato
de magnésio, talco, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol e
óxido de ferro vermelho.

Cada comprimido revestido de Brator 160 mg
contém:

160 mg Valsartana.

Excipientes:

lactose monoidratada, croscarmelose sódica, povidona, estearato
de magnésio, talco, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol e
óxido de ferro amarelo.

Cada comprimido revestido de Brator 320 mg
contém:

320 mg Valsartana.

Excipientes:

lactose monoidratada, croscarmelose sódica, povidona, estearato
de magnésio, talco, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol e
óxido de ferro amarelo.

Superdosagem do Brator

A superdose com Brator pode resultar em acentuada hipotensão que
pode levar a uma depressão do nível de consciência, colapso
circulatório e/ou choque. Se a ingestão foi recente, deve-se
induzir o vômito.

Caso a ingestão tenha ocorrido há mais tempo, o tratamento usual
seria a infusão intravenosa de solução salina fisiológica.

A valsartana não pode ser removida por hemodiálise.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Brator

Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com
BRAs, IECAs ou alisquireno

O uso concomitante de bloqueadores de receptores de angiotensina
(BRAs), incluindo Valsartana (substância ativa), com outros
medicamentos que agem no SRA é associado com o aumento da
incidência de hipotensão, hipercalemia e alterações na função renal
em comparação com a monoterapia.

É recomendada a monitorização da pressão arterial, função renal
e eletrólitos em pacientes em tratamento com Valsartana (substância
ativa) e outros agentes que afetam o SRA.

O uso concomitante de BRAs, incluindo Valsartana (substância
ativa), ou IECAs com alisquireno deve ser evitado em pacientes com
insuficiência renal grave (TFG lt; 30 mL/min).

O uso concomitante de BRAs, incluindo Valsartana (substância
ativa), ou IECAs com alisquireno é contraindicado em pacientes com
diabetes tipo 2.

Potássio

O uso concomitante com diuréticos poupadores de potássio (por
exemplo, espironolactona, triantereno, amilorida), suplementos à
base de potássio, substitutos do sal que contenham potássio ou
outros medicamentos que podem aumentar os níveis de potássio
(heparina, etc.) podem acarretar aumento do potássio sérico e, em
pacientes com insuficiência cardíaca, aumento de creatinina
sérica.

Se o uso simultâneo desses compostos for considerado
necessário, recomenda-se monitoramento do potássio
sérico.

Agentes anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)
incluindo inibidor seletivo da ciclooxigenase 2 (inibidor da COX
2)

Quando os antagonistas de angiotensina II são administrados
simultaneamente com os AINEs, pode ocorrer atenuação do efeito
anti-hipertensivo. Além disso, em pacientes idosos, com depleção de
volume (incluindo aqueles sobre terapia com diurético) ou que tiver
comprometimento da função renal, o uso concomitante de antagonistas
da angiotensina II e AINEs podem levar ao aumento de risco da piora
da função renal. Portanto, recomenda-se o monitoramento da função
renal quando se inicia ou modifica o tratamento em pacientes com
Valsartana (substância ativa) e que estão tomando AINEs
simultaneamente.

Lítio

Foram relatados aumentos reversíveis nas concentrações séricas
de lítio e toxicidade durante a administração concomitante de lítio
e inibidores da ECA ou bloqueadores do receptor de angiotensina II,
incluindo a Valsartana (substância ativa).

Portanto, recomenda-se monitoração cuidadosa das concentrações
séricas de lítio durante o uso concomitante. Se um diurético também
for usado, o risco de toxicidade por lítio pode presumidamente ser
aumentado ainda mais com Valsartana (substância ativa).

Transportadores

O resultado de um estudo humano in vitro com tecido de
fígado indicou que a Valsartana (substância ativa) é um substrato
para o transportador hepático de captação OATP1B1 e para o
transportador – hepático de efluxo MRP2.

A coadministração de inibidores do transportador por captação
(por exemplo, rifampicina e ciclosporina) ou do transportador de
efluxo (por exemplo, ritonavir) pode aumentar a exposição sistêmica
da Valsartana (substância ativa).

O uso concomitante de Valsartana com:

Lítio

Pode levar a uma intoxicação por lítio.

Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs)

Pode reduzir a eficácia anti-hipertensiva.

Ritonavir

Aumento da exposição da Valsartana (substância ativa).

Agentes que bloqueiam o SRAA: pode levar à hipercalemia.

Não foram observadas interações de significância clínica. Entre
os fármacos com os quais se realizaram estudos clínicos incluem-se:
cimetidina, varfarina, furosemida, digoxina, atenolol,
indometacina, hidroclorotiazida, anlodipino e glibenclamida.

Como Valsartana (substância ativa) não sofre extensa
metabolização, interações do tipo medicamento-medicamento,
clinicamente relevantes em termos de indução ou inibição metabólica
do sistema do citocromo P450, não são esperadas com a Valsartana
(substância ativa).

Embora a Valsartana (substância ativa) possua alta taxa de
ligação às proteínas plasmáticas, estudos in vitro não
mostraram qualquer interação nesse nível com uma série de moléculas
que também têm alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, como
diclofenaco, furosemida e varfarina.

Ação da Substância Brator

Resultados de Eficácia


Hipertensão

A administração de Valsartana (substância ativa) em pacientes
com hipertensão ocasiona redução da pressão arterial sem alterar a
frequência cardíaca.

Na maioria dos pacientes, após a administração de uma dose oral
única, o início da atividade anti-hipertensiva ocorre dentro de
duas horas e o pico de redução da pressão arterial é atingido em 4
– 6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste por 24 horas após a
administração. Durante administrações repetidas, a redução máxima
da pressão arterial com qualquer dose é geralmente atingida em 2 –
4 semanas e se mantém durante a terapêutica a longo prazo. Em
associação com hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional
significativa na pressão arterial.

A retirada abrupta de Valsartana (substância ativa) não foi
associada com hipertensão de rebote ou outro efeito clínico
adverso.

Em estudos de doses múltiplas em pacientes hipertensos,
Valsartana (substância ativa) não demonstrou efeitos significativos
sobre as dosagens do colesterol total, dos triglicérides em jejum,
da glicemia de jejum ou do ácido úrico.

Insuficiência cardíaca

Hemodinâmica e neuro-hormônios

A hemodinâmica e os neuro-hormônios plasmáticos foram medidos em
pacientes com insuficiência cardíaca classe II – IV da NYHA
(New York Heart Association) com pressão capilar pulmonar
gt; 15 mmHg em 2 estudos de tratamento crônico de curta
duração.

Em um estudo, que incluiu pacientes cronicamente tratados com
inibidores da ECA, doses únicas e múltiplas de Valsartana
(substância ativa) administradas em combinação com inibidores da
ECA melhoraram a hemodinâmica, incluindo a pressão capilar pulmonar
(PCP), a pressão diastólica da artéria pulmonar (PDAP) e a pressão
arterial sistólica (PAS).

Foi observada uma redução nos níveis da aldosterona plasmática
(AP) e da noradrenalina plasmática (NP) após 28 dias de tratamento.
No segundo estudo, que incluiu somente pacientes não tratados com
inibidores da ECA por pelo menos 6 meses antes da inclusão, a
Valsartana (substância ativa) melhorou significativamente a PCP, a
resistência vascular sistêmica (RVS), o débito cardíaco (DC) e a
PAS após 28 dias de tratamento.

No estudo a longo prazo Val-HeFT, a noradrenalina plasmática e o
peptídeo cerebral natriurético (PCN) foram significativamente
reduzidos em relação à fase inicial no grupo Valsartana (substância
ativa) quando comparado ao placebo.

Morbidade e mortalidade

O Val-HeFT foi um estudo multinacional, randomizado e controlado
em que se comparou Valsartana (substância ativa) ao placebo na
morbidade e mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca
classe II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA recebendo terapêutica
usual com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) lt; 40% e
diâmetro diastólico interno do ventrículo esquerdo (DDIVE) gt; 2,9
cm/m2.

Foram incluídos 5.010 pacientes no estudo em 16 países, que
foram randomizados para receber Valsartana (substância ativa) ou
placebo em adição a todas as outras terapêuticas apropriadas
incluindo os inibidores da ECA (93%), os diuréticos (86%), a
digoxina (67%) e os betabloqueadores (36%). A duração média do
acompanhamento foi de aproximadamente dois anos.

A dose média diária de Valsartana (substância ativa) no estudo
Val-HeFT foi de 254 mg. O estudo teve 2 desfechos
primários, mortalidade por todas as causas (tempo até o óbito)
e a morbidade da insuficiência cardíaca (tempo até o primeiro
evento mórbido) definido como morte, morte súbita com
ressuscitação, hospitalização por insuficiência cardíaca, ou
administração intravenosa de drogas inotrópicas ou vasodilatadoras
por quatro horas ou mais sem hospitalização.

Mortalidade por todas as causas foi similar nos grupos tratados
com Valsartana (substância ativa) e com placebo. A morbidade foi
significativamente reduzida em 13,2% com a Valsartana (substância
ativa) comparada ao placebo. O principal benefício foi uma redução
de 27,5% no risco para o tempo até a primeira hospitalização por
insuficiência cardíaca. Os maiores benefícios foram nos pacientes
que não estavam recebendo um inibidor da ECA ou um
betabloqueador.

Entretanto, reduções de risco favorecendo o placebo foram
observadas para aqueles pacientes tratados com a tripla combinação
de um betabloqueador, um inibidor da ECA e Valsartana (substância
ativa). Estudos adicionais como o Valiant, nos quais a mortalidade
não foi aumentada nesses pacientes, reduziram as preocupações em
relação à tripla combinação.

Capacidade e tolerância ao exercício

Os efeitos da Valsartana (substância ativa) em adição à
terapêutica usual da insuficiência cardíaca na tolerância ao
exercício usando o Protocolo Modificado de Naughton foram medidos
em pacientes com insuficiência cardíaca da classe II – IV da NYHA
com disfunção ventricular esquerda (FEVE ≤ 40%). O aumento do tempo
de exercício em relação à fase inicial foi observado para todos os
grupos do tratamento.

Aumentos médios maiores em relação à fase inicial no tempo de
exercício foram observados para o grupo Valsartana (substância
ativa) comparado ao grupo placebo, embora não tenha atingido
significância estatística.

As melhoras mais importantes foram observadas no subgrupo dos
pacientes que não estavam recebendo terapêutica com inibidor da
ECA, nos quais as variações médias no tempo de exercício foram 2
vezes maiores para o grupo Valsartana (substância ativa) comparado
ao grupo placebo.

Os efeitos da Valsartana (substância ativa) comparados aos do
enalapril na capacidade ao exercício utilizando o teste da
caminhada de seis minutos foram determinados nos pacientes com
insuficiência cardíaca classes II e III da NYHA e com fração de
ejeção do ventrículo esquerdo ≤ 45% que estavam recebendo
terapêutica com inibidor da ECA por pelo menos 3 meses antes do
início do estudo.

A Valsartana (substância ativa) de 80 mg a 160 mg uma vez ao dia
foi tão eficaz quanto enalapril 5 mg a 10 mg duas vezes ao dia, com
referência à capacidade ao exercício, conforme avaliado pelo teste
da caminhada dos seis minutos nos pacientes estabilizados
previamente com inibidores da ECA e diretamente substituídos para
Valsartana (substância ativa) ou enalapril.

Classe da NYHA, sinais e sintomas, qualidade de vida e
fração de ejeção

No estudo clínico Val-HeFT, os pacientes tratados com Valsartana
(substância ativa) demonstraram uma melhora significativa na classe
da NYHA e nos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca,
incluindo dispneia, fadiga, edema e estertores em comparação ao
placebo.

Os pacientes tratados com Valsartana (substância ativa) tiveram
uma melhor qualidade de vida como demonstrado pelas mudanças na
pontuação do questionário “Minnesota Living with Heart Failure
Quality of Life
” em relação ao placebo.

A fração de ejeção em pacientes tratados com Valsartana
(substância ativa) aumentou significativamente e o DDIVE foi
reduzido significativamente no desfecho em relação à fase inicial
quando comparado ao placebo.

Pós-infarto do miocárdio

O estudo de Valsartana (substância ativa) no infarto agudo do
miocárdio (VALIANT) foi randomizado, controlado, multinacional e
duplo-cego em 14.703 pacientes com infarto do miocárdio agudo e
sinais, sintomas ou evidência radiológica de insuficiência cardíaca
congestiva e/ou evidência de disfunção sistólica do ventrículo
esquerdo (manifestado como uma fração de ejeção ≤ 40% por
ventriculografia por radionuclídeos ou ≤ 35% por ecocardiografia ou
angiografia ventricular de contraste).

Os pacientes foram randomizados dentro de 12 horas a 10 dias
após o início dos sintomas de infarto do miocárdio em um dos três
grupos de tratamento: Valsartana (substância ativa) (titulada a
partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose tolerada até um
máximo de 160 mg duas vezes ao dia), o inibidor de ECA captopril
(titulado a partir de 6,25 mg três vezes ao dia para a maior dose
tolerada até um máximo de 50 mg três vezes ao dia) ou a combinação
de Valsartana (substância ativa) mais captopril.

No grupo de combinação, a dose de Valsartana (substância ativa)
foi titulada a partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose
tolerada até um máximo de 80 mg duas vezes ao dia; a dose de
captopril foi a mesma para monoterapia. A duração média do
tratamento foi de dois anos. A dose diária média de Valsartana
(substância ativa) no grupo de monoterapia foi de 217 mg.

A terapêutica basal incluiu ácido acetilsalicílico (91%),
betabloqueadores (70%), inibidores da ECA (40%), trombolíticos
(35%) e estatinas (34%). A população estudada foi de 69% de homens,
94% de caucasianos e 53% com 65 anos de idade ou mais velhos. O
desfecho primário foi o tempo para a mortalidade por todas as
causas.

A Valsartana (substância ativa) foi pelo menos tão efetiva
quanto o captopril na redução da mortalidade por todas as causas
pós-infarto do miocárdio. A mortalidade por todas as causas foi
similar nos grupos de Valsartana (substância ativa) (19,9%),
captopril (19,5%) e Valsartana (substância ativa) + captopril
(19,3%).

A Valsartana (substância ativa) foi também efetiva na
prolongação do tempo para redução da mortalidade cardiovascular,
hospitalização por insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio
recorrente, parada cardíaca ressuscitada e em acidente vascular
cerebral não-fatal (desfecho composto secundário).

Uma vez que este foi um estudo com um controle ativo
(captopril), uma análise adicional da mortalidade por todas as
causas foi realizada para estimar o quanto a Valsartana (substância
ativa) desempenhou versus placebo. Usando os resultados
das referências prévias dos estudos do infarto do miocárdio – Save,
Aire e Trace – o efeito estimado da Valsartana (substância ativa)
preservou 99,6% do efeito do captopril (97,5% CI = 60 – 139%).

Combinar Valsartana (substância ativa) com captopril não
adicionou mais benefícios sobre o captopril isolado. Não houve
diferença na mortalidade por todas as causas com base na idade,
sexo, raça, terapêuticas basais ou doença de base.

Não houve diferença na mortalidade por todas as causas ou
mortalidade cardiovascular ou morbidade quando betabloqueadores
foram administrados juntos com a combinação de Valsartana
(substância ativa) + captopril, Valsartana (substância ativa)
isolada ou captopril isolado. Independentemente do tratamento da
droga estudada, a mortalidade foi maior no grupo de pacientes não
tratados com um betabloqueador, sugerindo que o conhecido benefício
do betabloqueador nesta população foi mantido neste estudo.

Além disto, os benefícios do tratamento da combinação de
Valsartana (substância ativa) + captopril, monoterapia de
Valsartana (substância ativa) e monoterapia de captopril foram
mantidos em pacientes tratados com betabloqueadores.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Grupo farmacoterapêutico

Bloqueadores do receptor da angiotensina II simples.

Código ATC:

C09C A03.

O hormônio ativo do SRAA é a angiotensina II, formada a partir
da angiotensina I pela ECA. A angiotensina II se liga a receptores
específicos localizados na membrana das células de vários tecidos,
exercendo diversos efeitos fisiológicos, inclusive em particular no
envolvimento direto e indireto na regulação da pressão arterial.
Como um potente vasoconstritor, a angiotensina II exerce uma
resposta pressora direta. Além disso, promove retenção de sódio e
estimulação da secreção de aldosterona.

Valsartana (substância ativa) é um potente e específico
antagonista dos receptores de angiotensina II (Ang II) ativo por
via oral. Ele atua seletivamente no receptor subtipo
AT1, responsável pelas conhecidas ações da angiotensina
II. As concentrações plasmáticas aumentadas de Ang II seguindo-se
ao bloqueio do receptor AT1 com Valsartana (substância
ativa) pode estimular o receptor AT2 não-bloqueado, o
que parece contrabalançar o efeito do receptor AT1.

A Valsartana (substância ativa) não apresenta atividade agonista
parcial sobre os receptores AT1 e tem afinidade muito
maior (cerca de 20.000 vezes) para com receptores AT1 do
que para com receptores AT2.

A Valsartana (substância ativa) não inibe a ECA, também
conhecida como cininase II, que converte Ang I em Ang II e degrada
a bradicinina. Uma vez que não existe efeito sobre a ECA e nenhuma
potencialização da bradicinina ou substância P, é improvável que os
antagonistas de angiotensina II estejam associados à tosse. Em
estudos clínicos em que a Valsartana (substância ativa) foi
comparada aos inibidores da ECA, a incidência de tosse seca foi
significativamente menor (P lt; 0,05) em pacientes tratados com
Valsartana (substância ativa) do que naqueles tratados com
inibidores da ECA (2,6% versus 7,9%, respectivamente).

Em um estudo clínico em pacientes com história de tosse seca
durante terapêutica com inibidores da ECA, 19,5% dos pacientes que
recebiam Valsartana (substância ativa) e 19,0% desses que recebiam
um diurético tiazídico apresentaram episódios de tosse, comparados
a 68,5% daqueles tratados com inibidores da ECA (P lt; 0,05).

A Valsartana (substância ativa) não se liga ou bloqueia outros
receptores hormonais ou canais de íons conhecidos, importantes na
regulação cardiovascular.

Farmacocinética

Absorção

Após a administração oral de Valsartana (substância ativa)
isolada o pico da concentração plasmática da Valsartana (substância
ativa) é atingido em 2-4 horas. A biodisponibilidade absoluta média
é de 23%.

Quando a Valsartana (substância ativa) é administrada com
alimentos, a área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de
Valsartana (substância ativa) sofre redução de 48%, embora cerca de
8 horas após a administração, as concentrações plasmáticas de
Valsartana (substância ativa) sejam similares em pacientes que
ingeriram o produto em jejum ou com alimentos. Entretanto, esta
redução da AUC não se acompanha de redução clinicamente
significativa nos efeitos terapêuticos, podendo a Valsartana
(substância ativa) ser administrada com ou sem alimentos.

Distribuição

O volume de distribuição no steady-state (estado de equilíbrio)
da Valsartana (substância ativa) após administração intravenosa, é
cerca de 17 litros, indicando que a Valsartana (substância ativa)
não é distribuída extensivamente pelos tecidos. A Valsartana
(substância ativa) tem alta taxa de ligação às proteínas séricas
(94 – 97%), principalmente à albumina sérica.

Biotransformação

A Valsartana (substância ativa) não é biotransformada em grande
extensão uma vez que apenas cerca de 20% da dose é recuperada como
metabólitos. Um metabólito hidróxi foi identificado no plasma em
baixas concentrações (menos de 10% da AUC de Valsartana (substância
ativa)). Este metabólito é farmacologicamente inativo.

Eliminação

A Valsartana (substância ativa) apresenta um decaimento cinético
multiexponencial (t1/2 alfa lt; 1h e t1/2
beta cerca de 9 h). A Valsartana (substância ativa) é eliminada
principalmente nas fezes (cerca de 83% da dose) e urina (cerca de
13% da dose), principalmente como fármaco inalterado. Após
administração intravenosa, o clearance (depuração)
plasmático da Valsartana (substância ativa) é cerca de 2 L/h e seu
clearance (depuração) renal é de 0,62 L/h (cerca de 30% do
clearance total). A meia-vida da Valsartana (substância
ativa) é de 6 horas.

A farmacocinética de Valsartana (substância ativa) é linear no
intervalo de dose testada. Não ocorrem alterações na cinética de
Valsartana (substância ativa) em administrações repetidas e há
pouco acúmulo quando administrado uma vez ao dia. As concentrações
plasmáticas observadas foram similares em homens e mulheres.

O tempo médio para o pico de concentração e a meia-vida de
eliminação da Valsartana (substância ativa) em pacientes com
insuficiência cardíaca é similar ao observado em pacientes sadios.
Os valores AUC e Cmax da Valsartana (substância ativa)
aumentam linearmente e são praticamente proporcionais com o aumento
da dose dentro da faixa clínica (40 a 160 mg duas vezes ao dia). O
fator de acumulação médio é aproximadamente 1,7. O
clearance (depuração) aparente da Valsartana (substância
ativa) após uma administração oral é aproximadamente 4,5 L/h. A
idade não afeta o clearance (depuração) aparente em
pacientes com insuficiência cardíaca.

Populações especiais de pacientes

Pacientes geriátricos (65 anos ou acima)

Maior exposição sistêmica à Valsartana (substância ativa) foi
observada em indivíduos idosos comparados com indivíduos jovens;
entretanto, isso não apresentou nenhum significado clínico.

Insuficiência renal

Como esperado para um composto no qual o clearance
(depuração) renal contribui com apenas 30% do clearance
(depuração) plasmático total, não existe correlação entre a função
renal e a exposição sistêmica à Valsartana (substância ativa).
Portanto, não é necessário ajuste de dose em pacientes com
insuficiência renal.

Nenhum estudo foi realizado em pacientes sob diálise. No
entanto, Valsartana (substância ativa) possui alta taxa de ligação
às proteínas plasmáticas, sendo improvável sua remoção por
diálise.

Insuficiência hepática

Cerca de 70% da dose absorvida é excretada na bile,
principalmente como composto inalterado. Valsartana (substância
ativa) não sofre biotransformação extensiva e, como esperado, a
exposição sistêmica à Valsartana (substância ativa) não se
relaciona com o grau de disfunção hepática. Portanto, nenhum ajuste
de dose é necessário em pacientes com insuficiência hepática de
origem não biliar e sem colestase. Observou-se que a AUC da
Valsartana (substância ativa) é aproximadamente o dobro em
pacientes com cirrose biliar ou obstrução biliar.

Dados de segurança pré-clínicos

Dados pré-clínicos não revelaram riscos especiais para humanos,
baseados em estudos convencionais de segurança farmacológica,
genotoxicidade, potencial carcinogênico e efeitos na
fertilidade.

Segurança farmacológica e toxicidade de longo
prazo

Em diversos estudos pré-clínicos de segurança realizados com
várias espécies de animais, não houve resultados que excluem o uso
de doses terapêuticas de Valsartana (substância ativa) em
humanos.

Em estudos de segurança pré-clínicos, altas doses de Valsartana
(substância ativa) (200 a 600 mg/kg/dia de peso corporal) em ratos,
causou uma redução dos parâmetros dos glóbulos vermelhos
(eritrócitos, hemoglobina, hematócrito) e evidência de alterações
na hemodinâmica renal (nitrogênio na ureia levemente aumentado no
sangue, hiperplasia tubular renal e basofilia nos machos). Estas
doses em ratos (200 e 600 mg/kg/dia) são aproximadamente 6 e 18
vezes a dose humana máxima recomendada com base em mg/m2
(cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um paciente de 60
kg).

Em macacos saguis, em doses comparáveis, as alterações foram
semelhantes, embora mais graves, particularmente nos rins onde as
alterações desenvolveram para uma nefropatia, incluindo aumento no
sangue de nitrogênio na ureia e creatinina. A hipertrofia das
células justaglomerulares renais também foi observada em ambas as
espécies.

Todas as alterações foram consideradas como sendo causadas pela
ação farmacológica da Valsartana (substância ativa), que produziu
hipotensão prolongada, particularmente nos macacos saguis. Para
doses terapêuticas de Valsartana (substância ativa) em humanos, a
hipertrofia das células justaglomerulares renais não parece ter
qualquer relevância.

Toxicidade reprodutiva

A Valsartana (substância ativa) não apresentou reações adversas
sobre o desempenho reprodutivo de ratos machos ou fêmeas com doses
orais de até 200 mg/kg/dia. Em estudos de desenvolvimento
embriofetal (segmento II) em camundongos, ratos e coelhos, foi
observada toxicidade fetal em associação com toxicidade materna em
ratos com doses de Valsartana (substância ativa) 600 mg/kg/dia e em
coelhos com doses de 10 mg/kg/dia.

Em estudo de toxicidade de desenvolvimento peri e pós-natal
(Segmento III), proles de ratos descendentes de ratas que receberam
600 mg/kg/dia durante o último trimestre de gravidez e durante a
lactação mostraram índice de sobrevivência levemente reduzido, bem
como leve retardo no desenvolvimento.

Os principais achados pré-clínicos de segurança são atribuídos à
ação farmacológica do fármaco e não demonstraram qualquer
significado clínico.

Mutagenicidade

A Valsartana (substância ativa) foi isenta de potencial
mutagênico em estudos de genotoxicidade, quer ao nível do gene ou
cromossomo, quando investigada em vários padrões in vitro
e in vivo.

Carcinogenicidade

Não houve evidência de carcinogenicidade quando a Valsartana
(substância ativa) foi administrada na dieta a camundongos e ratos
por 2 anos em doses de até 160 e 200 mg/kg/dia,
respectivamente.

Cuidados de Armazenamento do Brator

Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da
umidade.

Numero do lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Brator 80 mg:

Comprimidos revestidos de cor vermelho tijolo, formato oval,
biconvexo e sulcado em ambos os lados.

Brator 160 mg:

Comprimidos revestidos de cor amarela, formato oval, biconvexo e
sulcado em ambos os lados.

Brator 320 mg:

Comprimidos revestidos de cor amarela, formato oval, biconvexo,
sulcado em um dos lados e liso no outro lado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Brator

MS – 1.0525.0049

Farmacêutico Responsável:

Dr. Ricardo Magela Rocha
CRF-SP nº 7.907

Fabricado por:

Torrent Pharmaceuticals Ltda.
Indrad – Índia

Importado por:

Torrent do Brasil Ltda.
Av. Tamboré, 1180 – Módulo A5
Barueri – SP
CNPJ 33.078.528/0001-32

Venda sob prescrição médica.

SAC: 0800.7708818

Brator, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.