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Benicar

Como o Benicar funciona?


Benicar age diminuindo a pressão arterial, que é a pressão com
que o coração faz o sangue circular por dentro das artérias, pois
provoca a dilatação dos vasos sanguíneos.

O início desse efeito geralmente se manifesta dentro de uma
semana após o início do tratamento.

Contraindicação do Benicar

Você não deve usar este medicamento durante a gravidez, nem se
for alérgico ou sensível a qualquer componente deste produto.

Você não deve usar esse produto se é diabético e está utilizando
alisquireno.

Primeiro trimestre de gestação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Segundo e terceiro trimestres de gestação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Como usar o Benicar

Uso pediátrico acima de 6 anos de idade

Normalmente, a dose inicial recomendada de Benicar é de 20 mg
uma vez ao dia para pacientes com mais de 6 anos de idade e que
possuem mais que 35 kg. Para pacientes que precisam de redução
adicional da pressão arterial depois de 2 semanas de tratamento, a
dose pode ser aumentada para até 40 mg por dia.

Uso adulto

Normalmente, a dose inicial recomendada de Benicar é de 20 mg
uma vez ao dia. Para pacientes que necessitam de redução adicional
da pressão arterial, a dose pode ser aumentada para até 40 mg uma
vez ao dia.

O comprimido deve ser engolido inteiro, com água potável, uma
vez ao dia.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Benicar?


Caso você se esqueça de tomar Benicar, poderá tomar o comprimido
esquecido ao longo do dia. Se já estiver perto do horário da
próxima tomada deverá simplesmente continuar a administração no
mesmo horário de costume, sem tomar 2 comprimidos para compensar
aquele que foi esquecido.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Benicar

Durante o uso do medicamento alguns cuidados devem ser
tomados como os descritos a seguir:

Pacientes utilizando sequestradores de ácidos
biliares

A dose de Benicar deve ser tomada preferencialmente 4 horas
antes da dose do sequestrador de ácidos biliares.

Pacientes utilizando antiinflamatórios não
esteroidais

O uso desses medicamentos junto com Benicar pode levar à piora
da função dos rins. O efeito de Benicar pode ser reduzido pelo uso
concomitante de antiinflamatórios.

Lactação

Informe ao seu médico se estiver amamentando. O médico deverá
decidir se descontinua a amamentação ou o uso de Benicar.

Reações Adversas do Benicar

Assim como com qualquer medicamento, podem aparecer alguns
efeitos indesejáveis durante o uso de Benicar.

A seguir são relatadas as reações observadas durante os estudos
clínicos do medicamento bem como durante a experiência
pós-lançamento.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Tontura.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Dor de cabeça, tosse, dor abdominal, náusea, vômito, vermelhidão
da pele, coceira, inchaço do rosto, inchaço das pernas,
insuficiência renal aguda, alterações em exames laboratoriais do
sangue (aumento de creatinina e enzimas do fígado), diarreia e
choque anafilático.

Nenhuma diferença relevante foi identificada entre o perfil de
segurança em pacientes pediátricos de 1 a 17 anos de idade e o que
foi reportado anteriormente em pacientes adultos.

Caso você apresente diarreia forte e duradoura que leve a perda
de peso consulte imediatamente seu médico para reavaliar a
continuação do tratamento.

O uso de Benicar pode, raramente, causar aumento dos níveis de
potássio no sangue. Procure o médico para avaliação da necessidade
de monitoramento dos níveis sanguíneos.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso
do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Benicar

Pacientes com insuficiência renal e
hepática

Pacientes com alterações das funções dos rins e/ou do fígado
devem ser acompanhados frequentemente por um médico

Uso geriátrico

Nos estudos realizados com Benicar, não foi observada nenhuma
diferença entre pacientes idosos e os mais jovens quanto à eficácia
e segurança.

Uso em crianças

Benicar não deve ser utilizado em pacientes com menos de 35 kg.
Não foi observada nenhuma diferença entre pacientes pediátricos e
pacientes adultos quanto à eficácia e segurança.

Composição do Benicar

Cada comprimido revestido de Benicar 20 mg
contém

Olmesartana medoxomila

20 mg

Ingredientes não ativos* q.s.p.

1 comprimido

Cada comprimido revestido de Benicar 40 mg
contém:

Olmesartana Medoxomila

40 mg

Ingredientes não ativos* q.s.p

1 comprimido

*Celulose microcristalina, hiprolose de baixa substituição,
lactose monoidratada, hiprolose, estearato de magnésio, dióxido de
titânio, talco, hipromelose.

Apresentação do Benicar


Benicar é apresentado em embalagens com 10 ou 30
comprimidos revestidos de olmesartana medoxomila nas concentrações
de 20 mg ou 40 mg.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 6 anos.

Superdosagem do Benicar

O uso de uma quantidade maior que a indicada poderá causar
hipotensão (diminuição da pressão arterial) provocando uma sensação
de fraqueza e possivelmente tontura e escurecimento da vista. Nesse
caso, a pessoa deverá permanecer em repouso, sentada ou deitada, e
procurar auxílio médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Benicar

Informe o seu médico se você faz uso de outros medicamentos para
reduzir a pressão, lítio ou alisquireno. Pacientes utilizando esses
medicamentos podem necessitar de um monitoramento terapêutico mais
próximo.

Benicar pode ser tomado com ou sem alimentos (a alimentação
não influencia na ação do medicamento).

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Benicar

Resultados da eficácia

Os efeitos anti-hipertensivos de Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) foram demonstrados em sete estudos clínicos
randomizados, duplos-cegos e paralelos, controlados com placebo nas
fases 2 e 3.

Esses estudos envolveram pacientes com hipertensão, que
receberam doses crescentes de 2,5 a 80 mg por 6 a 12 semanas, e
mostraram reduções estatisticamente significativas da pressão
arterial.

Foram analisados 2.693 pacientes com hipertensão, sendo 2.145 no
grupo tratado com Olmesartana Medoxomila (substância ativa) e 548
no grupo tratado com placebo.

A administração de Olmesartana Medoxomila (substância ativa) uma
vez ao dia provocou redução da PA (pressão arterial) de maneira
dose-dependente e superior àquela obtida com placebo.

Para a dose de 20 mg ao dia, a redução de PA sistólica (PAS) e
diastólica (PAD), além do efeito do placebo, foi de 10/6 mm Hg,
respectivamente (em valores absolutos -15,1 mmHg e -12,2 mmHg).

Para a dose de 40 mg, a redução da PA sistólica e diastólica,
além do efeito do placebo, foi de 12/7 mmHg, respectivamente (-17,6
mmHg e -13,1 mmHg).

O percentual de pacientes com PAD controlada no grupo
Olmesartana Medoxomila (substância ativa) (variando de 38% a 51%)
foi significativamente maior (p lt; 0,001) do que o observado com
placebo (23%).

O controle da PAS também foi significativamente maior (p lt;
0,001) para a Olmesartana Medoxomila (substância ativa) (35% a 42%)
em comparação com o placebo (16%).

Os índices de resposta nos grupos Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) para a PAD casual (56% a 72%) e para a PAS
casual (56% a 68%) foram significativamente maiores (p lt; 0,001)
do que os observados nos grupos tratados com placebo (37% e
30%).

O efeito anti-hipertensivo se manteve por um período de 24
horas, com picos de resposta entre 57% e 70%. Doses de olmesartana
superiores a 40 mg não apresentaram resultados adicionais
significativos.

O início do efeito anti-hipertensivo ocorreu dentro de uma
semana e se manifestou amplamente depois de duas semanas de
tratamento.

Em pacientes tratados durante um ano ou mais, o efeito redutor
da pressão arterial provocado pela Olmesartana Medoxomila
(substância ativa), associada ou não à hidroclorotiazida, se
manteve.

Não houve evidência de taquifilaxia durante o período de
tratamento nem de efeito rebote com a retirada abrupta do
medicamento após esse mesmo período.

O efeito anti-hipertensivo foi similar em ambos os sexos e em
idosos acima de 65 anos.

Em pacientes negros, o efeito foi menor, assim como já foi
observado para outros agentes anti-hipertensivos, tais como
inibidores da ECA, bloqueadores de receptor de angiotensina e
betabloqueadores.

A Olmesartana Medoxomila (substância ativa) apresenta efeito
adicional na redução da pressão arterial quando associado à
hidroclorotiazida.

Num estudo duplo-cego, controlado com placebo, de Olmesartana
Medoxomila (substância ativa) (20 mg/dia) em 199 pacientes
constatou-se redução significativa dos marcadores de inflamação
após seis semanas de tratamento no grupo tratado com Olmesartana
Medoxomila (substância ativa), independente de seu efeito
anti-hipertensivo.

As reduções foram: proteína C reativa ultrassensível 15,1% (p
lt;0,05), fator de necrose tumoral-alfa 8,9% (p lt; 0,02),
interleucina-6 14% (p lt; 0,05) e proteína quimiotática do
monócito-1 6,5% (p lt; 0,01).

O acréscimo de pravastatina (20 mg/dia) aos dois grupos de
tratamento não alterou o resultado dos marcadores de inflamação no
grupo placebo apesar de baixar significativamente o colesterol em
todos os pacientes.

Num estudo duplo-cego, comparativo de Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) (40 mg/dia) com atenolol (100 mg/dia) em 100
pacientes não diabéticos constatou-se, após um ano de tratamento,
redução significativa da razão parede/luz de artérias da gordura
subcutânea da região glútea (p lt; 0,001) apenas no grupo tratado
com Olmesartana Medoxomila (substância ativa), independente de seu
efeito anti-hipertensivo.

O estudo conduzido para avaliar a segurança e eficácia clínica
da Olmesartana Medoxomila (substância ativa) em população
pediátrica foi um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego, de
grupos paralelos e prospectivo.

O estudo randomizou 302 pacientes entre 6 a 16 anos de idade com
hipertensão primária ou secundária.

Os pacientes poderiam completar 17 anos durante o período de
estudo.

Os participantes foram divididos no grupo A de etnia mista com
aproximadamente 15% de negros e o grupo B em que todos eram
negros.

O estudo foi dividido em 4 períodos.

No período 1, os indivíduos selecionados passavam por um período
de wash-out de no máximo 14 dias.

No período 2 ocorreu a randomização, os pacientes dentro de cada
grupo (A ou B) foram randomizados conforme o peso corporal para
doses baixas (2,5 ou 5 mg) e altas de Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) (20 ou 40 mg), com tratamento ativo de 3 semanas
de duração.

No período 3, os pacientes foram novamente randomizados, para
receber placebo ou manter com a dose de Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) do período anterior por no máximo 2 semanas.

O período 4 foi um período de extensão em regime aberto de 46
semanas de duração em que os pacientes poderiam receber Olmesartana
Medoxomila (substância ativa) 20 ou 40 mg.

As principais mudanças na PAS e PAD casual, considerando a
administração de Olmesartana Medoxomila (substância ativa) 20 e 40
mg foram: no grupo A -12,6 mm Hg e -9,5 mm Hg e no grupo B – 10,7
mm Hg e -7,6 mm Hg, respectivamente, demonstrando reduções de PA
semelhantes às observadas na população adulta.

No período 3, o controle da pressão arterial diminui nos
pacientes que receberam placebo, mas foi mantido nos pacientes
tratados com olmesartana. Ao analisarmos os grupos A + B, a análise
de covariância demonstrou uma variação de -3,16 mmHg na PAS entre
olmesartana e placebo.

No período 4, no geral, as duas doses (altas e baixas) de
olmesartana promoveram uma redução na PAS/PAS de -9,7/-6,6 mmHg ao
fim do estudo em comparação aos valores basais.

Estudos clínicos comparativos

A eficácia da Olmesartana Medoxomila (substância ativa) foi
avaliada em estudos comparativos competitivos diretos com outros
anti-hipertensivos: bloqueadores de receptores de angiotensina II,
inibidores da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores de
canais de cálcio e betabloqueadores, nos quais se observou uma
eficácia favorável para a Olmesartana Medoxomila (substância
ativa).

Em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego com duração
de 8 semanas, comparou-se a eficácia anti-hipertensiva em 578
pacientes com hipertensão leve a moderada.

Esses pacientes receberam a dose inicial de Olmesartana
Medoxomila (substância ativa) 20 mg/dia (n=145), ou losartana
potássica 50 mg/dia (n=146), ou valsartana 80 mg/dia (n=142), ou
irbesartana 150 mg/dia (n=145).

A redução da PAD casual obtida com Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) (-11,5 mmHg) foi significativamente superior à
obtida com losartana potássica (-8,2 mmHg), valsartana (-7,9 mm Hg)
ou irbesartana (-9,9 mmHg).

As reduções da PAS casual com Olmesartana Medoxomila (substância
ativa) (- 11,3 mmHg), losartana potássica (-9,5 mmHg), valsartana
(-8,4 mmHg) ou irbesartana (-11,0 mmHg) não foram
significativamente diferentes.

Na avaliação feita pelo MAPA, à redução na PAD com olmesartana
(-8,5 mmHg) foi significativamente maior do que as reduções obtidas
com losartana potássica (-6,2 mmHg) e valsartana (-5,6 mm Hg),
apresentando uma tendência à significância em comparação com a
irbesartana (-7,4 mmHg; p=0,087).

A redução da PAS na MAPA obtida com olmesartana (-12,5 mmHg) foi
significativamente maior do que as reduções com losartana potássica
e valsartana (-9,0 e -8,1 mmHg, respectivamente) e equivalente à
redução obtida com irbesartana (-11,3 mmHg).

Uma revisão de eficácia com base no alcance das metas de PA
revelou que 32,4% dos pacientes do grupo da Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) alcançou a meta de PAlt;140/90 mmHg e 12,5%
alcançou a meta mais rigorosa de PAlt;130/85 mmHg.

Esses resultados são, respectivamente, de duas a quatro vezes
maiores do que os obtidos com losartana potássica e valsartana.

Em outro estudo, pacientes com hipertensão leve a moderada foram
distribuídos para receber a dose inicial de Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) 20 mg/dia (n= 293) ou de candesartana cilexetila
8 mg/dia (n= 311).

Na oitava semana de tratamento, as reduções da PA média pelo
MAPA em 24 horas com a Olmesartana Medoxomila (substância ativa)
[-9,1 mmHg (PAD) e -12,7 mmHg (PAS)] foram superiores às da
candesartana [-7,7 mm Hg (PAD) e -11,0 mmHg (PAS)].

Houve significância estatística na redução da PAD média em 24
horas em favor da Olmesartana Medoxomila (substância ativa) (p=
0,0143).

Em outra comparação entre Olmesartana Medoxomila (substância
ativa) 40 mg, losartana potássica 100 mg, valsartana 160 mg e
placebo (8 semanas de tratamento), o decréscimo na PAD casual foi
significativamente maior com Olmesartana Medoxomila (substância
ativa) comparado à losartana potássica e à valsartana.

A eficácia da Olmesartana Medoxomila (substância ativa) na
redução da PAS foi estatisticamente superior à da valsartana
(reduções de -16,2 mm Hg e -13,2 mm Hg, respectivamente).

Na comparação com besilato de anlodipino e placebo (oito semanas
de tratamento, n=397), a redução na PAD casual além do efeito do
placebo foi de 7,2 mmHg para Olmesartana Medoxomila (substância
ativa) (20 mg) e 6,5 mmHg para besilato de anlodipino (5
mg/dia).

A porcentagem de pacientes que alcançaram as metas mais
exigentes (PAlt; 130/85 mmHg no MAPA) foi significativamente
superior no grupo tratado com Olmesartana Medoxomila (substância
ativa) (PAD = 48% e PAS = 33,9%) em comparação àqueles tratados com
o besilato de anlodipino [PAD = 34,3% (p = 0,01) e PAS = 17,4% (p
lt; 0,001)].

Características Farmacológicas

A Olmesartana Medoxomila (substância ativa) é descrita
quimicamente como
2,3-diidroxi-2-butenil-4-(1-hidroxi-1-metiletil)-2-propil-1-[p-(o-1H-tetrazol-5-il-fenil)
benzil]imidazol-5-carboxilato, 2,3-carbonato cíclico. Sua fórmula
empírica é
C29H30N606.

Trata-se de um pró-fármaco que, durante a absorção pelo trato
gastrintestinal, é hidrolisado para olmesartana, o composto
biologicamente ativo. É um antagonista seletivo do receptor de
angiotensina II subtipo AT1.

A angiotensina II é formada a partir da angiotensina I em uma
reação catalisada pela enzima conversora da angiotensina (ECA,
cininase II). A angiotensina II é o principal agente pressórico do
sistema renina-angiotensina, com efeitos que incluem
vasoconstrição, estimulação da síntese e liberação de aldosterona,
estimulação cardíaca e reabsorção renal de sódio. A olmesartana
liga-se de forma competitiva e seletiva ao receptor AT1
e impede os efeitos vasoconstritores da angiotensina II, bloqueando
seletivamente sua ligação ao receptor AT1 no músculo
liso vascular. Sua ação é independente da via de síntese da
angiotensina II.

O bloqueio do receptor AT1 de angiotensina II inibe o
feedback negativo regulador sobre a secreção de renina,
entretanto, o aumento resultante na atividade de renina plasmática
e nos níveis de angiotensina II circulante não suprime o efeito da
olmesartana sobre a pressão arterial.

Não é esperado o aparecimento de tosse devido à alteração da
resposta à bradicinina pelo fato da Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) não inibir a ECA.

Receptores AT2 também são encontrados em outros
tecidos, mas se desconhece a sua associação com a homeostasia
cardiovascular. A olmesartana tem uma afinidade 12.500 vezes
superior ao receptor AT1 quando comparada ao receptor
AT2.

Farmacocinética

Absorção, distribuição, metabolismo e
excreção

A Olmesartana Medoxomila (substância ativa) é rápida e
completamente bioativada por hidrólise do éster para a olmesartana
durante a absorção pelo trato gastrintestinal.

Parece ser eliminada de maneira bifásica, com uma meia-vida de
eliminação de 6 a 15 horas.

A farmacocinética da olmesartana é linear após doses orais
únicas e doses orais múltiplas maiores do que as doses
terapêuticas.

Os níveis no estado de equilíbrio são atingidos após as
primeiras doses, e não ocorre nenhum acúmulo no plasma com a
administração única diária.

Após a administração, a biodisponibilidade absoluta da
olmesartana é de aproximadamente 26%.

A concentração plasmática máxima (Cmáx) após a
administração oral é atingida depois de aproximadamente 2
horas.

Os alimentos não afetam a biodisponibilidade da olmesartana.

Após a rápida e completa conversão da Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) em olmesartana durante a absorção, não há,
virtualmente nenhum metabolismo adicional.

O clearance plasmático total é de 1,3 l/h, com um
clearance renal de 0,5-0,7 l/h.

Aproximadamente de, 30% a 50% da dose absorvida é recuperada na
urina, enquanto o restante é eliminado nas fezes; por intermédio da
bile.

O volume de distribuição é de 16-29 litros.

Possui alta ligação a proteínas plasmáticas (99%) e não penetra
nos glóbulos vermelhos.

A ligação proteica é constante mesmo com concentrações
plasmáticas de olmesartana muito acima da faixa atingida com as
doses recomendadas.

Estudos em ratos mostraram que a olmesartana atravessa a
barreira hematoencefálica em quantidade mínima e pela barreira
placentária, alcança o feto. É detectada no leite materno em níveis
baixos.

Farmacodinâmica

Doses de 2,5 a 40 mg de Olmesartana Medoxomila (substância
ativa) inibem o efeito pressórico da infusão de angiotensina I.

A duração do efeito inibitório está relacionada com a dose. Com
doses maiores que 40 mg obtêm-se mais de 90% de inibição em 24
horas.

As concentrações plasmáticas de angiotensina I, angiotensina II
e a atividade de renina plasmática aumentaram após a administração
única e repetida de Olmesartana Medoxomila (substância ativa) a
indivíduos sadios e pacientes hipertensos.

A administração repetida de até 80 mg teve influência mínima
sobre os níveis de aldosterona e nenhum efeito sobre o potássio
sérico.

Populações especiais

Pediatria

A farmacocinética da olmesartana foi estudada em pacientes
pediátricos hipertensos de 1 a 17 anos de idade.

O clearance da olmesartana em pacientes pediátricos foi
similar ao de pacientes adultos quando ajustado pelo peso
corporal.

Geriatria

A farmacocinética da olmesartana foi estudada em idosos com
65 anos ou mais.

Em geral, as concentrações plasmáticas máximas foram similares
entre os adultos jovens e os idosos.

Em idosos foi observado um pequeno acúmulo com a administração
de doses repetidas (a ASCss-τ foi 33% maior em pacientes
idosos, correspondendo a aproximadamente 30% de redução no
clearance renal).

Sexo

Foram observadas diferenças mínimas na farmacocinética de
olmesartana nas mulheres em comparação aos homens.

A ASC e Cmáx foram de 10 a 15% maiores nas mulheres
do que nos homens avaliados.

Insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal, as concentrações séricas
de olmesartana foram elevadas, quando comparadas a indivíduos com
função renal normal.

Em pacientes com insuficiência renal grave (clearance
de creatinina lt; 20 ml/min), a ASC foi aproximadamente triplicada
após doses repetidas.

A farmacocinética de olmesartana em pacientes sob hemodiálise
ainda não foi estudada.

Insuficiência hepática

Em comparação a voluntários sadios, observou-se um aumento de
aproximadamente 48% em ASC0-∞ em pacientes com
insuficiência hepática moderada e, em comparação aos controles
equivalentes, observou-se aumento na ASC0-∞ de cerca de 60%.

Pacientes utilizando sequestradores de ácidos
biliares

A administração concomitante de 40 mg de Olmesartana Medoxomila
(substância ativa) e 3750mg de colesevelam em pacientes saudáveis
resultou em 28% de redução do Cmáx e 39% de redução da
AUC da olmesartana.

Efeitos mais brandos, 4% e 15% de redução em Cmáx e
AUC respectivamente, foi observado quando a olmesartana é
administrada 4 horas antes do colesevelam.

Cuidados de Armazenamento do Benicar

Benicar deve ser mantido, em temperatura ambiente (entre 15ºC e
30ºC), protegido da luz e da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características Físicas

Os comprimidos de Benicar 20 mg são redondos, revestidos por uma
película branca.

Os comprimidos de Benicar 40 mg são ovais, revestidos por uma
película branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Benicar

Reg. MS- 1.0454.0172.

Farm. Resp.:

Dr. Eduardo Mascari Tozzi.
CRF-SP n° 38.995.

Registrado e fabricado por:

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.
Alameda Xingu, 766 – Alphaville – Barueri – São Paulo.
CNPJ nº 60.874.187/0001-84.
Indústria Brasileira.

SAC: 

08000-556596

Venda sob prescrição médica.

Benicar, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.