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Aprozide


Como Aprozide funciona?

Aprozide é um medicamento que possui irbesartana e
hidroclorotiazida. A associação destas duas substâncias proporciona
efeito aditivo na redução da pressão arterial.

Tempo médio de início de ação

  • – Resposta aguda:

    3 a 6 horas.

  • – Efeito máximo:

    entre a 6a e 8a semana. 

Contraindicação do Aprozide

Aprozide é contraindicado caso você apresente hipersensibilidade
(alergia ou intolerância) à irbesartana, a derivados sulfonamídicos
(por exemplo, diuréticos tiazídicos) ou a qualquer outro componente
da fórmula. Geralmente as reações de hipersensibilidade ocorrem com
maior probabilidade em pacientes com histórico de alergia ou asma
brônquica. Aprozide é contraindicado em pacientes que não produzem
urina.

Aprozide não deve ser coadministrado com medicamentos que
contenham alisquireno em pacientes com diabetes ou que apresentem
insuficiência renal (redução da função dos rins) moderada a
severa.

Aprozide também não deve ser coadministrado com inibidores da
enzima conversora de angiotensina (ECA) em pacientes com nefropatia
diabética (doença no rim ocasionada pela diabetes).

Como usar o Aprozide

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

Os comprimidos devem ser administrados por via oral, inteiros,
sem mastigar, com quantidade suficiente de líquido, com ou sem
alimentos.

Posologia

Aprozide (300 mg de irbesartana/12,5 mg de hidroclorotiazida)
pode ser administrado em dose única diária à pacientes cuja pressão
arterial não é adequadamente controlada em monoterapia com 300 mg
de irbesartana.

Aprozide (150 mg de irbesartana/12,5 mg de hidroclorotiazida)
pode ser iniciado em pacientes que não estiverem controlados
adequadamente com monoterapia de hidroclorotiazida ou de
monoterapia com 150 mg de irbesartana. Os pacientes que não
responderem adequadamente ao Aprozide (150 mg de irbesartana/12,5
mg de hidroclorotiazida) podem passar a utilizar o Aprozide (300 mg
de irbesartana/12,5 mg de hidroclorotiazida) e, posteriormente,
utilizar 300 mg de irbesartana/25 mg de hidroclorotiazida. Doses
superiores a 300 mg de irbesartana/25 mg de hidroclorotiazida não
são recomendadas. Caso a pressão arterial não seja adequadamente
controlada com Aprozide sozinho, pode-se associar outro medicamento
anti-hipertensivo (p.ex. bloqueador beta-adrenérgico, bloqueador do
canal de cálcio com ação prolongada).

Terapia inicial (hipertensão arterial
grave)

A dose usual de início do tratamento com Aprozide é 150 mg/12,5
mg uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada após 1 a 2 semanas de
tratamento para um máximo de 300 mg/25 mg uma vez ao dia, conforme
necessário para o controle da pressão arterial.

Não há estudos dos efeitos de Aprozide administrado por vias não
recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente pela via
oral.

Posologia para populações especiais

Pacientes com depleção (diminuição) de volume
intravascular

Em pacientes com depleção acentuada de volume e/ou de sódio,
tais como aqueles tratados com doses altas de diuréticos, devem ser
corrigidas essas condições antes de ser administrado Aprozide.

Pacientes idosos e pacientes com comprometimento dos
rins ou do fígado

Geralmente não é necessária a redução da posologia em idosos ou
em pacientes com insuficiência renal leve a moderada.

Entretanto, considerando-se a presença de hidroclorotiazida, não
se recomenda o uso de Aprozide em pacientes com insuficiência renal
severa.

Geralmente não há necessidade de se reduzir a dose em caso de
comprometimento hepático leve ou moderado. Contudo, devido à
presença de hidroclorotiazida, recomenda-se cautela no uso de
Aprozide em pacientes com insuficiência hepática severa.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento de seu médico.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Aprozide?

Caso esqueça-se de administrar uma dose, administre-a assim que
possível, no entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas
doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Aprozide

Hipotensão – Pacientes com depleção (redução) do
volume

Aprozide tem sido raramente associado à hipotensão (pressão
baixa) em pacientes hipertensos (com pressão alta) sem outros
fatores de risco para a hipotensão. Deve ser prevista a
possibilidade de ocorrer hipotensão sintomática em pacientes que
desenvolvam depleção (redução) de sódio ou volume. A depleção de
sódio e/ou volume deve ser corrigida antes de se iniciar o
tratamento com Aprozide. Diuréticos tiazídicos podem potencializar
a ação de outros medicamentos anti-hipertensivos.

Morbidade e mortalidade fetal / neonatal

Embora não haja experiência com o uso de Aprozide em mulheres
grávidas, foi relatado que a exposição em útero de inibidores da
ECA (enzima responsável pela regulação da pressão arterial)
administrados a mulheres no segundo e terceiro trimestres da
gravidez pode provocar lesões e morte no feto em desenvolvimento.
Portanto, assim como para qualquer medicamento que atua diretamente
no sistema renina-angiotensina-aldosterona (sistema envolvido no
controle da pressão arterial), Aprozide não deve ser utilizado
durante a gravidez. Uma vez detectada a gravidez durante o
tratamento, Aprozide deve ser interrompido logo que possível.

Os diuréticos tiazídicos atravessam a barreira placentária e
passam ao sangue do cordão umbilical. O uso rotineiro de diuréticos
em grávidas saudáveis não é recomendado e expõe a mãe e o feto a
riscos desnecessários, incluindo icterícia (cor amarelada da pele e
olho) fetal ou neonatal, trombocitopenia (diminuição no número de
plaquetas sanguíneas) e possivelmente outras reações adversas que
têm ocorrido em adultos. 

Insuficiência Hepática e Função Renal

Aprozide não é recomendado para pacientes com insuficiência
renal grave (clearance de creatinina ≤30 mL/min). Em pacientes com
insuficiência renal pode ocorrer azotemia (excesso de ureia e
outros componentes nitrogenados no sangue) associada à
hidroclorotiazida.

Aprozide deve ser usado com precaução em pacientes com
insuficiência hepática ou doença hepática progressiva, uma vez que
pequenas alterações no equilíbrio de fluidos e eletrólitos podem
levar a um quadro de coma hepático.

Bloqueio duplo do sistema
renina-angiotensina-aldosterona

O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona
através da combinação de Aprozide com inibidores da enzima
conversora de angiotensina (ECA) ou com alisquireno não é
recomendado uma vez que existe um aumento do risco de hipotensão
(pressão baixa), hipercalemia (nível alto de potássio no sangue) e
alterações na função renal. O uso deAprozide em combinação com
alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes mellitus ou
com insuficiência renal (redução da função dos rins).

O uso de Aprozide em combinação com inibidores da ECA é
contraindicado em pacientes com nefropatia diabética.

Gerais

Como consequência da inibição do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (sistema envolvido no controle da
pressão arterial), alterações na função renal durante o tratamento
com Aprozide, podem ser esperadas em pacientes suscetíveis.

Em pacientes cuja função renal depende da atividade do sistema
renina-angiotensina-aldosterona [pacientes hipertensos com estenose
(estreitamento) de artéria renal em um ou ambos os rins, ou
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva severa
(incapacidade do coração efetuar as suas funções de forma
adequada)], o tratamento com outros fármacos que afetam este
sistema tem sido associado com oligúria (diminuição de produção de
urina) e/ou azotemia (excesso de ureia e outros componentes
nitrogenados no sangue) progressiva e, raramente, com insuficiência
renal (redução da função do rim) aguda e/ou óbito (morte). A
possibilidade de ocorrer um efeito similar com o uso de um
antagonista do receptor de angiotensina II, incluindo Aprozide, não
pode ser excluída.

Os efeitos anti-hipertensivos dos diuréticos tiazídicos podem
estar aumentados em pacientes submetidos à simpatectomia (remoção
cirúrgica do nervo simpático local).

Desequilíbrio eletrolítico e metabólico

Os diuréticos tiazídicos, inclusive a hidroclorotiazida, podem
causar desequilíbrio hídrico ou de eletrólitos [hipocalemia
(diminuição da concentração de potássio no sangue), hiponatremia
(diminuição da concentração de sódio no sangue) e alcalose
hipoclorêmica (diminuição extrema da concentração de cloreto)].
Embora o uso isolado de tiazídicos, especialmente em doses altas,
possa provocar hipocalemia, sua associação com irbesartana reduz a
frequência de hipocalemia induzida por diuréticos. A deficiência de
cloretos é geralmente leve e usualmente não requer tratamento. A
excreção de cálcio é diminuída pelos tiazídicos, que podem provocar
aumento discreto e intermitente do cálcio sérico. Uma hipercalcemia
(nível elevado de cálcio no sangue) acentuada sugere a
possibilidade de hiperparatireoidismo (disfunção da paratireóide,
que desregula o metabolismo do cálcio e do fósforo no organismo). O
uso de tiazídicos deve ser suspenso antes de se efetuar testes
funcionais das paratireoides. Os tiazídicos demonstraram aumentar a
excreção urinária de magnésio, resultando em hipomagnesemia
(diminuição da concentração de magnésio no sangue).

Alguns pacientes tratados com diuréticos tiazídicos podem
apresentar aumento do ácido úrico no sangue e crise aguda de gota
(doença caracterizada pela inflamação das articulações). A
administração de tiazídicos pode aumentar a necessidade de insulina
em diabéticos e pode tornar manifesto um diabetes mellitus latente.
O uso de tiazídicos tem sido associado a um aumento dos níveis de
colesterol e triglicerídeos; entretanto, a dose de 12,5 mg de
hidroclorotiazida contida no Aprozide foi relacionada a efeitos
mínimos ou ausentes.

Em pacientes sob risco de alterações dos eletrólitos ou do
metabolismo, pode ser necessária a monitoração de parâmetros
laboratoriais.

Lúpus eritematoso sistêmico (doença multissistêmica
devido a alterações no sistema autoimune)

Foi relatado agravamento ou ativação de lúpus eritematoso
sistêmico com o uso de diuréticos tiazídicos.

Glaucoma (aumento da pressão intraocular) agudo de
ângulo fechado secundário e/ou miopia (visão curta)
aguda

A hidroclorotiazida é uma sulfonamida. A sulfonamida ou
derivados de sulfonamida são medicamentos que podem causar uma
reação idiossincrática (reação individual a determinado produto),
que podem resultar em glaucoma agudo de ângulo fechado secundário
e/ou miopia aguda. Os sintomas incluem início agudo de diminuição
da acuidade visual ou dor ocular, que geralmente ocorrem dentro de
horas ou semanas após o início do medicamento. Se não for tratado,
o glaucoma agudo de ângulo fechado pode levar à perda permanente da
visão. O tratamento primário é descontinuar a administração do
medicamento o mais rápido possível. Podem ser considerados
tratamentos médicos ou cirúrgicos imediatos se a pressão do olho
permanecer descontrolada. Os fatores de risco para o
desenvolvimento do glaucoma agudo de ângulo fechado pode incluir
uma história de alergia à sulfonamida ou penicilina.

Este medicamento pode causar
doping.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Aprozide

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).

A associação de irbesartana e hidroclorotiazida foi avaliada
quanto à sua segurança – em cerca de 2.750 pessoas em estudos
clínicos, incluindo 1.540 hipertensos tratados por mais de 6 meses
e cerca de 960 tratados por 1 ano ou mais. Os eventos adversos em
pacientes tratados com Aprozide foram geralmente leves e
transitórios, sem relação com a dose. A incidência das reações
adversas não foi relacionada à idade, sexo ou raça.

A descontinuação do tratamento devido a qualquer evento adverso
clínico ou laboratorial ocorreu em 3,6% nos pacientes tratados com
a associação e em 6,8% naqueles que receberam placebo (fármaco ou
procedimento inerte) (p=0,023), em estudos clínicos controlados com
placebo envolvendo 898 pacientes tratados com o Aprozide (com
duração usual do tratamento de 2 a 3 meses).

As reações adversas (eventos adversos clínicos provável ou
possivelmente relacionados ao tratamento, ou com relação incerta)
que ocorreram em pelo menos 1% dos pacientes tratados com
irbesartana/ hidroclorotiazida (n=898) em estudos controlados estão
descritas a seguir:

Reações adversas apresentadas em estudos controlados com
placebo na hipertensão:

  • – Reações comuns:

    cansaço*, náusea (enjoo)/vômito, micção anormal, tontura, dor de
    cabeça.

  • – Reações incomuns:

    fraqueza, edema (inchaço), erupção cutânea (rash), disfunção
    sexual, boca seca, dor muscular/óssea.

* Diferenças estatisticamente significativas entre Aprozide e
placebo nos grupos tratados (p=0,03)

Outras reações adversas (eventos clínicos de relação provável,
possível ou incerta com o tratamento), que ocorreram com frequência
entre 0,5% e lt;1% e que tiveram incidência ligeiramente maior nos
pacientes tratados com a associação do que com placebo, incluem:
diarreia, tontura (ortostática – ao assumir a posição ereta), rubor
(vermelhidão), alterações da libido, taquicardia (aceleração do
ritmo cardíaco), edema (inchaço) das extremidades. Em nenhum dos
eventos houve diferença estatisticamente significativa entre os
pacientes tratados com a associação e o placebo.

As reações adversas que ocorreram com incidência levemente maior
em pacientes tratados com irbesartana isoladamente, em comparação
ao placebo, e com frequência entre 0,5% e lt;1% mas sem
significância estatística, foram: anormalidades do ECG
(eletrocardiograma), prurido (coceira), dor abdominal e fraqueza
nas extremidades.

Outras reações adversas de interesse clínico com frequência
menor que 0,5% e que tiveram incidência ligeiramente maior nos
pacientes tratados com a associação do que com o grupo placebo
foram hipotensão (pressão baixa) e síncope (desmaio).

Terapia inicial

As reações adversas nos estudos de hipertensão moderada e severa
descritos abaixo são similares às reações adversas descritas acima
nos estudos de hipertensão.

Em estudo clínico em pacientes com hipertensão arterial moderada
(PAD entre 90 e 110 mmHg) os tipos e a incidência de reações
adversas reportadas pelos pacientes tratados com Aprozide como
terapia inicial foram semelhantes às relatadas por pacientes
tratados inicialmente com irbesartana ou hidroclorotiazida em
monoterapia. Não houve caso de síncope no grupo tratado com
Aprozide, e foi reportado um caso de síncope no grupo tratado com
monoterapia de hidroclorotiazida.

A incidência das reações adversas pré-determinadas para
Aprozide, irbesartana e hidroclorotiazida foram, respectivamente:
hipotensão 0,9%, 0% e 0%; tontura 3,0%, 3,8% e 1,0%; dor de cabeça
5,5%, 3,8% e 4,8%; hipercalemia 1,2%, 0% e 1,0%; hipocalemia 0,9%,
0% e 0%. A taxa de descontinuação do tratamento em razão das
reações adversas foram, respectivamente, 6,7%, 3,8% e
4,8%.

Em um estudo clínico em pacientes com hipertensão arterial
severa (PAD ≥ 110 mmHg), o padrão geral das reações adversas
reportadas durante 7 semanas de acompanhamento foram semelhantes em
pacientes tratados com Aprozide como terapia inicial e irbesartana
como terapia inicial.

Para Aprozide e irbesartana foi, respectivamente,
síncope 0% e 0%, hipotensão 0,6% e 0%, tontura 3,6% e 4,0%, dor de
cabeça 4,3% e 6,6%, hipercalemia 0,2% e 0%, hipocalemia 0,6% e
0,4%. A taxa de descontinuação do tratamento em razão das reações
adversas foi, respectivamente, 2,1% e 2,2%.

Experiência pós-comercialização

Casos muito raros de reações de hipersensibilidade [angioedema
(inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem
alérgica) e urticária] foram relatados a partir da comercialização
da irbesartana em monoterapia, assim como ocorre com outros
antagonistas do receptor da angiotensina II.

Os seguintes eventos adversos foram relatados durante o período
de pós-comercialização: tontura, fraqueza, hipercalemia, dor
muscular, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), elevação
dos testes de função hepática, hepatite (inflamação do fígado),
tinido (zumbido no ouvido) e diminuição da função renal, incluindo
casos de falência renal em pacientes sob risco.

Outras reações adversas clínicas relatadas com o uso isolado de
hidroclorotiazida (relacionadas ou não ao tratamento) incluem:
perda da fome, irritação do estômago, diarreia, prisão de ventre,
icterícia (coloração amarelada da pele e das membranas mucosas),
pancreatite (inflamação no pâncreas), sialoadenite (processo
inflamatório das glândulas salivares), tontura, parestesia
(formigamento de extremidades), xantopsia (perturbação visual na
qual os objetos aparecem amarelos), leucopenia (redução de
leucócitos no sangue), neutropenia/ agranulocitose (diminuição do
número de neutrófilos/ leucócitos no sangue), trombocitopenia
(diminuição no número de plaquetas sanguíneas), anemia aplástica
(diminuição da produção de glóbulos vermelhos do sangue), anemia
hemolítica (tipo de anemia com diminuição do número de glóbulos
vermelhos do sangue), reação de fotossensibilidade (sensibilidade
exagerada da pele à luz), febre, urticária, vasculite necrotizante
(inflamação de vasos sanguíneos ou linfáticos), [vasculite
(inflamação da parede de um vaso), vasculite cutânea] distúrbios
respiratórios (incluindo pneumonite (inflamação dos pulmões) e
edema pulmonar), reações anafiláticas (reação alérgica severa e
súbita), necrólise epidérmica tóxica (grandes extensões da pele
ficam vermelhas e morrem), hiperglicemia (nível alto de açúcar no
sangue), glicosúria (presença de glicose na urina), hiperuricemia
(aumento da concentração do ácido úrico no sangue), distúrbios
eletrolíticos [incluindo hiponatremia (deficiência de sódio no
sangue) e hipocalemia], disfunção renal, nefrite (inflamação dos
rins) intersticial, espasmo muscular, fraqueza, inquietação,
distúrbios oculares (visão turva transitória, glaucoma agudo de
ângulo fechado secundário e/ou miopia aguda).

Não se verificaram alterações clinicamente significativas em
exames de laboratório, nos estudos clínicos controlados com
Aprozide.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a
empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Aprozide

Gravidez e amamentação

Aprozide deve ser descontinuado, logo que possível, quando for
detectada gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

A irbesartana é excretada no leite de ratas lactantes. Não está
determinado se a irbesartana ou seus metabólitos são excretados no
leite humano. A hidroclorotiazida é excretada no leite humano. Os
tiazídicos em altas doses causam eliminação intensa de urina
podendo inibir a produção de leite. Não é recomendado o uso de
Aprozide durante a amamentação. Considerando-se o risco potencial
para a criança, deve-se avaliar a descontinuação do tratamento ou
da amamentação, levando-se em conta a importância do Aprozide no
tratamento da mãe.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Os efeitos de Aprozide na habilidade de dirigir veículos ou
operar máquinas não foram especificamente estudados, mas com base
em suas propriedades farmacodinâmicas, é improvável que Aprozide
afete esta habilidade. Quando dirigir ou operar máquinas, deve-se
levar em consideração que durante o tratamento da hipertensão, pode
ocorrer tontura ocasional.

Composição do Aprozide

  • – Aprozide 150 mg/12,5 mg:

    cada comprimido revestido contém 150 mg de irbesartana e 12,5 mg
    de hidroclorotiazida.

  • – Aprozide 300 mg/12,5 mg:

    cada comprimido revestido contém 300 mg de irbesartana e 12,5 mg
    de hidroclorotiazida.

Excipientes:

lactose monoidratada, hipromelose, croscarmelose sódica,
celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de
magnésio, cera de carnaúba, macrogol 3000, dióxido de titânio,
óxido de ferro amarelo e óxido de ferro vermelho. 

Superdosagem do Aprozide

A exposição de indivíduos adultos a doses de até 900 mg diários
de irbesartana por 8 semanas não causou toxicidade. Não há dados
disponíveis sobre o tratamento de eventual superdose com Aprozide.
O paciente deve ser mantido sob observação cuidadosa,
instituindo-se tratamento sintomático e de suporte, inclusive
reposição de fluidos e eletrólitos. Sugere-se êmese (vômito)
induzida e/ou lavagem gástrica. A irbesartana não é removida do
organismo por hemodiálise.

Os sinais e sintomas mais comuns observados em adultos expostos
à hidroclorotiazida são devidos à depleção eletrolítica
[hipocalemia (diminuição da concentração de potássio no sangue),
hipocloremia (concentração baixa de cloro no
sangue), hiponatremia (deficiência de sódio no sangue)] e à
desidratação provocada pela diurese excessiva. A hipocalemia pode
acentuar arritmias cardíacas quando houver administração
concomitante de glicosídeos cardíacos (p.ex. digoxina) ou de outros
antiarrítmicos (p.ex. sotalol). Não se conhece o grau de eliminação
da hidroclorotiazida pela hemodiálise.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Aprozide

Com base nos dados in vitro não se esperam interações
entre a irbesartana e medicamentos cujo metabolismo depende das
isoenzimas do citocromo P450, CYP1A1, CYP1A2, CYP2A6, CYP2B6,
CYP2D6, CYP2E1 e CYP3A4. A irbesartana é metabolizada
principalmente pelo CYP2C9, no entanto, durante estudos de
interação clínica não foram observadas interações farmacodinâmicas
e farmacocinéticas significativas com o uso concomitante de
irbesartana e varfarina (fármaco metabolizado pelo CYP2C9). A
irbesartana não afeta a farmacocinética da digoxina ou da
sinvastatina. A coadministração de nifedipina ou de
hidroclorotiazida não afeta a farmacocinética da irbesartana.

A combinação de Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância
ativa) com medicamentos que contenham alisquireno é contraindicada
em pacientes com diabetes mellitus ou com insuficiência
renal moderada a severa (taxa de filtração glomerular lt; 60
mL/min/1,73 m2) e não é recomendada em outros
pacientes.

Inibidores da ECA

A combinação de Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância
ativa) com os inibidores da ECA é contraindicada em pacientes com
nefropatia diabética e não é recomendada para os demais pacientes.
Com base na experiência com o uso de outros medicamentos que afetam
o sistema renina angiotensina, pode-se esperar que a irbesartana
leve a um aumento do potássio sérico, quando administrada
concomitantemente com diuréticos poupadores de potássio,
suplementos de potássio ou substitutos salinos contendo potássio. O
uso concomitante com hidroclorotiazida pode reduzir a frequência
desse efeito.

Em pacientes idosos, com depleção de volume (incluindo aqueles
em tratamento com diuréticos) ou com comprometimento da função
renal, a administração concomitante de agentes anti-inflamatórios
não esteroidais (AINEs) incluindo inibidores seletivos da
ciclooxigenase-2 (COX-2), com os antagonistas dos receptores da
angiotensina II, incluindo a irbesartana, pode resultar em
deterioração da função renal, incluindo possível insuficiência
renal aguda. Estes efeitos são normalmente reversíveis. Monitorar
periodicamente a função renal dos pacientes sob tratamento com
irbesartana e AINE. O efeito anti-hipertensivo dos antagonistas do
receptor da angiotensina II, incluindo a irbesartana, pode ser
atenuado pelos AINEs, incluindo inibidores seletivos da COX- 2.
Diuréticos tiazídicos podem ser potencializados por álcool,
barbitúricos e narcóticos, com possibilidade de surgir hipotensão
ortostática.

Os tiazídicos podem aumentar a glicemia e, portanto, pode ser
necessário ajustar a dose de antidiabéticos orais e insulina, em
pacientes diabéticos.

A hidroclorotiazida pode elevar o nível sanguíneo de ácido
úrico, tornando necessário o ajuste posológico de medicação
antigotosa.

A hipocalemia induzida por diuréticos pode acentuar arritmias
cardíacas com glicosídeos cardíacos (por exemplo, a digoxina) e
outros medicamentos antiarrítmicos (por exemplo, o sotalol).

Os diuréticos tiazídicos podem aumentar os níveis de cálcio
sérico devido à redução da sua excreção. Caso seja prescrito cálcio
ou medicamentos poupadores de cálcio (por exemplo, na terapia com
vitamina D), deve-se monitorar os níveis plasmáticos de cálcio e
ajustar a dosagem de cálcio adequadamente.

A resina colestiramina e o cloridrato de colestipol podem
retardar ou diminuir a absorção da hidroclorotiazida. A Irbesartana
+ Hidroclorotiazida (substância ativa) deve ser administrada pelo
menos 1 hora antes ou 4 horas após estes medicamentos.

Aumentos nas concentrações séricas de lítio e intoxicação por
lítio têm sido reportados com o uso concomitante com irbesartana.
Monitorar os níveis de lítio em pacientes recebendo irbesartana e
lítio.

Os diuréticos reduzem a depuração renal de lítio e aumentam o
risco de toxicidade desse composto. A administração concomitante de
Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) e lítio deve ser
feita com cautela e recomenda-se monitorização frequente dos níveis
séricos de lítio.

Em alguns pacientes, os inibidores da síntese de prostaglandinas
endógena (p.ex. os anti-inflamatórios não esteroidais – AINES)
podem reduzir os efeitos dos diuréticos tiazídicos.

O componente tiazídico de Irbesartana + Hidroclorotiazida
(substância ativa) pode potencializar a ação de outros
anti-hipertensivos, especialmente dos bloqueadores adrenérgicos
periféricos ou ganglionares. A hidroclorotiazida pode interagir com
diazóxido; deve-se monitorizar a glicemia, os níveis séricos de
ácido úrico e a pressão arterial.

Os efeitos de relaxantes musculares não-despolarizantes,
pré-anestésicos e anestésicos usados em cirurgia (por exemplo, a
tubocurarina) podem ser potencializados pela hidroclorotiazida;
pode ser necessário o ajuste de dose. Os pré-anestésicos e
anestésicos devem ser administrados em doses reduzidas, e se
possível, descontinuar a terapia com hidroclorotiazida uma semana
antes da cirurgia.

O uso concomitante de carbamazepina e hidroclorotiazida está
associado com o risco de hiponatremia sintomática. Durante o uso
concomitante os eletrólitos devem ser monitorados. Se possível, uma
outra classe de diuréticos deve ser usada.

Interações medicamento-exame laboratorial

Não houve alterações clinicamente significativas nos testes
laboratoriais que ocorreram nos estudos clínicos com Irbesartana +
Hidroclorotiazida (substância ativa).

Interação Alimentícia do Aprozide

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de
alimentos na ação de Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância
ativa).

Ação da Substância Aprozide

Resultados de eficácia

Os antagonistas dos receptores AT1 da angiotensina II têm se
tornado uma classe estabelecida para o tratamento da hipertensão
arterial e sua larga utilização está relacionada à reconhecida
eficácia anti-hipertensiva, combinada a um perfil de tolerabilidade
semelhante ao placebo).

Diferenças entre as propriedades farmacodinâmicas e
farmacocinéticas das moléculas desta classe podem levar a
diferenças significativas nas suas potências
anti-hipertensivas.

A irbesartana é um potente bloqueador dos receptores AT1 da
angiotensina II (BRA) e altamente seletivo para esses receptores do
subtipo 1.

O Estudo COSIMA teve como desfechos primário e secundário
avaliar a eficácia anti- hipertensiva, aferida pela redução da
pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica
(PAD), quando comparadas ao basal, bem como avaliar o percentual de
normalização da pressão arterial (PA), após 8 semanas de
tratamento.

Como parte dos resultados do estudo, a irbesartana na dose de
150 mg combinada com hidroclorotiazida 12,5 mg, nos 222 pacientes
incluídos na análise de intenção de tratamento com hipertensão
arterial essencial leve à moderada, mostrou uma redução de 13,0 e
de 9,5 mm Hg na PAS e PAD, respectivamente, quando avaliadas pela
monitoração residencial da pressão arterial (MRPA); e uma redução
de 15,0 e de 8,6 mm Hg na PAS e PAD, respectivamente, quando
aferidas no consultório, bem como uma taxa de normalização da PA de
50,2 e de 51,4% quando avaliadas pela MRPA e no consultório,
respectivamente.

O Estudo INCLUSIVE buscou avaliar a eficácia e segurança do uso
da associação fixa da irbesartana com a hidroclorotiazida (HCTZ) em
pacientes com pressão arterial não controlada. O tratamento,
envolvendo 1005 pacientes, apresentava um perfil sequencial e
distribuído da seguinte forma: placebo (4 – 5 semanas), HCTZ 12,5mg
(2 semanas), irbesartana / HCTZ 150 mg / 12, 5 mg (8 semanas) e
irbesartana / HCTZ 300 mg / 25 mg (8 semanas).

Os objetivos definidos de redução das pressões arteriais
sistólica e diastólica eram consistentes com as diretrizes
internacionais de tratamento da hipertensão arterial: PAS lt; 140
mm Hg (lt;130mmHg para pacientes com diabetes tipo 2) e PAD lt;
90mm Hg (lt; 80 mmHg para pacientes com diabetes tipo 2).

Os resultados do estudo mostraram uma redução média da PAS de
21,5 mm Hg (p lt; 0,001) e da PAD foi de 10,4 mm Hg (p lt; 0,001).
Um percentual de 77% e 83% dos pacientes atingiram o objetivo do
estudo de redução da PAS e PAD, respectivamente, e 69% dos
pacientes atingiram ambos os objetivos das PAS/PAD, de acordo com o
JNC 7.

O Estudo CV131176 (Study CV131176, 2000) teve como
objetivo avaliar a eficácia e segurança da associação
irbesartana/HCTZ, como uma terapia de primeira linha na hipertensão
arterial grave. O tratamento, com duração de sete semanas, envolveu
pacientes hipertensos não tratados, não controlados (pressão
arterial diastólica sentada [PADSe] ≥110 mm Hg) e pacientes com
hipertensão arterial não controlada com monoterapia
anti-hipertensiva. As doses utilizadas no grupo irbesartana/HCTZ
foram de 150 mg /12,5 mg e 300 mg / 25 mg.

Como parte dos resultados do estudo, na quinta semana (desfecho
primário de eficácia), 47,2% dos pacientes do grupo
irbesartana/HCTZ atingiram o objetivo de controle da PADSe (lt;
90mm Hg), atingindo um máximo de 51,9%, na sétima semana. Uma
redução média ajustada em relação ao basal da PADSe e PASSe, para o
grupo irbesartana/HCTZ de -21,2 mmHg e 27,1 mmHg, respectivamente,
foram observadas precocemente no tratamento (semana 3).

Características farmacológicas

Mecanismo de ação

A irbesartana é um antagonista específico não-competitivo dos
receptores da angiotensina II (subtipo AT1). A angiotensina II é um
componente importante do sistema renina-angiotensina e está
envolvida na fisiopatologia da hipertensão e na homeostase do
sódio. A irbesartana não necessita de ativação metabólica para
exercer sua atividade.

A irbesartana bloqueia os potentes efeitos de vasoconstrição e
de secreção de aldosterona produzidos pela angiotensina II, graças
à sua ação de antagonismo seletivo nos receptores da angiotensina
II (subtipo AT1), localizados nas células da musculatura lisa
vascular e no córtex suprarrenal.

A irbesartana não tem efeito agonista nos receptores AT1, e
possui muito mais afinidade (superior a 8500 vezes) para os
receptores AT1, do que para os receptores AT2 (que não parecem
estar associados à homeostasia cardiovascular).

A irbesartana não inibe as enzimas envolvidas no sistema
renina-angiotensina (isto é, renina, enzima conversora da
angiotensina [ECA]), nem afeta outros receptores hormonais ou
canais de íons que participam da regulação da pressão arterial e da
homeostase do sódio. O bloqueio dos receptores AT1 pela irbesartana
interrompe o mecanismo da retroalimentação do sistema
renina-angiotensina, resultando no aumento dos níveis plasmáticos
de renina e de angiotensina II. No entanto, o resultante aumento
dos níveis plasmáticos de renina e de angiotensina II não superam
os efeitos da irbesartana na redução da pressão arterial. A
concentração plasmática de aldosterona diminui após administração
da irbesartana, mas os níveis séricos de potássio não sofrem
alteração significativa (aumento médio lt; 0,1 mEq/L), na posologia
recomendada. A irbesartana não tem efeito significativo sobre as
concentrações séricas de triglicerídios, colesterol ou glicose. Não
há efeito nos níveis séricos nem na excreção urinária de ácido
úrico.

A hidroclorotiazida é um diurético do grupo das benzotiazidinas
(tiazídico), com efeitos diurético, natriurético e
anti-hipertensivo. O mecanismo do efeito anti-hipertensivo dos
diuréticos tiazídicos, bem como a hidroclorotiazida, ainda não está
completamente esclarecido. As tiazidas afetam o mecanismo de
reabsorção de eletrólitos pelos túbulos renais, aumentando a
excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente
equivalentes. A natriurese provoca uma perda secundária de potássio
e bicarbonato. A hidroclorotiazida aumenta a atividade da renina
plasmática, aumenta a secreção de aldosterona e reduz o nível
sérico de potássio. A perda de potássio associada ao uso de
diuréticos tiazídicos pode ser neutralizada pela coadministração de
um antagonista do receptor da angiotensina II.

Propriedades farmacodinâmicas

Com base nos dados de estudos clínicos controlados com placebo,
os seguintes efeitos foram observados.

O efeito redutor sobre a pressão arterial da associação de
irbesartana e hidroclorotiazida foi aparente após a primeira
administração e substancialmente evidente dentro de 1 a 2 semanas,
com o efeito máximo ocorrendo entre a 6a e 8a semanas. O efeito da
associação foi mantido por mais de um ano, em estudos de
acompanhamento prolongado.

A associação de hidroclorotiazida e irbesartana proporciona
efeito aditivo na redução da pressão arterial, relacionado às doses
administradas. A administração de 12,5 mg de hidroclorotiazida e
300 mg de irbesartana, uma vez ao dia, a pacientes não
adequadamente controlados com monoterapia de 300 mg de irbesartana
resultou em redução adicional (com correção do efeito placebo) de
6,1 mmHg na pressão arterial diastólica na fase de vale (24 horas
após a administração do medicamento). As reduções globais nas
pressões arteriais sistólica/diastólica com essa associação foram
de até 13,6/11,5 mmHg, após subtração do efeito placebo. Uma dose
de 150 mg de irbesartana e 12,5 mg de hidroclorotiazida uma vez ao
dia causou redução média de 12,9/6,9 mmHg na pressão arterial
sistólica/diastólica ajustada pelo placebo, na fase de vale (24
horas após a administração do medicamento). O efeito máximo ocorre
entre 3 e 6 horas. Avaliações através do método de monitoração
ambulatorial da pressão arterial (MAPA) mostram que Irbesartana +
Hidroclorotiazida (substância ativa) 150/ 12,5 mg uma vez ao dia
leva a uma redução média consistente de 15,8/10,0 mm Hg da pressão
arterial com subtração do efeito placebo durante o período de 24
horas. Os efeitos “vale-pico” observados foram de, pelo menos, 68%
das respostas nos picos sistólico e diastólico com subtração do
efeito do placebo correspondente.

A adição de irbesartana à hidroclorotiazida em um estudo clínico
em pacientes não controlados adequadamente com 25mg de
hidroclorotiazida isolada proporcionou reduções adicionais médias
de 11,1/7,2 mm Hg na pressão arterial sistólica/diastólica em
relação à hidroclorotiazida isolada.

A redução da pressão arterial foi semelhante tanto na posição
supina como na ortostática. Efeitos ortostáticos foram pouco
frequentes, mas podem ser esperados em pacientes que desenvolvam
intercorrência de depleção de sódio e/ou volume.

A eficácia da associação Irbesartana + Hidroclorotiazida
(substância ativa) não sofreu influência da idade, raça ou gênero.
A resposta anti-hipertensiva global da associação foi similar nos
pacientes de raça negra e de outras etnias.

A pressão arterial retornou gradualmente aos valores basais após
suspensão da irbesartana. Não se observou hipertensão rebote com
irbesartana ou hidroclorotiazida.

Para a hidroclorotiazida, o início da diurese ocorreu em 2
horas, com efeito máximo ocorrendo em torno de 4 horas, enquanto a
duração persistiu cerca de 6 a 12 horas.

Terapia inicial

Dois estudos clínicos avaliaram Irbesartana + Hidroclorotiazida
(substância ativa) como terapia inicial.

O primeiro estudo foi realizado com pacientes com pressão
arterial basal média de 162/98 mm Hg (hipertensão moderada) e, após
8 semanas de tratamento, comparou a variação da pressão arterial
sistólica a partir da linha basal entre o grupo da associação
(Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) 150 mg + 12,5
mg), irbesartana (150 mg) ou hidroclorotiazida (12,5 mg). Após 2
semanas de tratamento os regimes iniciais do estudo foram
aumentados para Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância ativa)
300 mg/ 25 mg, irbesartana 300 mg ou hidroclorotiazida 25 mg,
respectivamente. Após 8 semanas, as reduções médias da pressão
arterial diastólica e sistólica a partir do basal no vale foram de
14,6 mm Hg e 27,1 mmHg nos pacientes tratados com Irbesartana +
Hidroclorotiazida (substância ativa), 11,6 mm Hg e 22,1 mmHg nos
pacientes tratados com irbesartana e 7,3 mmHg e 15,7 mmHg nos
pacientes tratados com hidroclorotiazida, respectivamente. Nos
pacientes tratados com Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância
ativa) a variação média da PADSe a partir do basal foi 3,0 mmHg
menor (p = 0,0013) e a variação média da PASSe a partir da linha
basal foi 5,0 mmHg menor (p = 0,0016) em comparação com pacientes
tratados com irbesartana e 7,4 mmHg menor (p lt; 0,0001) e 11,3
mmHg menor (p lt; 0,0001) em comparação com pacientes tratados com
hidroclorotiazida, respectivamente.

O segundo estudo clínico foi conduzido em pacientes com pressão
arterial basal média de 172/113 mm Hg (hipertensão severa) e
comparada à variação através do PADSe após 5 semanas entre os
grupos Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) (150 mg +
12,5 mg) e irbesartana (150 mg). Estas posologias iniciais do
estudo foram aumentadas, na Semana 1, para irbesartana /
hidroclorotiazida 300 mg/25 mg ou irbesartana 300 mg,
respectivamente.

Após 5 semanas, as reduções médias a partir do basal para a
pressão arterial diastólica e sistólica foram de 24,0 mmHg e 30,8
mmHg nos pacientes tratados com Irbesartana + Hidroclorotiazida
(substância ativa) e 19,3 mmHg e 21,1 mm Hg nos pacientes tratados
com irbesartana, respectivamente. A média de PADSe foi 4,7 mmHg
menor (p lt; 0,0001) e a média de PASSe foi 9,7 mm Hg menor (p lt;
0,0001) no grupo tratado com Irbesartana + Hidroclorotiazida
(substância ativa) em comparação ao grupo tratado com irbesartana.
Os pacientes tratados com Irbesartana + Hidroclorotiazida
(substância ativa) atingiram o controle de pressão arterial mais
rapidamente com redução significante de PADS e PAS e
maior controle de pressão arterial em cada avaliação (Semana 1,
Semana 3, Semana 5 e Semana 7). Os efeitos máximos foram vistos na
Semana 7.

Propriedades farmacocinéticas

A administração concomitante de hidroclorotiazida e irbesartana
não afeta as características farmacocinéticas desta última.

Absorção

A irbesartana e a hidroclorotiazida são substâncias ativas por
via oral que não necessitam de biotransformação para exercer sua
atividade. Após administração oral de Irbesartana +
Hidroclorotiazida (substância ativa), a biodisponibilidade absoluta
oral é de 60-80% para a irbesartana e 50-80% para a
hidroclorotiazida.

Os alimentos não alteram a biodisponibilidade da Irbesartana +
Hidroclorotiazida (substância ativa). Concentrações plasmáticas
máximas são alcançadas de 1,5 a 2 horas para irbesartana e de 1 a
2,5 horas para hidroclorotiazida, após administração por via
oral.

Distribuição

A irbesartana tem uma taxa de ligação às proteínas plasmáticas
de cerca de 96% e sua ligação às células sanguíneas é desprezível.
O volume de distribuição da irbesartana está entre 53 e 93 litros
(0,72-1,24 L/kg). A taxa de ligação da hidroclorotiazida às
proteínas plasmáticas é de 68% e seu volume aparente de
distribuição é de 3,6-7,8 L/kg.

Metabolismo

A irbesartana é metabolizada pelo fígado através da via de
conjugação glicurônica e oxidação, após administração oral ou
intravenosa da irbesartana marcada com C14, 80% a 85% da
radioatividade circulante no plasma corresponde ao composto
inalterado. O principal metabólito circulante é a
irbesartana-glucuronídeo (aproximadamente 6%).

A irbesartana é oxidada principalmente através das isoenzimas
CYP 2C9 do citocromo P450; a isoenzima CYP 3A4 possui efeito
desprezível. A irbesartana não foi metabolizada pela maior parte
das isoenzimas comumente associadas com o metabolismo de fármacos
(CYP1A1, CYP1A2, CYP2A6, CYP2B6, CYP2D6 ou CYP2E1) nem induziu ou
inibiu estas enzimas. A irbesartana também não induziu nem inibiu a
isoenzima CYP 3A4.

Eliminação

A irbesartana e seus metabólitos são excretados tanto por via
biliar quanto renal. Cerca de 20% da radioatividade, após
administração de uma dose oral ou intravenosa de irbesartana
marcada com C14, é recuperada na urina e o restante nas fezes.
Menos de 2% da dose de irbesartana administrada são excretados na
urina sob forma inalterada. A hidroclorotiazida não é metabolizada,
sendo eliminada por via renal. A meia-vida plasmática média da
hidroclorotiazida é estimada entre 5 a 15 horas.

A meia-vida de eliminação terminal (t1⁄2) da irbesartana é de 11
a 15 horas. A depuração total do organismo após administração
intravenosa é de 157 a 176 mL/min, dos quais 3,0 a 3,5 mL/min
constituem depuração renal. A irbesartana tem farmacocinética
linear, dentro dos limites da posologia terapêutica. O estado de
equilíbrio no plasma é alcançado dentro de 3 dias do início de um
regime de dose única diária. Observa-se acúmulo limitado (lt; 20%)
no plasma após administração repetida de doses diárias únicas.

Populações especiais

Insuficiência renal

A farmacocinética da irbesartana não é significativamente
alterada em pacientes com insuficiência renal (independentemente do
grau) ou sob hemodiálise. A irbesartana não é removida por
hemodiálise. Relatou-se um aumento da meia-vida de eliminação da
hidroclorotiazida para 21 horas, em pacientes com insuficiência
renal severa (depuração de creatinina lt; 20 mL/min).

Insuficiência hepática

A farmacocinética da irbesartana não é significativamente
alterada em pacientes com insuficiência hepática devida a cirrose
leve ou moderada.

Idosos

Em indivíduos idosos normotensos de ambos os sexos (65 a 80
anos), com funções hepática e renal clinicamente normais, a área
sob a curva (ASC) da concentração plasmática e as concentrações
plasmáticas máximas (Cmáx) da irbesartana foram,
aproximadamente, 20 a 50% maiores que aquelas verificadas em
pessoas mais jovens (18 a 40 anos). A meia-vida de eliminação é
comparável nos diversos grupos etários. Não foram observadas
diferenças significativas nos efeitos clínicos relacionadas à
idade. A ASC da concentração plasmática da hidroclorotiazida foi
mais elevada nos pacientes idosos após administração repetida,
resultado consistente com dados de publicações anteriores.

Sexo

Em homens e mulheres hipertensos, observaram-se concentrações
plasmáticas de irbesartana mais elevadas (11- 44%) no sexo
feminino, se bem que não há diferenças entre homens e mulheres
quanto ao acúmulo e à meia-vida de eliminação, após doses
repetidas. Não se observaram diferenças de efeito clínico nos dois
sexos.

Raça

Em indivíduos normotensos da raça negra e branca, os valores da
ASC plasmática e do tempo de meia-vida (t1⁄2) da irbesartana foram
aproximadamente 20-25% maiores em indivíduos da raça negra em
comparação com os da raça branca. O pico das concentrações
plasmáticas (Cmáx) da irbesartana foram essencialmente
equivalentes.

Dados de segurança pré-clínica

Carcinogênese, mutagênese, comprometimento da
fertilidade

O potencial carcinogênico da associação irbesartana e
hidroclorotiazida não foi avaliado em estudos em animais.
Entretanto, não se observou evidência de carcinogenicidade com a
administração isolada de irbesartana em ratos com doses de 500/1000
mg/kg/dia, respectivamente em machos/fêmeas e em camundongos 1.000
mg/kg/dia durante 2 anos. As doses referidas correspondem a uma
exposição sistêmica 4 a 25 vezes (em ratos) e 4 a 6 vezes (em
camundongos) maior do que a exposição em humanos recebendo 300 mg
diários. Paralelamente, sabe-se que a vasta experiência de uso da
hidroclorotiazida em humanos não demonstrou qualquer associação
entre o seu uso e o aumento de neoplasias. Portanto, não há razões
de preocupação quanto ao potencial de efeitos carcinogênicos da
Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) na espécie
humana.

A associação de irbesartana e hidroclorotiazida não se mostrou
mutagênica no teste de Ames ou no teste de mutação genética HGPRT
em células de ovário de hamsters chineses, e não foi clastogênica
em um teste citogenético in vitro em linfócitos humanos ou em um
ensaio de micronúcleo em células da mucosa oral em camundongos.

Não se avaliou o efeito da associação de irbesartana e
hidroclorotiazida sobre a fertilidade em estudos animais. Sabe-se,
entretanto que a fertilidade e o desempenho reprodutor de ratos não
foram afetados pela irbesartana isolada em doses capazes de causar
algum grau de toxicidade parenteral (até 650 mg/kg/dia). Não foram
observados efeitos significativos quanto ao número de corpos
lúteos, implantação do ovo e fetos vivos. Além disso, a irbesartana
não teve influência na sobrevida, no desenvolvimento ou na
reprodução da ninhada. Quanto à hidroclorotiazida, a larga
experiência em humanos não revelou qualquer relação entre o seu uso
e alteração da fertilidade.

Consequentemente, não há razão de preocupação quanto ao
potencial de reações adversas na fertilidade com o uso de
Irbesartana + Hidroclorotiazida (substância ativa).

Não foram observados efeitos teratogênicos em ratas que
receberam a associação de irbesartana / hidroclorotiazida em doses
de até 150 / 150 mg/kg/dia (nível de dose que causou toxicidade
materna).

Cuidados de Armazenamento do Aprozide

Aprozide deve ser mantido em sua embalagem original, em
temperatura ambiente (entre 15 a 30°C). Proteger da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aprozide 150 mg / 12,5 mg e Aprozide 300 mg / 12,5
mg

Comprimido revestido de coloração pêssego, oval e biconvexo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Mensagens de Alerta do Aprozide

Este medicamento pode causar
doping.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Venda sob prescrição médica.

Dizeres Legais do Aprozide

M.S 1.1300.1004

Farm. Resp.:

Silvia Regina Brollo
CRF-SP 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Sanofi Winthrop Industrie
1, rue de la Vierge – Ambarès et Lagrave
33565 Carbon Blanc Cedex
França

Importado e Embalado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413
Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23

Aprozide, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.