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Anzemet

  • Tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios.
  • Prevenção de náuseas e vômitos em pacientes submetidas a
    cirurgias ginecológicas intra-abdominais.

Contraindicação do Anzemet

Mesilato De Dolasetrona (substância ativa) é
contraindicado para:

  • Pacientes adultos utilizando dolasetrona administrada
    intravenosamente para a prevenção de náusea e vômito associados à
    quimioterapia para câncer.
  • Pacientes com hipersensibilidade ao mesilato de dolasetrona ou
    a qualquer outro componente da fórmula.

Mesilato De Dolasetrona (substância ativa) é contraindicado para
pacientes pediátricos com idade inferior a 18 anos.

Como usar o Anzemet

Mesilato De Dolasetrona (substância ativa) pode ser administrado
a uma velocidade de 12,5 mg/30 segundos ou pode ser diluído para 50
ml com soluções injetáveis compatíveis, tais como, solução
salina, ou solução de dextrose 5% e infundido por um período de até
15 minutos.

Deve-se evitar administração IV mais rápida.

Mesilato De Dolasetrona (substância ativa) é compatível com
seringas de polipropileno.

Mesilato De Dolasetrona (substância ativa) não deve ser
misturado com outros medicamentos. É importante que se proceda a
lavagem da linha de infusão antes e após a administração do
mesilato de dolasetrona.

A solução de Mesilato De Dolasetrona (substância ativa)
na concentração de 4 mg/ml demonstrou ser fisicamente incompatível
com os seguintes medicamentos quando administrada através da mesma
linha intravenosa:

Carmustina, 5-fluorouracil, aciclovir sódico, ampicilina sódica,
cefazolina sódica, succinato sódico de cloranfenicol, fosfato de
clindamicina, fosfato sódico de dexametasona, succinato sódico de
metilprednisolona, trimetoprima com sulfametoxazol, aminofilina,
anfotericina B, heparina sódica, fosfato de potássio e bicarbonato
de sódio.

A solução de Mesilato De Dolasetrona (substância ativa) na
concentração de 20 mg/ml é fisicamente incompatível com tiopental
sódico

Após diluição de Mesilato De Dolasetrona (substância
ativa) nos seguintes fluidos de infusão compatíveis:

Solução injetável de dextrose 5%, solução injetável de cloreto
de sódio 0,9%, solução injetável de dextrose 5% e cloreto de sódio
0,45%, solução injetável de Ringer lactato e dextrose 5%, solução
injetável de Ringer lactato e solução injetável de manitol 10%, a
solução resultante pode ser armazenada durante 48 horas sob
refrigeração (5°C) ou por 24 horas se mantida à temperatura de
30°C.

Posologia

Pediátrico

Pacientes com idade inferior a 18 anos

Mesilato de dolasetrona é contraindicado nesta população.

Náuseas e vômitos pós-operatórios

Para o tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios,
administrar dose única de Mesilato De Dolasetrona (substância
ativa) logo que a náusea ou vômito aparecer. A dose recomendada
para o tratamento é 12,5 mg.

Para prevenção de náuseas e vômitos pós-operatórios em pacientes
submetidas a cirurgias ginecológicas intra-abdominais é recomendada
dose única de 12,5 mg de Mesilato De Dolasetrona (substância ativa)
no momento do fim da anestesia.

Idosos

Não é necessário ajuste posológico.

Pacientes com insuficiência renal

Não é necessário ajuste posológico.

Pacientes com insuficiência hepática

Não é necessário ajuste posológico.

Precauções do Anzemet

Antagonistas dos receptores 5HT3, incluindo mesilato de
dolasetrona, tem demonstrado causar alterações no ECG, incluindo
prolongamento do intervalo QTc.

O uso do mesilato de dolasetrona é contraindicado em
pacientes pediátricos visto que:

  • Tem ocorrido muito comumente alterações eletrocardiográficas
    agudas;
  • Existem dados que sugerem que as alterações agudas no intervalo
    QTc são maiores nas crianças do que nos adultos;
  • Foram relatados casos individuais de arritmia supraventricular
    sustentada e arritmias ventriculares, parada cardíaca e infarto do
    miocárdio em crianças e adolescentes.

Foram relatados casos de hipersensibilidade cruzada em pacientes
que receberam tratamento com outros antagonistas seletivos dos
receptores 5HT3. Isto não foi observado com o uso de mesilato de
dolasetrona.

Devido aos potenciais efeitos adicionais, deve-se ter cautela
nas situações onde o prolongamento do intervalo de condução
cardíaca (particularmente QTc) pode estar presente, visto que
antagonistas dos receptores 5HT3, tais como dolasetrona, podem
prolongar os intervalos no ECG. Nestas situações, deve-se avaliar
cuidadosamente a relação risco-benefício antes do início do
tratamento, particularmente em pacientes com prolongamento do
intervalo QTc acentuado (por exemplo, em associação com
prolongamento congênito do intervalo QTc), pacientes com bloqueio
átrio-ventricular II-III, pacientes com bloqueio total de ramo,
pacientes recebendo concomitantemente medicamentos que são
conhecidos por prolongar o intervalo QTc e pacientes com distúrbios
eletrolíticos (hipopotassemia ou hipomagnesemia, pacientes
recebendo diuréticos com potencial para indução de distúrbios
eletrolíticos). Prolongamento dos intervalos cardíacos pode causar
consequências cardiovasculares, incluindo parada cardíaca ou
arritmias cardíacas.

A administração de Mesilato De Dolasetrona (substância ativa)
não foi associada à sonolência, prejuízo da cognição e da
capacidade de concentração.

Atenção diabéticos: contém manitol (38,20
mg/mL).

Incompatibilidades/Compatibilidades

Mesilato de dolasetrona não deve ser misturado com outras
drogas. Lavagem da linha de infusão antes e após a administração
com mesilato de dolasetrona.

Mesilato De Dolasetrona (substância ativa) na concentração de 4
mg/mL tem sido fisicamente incompatível com as seguintes drogas
quando administrado intravenosamente: carmustina, 5-fluorouracil,
aciclovir sódico, ampicilina sódica, cefazolina sódica, succinato
sódico de cloranfenicol, fosfato de clindamicina, fosfato sódico de
dexametasona, succinato sódico de metilprednisolona, trimetoprina
com sulfametoxazol, aminofilina, anfotericina B, heparina sódica,
fosfato de potássio e bicarbonato de sódio.

Mesilato De Dolasetrona (substância ativa) na concentração de 20
mg/mL é fisicamente incompatível com tiopental sódico.

Gravidez

Não há experiência do uso de Mesilato De Dolasetrona (substância
ativa) em mulheres grávidas. Mesilato De Dolasetrona (substância
ativa) deve ser utilizado durante a gravidez, somente se
evidentemente necessário.

Estudos de reprodução em animais com a administração de mesilato
de dolasetrona durante a organogênese não demonstraram nenhuma
evidência de teratogenicidade. Nenhum efeito adverso fetal foi
observado após a administração intravenosa de mesilato de
dolasetrona em animais durante estudos de reprodução.

Com a administração oral de doses de 100 mg/kg/dia em ratos e
coelhos resultando em toxicidade materna observou-se diminuição do
peso corpóreo fetal e com a administração de doses maiores ou
iguais a 20 mg/kg/dia observou-se aumento na reabsorção precoce e
perdas fetais pós implantação em coelhos.

Não foi observada toxicidade animal perinatal e pós-natal.
Estudos de fertilidade em ratos machos e fêmeas não demonstraram
evidência de prejuízo à fertilidade.

Lactação

Não se sabe se o mesilato de dolasetrona e seus metabólitos são
excretados no leite materno. Portanto, não é recomendado que mães
recebendo Mesilato De Dolasetrona (substância ativa) prossigam com
a lactação.

Reações Adversas do Anzemet

A seguinte taxa de frequência CIOMS é utilizada, quando
aplicável:

  • Muito comum = ≥ 10%;
  • Comum = 1-10% dos pacientes;
  • Incomum = 0,1-1% dos pacientes;
  • Raro = 0,01-0,1% dos pacientes;
  • Muito raro = 0,01% dos pacientes ou menos.

As reações associadas ao tratamento com Mesilato De
Dolasetrona (substância ativa) em estudos clínicos controlados
incluíram:

Cefaleia, vertigem, aumento transitório leve das transaminases
hepáticas e hipotensão.

Após o início da comercialização, foi relatado também dor ou
sensação de queimação no local da administração intravenosa.
Imediatamente ou um pouco após a administração do mesilato de
dolasetrona em “bolus” intravenoso pode ocorrer raramente
hipotensão grave, bradicardia e possível perda de consciência.
Estas reações ocorreram em pacientes recebendo mesilato de
dolasetrona para a prevenção de náuseas e vômitos induzidos por
quimioterapia.

Existem relatos muito raros de taquicardia ventricular ou
taquicardia amplamente complexa e fibrilação ventricular/parada
cardíaca após administração intravenosa.

Antagonistas dos receptores 5HT3, incluindo o mesilato de
dolasetrona, tem demonstrado causar alterações no ECG tais como
prolongamento dos intervalos QTc, PR e QRS. Estas alterações estão
relacionadas à magnitude e frequência dos níveis sanguíneos do
metabólito ativo e são auto-limitantes com o declínio da sua
concentração sérica. Alguns pacientes apresentaram prolongamento
dos intervalos por 24 horas ou mais. O prolongamento destes
intervalos pode levar a consequências cardiovasculares, incluindo
parada ou arritmias cardíacas.

Assim como com outros antagonistas dos receptores 5HT3, há raros
relatos de reações anafiláticas/anafilactoides incluindo reações
cutâneas como ‘rash’, prurido e urticária; reações respiratórias
como broncoespasmo, e muito raramente, edema facial/angioedema e
choque.

Interação Medicamentosa do Anzemet

Um estudo de interação com outras drogas mostrou um aumento de
15% na concentração plasmática do metabólito ativo quando o
mesilato de dolasetrona foi administrado concomitantemente a
cimetidina (inibidor não seletivo do citocromo P-450) e diminuição
de 17% quando administrado concomitantemente a rifampicina (potente
indutor do citocromo P-450), mas estas alterações não foram
associadas com nenhum evento clínico adverso.

Mesilato de dolasetrona não provoca indução das enzimas do
citocromo P-450.

Ação da Substância Anzemet

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

O mesilato de dolasetrona e seu principal metabólito (MDL
74.156) são antagonistas seletivos dos receptores 5-HT3. Os
receptores 5-HT3 estão localizados em altas concentrações nas
terminações nervosas periféricas do nervo vago e, centralmente, na
zona quimiorreceptora deflagadora da área postrema.

Acredita-se que os agentes quimioterápicos e a radioterapia
causem náuseas e vômitos pela liberação de 5HT das células
enterocromafins do intestino delgado, e que o 5HT liberado ative os
receptores 5-HT3 localizados nas terminações aferentes do nervo
vago,iniciando o reflexo do vômito. A ativação das vias aferentes
vagais pode também liberar 5HT na área postrema, iniciando a êmese
centralmente. O efeito do Mesilato De Dolasetrona (substância
ativa) no controle das náuseas e vômitos induzidos pela
quimioterapia se deve ao antagonismo aos receptores 5-HT3 nos
neurônios localizados tanto perifericamente quanto em regiões
centrais.

Os mecanismos de ação em casos de náuseas e vômitos
pós-operatórios são desconhecidos; no entanto, acredita-se que
estejam relacionados àqueles envolvidos na indução de náuseas e
vômitos causados por quimioterapia.

Alterações agudas e reversíveis no ECG (prolongamento PR e
alargamento QRS) foram observadas em estudos clínicos controlados.
A magnitude e frequência das alterações no ECG aumentaram com a
dose (relacionadas às concentrações plasmáticas do metabólito
ativo) e retornaram à linha basal dentro de 6 a 8.

Farmacocinética

Absorção

A concentração plasmática máxima do metabólito ativo (MDL
74.156) é observada cerca de 0,4 a 0,7 horas após a administração
intravenosa.

Distribuição

MDL 74.156 é amplamente distribuído pelo organismo com volume de
distribuição aparente de 5,0 – 7,9 l/Kg.

O metabólito ativo liga-se às proteínas plasmáticas em
aproximadamente 69 – 77%.

Eliminação

Dolasetrona é rapidamente e completamente metabolizada pelo MDL
74.156. O metabólito ativo sofre eliminação plasmática com
meia-vida terminal (T½) entre 7 e 9 horas.

A farmacocinética do metabólito ativo é linear e independe da
velocidade de infusão.

Populações Especiais

A farmacocinética do metabólito ativo mostrou-se similar em
pacientes com câncer recebendo agentes quimioterápicos, idosos e
indivíduos sadios jovens do sexo feminino e masculino. O seu
“clearance” aparente, tanto para administração oral como para
administração intravenosa diminui em pacientes com insuficiência
renal grave. O seu “clearance” aparente diminui em
pacientes com insuficiência hepática após administração oral, mas
permanece inalterado após administração intravenosa. Visto que o
mesilato de dolasetrona é bem tolerado em pacientes com
insuficiência renal ou hepática, não é necessário realizar ajuste
de dose.

Dados de segurança pré-clínica

O mesilato de dolasetrona não demonstrou ser carcinogênico em
ratos com doses de até 150 mg/kg e 300 mg/kg em machos e fêmeas,
respectivamente. Em camundongos, foram observados tumores hepáticos
em machos e pólipos endometriais em fêmeas com doses maiores ou
iguais a 150 mg/kg e 300 mg/kg, que equivalem a 53 e 105 vezes a
maior dose recomendada para humanos (200 mg). O mesilato de
dolasetrona não demonstrou ser carcinogênico em doses equivalentes
a 26 vezes a maior dose recomendada para humanos. O mesilato de
dolasetrona não demonstrou ser mutagênico em vários testes de
mutagenicidade “in vivo” e “in vitro”.

Anzemet, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.