Pular para o conteúdo

Anangor

Contraindicação do Anangor

O medicamento é contra-indicado quando houver co- nhecida
hipersensibilidade ao cloridrato de tramadol, a qualquer outro
componente deste medicamento ou ao opióide. É contra-indicado em
casos de intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos de
ação central, opióides ou fármacos psicotrópicos. Também
contra-indicado em pacientes que estejam usando inibidores da
monoaminoxidase (IMAO) ou tenham usado esse tipo de medicação nos
últimos 14 dias.

Como usar o Anangor

Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser
individualizada, ajustando-a a intensidade da dor. O esquema
posológico reco- mendado serve como regra geral. Em princípio, deve
ser sele- cionada a menor dose analgésica eficaz. O tratamento da
dor crônica exige um esquema fixo de dosagem. As doses usuais
diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria
dos pacientes, embora existam casos que neces- sitem doses mais
elevadas.
Adultos e jovens com mais de 14 anos de idade:
•Anangor cápsulas 50 mg: 1 cáp- sula (50 mg) com um pouco de
água;
•Anangor ampolas 50 mg e 100 mg: por via intravenosa, o conteúdo de
uma ampola por injeção lenta ou em solução por gotejamento; por via
intramuscular, o conteúdo de uma ampola.
Obs: Quando necessário, as doses acima poderão ser repeti- das, a
cada 4-6 horas. Normalmente, não deve exceder doses de 400 mg/dia
(correspondente a 8 cápsulas de 50 mg, 8 am- polas de 50 mg, 4
ampolas de 100 mg).
Entretanto, no tratamento da dor severa proveniente de tumor e na
dor pós-operatória severa, podem ser necessárias doses mais
elevadas, sempre a critério do médico.
Dependendo da sensibilidade individual e com base no esquema
posológico recomendado, o médico pode ajustar o intervalo entre as
doses, no entanto, não deverá ser inferior a 6 horas. Em casos de
insuficiência renal ou hepática, a duração da ação do cloridrato de
tramadol pode ser prolongada. Nestes casos recomenda-se dose de 50
mg a cada 12 horas. É discutível se a posologia deve ser diminuída
em pacientes idosos. Em caso de recorrência de dor, o intervalo
entre as doses deve ser prolongado.

Precauções do Anangor

Cloridrato de Tramadol (substância ativa) deve ser usado
com cautela nas seguintes condições:

  • Dependência aos opioides;
  • Ferimentos na cabeça;
  • Choque, distúrbio do nível de consciência de origem não
    estabelecida;
  • Pacientes com distúrbios da função respiratória ou do centro
    respiratório;
  • Pressão intracraniana aumentada.

Cloridrato de Tramadol (substância ativa) deve somente ser usado
com cautela nos pacientes sensíveis aos opioides.

Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas
doses recomendadas. O risco pode aumentar quando as doses de
Cloridrato de Tramadol (substância ativa) excederem a dose diária
máxima recomendada (400mg). O Cloridrato de Tramadol (substância
ativa) pode elevar o risco de convulsões em pacientes tomando
concomitantemente outras medicações que reduzam o limiar para
crises convulsivas. Pacientes com epilepsia, ou aqueles
susceptíveis a convulsões, somente deveriam ser tratados com
tramadol sob circunstâncias inevitáveis.

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) apresenta um baixo
potencial de dependência. No uso em longo prazo, pode-se
desenvolver tolerância e dependência física e psíquica. Pacientes
com tendência à dependência ou ao abuso de medicamentos, só devem
utilizar Cloridrato de Tramadol (substância ativa) por períodos
curtos e sob supervisão médica rigorosa.

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) não é indicado como
substituto em pacientes dependentes de opioides. Embora o tramadol
seja um agonista opioide, tramadol não pode suprimir os sintomas da
síndrome de abstinência da morfina.

Cloridrato de Tramadol (substância ativa) Retard contém lactose
em sua composição. Portanto, pacientes com o problema hereditário
raro de intolerância à galactose, a deficiência de lactase Lapp ou
máabsorção de glicose-galactose, não devem tomar este
medicamento.

Cloridrato de Tramadol (substância ativa) solução oral contém
sacarose. Pacientes com problemas hereditários raros de
intolerância à frutose, má absorção de glicose-galactose ou
insuficiência de sucraseisomaltase não devem tomar este
medicamento.

Atenção diabéticos: contém açúcar.

Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Mesmo quando administrado de acordo com as instruções da bula,
Cloridrato de Tramadol (substância ativa) pode causar efeitos tais
como sonolência e tontura e, portanto, pode prejudicar as reações
do paciente ao dirigir veículos ou operar máquinas. Isto se aplica
particularmente em conjunção com outras substâncias psicotrópicas,
particularmente álcool.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir
veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.

Gravidez

Estudos em animais revelaram que o tramadol, em doses muito
altas, afeta o desenvolvimento dos órgãos, ossificação e a taxa de
mortalidade neonatal. O tramadol atravessa a barreira placentária.
Não estão disponíveis evidências adequadas na segurança de tramadol
em mulheres grávidas. Portanto tramadol não deve ser utilizado
durante a gravidez. O tramadol administrado antes ou durante o
trabalho de parto, não afeta a contratilidade uterina. Em neonatos,
pode induzir alterações na taxa respiratória, normalmente de
importância clínica não relevante. O uso crônico durante a gravidez
pode levar a sintomas de abstinência no neonato.

Cloridrato de Tramadol (substância ativa) é um
medicamento classificado na categoria de risco de gravidez C.
Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Lactação

Durante a lactação deve-se considerar que cerca de 0,1% da dose
materna de tramadol é secretada no leite. Tramadol não é
recomendado durante a amamentação. Geralmente, não há
necessidade de interromper a amamentação após uma única
administração de Cloridrato de Tramadol (substância ativa).

Fertilidade

Vigilância pós comercialização não sugere um efeito de
Cloridrato de Tramadol (substância ativa) sobre a fertilidade.
Estudos em animais não mostram um efeito de Cloridrato de Tramadol
(substância ativa) sobre a fertilidade.

Reações Adversas do Anangor

Podem ocorrer náuseas, vômitos, secura da boca, tontura,
sonolência, irritação, inquietação. Reações adversas pouco
freqüentes podem ocorrer relacionadas à função cardiovascular:
palpitação, sudorese, hipotensão postural, taquicardia, sensação de
colapso cardiovascular, síncope e aumento da pressão arterial.
Estas reações adversas podem ocorrer particularmente quando o
paciente realizar esforços excessivos após a administração
intravenosa de Anangor. Embora incomuns, também podem ocorrer
cefaléias, fraqueza, constipação intestinal, e também reações
dermatológicas (prurido, rash, exantema). Reações adversas raras
incluem alterações no apetite, aumento de enzimas hepáticas, dis-
túrbios miccionais, dispnéia, elevação do humor, convulsão,
confusão mental e distúrbios de percepção. Reações alérgicas que
podem levar até ao choque não podem ser descartadas. Dependendo da
sensibilidade individual e da dose empregada, o cloridrato de
tramadol pode levar a diferentes níveis de depressão respiratória e
sedação (de ligeira fadiga a sonolência), que, entretanto, não
ocorrem quando o medicamento é administrado por via oral e retal,
nas doses recomendadas para alívio da dor moderada. Muito raramente
têm sido relatadas convulsões epileptiformes; estas ocorreram
principalmente após a adminis- tração de tramadol ou após o
tratamento concomitante com fármacos que podem diminuir o limiar
para a crise ou induzir convulsões (antidepressivos ou
antipsicóticos). Raramente têm sido relatados casos de aumento na
pressão arterial e bradicardia. Também tem sido relatado
agravamento da asma, embora não se tenha estabelecido uma relação
causa-efeito. Embora raramente, o tramadol pode induzir casos de
dependência após uso prolongado. Podem ocorrer sintomas da reti-
rada do medicamento, similares àqueles que ocorrem durante a
retirada dos opióides, tais como: agitação, ansiedade, nervosismo,
insônia, hipercinesia, tremor e sintomas gastrintestinais.

População Especial do Anangor

– Lactação:
Anangor não é recomendado como medicação pré-cirúrgica obstétrica
ou analgesia pós-parto em mães amamentando porque sua segurança em
recém-nascidos e bebês não foi estudada. Após dose endovenosa de
100 mg de tramadol, a excreção acumulada no leite materno 16 horas
após foi de 100 microgramas de tramadol (0,1% da dose materna) e 27
microgramas do metabólito ativo M1.

– Parto:
Anangor não deve ser usado na gestante antes ou durante o trabalho
de parto, a menos que os riscos potenciais justifiquem os
benefícios, porque a segurança do seu uso na gestação não foi
estabelecida. Uso prolongado durante a gravidez pode levar à
dependência física e sintomas de abstinência no recém-nascido no
pós-parto. Mostrou-se que o tramadol atravessa a barreira pla-
centária. A taxa média de tramadol sérico no cordão umbilical em
relação à veia materna foi de 0,83 para 40 mães que receberam
tramadol durante o parto. O efeito do tramadol, se existir algum,
sobre o desen- volvimento e crescimento da criança é
desconhecido.

Dados disponíveis não sugerem a necessidade de ajuste da dose em
pacientes entre 65 a 75 anos de idade, a menos que apresentem
insuficiência hepática ou renal. Para pacientes com mais de 75 anos
de idade, recomenda-se a dose máxima de 300 mg, em 3 a 4 tomadas
nas 24 horas. Em paciente com o clearance da creatinina inferior a
30 mL/min, o intervalo de dose deve ser aumentado para 12 horas,
com dose máxima de 200 mg/dia. Como a diálise remove apenas 7% da
dose admi- nistrada, pacientes em diálise podem receber a dose
usual no dia da diálise. Em paciente com cirrose, a dose
recomendada é de 50 mg a cada 12 horas. Pacientes recebendo carba-
mazepina cronicamente, em dose por volta de 800 mg, podem requerer
aumento, até o dobro, da dose recomendada de cloridrato de
tramadol.

Superdosagem do Anangor

Estimativas de doses ingeridas em casos fatais variam de 3 a 5
gramas. Uma sobredose intencional de 3 gramas por paciente em um
estudo clínico produziu emese e nenhuma seqüela. A menor dose
relatada associada com fatalidade foi provavel- mente entre 500 e
1.000 mg, em uma mulher de 40 kg, mas detalhes do caso não são
completamente conhecidos.
As conseqüências potenciais graves da sobredose incluem depressão
respiratória e convulsão. A atenção primária ao tratar da
superdosagem deve ser em manter a ventilação adequada e terapia de
apoio. O naloxone reverte alguns, mas não todos os sintomas da
superdosagem com tramadol, e aumenta o risco de convulsões. Em
animais, as convulsões por doses tóxicas de tramadol foram
suprimidas por barbitúricos e benzodia- zepínicos, mas foram
aumentadas por naloxone. Naloxone não alterou a letalidade em
superdosagem em camundongos. Não se supõe que a hemodiálise seja
útil na superdosagem porque remove menos que 7% da dose
administrada em um período de diálise de 4 horas.

Interação Medicamentosa do Anangor

Cloridrato de Tramadol (substância ativa) não deve ser combinado
com inibidores da MAO.

Em pacientes tratados com inibidores da MAO nos 14 dias antes do
uso do opioide petidina foram observadas interações com risco de
vida no Sistema Nervoso Central (SNC), função respiratória e
cardiovascular. As mesmas interações com inibidores da MAO não
podem ser descartadas durante o tratamento com o Cloridrato de
Tramadol (substância ativa).

A administração concomitante de Cloridrato de Tramadol
(substância ativa) com outros fármacos depressores do SNC,
incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC.

Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o
momento que na administração prévia ou concomitante de cimetidina
(inibidor enzimático) não é comum ocorrerem interações clinicamente
relevantes. Administração prévia ou simultânea de carbamazepina
(indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e a duração
da ação.

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) pode induzir
convulsões e aumentar o potencial de causar convulsões dos
inibidores seletivos da recaptação de serotonina, inibidores da
recaptação de serotonina e norepinefrina, antidepressivos
tricíclicos, antipsicóticos e outros fármacos que diminuem o limiar
para crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina,
tetraidrocanabinol).

O uso terapêutico concomitante de Cloridrato de Tramadol
(substância ativa) e drogas serotoninérgicas, tais como inibidores
seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da receptação de
serotonina norepinefrina, inibidores da MAO, antidepressivos
tricíclicos e mirtazapina pode causar toxicidade de serotonina.

A síndrome da serotonina é possível quando um dos
seguintes é observado:

  • Clônus espontâneo;
  • Clônus induzível ou ocular com agitação ou diaforese;
  • Tremor e hiperreflexia;
  • Hipertonia e temperatura corporal gt; 38°C;
  • Clônus induzível ou ocular.

Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente
observa-se uma melhora rápida. O tratamento depende da natureza e
gravidade dos sintomas.

O tratamento com Cloridrato de Tramadol (substância ativa)
concomitante com derivados cumarinicos (varfarina) deve ser
cuidadosamente monitorado, devido a relatos de aumento no tempo de
protrombina (INR) com maior sangramento e de equimoses em alguns
pacientes.

Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e
a eritromicina, podem inibir o metabolismo do tramadol
(N-demetilação) e provavelmente também do metabólito ativo
O-desmetilado. A importância clínica de tal interação não foi
estudada.

Em um número limitado de estudos a aplicação pré ou
pós-operatória do antiemético antagonista 5-HT3 ondasetrona
aumentou a necessidade de Cloridrato de Tramadol (substância ativa)
em pacientes com dor pós-operatória.

Ação da Substância Anangor

Resultados de Eficácia


Estudos Clínicos

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) foi administrado em
dose única e oral de 50, 75 e 100mg a pacientes com dores geradas
após procedimentos cirúrgicos e cirurgias bucais (extração de
molares impactados).

Em um modelo de dose única em dor após cirurgia bucal, em muitos
pacientes o alívio da dor foi alcançado com doses de 50 e 75mg de
Cloridrato de Tramadol (substância ativa). A dose de 100mg de
Cloridrato de Tramadol (substância ativa) tende a promover
analgesia superior à de 60mg de sulfato de codeína, mas não foi tão
efetiva como a combinação de 650mg de ácido acetilsalicílico com
60mg de fosfato de codeína.

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) foi estudado em três
estudos clínicos controlados, em longo prazo, envolvendo um total
de 820 pacientes, onde 530 deles receberam Cloridrato de Tramadol
(substância ativa). Pacientes com uma variedade de condições de dor
crônica foram estudados em um estudo clínico duplo-cego com duração
de um a três meses.

Doses diárias médias de aproximadamente 250mg de Cloridrato de
Tramadol (substância ativa) em doses divididas foram geralmente
comparáveis a cinco doses diárias de 300mg de paracetamol com 30mg
de fosfato de codeína, a cinco doses diárias de 325mg de ácido
acetilsalicílico com 30mg de fosfato de codeína ou a duas ou três
doses diárias de 500mg de paracetamol com 5mg de cloridrato de
oxicodona.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) é um analgésico
opioide de ação central. É um agonista puro não seletivo dos
receptores opioides μ (mi), δ (delta) e κ (kappa), com uma
afinidade maior pelo receptor μ (mi). Outros mecanismos que
contribuem para o efeito analgésico de Cloridrato de Tramadol
(substância ativa) são a inibição da recaptação neuronal de
noradrenalina e o aumento da liberação de serotonina.

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) tem um efeito
antitussígeno. Em contraste com a morfina, de uma maneira geral,
doses analgésicas de Cloridrato de Tramadol (substância ativa) não
apresentam efeito depressor sobre o sistema respiratório. A
motilidade gastrintestinal também não é afetada. Os efeitos no
sistema cardiovascular tendem a ser leves. Foi relatado que a
potência de Cloridrato de Tramadol (substância ativa) é 1/10 a 1/6
da potência da morfina.

Propriedades farmacocinéticas

Após administração intramuscular em humanos, Cloridrato de
Tramadol (substância ativa) é rápida e completamente
absorvido; o pico médio de concentração sérica
(Cmáx) é atingido após 45 minutos, e a
biodisponibilidade é quase 100%. A meia-vida de absorção é de 0,38
± 0,18 h.

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) apresenta uma alta
afinidade tecidual (Vd,β(beta) = 203 ± 40 L) e cerca de 20% liga-se
às proteínas plasmáticas.

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) atravessa as
barreiras placentária e hematoencefálica. Pequenas quantidades de
Cloridrato de Tramadol (substância ativa) e do derivado Odesmetil
são encontradas no leite materno (0,1% e 0,02% da dose aplicada,
respectivamente).

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) e seus metabólitos
são quase completamente excretados via renal. A excreção urinária
cumulativa é 90% da radioatividade total da dose administrada.

A meia-vida de eliminação t1/2,β é de aproximadamente 6 horas,
independentemente da via de administração. Em pacientes acima de 75
anos de idade, a meia-vida de eliminação pode ser prolongada por um
fator de aproximadamente 1,4. Em pacientes com cirrose hepática, as
meias-vidas de eliminação são de 13,3 ± 4,9 h (tramadol) e 18,5 ±
9,4 h (Odesmetiltramadol); em um caso extremo, determinou-se 22,3 h
e 36 h, respectivamente.

Em pacientes com insuficiência renal (clearance de
creatinina lt; 5 mL/minuto), os valores foram 11 ± 3,2 h e 16,9 ± 3
h; em um caso extremo 19,5 h e 43,2 h, respectivamente.

Em humanos, o Cloridrato de Tramadol (substância ativa) é
metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e conjugação
dos produtos da Odesmetilação com ácido glicurônico. Somente o O
desmetiltramadol é farmacologicamente ativo. Há diferenças
quantitativas interindividuais consideráveis entre os outros
metabólitos. Até o momento, onze metabólitos foram detectados na
urina. Experimentos em animais demonstraram que O-desmetiltramadol
é 2-4 vezes mais potente do que o fármaco inalterado.

A meia-vida t1/2,β (6 voluntários sadios) é de 7,9 h (5,4 – 9,6
h), bastante similar à meia-vida de Cloridrato de Tramadol
(substância ativa).

O Cloridrato de Tramadol (substância ativa) tem um perfil
farmacocinético linear dentro da faixa de dose terapêutica.

A relação entre concentrações séricas e o efeito analgésico é
dose-dependente, mas varia consideravelmente em casos isolados. Uma
concentração sérica de 100 – 300 ng/mL é usualmente eficaz.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Após a administração repetida oral e parenteral de Cloridrato de
Tramadol (substância ativa) por 6-26 semanas em ratos e cães, e
após administração oral por 12 meses em cães, testes hematológicos,
clínico químicos e histológicos não demonstraram evidências de
alterações relacionadas à substância. Somente ocorreram
manifestações no sistema nervoso central após doses altas,
consideravelmente acima da dose terapêutica (agitação, salivação,
convulsão e redução do ganho de peso). Ratos e cães toleraram doses
orais de 20mg/kg e 10mg/kg de peso corpóreo, respectivamente, e
cães toleraram doses retais de 20mg/kg de peso corpóreo, sem
qualquer reação.

Em ratos, doses de no mínimo 50mg/kg/dia de Cloridrato de
Tramadol (substância ativa) causaram toxicidade materna e aumento
da mortalidade neonatal. Os problemas com a prole foram distúrbios
de ossificação e retardo na abertura vaginal e dos olhos. A
fertilidade masculina não foi afetada. Após doses elevadas (mínimo
de 50mg/kg/dia), as fêmeas sofreram redução na ocorrência de
gravidez. Em coelhos, foi relatada toxicidade materna em doses
superiores a 125mg/kg e anomalias esqueléticas na prole.

Em alguns testes in vitro, houve evidência de efeitos
mutagênicos. Estudos in vivo não demonstraram tais
efeitos. Até o momento, Cloridrato de Tramadol (substância ativa)
pode ser classificado como não mutagênico.

Foram realizados estudos quanto ao potencial tumorigênico do
Cloridrato de Tramadol (substância ativa) em ratos e
camundongos.

O estudo em ratos não demonstrou evidência de aumento na
incidência de tumores devido a essa substância. No estudo em
camundongos, houve uma incidência aumentada de adenomas de células
hepáticas em animais machos (aumento dose-dependente, não
significativo a partir de 15mg/kg) e um aumento nos tumores
pulmonares em fêmeas de todos os grupos de doses (significativo,
mas não dose-dependente).

Dizeres Legais do Anangor

Alberto Jorge Garcia Guimarães CRF-SP no 12.449

Anangor, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.