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Alecensa

Alecensa® também está indicado para o tratamento de
pacientes com câncer de pulmão do tipo de “não pequenas células”,
que esteja localmente avançado ou metastático e que seja ALK
positivo e que tenham progredido durante o uso de outro medicamento
chamado crizotinibe, ou que sejam intolerantes a ele.

Como o Alecensa funciona?


Alecensa® inibe a atividade do receptor tirosina
quinase ALK, o que leva ao bloqueio de vias responsáveis pelo
crescimento e sobrevivência do tumor. Além disso,
Alecensa® induz a morte das células tumorais.

Alectinibe, subtância ativa de Alecensa®, demonstrou
atividade contra formas mutantes de ALK, que incluem mutações
responsáveis pela resistência ao crizotinibe.

Alecensa® demonstrou ser capaz de se distribuir e
permanecer dentro do sistema nervoso central.

Alecensa® levou à regressão do tumor em estudos
realizados com camundongos, isso incluiu atividade antitumoral no
cérebro e prolongamento da vida animais com tumor
intracraniano.

Depois que você ingere a cápsula de Alecensa®, a
medicação é absorvida e atinge a quantidade máxima no sangue entre
4 (quatro) e 6 (seis) horas. Após 7 (sete) dias de uso, um estado
de equilíbrio da quantidade de medicação é atingido no seu
sangue.

Contraindicação do Alecensa

Alecensa® é contraindicado a pacientes com
hipersensibilidade conhecida ao alectinibe ou a qualquer outro
componente da fórmula.

Como usar o Alecensa

Para que o Alecensa® seja indicado para você, é
necessário que seja realizado um exame, a fim de detectar se o seu
câncer de pulmão é do tipo “não-pequenas células” (CPNPC) e é
positivo para ALK.

Você deve tomar as cápsulas duras de Alecensa® com
alimentos. Você deve engolir as cápsulas inteiras e não deve
abri-las nem as dissolver (misturadas com qualquer líquido).

Posologia do Alecensa


Dosagem recomendada

A dose recomendada de Alecensa® é de 600 mg (quatro
cápsulas de 150 mg cada) ingeridas pela boca, duas vezes ao dia,
totalizando 8 (oito) cápsulas ao dia.

Pacientes com insuficiência oculta grave do fígado devem receber
a dose de 450 mg, administrada pela boca, duas vezes ao dia (dose
diária total de 900 mg).

Duração do tratamento

Seu tratamento será continuado até a progressão da doença ou o
aparecimento de toxicidade grave.

Conduta em caso de esquecimento de doses

Se uma dose programada de Alecensa® for esquecida,
você deverá tomar esta dose, desde que a dose seguinte seja dentro
das próximas 6 horas. Se você apresentar vômitos depois de tomar
uma dose de Alecensa®, então você deverá tomar a dose
seguinte no horário agendado.

Modificações da dose

A interrupção e/ou redução da dose pode ser requerida com base
na segurança e tolerabilidade individuais. Seu médico deve
orientá-lo quanto à dose adequada, caso ele decida modificá-la.

Uso pediátrico (em crianças)

A segurança e a eficácia de Alecensa® em crianças e
adolescentes (menores de 18 anos) não foram estudadas.

Uso geriátrico (em idosos)

Não é necessário ajuste de dose de Alecensa® em
pacientes com 65 anos de idade ou mais.

Insuficiência dos rins

Não é necessário ajuste de dose em pacientes que apresentam
insuficiência dos rins leve ou moderada. Nenhum ajuste de dose é
necessário em pacientes que apresentam insuficiência renal
grave.

Insuficiência do fígado

Não é necessário ajuste da dose em pacientes que apresentam
insuficiência oculta do fígado leve ou moderada.

Pacientes com insuficiência oculta do fígado grave devem receber
uma dose de 450 mg, ingerida pela boca, duas vezes ao dia (dose
diária total de 900 mg).

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Alecensa?


Se uma dose de Alecensa® for esquecida, ela deve ser
tomada logo que você lembre, a não ser que tenha menos de 6 (seis)
horas até a próxima dose. Nesse caso, você não deve tomar a dose
esquecida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Alecensa

Doença pulmonar intersticial / pneumonite (inflamação
nos pulmões)

Casos de inflamação nos pulmões podem ocorrer durante o uso de
Alecensa®. Seu médico deve ficar atento para sintomas
pulmonares que você possa apresentar. O tratamento com
Alecensa® deve ser interrompido permanentemente se
ocorrer essa inflamação (pneumonite) e não for verificado que essa
inflamação foi devido a outra causa. Seu médico orientará você
adequadamente sobre a necessidade de para o tratamento.

Hepatotoxicidade (toxicidade para o fígado)

Alecensa® pode ser tóxico para o fígado. Dessa
maneira, seu médico deve solicitar exames para verificar a função
do fígado antes do início do tratamento e a cada 2 (duas) semanas
durante os primeiros 3 (três) meses de tratamento. A função do
fígado deve ser monitorada mesmo após os primeiros 3 (três) meses
de tratamento. Com base na severidade das reações adversas seu
médico poderá optar por parar o tratamento com Alecensa®
e recomeçar a terapia com uma dose menor ou então parar
definitivamente o tratamento.

Mialgia grave (dor muscular grave) e elevação de
creatina fosfoquinase (uma enzima dos músculos)

Se você apresentar dor, sensibilidade ou fraqueza muscular não
explicada informe ao seu médico. Ele solicitaráexames de sangue
para avaliar a presença da enzima creatina fosfoquinase de acordo
com a presença dos sintomas musculares. Com base na severidade das
reações adversas seu médico poderá optar por parar
Alecensa® e recomeçar o tratamento com uma dose menor ou
então descontinuar definitivamente o tratamento.

Bradicardia (diminuição do ritmo cardíaco)

Com o uso de Alecensa® você poderá sentir bradicardia
(diminuição do ritmo cardíaco). Reporte ao seu médico caso sinta
este sintoma. Seu médico avaliará os seus batimentos cardíacos e
sua pressão arterial e fará o ajuste de dose, caso seja
necessário.

Fotossensibilidade (sensibilidade à luz)

Você poderá sentir sensibilidade à luz com o uso de
Alecensa®. Você deve evitar exposição prolongada ao sol
enquanto estiver sob o tratamento com Alecensa® e
durante pelo menos 7 (sete) dias depois de parar tratamento. Além
disso, você deverá utilizar filtro solar com proteção contra raios
UVA e UVB e protetor labial (fator solar maior ou igual a 50) para
ajudar na proteção contra queimadura solar.

Toxicidade embriofetal (toxicidade ao feto)

Alecensa® pode provocar dano ao feto quando
administrado em mulheres grávidas. Se você for mulher e estiver
fazendo uso de Alecensa® ou for parceira de paciente
homem que estiver fazendo uso de Alecensa®, então você
deve utilizar métodos contraceptivos altamente eficazes durante o
tratamento e pelo menos 3 meses depois da última dose de
Alecensa®.

Abuso e dependência de drogas

Não se aplica.

Capacidade para dirigir veículos e operar
máquinas

Não foram realizados estudos sobre os efeitos de
Alecensa® na capacidade de dirigir e de operar
máquinas.

Intolerância à lactose (incapacidade de digerir
completamente a lactose)

Este medicamento contém lactose (açúcar presente nos produtos
lácteos, como leite e seus derivados). Pacientes com problemas
hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência
congênita de lactase ou má absorção de glicose e galactose não
devem tomar este medicamento.

Informe seu médico se você apresentar intolerância à
lactose, ele te orientará adequadamente.

Teor de sódio

A dose diária de 1200 mg de Alecensa® contém 48 mg de
sódio, equivalente a 2,4% da dose máxima diária recomendada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2 g de sódio para um
adulto.

Reações Adversas do Alecensa

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Distúrbios gastrintestinais

Prisão de ventre, enjoos, diarreia e vômitos.

Distúrbios gerais e condições do local de
administração

Edema (inchaço).

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido
conectivo

Dor muscular e creatina fosfoquinase sérica, uma enzima dos
músculos, aumentada.

Distúrbio cutâneo e do tecido subcutâneo

Manchas vermelhas e irritação à exposição ao Sol.

Distúrbios hepatobiliares

Bilirrubina (uma enzima do fígado) aumentada, AST ou ALT (uma
enzima do fígado) aumentada.

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático

Anemia.

Distúrbios oculares

Distúrbios da visão.

Distúrbios cardíacos

Redução dos batimentos do coração.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Distúrbios gastrintestinais

Aftas.

Distúrbios do sistema nervoso

Disgeusia (distorção ou diminuição do senso do paladar). Aumento
de peso.

Distúrbios renal e urinário

Creatinina sérica aumentada e lesão grave dos rins.

Distúrbios respiratórios, torácicos e
mediastinais

Doença pulmonar intersticial/pneumonite (inflamação nos
pulmões).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Distúrbios hepatobiliares

Lesão do fígado.

Mais informações sobre reações adversas à droga
selecionadas

Doença Pulmonar Intersticial (DPI) / pneumonite
(inflamação dos pulmões)

DPI / pneumonite grave (inflamação nos pulmões grave) ocorreu em
pacientes tratados com Alecensa®. Um evento de DPI de
grau 3 foi reportado em 0,4% (1 de 253) pacientes tratados com
Alecensa® levando à retirada do tratamento com
Alecensa®. Não houve casos fatais de DPI em nenhum dos
estudos.

Hepatotoxicidade (toxicidade no fígado)

Elevações de AST / ALT(enzimas que em situações normais residem
dentro das células do fígado, mas que em algumas situações estão
presentes na corrente sanguínea) ocorreram em 2 (dois) pacientes
que apresentaram lesão do fígado induzida por medicamento,
comprovada por biópsia do fígado. Níveis de 16% de aumento de AST e
de 14% de aumento de ALT foram reportados em pacientes tratados com
Alecensa®. Os eventos, em geral, ocorreram durante os
primeiros 3 (três) meses de tratamento e foram geralmente
transitórios e resolvidos após interrupção temporária do tratamento
com Alecensa® ou redução da dose. Em 1,2% e 1,6% dos
pacientes, as elevações de AST e ALT, respectivamente, levaram à
retirada do tratamento com Alecensa®.

Reações adversas de elevações de bilirrubina (enzima produzida
pelo fígado) foram reportadas em 17% dos pacientes tratados com
Alecensa®. Os eventos em geral ocorreram durante os
primeiros 3 (três) meses de tratamento e foram usualmente
transitórios e resolvidos após interrupção temporária do tratamento
com Alecensa® (4,7% dos pacientes) ou redução da dose
(2,8%). Em 4 (quatro) pacientes (1,6%), as elevações de bilirrubina
levaram à retirada do tratamento com Alecensa®.

Elevações conjuntas de ALT ou AST maiores ou iguais a três vezes
o limite superior ao normal e de bilirrubina total maiores ou
iguais a duas vezes o limite superior ao normal com fosfatase
alcalina (uma enzima do fígado) normal ocorreram em 1(um) paciente
tratado com Alecensa®.

Bradicardia (redução dos batimentos do
coração)

Casos de bradicardia (7,9%) foram reportados em pacientes
tratados com Alecensa®. Houve 44 de 221 pacientes (20%)
tratados com Alecensa® que apresentaram valores de
frequência cardíaca abaixo de 50 batimentos por minuto
pós-administração do medicamento.

Mialgia grave (dor muscular intensa) e elevação de CPK
(uma enzima dos músculos)

Casos de mialgia (31%) foram reportados em pacientes tratados
com Alecensa®. Elevações de CPK ocorreram em 46% de 219
pacientes que apresentam dados laboratoriais de CPK disponíveis nos
estudos clínicos com Alecensa®.

Anormalidades laboratoriais

Anormalidades no seu exame de sangue podem aparecer com o uso de
Alecensa®, seu médico te orientará sobre quais medidas
tomar.

Experiência pós-comercialização

A reação adversa à droga referente ao aumento de fosfatase
alcalina (uma enzima do fígado) foi reportada em pacientes que
receberam Alecensa® no período pós comercialização.
Casos de fosfatase alcalina aumentada foram reportados em estudos
clínicos com Alecensa®.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Atenção:

este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e
utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou
cirurgião-dentista.

População Especial do Alecensa

Mulheres e homens em idade fértil

Contracepção

Se você for mulher e estiver fazendo uso de Alecensa®
ou for parceira de paciente homem que estiver fazendo uso de
Alecensa®, então você deve utilizar métodos
contraceptivos altamente eficazes durante o tratamento e pelo menos
3 (três) meses depois da última dose de Alecensa®.

Gravidez

Categoria de risco na gravidez: D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Se você estiver em idade fértil, deve evitar a gravidez enquanto
estiver recebendo Alecensa®, porque com base em seu
mecanismo de ação, Alecensa® pode causar dano ao
feto.

Se você for mulher ou parceira de paciente homem que estiver
fazendo uso de Alecensa® e ficou grávida enquanto você
ou seu parceiro recebiam Alecensa® ou 3 (três) meses
depois da última dose de Alecensa®, entre em contato com o seu
médico.

Trabalho de parto e parto

A segurança do uso de Alecensa® durante o trabalho de
parto e o parto não foi estabelecido.

Amamentação

Não se sabe se AlecensaAlecensa® é liberado no leite
materno. Como muitos medicamentos são liberados no leite materno e
devido ao potencial dano à criança, as mães não devem amamentar
enquanto estiverem recebendo Alecensa®.

Uso pediátrico (uso em crianças)

A segurança e a eficácia em crianças com idade abaixo de 18 anos
não foram estabelecidas.

Composição do Alecensa

Cada cápsula dura contém

150 mg de alectinibe (equivalente a 161,3 mg de cloridrato de
alectinibe).

Excipientes:

lactose monoidratada, laurilsulfato de sódio, carmelose cálcica,
hiprolose e estearato de magnésio.

Cápsula dura:

hipromelose, carragenina, cloreto de potássio, dióxido de
titânio, amido e cera de carnaúba.

Apresentação do Alecensa


Alecensa® 150 mg em embalagens que contém 224
cápsulas duras (4 cartuchos que contém 56 cápsulas duras cada
um).

Via oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Alecensa

O tratamento de superdose com Alecensa® deve
consistir em medidas de suporte em geral. Não há antídoto para
Alecensa®.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Alecensa

Substratos CYP (fármacos biotransformados pela enzima
CYP)

Estudos indicaram que nem alectinibe nem seu principal
metabólito (M4), ou seja, alectinibe após ser transformado pelo
metabolismo, inibem as enzimas CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP2C19 ou
CYP2D6 em níveis que interfiram na atividade de alectinibe.
Alectinibe apresenta fraco potencial de aumentar a ação das enzimas
CYP3A4 e CYP2B6 em níveis que causem algum mal ao paciente. Não é
necessário nenhum ajuste da dose durante o uso conjunto com drogas
que ativem a CYP3A. Alectinibe não tem o potencial para aumentar as
concentrações no sangue de drogas ativadoras da CYP2C8 quando
administrado juntamente.

Substratos P-gp e BCRP

Alectinibe e M4 tem comportamento de inibir a glicoproteína-P
(P-gp) e a Proteína de Resistência do Câncer de Mama (BCRP), que
são duas proteínas importantes para manter a concentração no sangue
de algumas outras drogas orais como a digoxina, dabigatrana e o
metotrexato. Dessa maneira, alectinibe pode ter o potencial para
aumentar as concentrações no sangue dessas drogas quando
administrado concomitantemente (não é esperado que o aumento da
concentração seja maior do que 2 (duas) vezes). Se o alectinibe for
administrado juntamente com essas drogas, seu médico fará um
acompanhamento apropriado.

Efeitos de outras drogas sobre alectinibe

Indutores CYP3A

Não são necessários ajustes da dose quando Alecensa®
é administrado juntamente com indutores CYP3A (por exemplo:
fenitoína, carbamazepina, rifampicina e fenobarbital).

Inibidores de CYP3A

Não é necessário nenhum ajuste de dose quando
Alecensa® é administrado juntamente com inibidores da
CYP3A (por exemplo: itraconazol, cetoconazol, claritromicina e
ritonavir).

Medicamentos que aumentam o pH gástrico

Não é necessário nenhum ajuste de dose quando Alecensa é
administrado juntamente com inibidores de bomba de prótons ou
outras drogas que elevem o pH gástrico (por exemplo: omeprazol e
pantoprazol).

Efeito dos transportadores sobre a distribuição de
alectinibe

Não houve interação de alectinibe com drogas que inibem a P-gp,
por exemplo: ciclosporina A, colchicina, tacrolimus, etoposídeo,
doxorrubicina e vimblastina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Alecensa

Resultados de Eficácia


Câncer de pulmão de não pequenas células ALK positivo em
pacientes não tratados previamente

A segurança e a eficácia de Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) foram avaliadas em um estudo clínico aberto Fase III
randomizado global (BO28984) em pacientes que apresentam CPNPC
positivo para ALK, não tratados previamente. Foi exigida
positividade no teste central realizado por imuno-histoquímica
(IHQ) Ventana anti-ALK (D5F3) para a expressão da proteína ALK de
amostras de tecidos de todos os pacientes antes da randomização
para o estudo.

No total, 303 pacientes foram incluídos no estudo Fase III,
sendo 151 pacientes randomizados para o braço crizotinibe e 152
pacientes randomizados para o braço de Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa), via oral, na dose recomendada de 600 mg duas
vezes ao dia.

ECOG (Eastern Cooperative Oncology Group [Grupo
Cooperativo Oriental de Oncologia]) PS (Performance Status
[Status de performance]) (0/1 versus 2), raça (asiática
vs. não asiática) e metástases no sistema nervoso central (SNC) no
período basal (sim versus não) foram os fatores de
estratificação para randomização. O desfecho primário do estudo foi
demonstrar a superioridade de Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) versus crizotinibe com base na sobrevida livre de
progressão (SLP) de acordo com avaliação do investigador que
utilizou os Critérios de Avaliação de Resposta em Tumores Sólidos
(RECIST) versão 1.1. Características demográficas basais e
características da doença para Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) foram idade mediana de 58 anos (54 anos para crizotinibe),
55% do sexo feminino (58% para crizotinibe), 55% não asiáticos (54%
para crizotinibe), 61% sem histórico de tabagismo (65% para
crizotinibe), 93% ECOG PS de 0 ou 1 (93% para crizotinibe), 97% com
doença em estágio IV (96% para crizotinibe), 90% de histologia com
adenocarcinoma (94% para crizotinibe), 40% com metástases no SNC no
período basal (38% para crizotinibe) e 17% que haviam recebido
radioterapia prévia para SNC (14% para crizotinibe).

O estudo atingiu seu desfecho primário na análise primária.
Dados de eficácia estão resumidos na Tabela 01 e as curvas de
Kaplan-Meier para sobrevida livre de progressão (SLP) avaliada pelo
investigador (INV) e pelo Comitê de Revisão Independente (CRI) são
mostradas nas Figuras 1 e 2.

Tabela 1. Resumo dos resultados de eficácia do estudo
BO28984:

 

Crizotinibe
N=151

Cloridrato de Alectinibe (substância ativa)
N=152

Duração da mediana de acompanhamento
(meses)

17,6
(intervalo de 0,3 – 27,0)
18,6
(intervalo de 0,5 – 29,0)

Parâmetro primário de eficácia

SLP (INV)
Número de pacientes com evento N (%) Mediana (meses)
[IC de 95%]

102 (68%)
11,1
[9,1; 13,1]
62 (41%)
NE
[17,7; NE]

RR
[IC de 95%]
Valor de p log-rank estratificado

0,47
[0,34, 0,65]
p lt;0,0001

Parâmetros secundários de eficácia

SLP (CRI) *
Número de pacientes com evento N (%) Mediana (meses)
[IC de 95%]

92 (61%)
10,4
[7,7; 14,6]
63 (41%)
25,7
[19,9; NE]

RR
[IC de 95%]
Valor de p log-rank estratificado

0,50
[0,36; 0,70]
p lt; 0,0001

Tempo até progressão no SNC (CRI) * (sem doença
progressiva sistêmica prévia**) Número de pacientes com evento N
(%)

68 (45%)18 (12%)

RR específica por causa
[IC de 95%]
Valor de p log-rank estratificado

0,16
[0,10; 0,28]
p lt; 0,0001

Incidência cumulativa em 12 meses de progressão no SNC
(CRI) %
(IC de 95%)

41,4%
[33,2; 49,4]
9,4%
[5,4; 14,7]

TRO (INV) *,***
Respondedores N (%)
[IC de 95%]

114 (75,5%)
[67,8; 82,1]
126 (82,9%)
[76,0; 88,5]

Sobrevida global*
Número de pacientes com evento N (%) *
Mediana (meses)
[IC de 95%]

40 (27%)
NE
[NE; NE]
35 (23%)
NE
[NE; NE]

RR
[IC de 95%]

0,76
[0,48; 1,20]

Duração da resposta (INV)
Mediana (meses)
IC de 95%

N=114
11,1
[7,9; 13,0]
N=126
NE
[NE; NE]

SNC-TRO em pacientes com metástases no SNC mensuráveis
no período basal
Respondedores SNC N (%)
[IC de 95%]
SNC-RC N (%)
SNC-DR, mediana (meses)
IC de 95%

N=22
11 (50,0%)
[28,2; 71,8]
1 (5%)
5,5
[2,1, 17,3]
N=21
17 (81,0%)
[58,1; 94,6]
8 (38%)
17,3
[14,8, NE]

SNC-TRO em pacientes que apresentam metástases no SNC
mensuráveis e não mensuráveis no período basal (CRI)
Respondedores SNC N (%) [IC de 95%]
SNC-RC N (%)
SNC-DR, mediana (meses)
IC de 95%.

N=58
15 (25,9%)
[15,3%; 39,0%]
5 (9%)
3,7
[3,2, 6,8]
N=64
38 (59,4%)
[46,4%; 71,5%]
29 (45%)
NE
[17,3, NE]

*Parte dos desfechos-chave secundários do teste hierárquico.
** Análise de risco concorrente de progressão para SNC, progressão
sistêmica e óbito como eventos concorrentes.
*** Dois pacientes no braço de crizotinibe e 6 pacientes no braço
de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) apresentaram RC.

IC = intervalo de confiança; SNC = sistema nervoso central; RC =
resposta completa; DR = duração da resposta.
RR = razão de risco; CRI = Comitê de Revisão Independente; INV =
investigador; NE = não estimado; TRO = taxa de resposta objetiva e
SLP = sobrevida livre de progressão.

A magnitude do benefício em SLP foi constante para pacientes que
apresentam metástases no SNC no período basal (RR=0,40, IC de 95%:
0,25 – 0,64, SLP mediana para Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) = NE, IC de 95% – 9,2-NE, SLP mediana para crizotinibe = 7,4
meses, IC de 95%: 6,6 – 9,6) e sem metástases no SNC no período
basal (RR = 0,51, IC de 95%: 0,33 – 0,80, SLP mediana para
Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) = NE, IC de 95%: NE,
SLP mediana para crizotinibe = 14,8 meses, IC de 95%:10,8-20,3),
indicando benefício de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa)
em relação a crizotinibe nos dois subgrupos.

Figura 1 – Plotagem de Kaplan-Meier de SLP avaliada pelo
investigador no estudo clínico BO28984:

Figura 2 – Plotagem de Kaplan-Meier de SLP avaliada pelo
CRI no estudo clínico BO28984:

Câncer de pulmão de não pequenas células ALK positivo em
pacientes tratados previamente com crizotinibe

A segurança e a eficácia de Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) em pacientes com CPNPC ALK positivo tratados previamente com
crizotinibe foram avaliadas em dois estudos clínicos Fase I/II
(NP28761 e NP28673). O estudo NP28761 foi um estudo Fase I/II de
braço único, multicêntrico, conduzido em pacientes com CPNPC ALK
positivo avançado que haviam progredido previamente durante
tratamento com crizotinibe. Adicionalmente ao crizotinibe, os
pacientes poderiam ter recebido tratamento prévio com
quimioterapia. No total, 87 pacientes foram incluídos na parte da
fase II do estudo e receberam Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) via oral na dose recomendada de 600 mg duas vezes ao
dia.

O desfecho primário foi avaliar a eficácia de Cloridrato de
Alectinibe (substância ativa) por taxa de resposta objetiva (TRO)
de acordo com avaliação utilizando os Critérios de Avaliação de
Resposta em Tumores Sólidos (RECIST) versão 1.1.

Os dados demográficos dos pacientes foram compatíveis com os de
uma população com CPNPC ALK positivo. As características
demográficas da população total do estudo foi 84% de brancos, 8% de
asiáticos, 55% do sexo feminino e uma mediana de idade de 54 anos.
A maioria dos pacientes não apresentava história de tabagismo
(62%). O estado de desempenho ECOG (Eastern Cooperative Oncology
Group [Grupo Cooperativo Oriental de Oncologia]) no período basal
era 0 ou 1 em 90% dos pacientes e 2 em 10% dos pacientes. No
momento da inclusão no estudo, 99% dos pacientes apresentavam
doença em estágio IV, 60% apresentavam metástases cerebrais e, em
94% dos pacientes, os tumores foram classificados como
adenocarcinoma. Entre os pacientes incluídos no estudo, 26% haviam
progredido previamente durante tratamento apenas com crizotinibe e
74% haviam progredido previamente durante tratamento com
crizotinibe e quimioterapia.

Tabela 02 – Resumo de eficácia a partir do estudo
NP28761:

NP28761
Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) 600 mg duas vezes ao
dia
N=87

Duração mediana do
acompanhamento (meses)
17
(intervalo de 1 – 29)

Parâmetros primários de eficácia

TRO (CRI) em população
RE
Respondedores N (%)
[IC de 95%]
N = 67a
35 (52,2%)
[39,7%, 64,6%]

Parâmetros secundários de eficácia

Parâmetros secundários
de eficácia
DR (CRI)
Número de pacientes com eventos N (%)
Mediana (meses)
[IC de 95%]
N = 35
20 (57,1%)
14,9
[6,9, NE]

SLP (CRI)
Número de pacientes com eventos N (%)
Duração mediana (meses)
[IC de 95%]

N = 87
58 (66,7)
8,2
[6,3, 12,6]

Parâmetros exploratórios de eficácia

TCD (CRI) em População
REb
RC+RP+DEc
[IC de 95%]
N = 67a
53 (79,1%)
[67,4%, 88,1%]

IC = intervalo de confiança; DR = duração da resposta; TCD =
taxa de controle de doença; CRI = comitê de revisão independente;
NE = não estimado; TRO = taxa de resposta objetiva; SLP = sobrevida
livre de progressão; RE = resposta passível de avaliação; RC =
resposta completa; RP = resposta parcial e DE = doença estável.

a 20 pacientes não apresentavam doença mensurável no
período basal de acordo com o CRI e não foram incluídos na
população passível de avaliação de resposta pelo CRI.
b Análise exploratória definida depois do fechamento do
banco de dados.
c TCD calculado que inclui todos os pacientes que
atingiram uma melhor resposta global (MRG) de DE (duração mínima de
cinco semanas, de acordo com a Carta do CRI).

Como mostrado na plotagem em cascata na Figura 3, a maioria dos
pacientes apresentou redução do volume tumoral em suas lesões-alvo
definidas, conforme avaliação do CRI de acordo com RECIST 1.1.

Figura 3 – Plotagem em cascata da soma dos maiores
diâmetros de lesões-alvo – melhor alteração relativa ao valor basal
sombreada pela melhor resposta global (CRI) a partir do estudo
NP28761:

MRG = melhor resposta global, DP = doença progressiva, DE =
doença estável, RP = resposta parcial e NE = não estimado.

Qualidade de vida (QoL)

Dos itens de QoL analisados (QLQ-C30 e QLQ-LC13), melhoras
clinicamente significativas (alteração relativa ao valor basal ≥ 10
pontos) foram observadas nas subescalas de Estado Geral de Saúde,
Desempenho Emocional, Desempenho Social, Fadiga e Dor.

O estudo NP28673 foi um estudo Fase I / II de braço único,
internacional, multicêntrico, conduzido em pacientes que apresentam
CPNPC ALK positivo que haviam progredido anteriormente em
tratamento com crizotinibe. Além de crizotinibe, os pacientes
poderiam ter recebido tratamento prévio com quimioterapia. No
total, 138 pacientes foram incluídos na parte da fase II do estudo
e receberam Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) via oral na
dose recomendada de 600 mg duas vezes ao dia.

O desfecho primário foi avaliar a eficácia de Cloridrato de
Alectinibe (substância ativa) por TRO de acordo com a avaliação do
CRI central que utilizou RECIST 1.1 na população geral (com e sem
exposição prévia a tratamentos quimioterápicos citotóxicos). O
desfecho coprimário foi avaliar a TRO de acordo com avaliação do
CRI central que utilizou RECIST 1.1 em pacientes que apresentam
exposição prévia a tratamentos quimioterápicos.

Os dados demográficos dos pacientes foram compatíveis com os de
uma população com CPNPC ALK positivo. As características
demográficas da população total do estudo foram: 67% brancos, 26%
asiáticos, 56% do sexo feminino e a mediana de idade foi de 52
anos. A maioria dos pacientes não apresentava história de tabagismo
(70%). O estado de desempenho ECOG no período basal era 0 ou 1 em
91% dos pacientes e 2 em 9 % dos pacientes. No momento da inclusão
no estudo, 99% dos pacientes apresentavam doença em estágio IV, 61%
apresentavam metástases cerebrais e, em 96% dos pacientes, os
tumores foram classificados como adenocarcinoma. Entre os pacientes
incluídos no estudo, 20% haviam progredido previamente durante
tratamento apenas com crizotinibe e 80% haviam progredido
previamente durante tratamento com crizotinibe e quimioterapia.

Tabela 03 – Resumo de eficácia a partir do estudo
NP28673:

NP28673
Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) 600 mg duas vezes ao
dia
N=138

Duração mediana de
acompanhamento (meses)
21
(intervalo de 1 – 30)

Parâmetros primários de eficácia

TRO (CRI) em população
RE
Respondedores N (%)
[IC de 95%]
N=122a
62 (50,8%)
[41,6%, 60,0%]

TRO (CRI) em pacientes tratados
previamente com quimioterapia
Respondedores N (%)
[IC de 95%]

N = 96
43 (44,8%)
[34,6%, 55,3%]

Parâmetros secundários de eficácia

DR (CRI)
Número de pacientes com eventos N (%)
Mediana (meses)
[IC de 95%]
N = 62
36 (58,1%)
15,2
[11,2, 24,9]

SLP (CRI)
Número de pacientes com eventos N (%)
Duração mediana (meses)
[IC de 95%]

N = 138
98 (71,0%)
8,9
[5,6, 12,8]

Parâmetro exploratório de eficácia

TCD (CRI) em população
REb
RC + RP + DEc
[IC de 95%]
N = 122a
96 (78,7%)
[70,4%, 85,6%]

IC = intervalo de confiança; DR = duração da resposta; TCD =
taxa de controle de doença; CRI = comitê de revisão independente;
NE = não estimado; TRO = taxa de resposta objetiva; SLP = sobrevida
livre de progressão; RE = resposta passível de avaliação; DE =
doença estável; RC = resposta completa e RP = resposta parcial.

a Dezesseis pacientes não apresentavam doença
mensurável no período basal de acordo com o CRI e não foram
incluídos na população passível de avaliação de resposta pelo
CRI.
b Análise exploratória definida depois do fechamento do
banco de dados.
c TCD calculada que incluiu todos os pacientes que
atingiram uma melhor resposta global (MRG) de DE (duração mínima de
cinco semanas de acordo com a Carta do CRI).

Como mostrado na plotagem em cascata na Figura 4, a maioria dos
pacientes apresentou redução do volume tumoral de suas lesões-alvo
definidas, conforme avaliação do CRI de acordo com o RECIST
1.1.

Figura 4 – Plotagem em cascata da soma dos maiores
diâmetros de lesões-alvo – melhor alteração relativa ao valor basal
sombreada pela melhor resposta global (CRI) a partir do estudo
NP28673:

MRG = melhor resposta global, DP = doença progressiva, DE =
doença estável, RP = resposta parcial, NE = não estimado.

Um resumo das análises agrupadas dos desfechos do sistema
nervoso central (SNC) baseadas em RECIST (CRI) realizadas em
pacientes que apresentam lesões do SNC mensuráveis no período basal
(N=50), incluídos na fase II do NP28761 e do NP28673, é apresentado
na tabela a seguir.

Tabela 04 – Resumo da análise agrupada para desfechos do
SNC a partir dos estudos NP28761 e NP28673:

Parâmetros do SNC (NP28761 e NP28673)

Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) 600 mg duas
vezes ao dia

Pacientes com lesões mensuráveis do SNC no período
basal

TRO SNC (CRI)
Respondedores (%)
[IC de 95%]
Resposta completa
Resposta parcial
N = 50
32 (64,0%)
[49,2%, 77,1%]
11 (22,0%)
21 (42,0%)

TCD SNC (CRI)
RC+RP+DEa
[IC de 95%]

45 (90,0%)
[78,2%, 96,7%]

SNC DR (CRI)
Número de pacientes com eventos (%)
Mediana (meses)
[IC de 95%]

N=32
18 (56,3%)
11,1
[7,6; NE]

IC = intervalo de confiança; RC = resposta completa; TCD = taxa
de controle de doença; DR = duração da resposta; CRI = comitê de
revisão independente; NE = não estimado; TRO = taxa de resposta
objetiva; RP = resposta parcial; DE = doença estável.

a TCD calculada que incluiu todos os pacientes que
atingiram uma melhor resposta global (MRG) de DE (duração mínima de
5 semanas de acordo com a Carta do CRI).

Na fase II dos estudos NP28761 e do NP28673, em 136 pacientes
incluídos, com lesões mensuráveis e/ou não mensuráveis do SNC no
período basal, a taxa de resposta completa do SNC foi de 28,7%. Uma
resposta parcial do SNC não pode ser estabelecida em lesões do SNC
não mensuráveis de acordo com RECIST. A taxa de controle da doença
no SNC foi de 86,0% [IC de 95% (79,1, 91, 4)].

Referências bibliográficas

1. Clinical Study Report NP28761:
Primary Clinical Study Report (NP28761/AF002JG) – A Phase I/II
Study of the ALK inhibitor alectinib in patients with ALK
rearranged non small cell lung cancer previously treated with
crizotinib. Lancet Oncol. 2016 Feb;17(2):234-242. doi:
10.1016/S1470-2045(15)00488-X. Epub 2015 Dec 19.
2. Clinical Study Report NP28673: Primary Clinical Study Report
(NP28673) – An open-label, non-randomized, multicenter Phase I/II
trial of RO5424802 given orally to non-small cell lung cancer
patients who have ALK mutation and who have experienced disease
progression on crizotinib. J Clin Oncol. 2016 Mar 1;34(7):661-8.
doi: 10.1200/JCO.2015.63.9443. Epub 2015 Nov 23.
3. Clinical Study Report Protocol BO28984 Report Number 1078196 –
Global randomized Phase III open label clinical trial (BO28984) in
ALK-positive NSCLC patients who were treatment naïve. N Engl J Med
2017; 377:829- 838August 31, 2017DOI:
10.1056/NEJMoa1704795.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Alecensa.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de Ação

Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) é um inibidor
altamente seletivo e potente dos receptores tirosina quinase ALK e
RET. Em estudos não clínicos, a inibição da atividade de tirosina
quinase ALK levou ao bloqueio de vias de sinalização downstream que
incluem STAT 3 e PI3K/AKT e induz morte celular tumoral
(apoptose).

Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) demonstrou atividade
in vitro e in vivo contra formas mutantes de ALK,
que incluíram mutações responsáveis pela resistência ao
crizotinibe. O principal metabólito de Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) (M4) apresentou potência e atividade semelhantes
in vitro.

Com base nos dados não clínicos, Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) não é um substrato da glicoproteína P (P-gp) ou
da Proteína de Resistência ao Câncer de Mama (BCRP), que são
transportadores de efluxo na barreira hematoencefálica, e é,
portanto, capaz de se distribuir e ser retido dentro do sistema
nervoso central. Cloridrato de Alectinibe (substância ativa)
induziu regressão tumoral em modelos não clínicos de xenoenxerto em
camundongo, o que inclui atividade antitumoral no cérebro e
sobrevida prolongada em modelos de tumor intracraniano em
animais.

Propriedades Farmacocinéticas

Os parâmetros farmacocinéticos de Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) e de seu principal metabólito ativo (M4) foram
caracterizados em pacientes que apresentam CPNPC ALK positivo e em
indivíduos saudáveis. As médias geométricas (coeficiente de
variação %) de Cmax (concentração máxima),
Cmin (concentração mínima) e ASC0-12hr (área sobre a
curva de zero a doze horas) do Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) em estado de equilíbrio foram aproximadamente 665 ng/mL
(44,3%), 572 ng/mL (47,8%) e 7430 ng*h/mL (45,7%), respectivamente.
As médias geométricas de Cmax, Cmin e
ASC0-12h em estado de equilíbrio do M4 foram aproximadamente 246
ng/mL (45,4 %), 222 ng/mL (46,6 %) e 2810 ng*h/mL (45,9 %),
respectivamente.

Absorção

Depois da administração oral de 600 mg duas vezes ao dia com
alimentos em pacientes que apresentam CPNPC ALK positivo,
Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) foi rapidamente
absorvido, atingiu Tmax depois de aproximadamente 4
(quatro) a 6 (seis) horas.

O estado de equilíbrio de Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) foi atingido em torno do Dia 7 com administração contínua da
dosagem de 600 mg duas vezes ao dia e permaneceu estável desde
então. A razão de acúmulo de médias geométricas estimada por
análise da população farmacocinética (PK) para o esquema de 600 mg
duas vezes ao dia é 5,6. A análise da população PK apoia a
proporcionalidade da dose do Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) no intervalo de doses de 300 a 900 mg com alimentos.

A biodisponibilidade absoluta do Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) foi de 36,9% (IC de 90%: 33,9%, 40,3%) com
alimentos em participantes de pesquisa saudáveis.

Após uma única administração oral de 600 mg com uma refeição
rica em gorduras e rica em calorias, a exposição aumentou em 3
vezes em relação às condições de jejum (razão de médias geométricas
[IC de 90%] de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa)
combinado e M4: Cmax: 3,31 [2,79 – 3,93], ASCinf: 3,11
[2,73 – 3,55].

Distribuição

Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) e seu principal
metabólito M4 são altamente ligados às proteínas plasmáticas
humanas (gt; 99%), independentemente da concentração da droga. A
média das taxas de concentração no sangue e no plasma humano de
Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) e M4 in vitro
é 2,64 e 2,50, respectivamente, em concentrações clinicamente
relevantes.

A média geométrica do volume de distribuição em estado de
equilíbrio (Vss) de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa)
depois de administração IV foi de 475L, que indicou extensa
distribuição para os tecidos.

Metabolismo

Estudos de metabolismo in vitro mostraram que a CYP3A4
é a principal isozima CYP mediando o Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) e seu principal metabólito, M4. Estima-se que
contribua com 40% a 50% do metabolismo de Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) nos hepatócitos humanos. Resultados do estudo de
balanço de massa humano demonstraram que Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) e M4 foram as principais moléculas circulantes
no plasma, sendo que Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) e
M4 juntos constituíram aproximadamente 76% da radioatividade total
no plasma. A média geométrica da razão metabólito/droga original em
estado de equilíbrio é de 0,399.

Eliminação

Após a administração de uma dose única de Cloridrato de
Alectinibe (substância ativa) marcado com 14C, administrado via
oral em indivíduos saudáveis, a maior parte da radioatividade foi
excretada nas fezes (recuperação média de 97,8%, intervalo de 95,6%
a 100%) com excreção mínima na urina (recuperação média de 0,46%,
intervalo de 0,30% a 0,60%). Nas fezes, 84% e 5,8% da dose foi
excretada como Cloridrato de Alectinibe (substância ativa)
inalterado ou M4, respectivamente.

Com base em uma análise de população PK, a depuração
(clearance) aparente (CL/F) de Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) foi de 81,9 L/hora.

A média geométrica da meia-vida de eliminação individual
estimada de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) foi de 32,5
horas. Os valores correspondentes para M4 foram 217 L/hora e 30,7
horas, respectivamente.

Farmacocinética em populações especiais

População pediátrica:

Não foram conduzidos estudos, a fim de investigar a
farmacocinética de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa)
nesta população.

População geriátrica:

A idade não tem um efeito sobre a exposição a Cloridrato de
Alectinibe (substância ativa).

Insuficiência renal:

Quantidades insignificantes de Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) e o metabólito ativo M4 são excretados
inalterados na urina (lt; 0,2% da dose).

Os dados obtidos em pacientes que apresentam insuficiência renal
leve e moderada mostram que a farmacocinética de Cloridrato de
Alectinibe (substância ativa) não é afetada de forma significativa
na insuficiência renal. Nenhum estudo farmacocinético formal foi
conduzido e não foi coletado nenhum dado de população PK em
pacientes que apresentam insuficiência renal grave; no entanto,
como a eliminação de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa)
através do rim é insignificante, não é necessário nenhum ajuste de
dose na insuficiência renal.

Insuficiência hepática:

Como a eliminação de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa)
dá-se predominantemente por meio do metabolismo no fígado, o
comprometimento hepático pode aumentar a concentração plasmática de
Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) e/ou de seu principal
metabólito ativo, o M4. Com base em uma análise farmacocinética
populacional, as exposições a Cloridrato de Alectinibe (substância
ativa) e M4 foram semelhantes em pacientes que apresentam
comprometimento hepático leve (bilirrubina total basal menor ou
igual a LSN e AST basal maior do que LSN ou bilirrubina total basal
maior do que 1,0 a 1,5 vez LSN e qualquer AST basal) e função
hepática normal (bilirrubina total menor ou igual a LSN e AST menor
ou igual a LSN).

Após a administração de uma dose oral única de 300 mg de
Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) em indivíduos com
insuficiência hepática moderada (Child-Pugh B), a exposição
combinada de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) e M4 foi
modestamente aumentada em comparação com indivíduos saudáveis
(relação da média geométrica [Intervalo de confiança de 90%] para
moderado / saudável; Cmax: 1,16 [0,786 – 1,72], AUCinf:
1,36 [0,947 – 1,96]). A administração de uma dose oral única de 300
mg de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) em indivíduos com
insuficiência hepática grave (Child-Pugh C) resultou num aumento
maior da exposição de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) e
M4 comparados com indivíduos saudáveis (relação da média geométrica
[intervalo de confiança de 90%] para grave / saudável:
Cmax: 0,981 [0,517 – 1,86], AUCinf: 1,76 [0,984 –
3,15]).

Nenhum ajuste de dose é requerido para Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa) em pacientes com insuficiência hepática
subjacente leve ou moderada. Pacientes com insuficiência hepática
subjacente grave devem receber uma dose de 450 mg administradas
oralmente, duas vezes ao dia (dose diária total de 900 mg).

Segurança não clínica

Carcinogenicidade:

Não foram realizados estudos de carcinogenicidade para
estabelecer o potencial carcinogênico de Cloridrato de Alectinibe
(substância ativa).

Genotoxicidade:

Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) não foi mutagênico
in vitro no ensaio de mutação reversa bacteriana (Ames),
mas induziu discreto aumento em aberrações numéricas no ensaio
citogenético in vitro que utilizou células de Pulmão de
Hamster Chinês (CHL) com ativação metabólica e micronúcleos em um
teste de micronúcleo em uma medula óssea de rato. O mecanismo da
indução de micronúcleo foi de segregação anormal de cromossomos
(aneugenicidade), e não um efeito clastogênico sobre os
cromossomos.

Comprometimento da fertilidade:

Não foram realizados estudos de fertilidade em animais para
avaliar o efeito de Cloridrato de Alectinibe (substância ativa).
Não foram observados efeitos adversos sobre órgãos reprodutivos de
machos e fêmeas em estudos de toxicologia geral conduzidos em ratos
e macacos em exposições iguais ou maiores do que 2,6 e 0,5 vezes,
respectivamente, da exposição humana com base na ASC na dose
recomendada, de 600 mg duas vezes ao dia.

Toxicidade reprodutiva:

Em estudos com animais, uma dose maternal de Cloridrato de
Alectinibe (substância ativa) equivalente a 2,7 vezes a dose humana
recomendada, de 600 mg duas vezes ao dia (com base em ASC) causou
perda embriofetal (abortamento) em coelhas prenhes. A mesma dose
equivalente administrada a ratas prenhes resultou em fetos pequenos
com ossificação retardada e discretas anormalidades dos órgãos.

Outros

Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) absorve a luz UV
entre 200 e 400 nm e demonstrou potencial fototóxico em um teste de
fotossegurança in vitro em cultura de fibroblastos murinos
depois de irradiação UVA.

Órgãos-alvo tanto em ratos quanto em macacos com exposições
clinicamente relevantes nos estudos de toxicologia de dose repetida
incluíam, entre outros, o sistema eritroide, trato gastrintestinal
e sistema hepatobiliar.

Foi observada uma morfologia eritrocitária anormal em exposições
iguais ou maiores que 10 a 60% da exposição humana por ASC na dose
recomendada. A extensão de zona proliferativa em mucosa GI nas duas
espécies foi observada em exposições iguais ou maiores do que 20% a
120% da exposição ASC humana na dose recomendada. O aumento da
fosfatase alcalina (FA) hepática e da bilirrubina direta, bem como
vacuolização/degeneração/necrose do epitélio do ducto biliar e
aumento / necrose focal de hepatócitos foi observada em ratos e/ou
macacos nas exposições iguais ou maiores do que 20% a 30% da
exposição humana por ASC na dose recomendada.

Foi observado um efeito hipotensor discreto em macacos em
exposições clinicamente relevantes próximas.

Cloridrato de Alectinibe (substância ativa) atravessou a
barreira hematoencefálica em ratos e foi retido dentro do tecido
cerebral, com uma razão de concentração entre SNC e plasma que
variou de 0,9 a 1,5, 24 horas depois da administração.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Alecensa.

Cuidados de Armazenamento do Alecensa

Alecensa® cápsulas duras deve ser conservado em
temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) e deve ser mantido dentro do
cartucho para proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de
validade vencida

O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado.
Os medicamentos não devem ser descartados no esgoto, e o descarte
em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta
local estabelecido, se disponível.

Características do medicamento

As cápsulas duras de Alecensa® apresentam coloração
branca com as inscrições “ALE” e “150 mg” em preto.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Mensagens de Alerta do Alecensa

Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações
acima. Caso não esteja seguro a respeito de determinado item, por
favor, informe ao seu médico.

Dizeres Legais do Alecensa

Reg. MS-1.0100.0668

Farm. Resp.:

Tatiana Tsiomis Díaz
CRF-RJ nº 6942

Fabricado por:

Excella GmbH amp; Co. KG, Feucht, Alemanha.
Embalado por Delpharm Milano S.R.L, Itália.

Importado por:

Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Av. Engenheiro Billings, 1729 CEP 05321-900
São Paulo/SP
CNPJ 33.009.945/0001-23
Serviço Gratuito de Informações: 0800 7720 289

Venda sob prescrição médica.

Alecensa, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.