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Agrastat

É usada também com outras medicações (p.ex., nitratos,
betabloqueadores) para interromper ou prevenir um ataque cardíaco
em pessoas com dor contínua no peito, quando os procedimentos acima
não puderem ser realizados.

A tirofibana em combinação com a heparina é indicada para
pacientes com angina instável ou infarto do miocárdio sem elevação
do seguimento ST (IMSEST) para prevenir a ocorrência de eventos
cardíacos isquêmicos.

Como o Agrastat funciona?


A tirofibana age prevenindo a agregação das plaquetas no sangue.
Quando as plaquetas aderem umas às outras elas podem formar
coágulos sanguíneos, capazes de causar obstrução dos vasos
sanguíneos que nutrem o coração, levando a um ataque cardíaco. É
uma medicação exclusiva para uso por via intravenosa.

A administração da tirofibana é feita sempre por infusão
intravenosa (IV) lenta, por um profissional de saúde, sob
supervisão direta de um médico, e em ambiente adequado para
tratamento de emergências. O medicamento promove uma inibição
plaquetária maior que 90%, trinta minutos após sua infusão. As
doses utilizadas, assim como os horários e intervalos de
administração devem ser estabelecidos unicamente pelo médico.

Contraindicação do Agrastat

Agrastat é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade
a qualquer componente do produto.

Como a inibição da agregação plaquetária aumenta o risco de
hemorragias, Agrastat é contraindicado para pacientes com
hemorragia interna ativa, histórico de hemorragia intracraniana,
neoplasia intracraniana, malformação arteriovenosa ou aneurisma e
para pacientes que desenvolveram trombocitopenia após exposição ao
Agrastat.

Como usar o Agrastat

Agrastat é usado por via intravenosa em concentrações e em
horários estabelecidos exclusivamente pelo médico, de acordo com a
avaliação clínica de cada paciente.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, doses e duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de o usar
Agrastat?


Se a sua dose for interrompida, contate o médico imediatamente
para correção do esquema posológico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião dentista.

Precauções do Agrastat

Sangramentos são as complicações mais comuns, encontradas
durante a terapia com Agrastat.

A administração de Agrastat está associada com um aumento na
incidência de sangramentos, classificados como eventos hemorrágicos
importantes e menos importantes pelos critérios desenvolvidos pelo
grupo de Estudo de Trombólise em Infarto do Miocárdio (TMI). A
maioria dos sangramentos associados ao Agrastat ocorre no sítio de
acesso arterial para cateterização. Sangramentos fatais têm sido
relatados.

Como Agrastat inibe a agregação plaquetária, deve ser usado com
precaução em pacientes sob tratamento com outros medicamentos que
afetem a hemostasia (mecanismo que mantém a fluidez do sangue pelos
vasos). A segurança de Agrastat quando usado em combinação com
agentes trombolíticos não foi estabelecida.

Durante a terapia com Agrastat os pacientes devem ser
monitorados para detecção de sangramentos. Quando o sangramento não
puder ser controlado com segurança, as infusões de Agrastat e
heparina devem ser interrompidas.

Agrastat deve ser usado com cautela nas seguintes
situações:

  • Hemorragias recentes (lt;1 ano), incluindo histórico de
    hemorragia gastrintestinal ou hemorragia geniturinária de
    significância clínica;
  • Coagulopatia conhecida, distúrbios plaquetários ou histórico de
    trombocitopenia;
  • Contagem de plaquetas lt; 150.000 células/mm3;
  • Histórico de doença cerebrovascular no ano precedente;
  • Procedimentos cirúrgicos de porte ou trauma físico grave no mês
    precedente;
  • Procedimento epidural recente;
  • Histórico, sintomas ou achados sugestivos de dissecação da
    aorta;
  • Hipertensão grave, não controlada (pressão arterial sistólica
    gt; 180 mm Hg e/ou pressão arterial diastólica gt; 110 mm Hg);
  • Pericardite aguda;
  • Retinopatia hemorrágica;
  • Hemodiálise crônica.

Gravidez:

Não há estudos adequados e bem controlados em grávidas. Agrastat
deve ser utilizado durante a gravidez somente se o benefício
potencial justificar o risco potencial para o feto.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Nutrizes (mulheres amamentando):

Não se sabe se Agrastat é excretado no leite humano. Como muitos
medicamentos são excretados no leite humano e em razão do potencial
de efeitos adversos para o lactente, deve-se optar por descontinuar
a amamentação ou o tratamento com Agrastat, levando-se em
consideração a importância do medicamento para a mãe.

Uso pediátrico:

A segurança e a eficácia em crianças não foram
estabelecidas.

Insuficiência renal grave:

Em estudos clínicos, pacientes com insuficiência renal grave,
demonstrou-se redução da depuração plasmática da tirofibana. A
posologia de Agrastat deve ser reduzida nesses pacientes.

Uso em Idosos:

Em estudos clínicos, a eficácia de Agrastat em idosos (gt; 65
anos de idade) foi comparável à observada em pacientes mais jovens
(lt; 65 anos de idade). Pacientes idosos que receberam Agrastat com
heparina ou heparina isoladamente tiveram incidência maior de
complicações hemorrágicas do que pacientes mais jovens. O
incremento do risco de hemorragia em pacientes tratados com
Agrastat em combinação com heparina sobre o risco em pacientes
tratados somente com heparina foi comparável, independentemente da
idade.

A incidência global de eventos adversos não hemorrágicos foi
maior em pacientes mais velhos (em comparação à observada em
pacientes mais jovens). Entretanto, a incidência de eventos
adversos não hemorrágicos nesses pacientes foi comparável entre os
grupos que receberam Agrastat associado à heparina e aqueles
que receberam heparina isoladamente. Não é recomendado ajuste
posológico nesse grupo de pacientes.

Reações Adversas do Agrastat

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

Quando usado concomitantemente com heparina e aspirina, o efeito
colateral desfavorável mais comum é a ocorrência de sangramentos,
geralmente de gravidade leve, de local conhecido, podendo também
ocorrer hematúria (perda de sangue na urina), hematêmese (vômito
com sangue) e hemoptise (catarro com sangue).

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Contagem de plaquetas no sangue inferior a 90.000 células/mm3 e
sangramentos de maior gravidade, requerendo transfusão sanguínea,
dor de cabeça, náusea e febre.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

Contagem de plaquetas no sangue inferior a 50.000 células/mm,
com consequente aumento de sangramentos, incluindo os de maior
gravidade.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

Reações alérgicas graves, incluindo reações anafiláticas,
geralmente no primeiro dia de infusão, durante o tratamento inicial
e durante a readministração do medicamento.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe à empresa sobre o aparecimento de reações
indesejáveis e problemas com este medicamento, entrando em contato
através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).

Composição do Agrastat

Apresentação:

Agrastat é apresentado em frasco-ampola
com:

50 mL de solução concentrada de tirofibana base para infusão
intravenosa, na concentração de 0,25 mg (250 microgramas)/ mL.

Uso por via intravenosa (após diluição).

Uso adulto.

Composição:

Princípio ativo:

Cada 1 mL de solução concentrada para infusão contém 0,281 mg
(281 microgramas) de cloridrato de tirofibana monoidratada, que é
equivalente a 0,25 mg (250 microgramas) de tirofibana base
anidra.

Excipientes:

cloreto de sódio, citrato de sódio diidratado e ácido cítrico
anidro.

O pH varia de 5,5 a 6,5 e pode ter sido ajustado com ácido
clorídrico e/ou hidróxido de sódio.

Superdosagem do Agrastat

As manifestações mais frequentemente relatadas de uso de dose de
Agrastat maior do que a indicada foram sangramentos, principalmente
mucocutâneos (p.ex., sangramento nasal) e sangramentos menores nos
locais de cateterização cardíaca.

A superdose deverá ser tratada através da avaliação da condição
do paciente e interrupção ou ajuste da infusão da droga, como
apropriado.

Exames laboratoriais e/ou médicos (p.ex., tempo de sangramento,
hemograma completo) devem ser realizados periodicamente para
monitorar o progresso da situação ou a presença de efeitos
colaterais. Agrastat pode ser removido por hemodiálise.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Em caso de intoxicação ligue para: 0800 722 6001. Se
você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação Medicamentosa do Agrastat

Agrastat foi estudado em associação com aspirina e heparina. O
uso de Agrastat em combinação com heparina e aspirina foi associado
ao aumento de sangramentos quando comparado à aspirina e à heparina
administradas isoladamente. Deve-se ter cautela quando Agrastat for
usado com outros medicamentos que afetam a hemostasia (por exemplo,
varfarina).

Em estudos clínicos, Agrastat foi utilizado concomitantemente
com betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio,
anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e preparações contendo
nitratos, sem evidência de interações adversas clinicamente
significativas.

Em um subgrupo de pacientes (n =762) no estudo PRISM (Inibição
dos Receptores Plaquetários no Controle da Síndrome Isquêmica), a
depuração plasmática de tirofibana de pacientes que receberam uma
das medicações mencionadas a seguir foi comparada à de pacientes
que não a receberam.

Não houve interações clinicamente significativas na
depuração plasmática da tirofibana com:

Acebutolol, paracetamol, alprazolam, amlodipina, preparações
contendo aspirina, atenolol, bromazepam, captopril, diazepam,
digoxina, diltiazem, docusato sódico, enalapril, furosemida,
gliburida, heparina, insulina, isossorbida, lorazepam, lovastatina,
metoclopramida, metoprolol, morfina, nifedipina, preparações
contendo nitratos, oxazepam, cloreto de potássio, propranolol,
ranitidina, sinvastatina, sucralfato e temazepam.

Os pacientes que receberam levotiroxina ou omeprazol com
Agrastat tiveram um aumento na depuração da tirofibana, no entanto
não se conhece o significado clínico deste achado.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Agrastat

Resultados da Eficácia


Estudo Prism – Plus

Foi um estudo duplo-cego, multicêntrico, controlado, que
comparou a eficácia do uso do Cloridrato de Tirofibana (substância
ativa), associado à heparina não fracionada (n=773), com a heparina
não fracionada isoladamente (n=797), em pacientes com angina
instável ou com infarto agudo do miocárdio sem onda Q (NQWMI).

Os pacientes precisavam apresentar episódios de angina
frequentes ou prolongados, ou angina pós-infarto durante as 12
horas anteriores à randomização, acompanhada de novas alterações
transitórias ou persistentes nas ondas ST-T (depressão ou elevação
ST gt; 0,1 mV; inversões da onda T gt; 0,3 mV ou elevação das
enzimas cardíacas (CPK total gt; 2 x o limite superior de
normalidade, ou elevação da fração CPK MB no momento da inscrição
(gt;5% do que o limite superior de normalidade).

Neste estudo os pacientes foram randomizados para
receberem:

  • Ou Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) por infusão IV
    em duas fases (infusão de 0,4 microgramas/kg/min, durante 30
    minutos, seguida de uma infusão de manutenção de 0,1 microgramas
    /kg/min) e heparina [5000 U em bolo, seguida de 1.000 U/h, titulada
    para manter um tempo de tromboplastina parcial ativada (APTT) de
    aproximadamente duas vezes o controle];
  • Ou heparina isoladamente (5.000 U em bolo, seguida de 1.000 U/h
    titulados para manter o APTT em 2 vezes o controle).

Todos os pacientes receberam ácido acetilsalicílico, a menos que
contraindicado; 300 – 325 mg /dia, por via oral, nas primeiras 48
horas e depois 80 – 325 mg/dia, via oral (de acordo com a
orientação do médico assistente). O estudo da droga iniciou-se nas
12 horas seguintes ao último episódio de angina. Os pacientes foram
tratados por 48 horas, após as quais foram submetidos à angiografia
e, possivelmente, angioplastia/aterectomia, se indicado, enquanto o
Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) era infundido. O
Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) foi infundido por um
período médio de 71,3 horas.

O desfecho primário do estudo foi ocorrência de isquemia
refratária, infarto do miocárdio ou morte nos sete dias que se
seguiram ao início do Cloridrato de Tirofibana (substância
ativa).

A idade média dos pacientes foi de 63 anos, sendo 32% deles
mulheres. No início, aproximadamente 58% dos pacientes tinham
depressão do segmento ST, 53% tinham inversão de onda T e 46%
tinham elevação de enzimas cardíacas.

Durante o estudo aproximadamente 90% dos pacientes foram
submetidos à angiografia, 30% à angioplastia precoce e 23% à
cirurgia precoce de bypass de artéria coronária.

No desfecho primário do estudo, houve uma redução de 32% no
risco (RR) (12,9% vs.17,9%) no grupo do Cloridrato de Tirofibana
(substância ativa) para o desfecho combinado (p=0,004). Isto
representa, aproximadamente, 50 eventos prevenidos por 1000
pacientes tratados. Os resultados do desfecho primário foram
principalmente atribuídos à ocorrência de infarto do miocárdio e a
condições de isquemia refratária.

Aos 30 dias, a RR para o desfecho combinado (morte/infarto do
miocárdio/condições de isquemia refratária/readmissões por angina
refratária) foi reduzido para 22% (18,5% vs. 22,3%; p=0,029).

Aos 6 meses, a RR do desfecho combinado (morte/infarto do
miocárdio/condições de isquemia refratária/readmissões por angina
refratária) foi reduzido para 19% (27,7% vs. 32,1%; p=0,024).

Considerando o desfecho combinado mais comum, morte ou infarto
do miocárdio, o resultado após 7 dias, 30 dias e 6 meses foram os
seguintes: em 7dias para o grupo de Cloridrato de Tirofibana
(substância ativa) foi uma RR de 43% (4,9% vs. 8,3%; p=0,006); em
30 dias a RR foi de 30% (8,7% vs. 11,9%; p=0,027) e em 6 meses a RR
foi de 23% (12,3% vs. 15,3%; p=0,063).

A redução na incidência de infarto do miocárdio em pacientes que
estavam recebendo Cloridrato de Tirofibana (substância ativa)
apareceu precocemente durante o tratamento (durante as primeiras 48
horas) e se manteve ao longo dos 6 meses seguintes, sem efeito
significativo sobre a mortalidade.

Nos 30% de pacientes que foram submetidos à
angioplastia/aterectomia durante a hospitalização inicial, houve
46% de RR (8,8% vs. 15,2%) para o desfecho primário nos primeiros
30 dias, assim como 43% de RR (5,9% vs. 10,2%) para “infarto do
miocárdio ou morte”.

Baseado em um estudo de segurança, a administração concomitante
de Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) mais enoxaparina
(n=315) foi comparada com a administração de Cloridrato de
Tirofibana (substância ativa) mais heparina não fracionada (n=210)
em pacientes que apresentavam angina instável e infarto do
miocárdio sem onda Q. Uma dose de ataque de Cloridrato de
Tirofibana (substância ativa) (0,4 microgramas/kg/min), em infusão
intravenosa, foi administrada durante 30 minutos, seguida de uma
dose de manutenção de 0,1 micrograma/kg/min por 108 horas. Os
pacientes randomizados para o grupo da enoxaparina receberam 1,0
mg/kg/subcutânea de injeção de enoxaparina a cada 12 horas, por um
período de pelo menos 24 horas e de no máximo 96 horas. Os
pacientes randomizados para o grupo da heparina não fracionada
receberam 5.000 UI IV em bolo de heparina não fracionada, seguidas
de uma infusão de 1.000 UI por hora por pelo menos 24 horas e no
máximo 108 horas. A taxa total de sangramento por trombólise em
infarto do miocárdio (TIMI) foi de 3,5% para o grupo Cloridrato de
Tirofibana (substância ativa)/enoxaparina e 4,8% para o grupo de
Cloridrato de Tirofibana (substância ativa)/heparina não
fracionada. Sangramentos cutâneos e orais foram mais frequentes nos
pacientes randomizados para o grupo da enoxaparina/Cloridrato de
Tirofibana (substância ativa), que também apresentaram mais
sangramentos no sítio do cateter. Pacientes randomizados para o
grupo da enoxaparina, que subsequentemente requereram intervenção
coronariana percutânea (PCI) foram trocados para heparina não
fracionada peri-procedimento, com a dose titulada para manter o
tempo de coagulação ativada (ACT) em 250 segundos ou mais.

Embora tenha havido diferenças significativas nas taxas de
sangramento cutâneo entre os dois grupos (29,2% no grupo da
enoxaparina (que foram convertidos para a heparina não fracionada)
e 15,2% no grupo da heparina não fracionada), não se observaram
sangramentos maiores por TIMI em ambos os grupos. A eficácia de
Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) em combinação com a
enoxaparina ainda não foi estabelecida.

Os pacientes que mais se beneficiam do tratamento com Cloridrato
de Tirofibana (substância ativa) são aqueles que apresentam risco
elevado de desenvolver um infarto do miocárdio nos 3 a 4 dias
seguintes ao início dos sintomas de angina aguda. De acordo com
dados epidemiológicos, uma incidência mais alta de eventos
cardiovasculares foi associada a certos indicadores, como, por
exemplo: idade, freqüência cardíaca ou pressão arterial alta, dor
cardíaca isquêmica recorrente ou persistente, mudanças importantes
no ECG (particularmente alterações no segmento ST), aumento das
enzimas ou marcadores cardíacos (p.ex., CK MB, troponinas) e
insuficiência cardíaca.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

A ativação, adesão e agregação plaquetária representam as etapas
iniciais, fundamentais para a formação dos trombos arteriais que se
depositam sobre as placas ateroscleróticas rompidas. A formação do
trombo é crucial na fisiopatologia das síndromes coronárias
isquêmicas agudas, como a angina instável e infarto do miocárdio,
bem como das complicações isquêmicas cardíacas após angioplastia
coronária.

Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) é um antagonista não
peptídico do receptor de glicoproteína (GP) IIb/IIIa, o principal
receptor plaquetário de superfície envolvido na agregação
plaquetária. Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) impede a
ligação do fibrinogênio ao receptor de (GP) IIb/IIIa, bloqueando,
desse modo, a ligação cruzada das plaquetas e a agregação
plaquetária.

Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) causa potente
inibição da função plaquetária, conforme demonstrado por sua
capacidade de inibir a agregação plaquetária induzida pelo
difosfato de adenosina (ADP) ex vivo e de prolongar o
tempo de sangramento em indivíduos saudáveis e pacientes com doença
arterial coronária. O tempo decorrente até a inibição corresponde
ao perfil de concentração plasmática do fármaco. Após a
descontinuação de uma infusão de Cloridrato de Tirofibana
(substância ativa), a função plaquetária rapidamente retorna aos
valores basais (de 4 a 8 horas).

A administração concomitante de uma infusão de 0,15
microgramas/kg/min de Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) e
aspirina durante 4 horas resulta previsivelmente em inibição quase
máxima da agregação plaquetária e em modesto efeito aditivo no
prolongamento do tempo de sangramento.

Em pacientes com angina instável, a administração de Cloridrato
de Tirofibana (substância ativa) por infusão intravenosa em duas
fases (infusão de 0,4 microgramas/kg/min durante 30 minutos seguida
de 0,1 microgramas/kg/min durante até 48 horas na presença de
heparina e aspirina) produz aproximadamente 90% de inibição da
agregação plaquetária induzida pelo difosfato de adenosina (ADP)
ex vivo, com prolongamento de 2,9 vezes do tempo de
sangramento durante a infusão. A inibição foi alcançada rapidamente
com a infusão durante 30 minutos e foi mantida no seu decorrer.

Em pacientes submetidos à angioplastia coronariana, a
administração de Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) por
infusão intravenosa em duas fases (infusão em bolus de 10
microgramas/kg durante 5 minutos, seguida de infusão de manutenção
de 0,15 microgramas/kg/min durante 16 a 24 horas), em combinação
com heparina e aspirina, produziu aproximadamente mais de 90% de
inibição da agregação plaquetária induzida pelo difosfato de
adenosina (ADP) ex vivo, em quase todos os pacientes. A
inibição quase máxima é atingida rapidamente com a infusão em
bolus durante 5 minutos, a qual é mantida no seu decorrer.
Após a descontinuação da infusão de Cloridrato de Tirofibana
(substância ativa), a função plaquetária retorna rapidamente aos
valores basais (de 4 a 8 horas).

Farmacocinética

Distribuição

A Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) não se liga
fortemente às proteínas plasmáticas e essa ligação é independente
da concentração na faixa de 0,01 a 25 microgramas/mL. A fração não
ligada no plasma humano é de 35%. No estado de equilíbrio, o volume
de distribuição da Cloridrato de Tirofibana (substância ativa)
varia de 22 a 42 litros. A Cloridrato de Tirofibana (substância
ativa) atravessa a barreira placentária em ratas e coelhas.

Metabolismo

O perfil da Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) marcada
com 14C na urina e nas fezes indica que a radioatividade
se deve principalmente a Cloridrato de Tirofibana (substância
ativa) inalterada (até 10 horas após a última dose). Esse achado
sugere a ocorrência de um metabolismo limitado do Cloridrato
de Tirofibana (substância ativa).

Eliminação

Após uma dose intravenosa de Cloridrato de Tirofibana
(substância ativa) marcada com 14C em indivíduos
saudáveis, 66% da radioatividade foi recuperada na urina e 23%, nas
fezes. A recuperação total da radioatividade foi de aproximadamente
91%. Tanto a excreção urinária quanto a biliar contribui
significativamente para a eliminação de Cloridrato de Tirofibana
(substância ativa).

Em indivíduos saudáveis, a depuração plasmática
de Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) varia de 213 a
314 mL/min. A depuração renal é responsável por 39% a 69% da
depuração plasmática. A meia-vida é de 1,4 a 1,8 hora. Em pacientes
com doença arterial coronária, a depuração plasmática de Cloridrato
de Tirofibana (substância ativa) varia de 152 a 267 mL/min. A
depuração renal é responsável por 39% da depuração plasmática. A
meia-vida varia de 1,9 a 2,2 horas.

A Cloridrato de Tirofibana (substância ativa) é excretada no
leite de ratas.

Cuidados de Armazenamento do Agrastat

Armazenar em temperatura ambiente entre 15 e 30°C.

Mantenha o frasco fechado, protegido da luz. Não
congelar.

O prazo de validade do medicamento, a partir da data de
fabricação, é de 24 meses.

Número do lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade
vencido.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem
original.

Depois de preparado, este medicamento sò pode ser
utilizado em 24 horas.

Aspectos físicos:

A solução de Agrastat, tanto a concentrada quanto a diluída
conforme recomendado, apresenta aspecto incolor, sendo límpida e
inodora.

Antes de usar, observe o aspecto do
medicamento.

Caso você observe alguma mudança no aspecto do
medicamento que ainda esteja no prazo de validade, consulte o
médico ou o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Agrastat

MS: 1.3764.0120.

Farm Resp.:

Dr. Anderson C. Guimarães.
CRF-ES – 2384.

Fabricado por:

Patheon Manufacturing Services LLC.
5900 Martin Luther King Jr, Highway, Greenville, Carolina do Norte,
27834 EUA.

Embalado por:

Orion Corporation.
Espoo Plant, Orionintie 1, FI-02200 Espoo, Finlândia.

Importado por:

Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.
Avenida Acesso Rodoviário, Módulo 01, Quadra 09, TIMS – Serra –
ES.
CNPJ 02.433.631/0001-20.
Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica.

Agrastat, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.