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Neural

Como o Neural funciona?

Os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a
lamotrigina age nas células nervosas inibindo a liberação de
substâncias capazes de provocar crises epiléticas
(convulsivas).

A dose a ser utilizada de lamotrigina é aumentada gradualmente
até atingir uma resposta adequada. Esse processo pode levar até
cinco semanas. A partir daí, você começa a utilizar a dose de
manutenção. Sendo assim, a lamotrigina leva cerca de 33 dias para
que a dose de manutenção atinja níveis ótimos no organismo.

Porém, isto pode variar dependendo da idade ou caso você utilize
alguns medicamentos que possam interferir na ação de
lamotrigina.

Contraindicação do Neural

Não use este medicamento se você já teve alguma reação alérgica
à lamotrigina ou a qualquer outro componente da formulação.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12
anos.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Como usar o Neural

Informe seu médico sobre qualquer outro medicamento que esteja
usando antes do início ou durante o tratamento com lamotrigina.

Sempre utilize lamotrigina comprimido conforme a orientação do
seu médico. Se você não tiver certeza sobre como utilizá-lo
pergunte ao seu médico.

Pode demorar um pouco para seu médico encontrar a melhor dose de
lamotrigina comprimido para você.

A dose vai depender de alguns fatores, tais
como

  • Sua idade e peso;
  • Se você estiver tomando lamotrigina com outros
    medicamentos;
  • Se você tiver alguma doença renal ou problema de fígado.

O seu médico irá prescrever uma dose baixa para iniciar o
tratamento e aumentar gradualmente durante algumas semanas até
atingir a dose que funciona para você (dose efetiva usual). Nunca
tome mais lamotrigina comprimido do que o seu médico lhe
prescreveu.

Tome a dose de lamotrigina uma ou duas vezes por dia conforme
recomendado pelo seu médico. O medicamento pode ser tomado com ou
sem alimentos.

O seu médico pode solicitar que você inicie ou pare de utilizar
algum medicamento dependendo da sua condição e da maneira que você
responde ao tratamento.

A lamotrigina deve ser engolida inteira, com o auxílio de um
copo com água. Não quebre, mastigue ou esmage os comprimidos de
lamotrigina.

Tome sempre a dose total que o seu médico receitou. Nunca tome
apenas uma parte de um comprimido.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Posologia

Epilepsia

Adultos e adolescentes com mais de 12 anos de
idade

A dose efetiva usual de lamotrigina comprimido está entre 100 mg
e 700 mg por dia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que eu devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Neural?

Caso você se esqueça de tomar uma única dose, tome-a assim que
você lembrar, a menos que a próxima dose deva ser tomada em menos
de 4 horas. Nesse caso, não tome a dose que você esqueceu e tome a
dose seguinte no horário normal. Nunca tome duas doses ao mesmo
tempo.

Caso haja necessidade de você parar de tomar lamotrigina, isso
deve ser feito de modo gradual. A retirada de lamotrigina não está
associada a sinais ou sintomas de abstinência.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Neural

Antes de tomar lamotrigina comprimido seu médico precisa
saber

  • Se você tiver qualquer problema nos rins ou fígado;
  • Se você já desenvolveu uma erupção cutânea depois de tomar
    lamotrigina ou outro medicamento para tratamento do transtorno
    bipolar ou da epilepsia;
  • Se você já desenvolveu meningite depois de utilizar
    lamotrigina;
  • Se você estiver utilizando outro medicamento que contém
    lamotrigina.

Informe o seu médico se alguma das situações acima se aplicar a
você. Seu médico pode considerar diminuir a dose.

Erupções cutâneas

Existem relatos de reações adversas dermatológicas que
geralmente têm ocorrido nas primeiras oito semanas após o início do
tratamento com a lamotrigina. A maioria das erupções cutâneas
(exantema) é leve. No entanto, foram relatados casos em que houve
necessidade de descontinuação de lamotrigina.

Todos os pacientes (adultos e crianças) que desenvolverem
exantema devem ser rapidamente avaliados pelo médico, e o uso da
lamotrigina, descontinuado, a menos que o exantema se mostre
claramente não relacionado ao medicamento. É recomendado que
lamotrigina não seja reiniciado caso a terapia tenha sido suspensa
por ter provocado exantema no tratamento anterior com lamotrigina,
a menos que o benefício se sobreponha ao risco.

Risco de suicídio

Sintomas de depressão e/ou transtorno bipolar podem ocorrer em
pacientes com epilepsia, e existem evidências de que os pacientes
com epilepsia e transtorno bipolar apresentam risco elevado para
suicidalidade (pensamentos suicidas).

Portanto, os pacientes devem ser monitorados para detecção de
sinais de ideação e comportamentos suicidas. Se você utiliza ou
cuida de algum paciente que utiliza lamotrigina, procure o médico
caso apareçam sinais de ideação ou comportamento suicidas.

Contraceptivos hormonais

Informe ao seu médico se você faz uso de algum contraceptivo
(anticoncepcional) hormonal. Os médicos devem fazer um
acompanhamento clínico apropriado da mulher que comece ou pare de
tomar contraceptivos hormonais durante o tratamento com
lamotrigina, uma vez que ajustes na dosagem de lamotrigina serão
necessários na maioria dos casos.

Em caso de alteração no ciclo menstrual, como sangramentos entre
os períodos, informe seu médico.

Substratos do transportador catiônico orgânico 2 (OCT
2)

A lamotrigina é uma inibidora da secreção tubular renal via
proteínas OCT 2 e a coadministração com medicamentos excretados por
esta via pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos destas
drogas (ex: dofetilida).

Diidrofolato Redutase

A lamotrigina é uma fraca inibidora de diidrofolato-redutase.
Portanto, há possibilidade de interferência com o metabolismo do
folato durante tratamentos prolongados.

Insuficiência Renal

Em estudos com dose única, em pacientes com insuficiência renal
terminal, as concentrações plasmáticas de lamotrigina não foram
significativamente alteradas.

Pacientes tratados com outras formulações contendo
lamotrigina

A lamotrigina não deve ser administrada a pacientes que estejam
sendo tratados com outras formulações contendo lamotrigina sem
recomendação médica.

Epilepsia

Não interrompa o uso de lamotrigina, pois isto pode provocar
crises epiléticas. Converse com seu médico para que ele lhe forneça
as orientações adequadas.

Testes laboratoriais

A lamotrigina pode interferir no resultado de alguns testes
laboratoriais usados para detectar drogas na urina, podendo gerar
resultados falso positivo. Se você for realizar algum teste
laboratorial, avise ao seu médico, hospital ou laboratório que está
utilizando lamotrigina.

A lamotrigina e outros medicamentos

Informe ao seu médico se você estiver utilizando, ou se utilizou
recentemente outros medicamentos, inclusive os medicamentos obtidos
sem prescrição médica.

Alguns medicamentos podem afetar o modo de ação de lamotrigina
ou aumentar a probabilidade de efeitos colaterais. A lamotrigina
também pode afetar o modo de ação de alguns medicamentos.

Estes incluem

  • Fenitoína, primidona ou fenobarbital, utilizados no tratamento
    da epilepsia;
  • Risperidona utilizada para tratamento de transtornos
    mentais;
  • Valproato e carbamazepina utilizados para tratar tanto
    epilepsia quanto os transtornos mentais;
  • Rifampicina (antibiótico);
  • Medicamentos utilizados para tratar a infecção por HIV
    (combinação de lopinavir e ritonavir ou atazanavir e
    ritonavir).
  • Hormônios contraceptivos e terapias de reposição hormonal
    (HRT).

Este medicamento contém lactose.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Neural

As reações adversas identificadas a partir de dados de estudos
clínicos para epilepsia estão descritas abaixo.

Reações adversas adicionais identificadas a partir de dados de
vigilância pós-comercialização estão incluídas na seção Dados
Pós-Comercialização. Todas as seções devem ser consultadas ao
considerar o perfil de segurança global de lamotrigina.

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

  • Dor de cabeça;
  • Erupções cutâneas (exantema).

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Agressividade;
  • Irritabilidade;
  • Cansaço;
  • Sonolência;
  • Insônia;
  • Tontura;
  • Tremor;
  • Enjoo;
  • Vômito;
  • Darreia.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Ataxia (falta de coordenação dos movimentos musculares);
  • Diplopia (visão dupla);
  • Visão turva.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Síndrome de Stevens-Johnson.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

  • Necrólise epidérmica tóxica (uma forma grave de erupção na
    pele);
  • Anormalidades hematológicas (alterações no exame de
    sangue);
  • Síndrome de hipersensibilidade (incluindo sintomas como febre,
    linfadenopatia, edema facial, anormalidades sanguíneas e do fígado,
    coagulação intravascular disseminada (CID), insuficiência múltipla
    de órgãos);
  • Tiques, alucinações, confusão;
  • Testes de função hepática aumentados (alteração nos exames do
    fígado), disfunção hepática, insuficiência hepática.

Dados pós-comercialização

Esta seção inclui as reações adversas identificadas durante
vigilância pós-comercialização. Estas devem ser consideradas junto
às observadas nos estudos clínicos para epilepsia para um perfil de
segurança global de lamotrigina.

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

  • Sonolência;
  • Ataxia (falta de coordenação dos movimentos musculares);
  • Vertigem (impressão de que tudo gira), dor de cabeça;
  • Diplopia (visão dupla), visão turva;
  • Enjoo, vômito.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Nistagmo (movimento involuntário dos olhos);
  • Tremor;
  • Insônia;
  • Diarreia.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Queda de cabelo;
  • Meningite asséptica, uma inflamação nas membranas que cobrem o
    cérebro e a medula espinhal. Os principais sintomas são: febre,
    enjoo, vômito, dor de cabeça, rigidez na nuca e extrema
    sensibilidade à luz;
  • Conjuntivite.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

  • Agitação;
  • Inconstância;
  • Distúrbios do movimento;
  • Piora da doença de Parkinson, movimentos involuntários;
  • Aumento na frequência das convulsões, pesadelos.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Neural

Gravidez e lactação

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência
do tratamento ou logo após seu término.

Informe seu médico se está amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Existem dados disponíveis sugerindo que lamotrigina pode
influenciar a capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas. Portanto, se você estiver utilizando lamotrigina,
consulte seu médico antes de iniciar estas atividades.

Composição do Neural

Cada comprimido de 25 mg contém:

Lamotrigina25 mg
Excipiente qsp1 comprimido

Excipientes:

povidona, lactose monoidratada, celulose microcristalina,
corante amarelo Damp;C Laca nº 10, corante alumínio Laca yellow
n°6, croscarmelose sódica, dióxido de silício e estearato de
magnésio.

Cada comprimido de 50 mg contém:

Lamotrigina50 mg
Excipiente qsp1 comprimido

Excipientes:

povidona, lactose monoidratada, celulose microcristalina,
corante amarelo Damp;C Laca nº 10, corante alumínio Laca n°6,
croscarmelose sódica, dióxido de silício e estearato de
magnésio.

Cada comprimido de 100 mg contém:

Lamotrigina100 mg
Excipiente qsp1 comprimido

Excipientes:

povidona, lactose monoidratada, celulose microcristalina,
corante amarelo Damp;C Laca nº 10, corantealumínio Laca n°6,
croscarmelose sódica, dióxido de silício e estearato de
magnésio.

Superdosagem do Neural

Sinais e sintomas

Foi descrita a ingestão aguda de doses de até 10 a 20 vezes a
dose terapêutica máxima, incluído casos fatais. A superdose
resultou em sintomas que incluem nistagmo, falta de coordenação dos
movimentos (ataxia), alteração no nível de consciência, epilepsia
do tipo grande mal e coma.

Alargamento do QRS (atraso da condução intraventricular) também
tem sido observado em pacientes em overdose.

Tratamento

No caso de superdose, o paciente deve ser hospitalizado para
receber tratamento sintomático e de suporte apropriados, conforme
clinicamente indicado ou recomendado pelo Centro de Controle de
Intoxicação, onde estiver disponível.

Em caso de uso de uma grande quantidade deste
medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem
ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se
você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Neural

A UDP-glicuronil transferase foi identificada como sendo a
enzima responsável pelo metabolismo da Lamotrigina (substância
ativa). Não há evidências de que a Lamotrigina (substância ativa)
cause indução ou inibição clinicamente relevante de enzimas
hepáticas de metabolização oxidativa de drogas, e as interações
entre a Lamotrigina (substância ativa) e drogas metabolizadas pelas
enzimas do citocromo P450 são improváveis.

A Lamotrigina (substância ativa) pode induzir seu próprio
metabolismo, mas o efeito é modesto e, provavelmente, não apresenta
consequências clínicas significativas.

Tabela 1: Efeito de outras drogas na glicuronidação da
Lamotrigina (substância ativa)

Drogas que inibem significativamente a
glicuronidação da Lamotrigina

Drogas que induzem significativamente a
glicuronidação da lamotr

Drogas que não inibem nem induzem significativamente a
glicuronidação da Lamotrigina

Valproato

Carbamazepina, fenitoína, primidona, fenobarbitona,
rifampicina, lopinavir/ritonavir, atazanavir/ritonavir*

Associação de
etinilestradiol/levonorgestrel**

Lítio, bupropiona,
olanzapina, oxcarbazepina, felbamato, gapabentina, levetiracetam,
pregabalina, topiramato, zonisamida, aripripazol

*Para orientações de dosagem.
**Outros contraceptivos orais e terapias de reposição hormonal não
foram estudados, embora possam afetar os parâmetros
farmacocinéticos de forma similar.

Interações envolvendo drogas antiepilépticas –
DAEs 

O valproato, que inibe a glicuronidação da Lamotrigina
(substância ativa), reduz o metabolismo e aumenta a meia-vida
média da Lamotrigina (substância ativa) em cerca de duas vezes.

Alguns agentes antiepiléticos (como fenitoína, carbamazepina,
fenobarbital e primidona), que induzem as enzimas hepáticas de
metabolização de drogas, induzem a glicuronidação da
Lamotrigina (substância ativa), aumentando seu metabolismo.

Há relatos de eventos em nível do sistema nervoso central –
incluindo vertigem, ataxia, diplopia, visão turva e náuseas – em
pacientes recebendo carbamazepina após a introdução de
Lamotrigina (substância ativa). Esses eventos são normalmente
resolvidos quando a dose de carbamazepina é reduzida. Efeito
similar foi observado durante estudo com oxcarbazepina e
Lamotrigina (substância ativa) em voluntários adultos saudáveis,
mas a redução da dose não foi investigada.

Em estudo com voluntários adultos saudáveis, utilizando doses de
200mg de Lamotrigina (substância ativa) e 1.200mg de oxcarbazepina,
observou-se que a oxcarbazepina não altera o metabolismo da
Lamotrigina (substância ativa) e a Lamotrigina (substância ativa)
não altera o metabolismo da oxcarbazepina.

Em estudo com voluntários sadios, a coadministração de felbamato
(1.200mg, duas vezes ao dia) e Lamotrigina (substância ativa)
(100mg, duas vezes ao dia, por 10 dias) não demonstrou
ter efeitos clínicos relevantes na farmacocinética da
Lamotrigina (substância ativa).

Baseado nas análises retrospectivas dos níveis plasmáticos em
pacientes que recebiam Lamotrigina (substância ativa) isolada ou
juntamente com gabapentina, o clearance da Lamotrigina
(substância ativa) não pareceu ser alterado pela
gabapentina.

Interações potenciais entre levetiracetam e Lamotrigina
(substância ativa) foram pesquisadas avaliando-se as concentrações
séricas de ambos agentes durante estudo clínico
placebo-controlado. 

Os dados indicaram que a Lamotrigina (substância ativa) não
influencia a farmacocinética do levetiracetam, e o levetiracetam
não afeta a farmacocinética da Lamotrigina (substância ativa).

O estado de equilíbrio das concentrações plasmáticas de
Lamotrigina (substância ativa) não foi afetado pela administração
concomitante com pregabalina (200mg, três vezes ao dia).
Não existem interações farmacocinéticas entre Lamotrigina
(substância ativa) e pregabalina.

O topiramato não alterou as concentrações plasmáticas de
Lamotrigina (substância ativa), enquanto foi observado aumento de
15% nas concentrações de topiramato.

Em estudo com pacientes com epilepsia, a coadministração de
zonisamida (200 a 400mg/dia) com Lamotrigina (substância ativa)
(150 a 500mg/dia) durante 35 dias não teve
efeito significativo na farmacocinética da Lamotrigina
(substância ativa).

Apesar de terem sido reportadas alterações nas concentrações
plasmáticas com outras drogas antiepiléticas, estudos controlados
não demonstraram evidências de que a Lamotrigina (substância
ativa) afete as concentrações plasmáticas de drogas antiepiléticas
quando administradas concomitantemente. Evidências de estudos
in vitro indicaram que a Lamotrigina (substância
ativa) não altera a ligação de outras drogas antiepiléticas às
proteínas.

Interações envolvendo outros agentes
psicoativos

A farmacocinética do lítio, após a administração de 2g de
gliconato de lítio anidro, duas vezes ao dia, durante seis
dias, a 20 indivíduos saudáveis, não foi alterada
pela administração concomitante de 100mg/dia de Lamotrigina
(substância ativa).

Múltiplas doses orais de bupropiona não tiveram efeitos
estatisticamente significativos na farmacocinética de dose única de
Lamotrigina (substância ativa) em 12 indivíduos e houve somente
um leve aumento na área sob a curva (AUC) do metabólito
glicuronídeo de Lamotrigina (substância ativa).

Em estudo com voluntários adultos saudáveis, 15mg de olanzapina
reduziu a área sob a curva (AUC) e a concentração máxima
(Cmáx) da Lamotrigina (substância ativa) numa média de
24% e 20%, respectivamente. Em geral, espera-se que um efeito
dessa magnitude não seja clinicamente relevante. A Lamotrigina
(substância ativa), em doses de 200mg, não afetou a farmacocinética
da olanzapina.

Doses múltiplas orais de Lamotrigina (substância ativa)
(400mg/dia) não tiveram efeito clínico significativo na
farmacocinética de uma única dose de 2mg de risperidona em
14 voluntários adultos saudáveis. Após a coadministração de
risperidona 2mg com Lamotrigina (substância ativa), 12 dos 14
voluntários apresentaram sonolência, comparado a 1(um) de 20,
quando tomaram risperidona isoladamente, e nenhum, quando
Lamotrigina (substância ativa) foi administrado
isoladamente.

Em um estudo com 18 pacientes adultos com transtorno bipolar I,
que receberam um esquema estabelecido de Lamotrigina (substância
ativa) (gt; / = 100mg / dia), doses de aripiprazol
foram aumentadas de 10mg / dia para uma dose alvo de 30mg /
dia ao longo de um período de 7 dias e continuadas uma vez ao dia
por mais 7 dias. Uma redução média de cerca de 10% na
Cmáx e AUC da Lamotrigina (substância ativa) foi
observada. Não se espera que um efeito dessa magnitude tenha
alguma consequência clínica. 

Experimentos de inibição in vitro indicaram que a
formação do metabólito primário da Lamotrigina (substância ativa),
o 2-N-glicuronídeo, foi minimamente afetada pela coincubação
com amitriptilina, bupropiona, clonazepam, fluoxetina,
haloperidol ou lorazepam.

Dados sobre o metabolismo do bufuralol, obtidos de microssoma
hepático humano, sugeriram que a Lamotrigina (substância ativa) não
reduz o clearance das drogas eliminadas predominantemente
pelo CYP2D6. Resultados de experimentos in vitro
também sugerem que é improvável que o clearance da
Lamotrigina (substância ativa) seja afetado pela clozapina,
fenelzina, risperidona, sertralina ou trazodona.

Interações com contraceptivos hormonais

Efeito de contraceptivos hormonais na famacocinética da
Lamotrigina (substância ativa)

Em um estudo com 16 voluntárias, verificou-se que o uso de
contraceptivo contendo 30mcg de etinilestradiol e 150mcg de
levonorgestrel associados causou aumento no clearance
oral da Lamotrigina (substância ativa) em aproximadamente duas
vezes resultando numa redução média de 52% e 39% na área sob a
curva (AUC) e Cmáx, respectivamente. As concentrações
séricas da Lamotrigina (substância ativa) aumentaram gradualmente
durante o curso de uma semana de medicação inativa (por exemplo,
uma semana sem contraceptivo), com concentrações pré-dose ao
final da semana de medicação inativa sendo, em média,
aproximadamente duas vezes mais altas que durante a coterapia.

Efeito da Lamotrigina (substância ativa) na
farmacocinética dos contraceptivos hormonais:

Em um estudo com 16 voluntárias, a dose de equilíbrio de 300mg
de Lamotrigina (substância ativa) não afetou a farmacocinética do
componente etinilestradiol na medicação associada. Um modesto
aumento no clearance oral do componente levonorgestrel foi
observado, resultando numa redução média de 19% e 12% na área sob a
curva (AUC) e Cmáx do levonorgestrel,
respectivamente.

Medidas das concentrações séricas de FSH, LH e estradiol durante
o estudo indicaram certa perda da supressão da atividade
hormonal ovariana em algumas mulheres, embora a medida da
progesterona sérica tenha indicado que não houve evidência hormonal
de ovulação em nenhuma das 16 voluntárias. O impacto do
modesto aumento do clearance do levonorgestrel e das
alterações das concentrações séricas de FSH e LH na atividade
ovulatória é desconhecido. O efeito de doses diferentes de
300mg/dia de Lamotrigina (substância ativa) não foi estudado, e
estudos com outras formulações hormonais femininas não
foram conduzidos.

Interações envolvendo outras medicações

Em um estudo com 10 voluntários do sexo masculino, verificou-se
que a rifampicina aumentou o clearance e diminuiu a
meia-vida da Lamotrigina (substância ativa) pela indução das
enzimas hepáticas responsáveis pela glicuronidação.

Em pacientes recebendo terapia concomitante com rifampicina,
deve-se empregar o regime de tratamento recomendado para a
Lamotrigina (substância ativa) e indutores de
glicuronidação competitivos.

Em estudo com voluntários saudáveis, lopinavir/ritonavir reduziu
aproximadamente pela metade as concentrações plasmáticas de
Lamotrigina (substância ativa), provavelmente pela indução da
glicuronidação. Em pacientes recebendo terapia concomitante com
lopinavir/ritonavir, o regime de tratamento recomendado para
Lamotrigina (substância ativa) e indutores da glicuronidação deve
ser considerado. 

Em um estudo com voluntários adultos sadios,
atazanavir/ritonavir (300mg/100mg) reduziu a área sob a curva (AUC)
e a Cmáx de Lamotrigina (substância ativa) (dose única
de 100mg) em uma média de 32% e 6%, respectivamente.

Os dados da avaliação in vitro do efeito da Lamotrigina
(substância ativa) no OCT 2 demonstram que Lamotrigina (substância
ativa), mas não o metabótito N (2)-glucuronídeo, é um inibidor de
OCT 2 em concentrações potencialmente relevantes clinicamente.
Estes dados demonstram que a Lamotrigina (substância ativa) é um
inibidor mais potente de OCT 2 que a cimetidina, com valores IC50
de 53,8 μM e 186 μM , respectivamente.

Ação da Substância Neural

Resultados de Eficácia


Três estudos com nível de evidência A avaliaram a eficácia e
tolerabilidade da Lamotrigina (substância ativa) em pacientes
diagnosticados com epilepsia generalizada e parcial.
O primeiro destes estudos avaliou 260 pacientes que foram
randomizados para receber Lamotrigina (substância ativa) ou
carbamazepina. O resultado obtido para epilepsia parcial,
considerando pacientes livres de crises convulsivas no período
de 24 semanas após a titulação do tratamento, foi de 48% dos
pacientes tratados com Lamotrigina (substância ativa) e 51%
daqueles tratados com carbamazepina.

No grupo com epilepsia generalizada os resultados foram
respectivamente, 78% e 76%[1]. O segundo destes estudos utilizou
desenho semelhante, porém entre pacientes idosos e, à
semelhança do estudo anterior, não reportou diferenças de
eficácia significativas entre Lamotrigina (substância ativa) e
carbamazepina[2].

O terceiro estudo comparativo entre Lamotrigina (substância
ativa) e fenitoína com desenho semelhante aos anteriores
também não demonstrou diferença significativa entre os grupos com
relação ao controle das crises, com 43% dos pacientes no grupo
Lamotrigina (substância ativa) e 36% no grupo fenitoína
permanecendo livres de crises nas 24 semanas de
acompanhamento[3].

Referências:

[1] BRODIE, MJ. et al. Double-blind
comparison of lamotrigine and carbamazepine in newly diagnosed
epilepsy. UK Lamotrigine/Carbamazepine Monotherapy Trial Group.
Lancet, 345(8948): 476-479, 1995.
[2] BRODIE, MJ. et al. Multicentre, double-blind, randomised
comparison between lamotrigine and carbamazepine in elderly
patients with newly diagnosed epilepsy. The UK Lamotrigine Elderly
Study Group, 37(1):81-7, 1999.
[3] STEINER TJ. et al. Lamotrigine monotherapy in newly diagnosed
untreated epilepsy: a double-blind comparison with phenytoin.
Epilepsia, 40(5):601-7, 1999.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Modo de ação

Os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a
Lamotrigina (substância ativa) age nos canais de sódio sensíveis à
diferença de potencial (ddp), estabilizando as membranas neuronais
e inibindo a liberação de neurotransmissores, principalmente de
glutamato, um aminoácido excitatório que desempenha papel-chave no
desencadeamento de crises epiléticas.

Farmacodinâmica

Em testes destinados a avaliar os efeitos de drogas sobre o
sistema nervoso central, usando-se doses de 240mg de Lamotrigina
(substância ativa) administradas a voluntários adultos sadios, os
resultados não diferiram daqueles obtidos com o placebo, ao passo
que 1.000mg de fenitoína e 10mg de diazepam comprometeram
significativamente a boa coordenação motora visual e os movimentos
oculares, aumentaram a instabilidade corporal e produziram efeitos
sedativos subjetivos.

Em outro estudo, doses orais únicas de 600mg de carbamazepina
comprometeram significativamente a boa coordenação motora visual e
os movimentos oculares, ao mesmo tempo em que aumentaram a
instabilidade corporal e a frequência cardíaca, enquanto os
resultados com a Lamotrigina (substância ativa), em doses de 150mg
e 300mg, não diferiram daqueles com o placebo.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

A Lamotrigina (substância ativa) é rapidamente e completamente
absorvida pelo intestino, sem metabolismo significativo de primeira
passagem. O pico de concentração plasmática ocorre aproximadamente
2,5 horas após a administração oral da droga. O tempo necessário
para que se atinja a concentração máxima é discretamente retardado
após alimentação, porém a extensão da absorção não é afetada. O
perfil farmacocinético é linear até 450mg, a mais alta dose única
testada. Há variação considerável das concentrações máximas no
estado de equilíbrio entre indivíduos, mas, em um mesmo indivíduo,
esta concentração raramente varia.

Distribuição

A Lamotrigina (substância ativa) apresenta ligação de 55% às
proteínas plasmáticas, e é muito improvável que seu deslocamento
das proteínas resulte em toxicidade. Seu volume de distribuição é
de 0,92 a 1,22L/kg.

Metabolismo

UDP-glicuronil transferases têm sido identificadas como as
enzimas responsáveis pelo metabolismo da Lamotrigina (substância
ativa).

A Lamotrigina (substância ativa) induz discretamente seu próprio
metabolismo, dependendo da dose. Entretanto, não existem evidências
de que a Lamotrigina (substância ativa) afete a farmacocinética de
outras drogas antiepiléticas, e os dados sugerem que são pouco
prováveis as interações entre a Lamotrigina (substância ativa) e as
drogas metabolizadas pelas enzimas do citocromo P450.

Eliminação

O clearance (depuração) médio em adultos saudáveis, no
estado de equilíbrio, é de 39 ± 14mL/min. O clearance da
Lamotrigina (substância ativa) é primariamente metabólico, com
eliminação subsequente na urina do material conjugado com
glicuronídeo.

Menos de 10% da Lamotrigina (substância ativa) são excretados
pela urina na forma inalterada. Apenas 2% de substâncias
relacionadas à droga são excretados nas fezes.
clearance e a meia-vida são independentes da dose.
A meia-vida de eliminação média em adultos saudáveis é de 24 a
35 horas.

Em um estudo com indivíduos afetados pela Síndrome de Gilbert, o
clearance médio aparente foi reduzido em 32% quando
comparado com os controles normais. Porém, os valores estão
dentro da faixa da população em geral.

A meia-vida da Lamotrigina (substância ativa) é
significativamente afetada por medicação concomitante.

A meia-vida média é reduzida para aproximadamente 14 horas
quando a Lamotrigina (substância ativa) é administrada com drogas
indutoras de glicuronidação, tais como carbamazepina
e fenitoína, e é aumentada para uma média de aproximadamente
70 horas quando coadministrada com valproato.

Populações de pacientes especiais

Crianças

O clearance ajustado ao peso corporal é maior em
crianças do que em adultos, com valores mais altos em crianças
abaixo de 5 anos. A meia-vida da Lamotrigina (substância
ativa) é, geralmente, menor em crianças do que em adultos, com um
valor médio de aproximadamente 7 horas, quando administrada
juntamente com drogas indutoras enzimáticas, tais como
carbamazepina e fenitoína. A meia-vida da Lamotrigina (substância
ativa) é aumentada para um valor médio de 45 a 50 horas quando
coadministrada com valproato.

Idosos

Resultados da análise farmacocinética de uma população,
incluindo pacientes jovens e idosos com epilepsia envolvidos
nos mesmos testes, indicaram que o clearance da
Lamotrigina (substância ativa) não se altera de modo clinicamente
relevante. Após a administração de doses únicas isoladas, o
clearance aparente decresceu em 12%, de 35mL/min
em pacientes com 20 anos para 31mL/min em pacientes com 70
anos. O decréscimo após 48 semanas de tratamento foi de 10%,
de 41 para 37mL/min entre grupos jovens e idosos.

Adicionalmente, a farmacocinética da Lamotrigina (substância
ativa) foi estudada em 12 indivíduos idosos saudáveis, após dose
única de 150mg. O clearance médio nestes
idosos (0,39mL/min/kg) encontrou-se dentro da faixa dos
valores médios de clearance (0,31 a 0,65mL/min/kg)
obtidos em nove estudos com adultos não idosos depois de dose
única de 30 a 450mg.

Pacientes com insuficiência renal

Em estudo com 12 voluntários com insuficiência renal crônica e
outros seis indivíduos passando por hemodiálise em que cada um fez
uso de dose única de Lamotrigina (substância ativa) de 100mg, a
média do CL/F foi de 0,42mL/min/kg (insuficiência renal
crônica), 0,33mL/min/kg (entre as sessões de hemodiálise),
e 1,57mL/min/kg (durante a hemodiálise) comparada a
0,58mL/min/kg em voluntários sadios.

A média de meia-vida plasmática foi de 42,9 h (insuficiência
renal crônica), 57,4 h (entre as sessões de hemodiálise) e 13 h
(durante a hemodiálise), comparada a 26,2h em voluntários
sadios. Considerando a média, aproximadamente 20% (entre 5,6% e
35,1%) da quantidade de Lamotrigina (substância ativa)
presente no corpo foram eliminados durante quatro horas de
hemodiálise.

Para esta população, doses iniciais de Lamotrigina (substância
ativa) devem ser baseadas em pacientes em uso de drogas
antiepiléticas.

Doses reduzidas de manutenção podem ser efetivas para pacientes
com significativa falha da função renal.

Pacientes com insuficiência hepática

Um estudo farmacocinético com dose única envolveu 24 pacientes
com diferentes graus de insuficiência hepática e 12
indivíduos saudáveis como controle. O clearance
mediano aparente da Lamotrigina (substância ativa) foi 0,31; 0,24
ou 0,10mL/min/kg em pacientes com insuficiência hepática de grau A,
B ou C (Classificação Child-Pugh), respectivamente,
comparado a 0,34mL/min/kg nos indivíduos-controle saudáveis.
As doses iniciais, de escalonamento e manutenção geralmente devem
ser reduzidos em 50% em pacientes com insuficiência
hepática moderada (Child-Pugh B) e 75% na
insuficiência hepática grave (Child-Pugh C). O
escalonamento e a manutenção da dose devem ser ajustados de acordo
com a resposta clínica do paciente.

Cuidados de Armazenamento do Neural

Mantenha o produto na embalagem original, em temperatura
ambiente (entre 15°C e 30°C), proteger da luz e umidade.

O prazo de validade do medicamento é 36 meses a partir da data
de fabricação impressa na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos/características
organolépticas

25 mg

Os comprimidos de Neural 25 mg são biconvexos, de cor amarela e
sulcados.

50 mg

Os comprimidos de Neural 50 mg são planos, de cor amarela e
sulcados.

100 mg

Os comprimidos de Neural 100 mg são planos, de cor amarela e
sulcados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Neural

MS N.º 1.0298.0295

Farm. Resp.:

Dr. José Carlos Módolo
CRF-SP Nº 10.446

Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos
Ltda.

Rod. Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira – SP
CNPJ Nº 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira

SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente):

0800 701 19 18

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

Neural, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.