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Mirador

– Como analgésico e antiespasmódico em estados espásticos
dolorosos e cólicas do trato gastrintestinal, das vias biliares,
urinárias e do aparelho genital feminino, dismenorréia.
Tratamento de diversos tipos de dor de cabeça ou dor tipo
cólica.

Contraindicação do Mirador

Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Gravidez e lactação.
Crianças menores de 3 meses de idade ou peso inferior a 5 kg não
devem ser tratadas com dipirona.
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Gravidez e lactação.
Crianças menores de 3 meses de idade ou peso inferior a 5 kg não
devem ser tratadas com dipirona.
– O produto não deve ser administrado em pacientes com doençs
metabólicas como porfiria e anemia hemolítica.
– É contra indicado durante o período de gravidez (principalmente
durante os três primeiros meses) ou durante período de
amamentação.
– Nas crises hipertensivas.
– Hipersensibilidade e intolerância à dipirona ou aos demais
componentes da fórmula do produto.
– Presença de discrasias sangüíneas ou de determinadas doenças
metabólicas, como a porfiria.
– Crianças com menos de 1 ano, devido à possibilidade de
interferência com a função renal.
– Gravidez.
– Lactação.

Como usar o Mirador

Comprimidos 1000 mg:

– Adultos e adolescentes acima de 15 anos: ½ a 1 comprimido até
4 vezes ao dia.

Comprimidos 500 mg

– Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 1 a 2 comprimidos até
4 vezes ao dia.

Solução oral (gotas): Cada 1 mL = 20 gotas

– Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 20 a 40 gotas em
administração única ou até o máximo de 40 gotas 4 vezes ao dia.

Crianças:

– 5 a 8 kg (3 a 11 meses): 2 a 5 gotas.

– 9 a 15 kg (1 a 3 anos): 3 a 10 gotas.

– 16 a 23 kg (4 a 6 anos): 5 a 15 gotas.

– 24 a 30 kg (7 a 9 anos): 8 a 20 gotas.

– 31 a 45 kg (10 a 12 anos): 10 a 30 gotas.

– 46 a 53 kg (13 a 14 anos): 15 a 35 gotas.

Solução oral:

– Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 10 a 20 mL em
administração única ou até o máximo de 20 mL, 4 vezes ao dia.

– Crianças: 10 mg por kg de peso corporal, até 4 doses por
dia.

Injetável: 500 a 700 mg por dose, até 4 doses por dia.

Supositórios: 1000 mg por dose, até 3 vezes ao dia.

Precauções do Mirador

Agranulocitose

Induzida pela Dipirona monoidratada (substância ativa) é uma
casualidade de origem imunoalérgica, durável por pelo menos 1
semana. Embora essa reação seja muito rara, pode ser grave que
implique em risco à vida, podendo ser fatal. Não é dose-dependente
e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Todos os
pacientes devem ser advertidos a interromper o uso da medicação e
consultar seu médico imediatamente se alguns dos seguintes sinais
ou sintomas, possivelmente relacionados a neutropenia, ocorrerem:
febre, calafrios, dor de garganta, ulceração na cavidade oral. Em
caso de ocorrência de neutropenia (menos de 1500
neutrófilos/mm3) o tratamento deve ser imediatamente
descontinuado e a contagem sanguínea completa deve ser urgentemente
controlada e monitorada até retornar aos níveis normais.

Pancitopenia

Em caso de pancitopenia o tratamento deve ser imediatamente
descontinuado e uma completa monitorização sanguínea deve ser
realizada até normalização dos valores. Todos os pacientes devem
ser aconselhados a procurar atendimento médico imediato se
desenvolverem sinais e sintomas sugestivos de discrasias do sangue
(mal estar geral p. ex., infecção, febre persistente, nódoas
negras, sangramento, palidez) durante o uso de medicamentos
contendo Dipirona monoidratada (substância ativa).

Choque anafilático

Essa reação ocorre principalmente em pacientes sensíveis.
Portanto, a Dipirona monoidratada (substância ativa) deve ser usada
com cautela em pacientes que apresentem alergia atópica ou
asma.

Reações cutâneas graves

Reações cutâneas com risco à vida, como síndrome de
Stevens-Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) têm sido
relatadas com o uso de Dipirona monoidratada (substância ativa). Se
desenvolverem sinais ou sintomas de SSJ ou NET (tais como exantema
progressivo muitas vezes com bolhas ou lesões da mucosa), o
tratamento com a Dipirona monoidratada (substância ativa) deve ser
descontinuado imediatamente e não deve ser retomado. Os pacientes
devem ser avisados dos sinais e sintomas e acompanhados de perto
para reações de pele, particularmente nas primeiras semanas de
tratamento.

Reações anafiláticas/anafilactoides

Em particular, os seguintes pacientes apresentam risco
especial para possíveis reações anafiláticas graves relacionadas à
Dipirona monoidratada (substância ativa):

  • Pacientes com asma brônquica, particularmente aqueles com
    rinossinusite poliposa concomitante;
  • Pacientes com urticária crônica;
  • Pacientes com intolerância ao álcool, por exemplo, pacientes
    que reagem até mesmo a pequenas quantidades de bebidas alcoólicas,
    apresentando sintomas como espirros, lacrimejamento e rubor
    pronunciado da face. A intolerância ao álcool pode ser indicativa
    da síndrome de asma analgésica prévia não diagnosticada;
  • Pacientes com intolerância a corantes (ex. tartrazina) ou a
    conservantes (ex. benzoatos).

Antes da administração de Dipirona monoidratada (substância
ativa) monoidratada, os pacientes devem ser questionados
especificamente. Em pacientes que estão sob risco potencial para
reações anafiláticas, a Dipirona monoidratada (substância ativa)
monoidratada só deve ser administrada após cuidadosa avaliação dos
possíveis riscos em relação aos benefícios esperados. Se a Dipirona
monoidratada (substância ativa) monoidratada for administrada em
tais circunstâncias, é requerido que seja realizada sob supervisão
médica e em locais onde recursos para tratamento de emergência
estejam disponíveis.

Os pacientes que apresentaram uma reação anafilática ou outra
reação imunológica a outras pirazolidas, pirazolidinas e outros
analgésicos não narcóticos, também apresentam risco alto de
responder de forma semelhante à Dipirona monoidratada (substância
ativa) monoidratada.

Reações hipotensivas isoladas

A administração de Dipirona monoidratada (substância ativa) pode
causar reações hipotensivas isoladas. Essas reações são
possivelmente dose-dependentes e ocorrem com maior probabilidade
após administração parenteral.

Para evitar as reações hipotensivas graves desse
tipo:

  • Reverter a hemodinâmica em pacientes com hipotensão
    preexistente, em pacientes com redução dos fluidos corpóreos ou
    desidratação, ou com instabilidade circulatória ou com
    insuficiência circulatória incipiente;
  • Deve-se ter cautela em pacientes com febre alta.

Nestes pacientes, a Dipirona monoidratada (substância ativa)
deve ser utilizada com extrema cautela e a administração da
Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratda em tais
circunstâncias deve ser realizada sob cuidadosa supervisão médica.
Podem ser necessárias medidas preventivas (como estabilização da
circulação) para reduzir o risco de reação hipotensiva.

A Dipirona monoidratada (substância ativa) só deve ser utilizada
sob cuidadoso monitoramento hemodinâmico em pacientes nos quais a
diminuição da pressão sanguínea deve ser evitada, tais como
pacientes com doença cardíaca coronariana severa ou estenose dos
vasos sanguíneos que irrigam o cérebro.

Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se
que o uso de altas doses de Dipirona monoidratada (substância
ativa) seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida
nestes pacientes.

Gravidez

A Dipirona monoidratada (substância ativa) atravessa a barreira
placentária. Não existem evidências de que o medicamento seja
prejudicial ao feto: a Dipirona monoidratada (substância ativa) não
apresentou efeitos teratogênicos em ratos e coelhos, e
fetotoxicidade foi observada apenas com doses muito elevadas que
foram tóxicas as mães. Entretanto, não existem dados clínicos
suficientes sobre o uso de Dipirona monoidratada (substância ativa)
durante a gravidez. Recomenda-se não utilizar Dipirona monoidratada
(substância ativa) durante os primeiros 3 meses da gravidez.

Durante o segundo trimestre da gravidez só deve ocorrer o uso de
Dipirona monoidratada (substância ativa) após cuidadosa avaliação
do potencial risco/benefício pelo médico. Dipirona monoidratada
(substância ativa) não deve ser utilizada durante os 3 últimos
meses da gravidez, uma vez que, embora a Dipirona monoidratada
(substância ativa) seja uma fraca inibidora da síntese de
prostaglandinas, a possibilidade de fechamento prematuro do ducto
arterial e de complicações perinatais devido ao prejuízo da
agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido não pode ser
excluída.

Lactação

Os metabólitos da Dipirona monoidratada (substância ativa) são
excretados no leite materno. A lactação deve ser evitada durante e
por até 48 horas após a administração de Dipirona monoidratada
(substância ativa).

Pacientes idosos

Deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal
estarem prejudicadas.

Crianças

Menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem
ser tratadas com Dipirona monoidratada (substância ativa). A
Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratada comprimidos
não é recomendada para menores de 15 anos.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Para as doses recomendadas, nenhum efeito adverso na habilidade
de se concentrar e reagir é conhecido. Entretanto, pelo menos com
doses elevadas, deve-se levar em consideração que as habilidades
para se concentrar e reagir podem estar prejudicadas, constituindo
risco em situações onde estas habilidades são de importância
especial (por exemplo, operar carros ou máquinas), especialmente
quando álcool foi consumido.

Sensibilidade cruzada

Pacientes que apresentam reações anafilactoides à Dipirona
monoidratada (substância ativa) podem apresentar um risco especial
para reações semelhantes a outros analgésicos não narcóticos.

Pacientes que apresentam reações anafiláticas ou outras
imunologicamente-mediadas, ou seja, reações alérgicas (ex.
agranulocitose) à Dipirona monoidratada (substância ativa) podem
apresentar um risco especial para reações semelhantes a outras
pirazolonas ou pirazolidinas.

Reações Adversas do Mirador

As frequências das reações adversas estão listadas a
seguir de acordo com a seguinte convenção:

  • Reação muito comum (gt; 1/10);
  • Reação comum (gt; 1/100 e lt; 1/10);
  • Reação incomum (gt; 1/1.000 e lt; 1/100);
  • Reação rara (gt; 1/10.000 e lt; 1/1.000);
  • Reação muito rara (lt; 1/10.000).

Distúrbios cardíacos

Síndrome de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos
coronarianos agudos e reações alérgicas ou anafilactoides. Engloba
conceitos como infarto alérgico e angina alérgica).

Distúrbios do sistema imunológico

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar choque
anafilático, reações anafiláticas/anafilactoides que podem se
tornar graves com risco à vida e, em alguns casos, serem fatais.
Estas reações podem ocorrer mesmo após Dipirona monoidratada
(substância ativa) ter sido utilizada previamente em muitas
ocasiões sem complicações.

Estas reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente
após a administração de Dipirona monoidratada (substância ativa) ou
horas mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes eventos
ocorram na primeira hora após a administração.

Normalmente, reações anafiláticas/anafilactoides leves
manifestam-se na forma de sintomas cutâneos ou nas mucosas (tais
como: prurido, ardor, rubor, urticária, edema), dispneia e, menos
frequentemente, doenças/queixas gastrintestinais.

Estas reações leves podem progredir para formas graves com
urticária generalizada, angioedema grave (até mesmo envolvendo a
laringe), broncoespasmo graves, arritmias cardíacas, queda da
pressão sanguínea (algumas vezes precedida por aumento da pressão
sanguínea) e choque circulatório.

Em pacientes com síndrome da asma analgésica, reações de
intolerância aparecem tipicamente na forma de ataques
asmáticos.

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Além das manifestações de mucosas e cutâneas de reações
anafiláticas/anafilactoides mencionadas acima, podem ocorrer
ocasionalmente erupções medicamentosas fixas; raramente exantema e,
em casos isolados, síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica
grave, envolvendo erupção cutânea na pele e mucosas) ou síndrome de
Lyell ou Necrólise Epidérmica Tóxica (síndrome bolhosa rara e
grave, caracterizada clinicamente por necrose em grandes áreas da
epiderme. Confere ao paciente aspecto de grande queimadura).
Deve-se interromper imediatamente o uso de medicamentos
suspeitos.

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Anemia aplástica, agranulocitose e pancitopenia, incluindo casos
fatais, leucopenia e trombocitopenia. Estas reações são
consideradas imunológicas por natureza. Elas podem ocorrer mesmo
após Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratada ter sido
utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações.

Os sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias
na mucosa (ex. orofaríngea, anorretal, genital), inflamação na
garganta, febre (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente).
Entretanto, em pacientes recebendo terapia com antibiótico, os
sinais típicos de agranulocitose podem ser mínimos. A taxa de
sedimentação eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto que
o aumento de nódulos linfáticos é tipicamente leve ou ausente.

Os sinais típicos de trombocitopenia incluem uma maior tendência
para sangramento e aparecimento de petéquias na pele e membranas
mucosas.

Distúrbios vasculares

Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações
hipotensivas transitórias isoladas (possivelmente por mediação
farmacológica e não acompanhadas por outros sinais de reações
anafiláticas/anafilactoides); em casos raros, estas reações
apresentam-se sob a forma de queda crítica da pressão
sanguínea.

Distúrbios renais e urinários

Em casos muito raros, especialmente em pacientes com histórico
de doença renal, pode ocorrer piora aguda da função renal
(insuficiência renal aguda), em alguns casos com oligúria, anúria
ou proteinúria. Em casos isolados, pode ocorrer nefrite
intersticial aguda.

Uma coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na
urina. Isso pode ocorrer devido à presença do metabólito ácido
rubazônico, em baixas concentrações.

Distúrbios gastrintestinais

Foram reportados casos de sangramento gastrintestinal

Atenção:

este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica
no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança
aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem
ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse
caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária – NOTIVISA.

Riscos do Mirador

Não use este medicamento durante a gravidez e em
crianças menores de três meses de idade.

Interação Medicamentosa do Mirador

Ciclosporinas

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar redução
dos níveis plasmáticos de ciclosporina. As concentrações da
ciclosporina devem, portanto, ser monitoradas quando a Dipirona
monoidratada (substância ativa) é administrada
concomitantemente.

Metotrexato

A administração concomitante da Dipirona monoidratada
(substância ativa) com metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade
do metotrexato particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta
combinação deve ser evitada.

Ácido acetilsalicílico

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode reduzir o efeito
do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária, quando
administrados concomitantemente. Portanto, essa combinação deve ser
usada com precaução em pacientes que tomam baixa dose de ácido
acetilsalicílico para cardioproteção.

Bupropiona

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar a redução
na concentração sanguínea de bupropiona. Portanto, recomendase
cautela quando a Dipirona monoidratada (substância ativa) e a
bupropiona são administradas concomitantemente.

Medicamento-exames laboratoriais

Foram reportadas interferências em testes laboratoriais que
utilizam reações de Trinder (por exemplo: testes para medir níveis
séricos de creatinina, triglicérides, colesterol HDL e ácido úrico)
em pacientes utilizando Dipirona monoidratada (substância
ativa).

Interação Alimentícia do Mirador

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre
alimentos e Dipirona monoidratada (substância ativa).

Ação da Substância Mirador

Resultados de Eficácia


Comprimido efervescente / Comprimido simples 500mg e
1g

A ação analgésica da Dipirona monoidratada (substância ativa)
oral versus placebo foi avaliada em estudo clínico
multicêntrico, randomizado, duplo-cego, cruzado, controlado por
placebo, envolvendo 73 pacientes com crise de enxaqueca com ou sem
aura, selecionados para receber 1g de Dipirona monoidratada
(substância ativa) via oral ou placebo. A intensidade da dor foi
medida através da escala verbal de dor antes e 1, 2, 4 e 24h após o
tratamento. Melhora significativa da dor foi observada com Dipirona
monoidratada (substância ativa), comparativamente ao placebo em
todos os pontos medidos. As percentagens de ‘alívio da dor’ obtidas
1, 2 e 4 horas após a ingestão oral de 1g de Dipirona monoidratada
(substância ativa) variaram de 42% a 57,1% versus 19,6% a
28,6% para o placebo (plt;0,001) (Tulunay et al,
2004).

Doses orais únicas de Dipirona monoidratada (substância ativa)
500mg e 1g versus ácido acetilsalicílico (AAS) 1g foram
comparadas em estudo clínico multicêntrico, randomizado,
duplo-cego, de grupos paralelos, controlado com placebo e
comparador ativo, envolvendo 417 pacientes com cefaleia tensional
episódica. O intervalo de tempo resultante da soma da média
ponderada da diferença de intensidade da dor sobre ambos os
episódios chegou a 12,20, 12,64, 10,56 e 8,10 para 500mg e 1g de
Dipirona monoidratada (substância ativa), 1g de AAS e placebo,
respectivamente (p lt;0,0001 para ambos os grupos Dipirona
monoidratada (substância ativa) e p lt;0,0150 para AAS
versus placebo). Observou-se uma tendência para início
mais precoce de alívio da dor mais profunda com Dipirona
monoidratada (substância ativa) 500mg e 1g sobre 1g de AAS. Todos
os medicamentos foram seguros e bem tolerados (Martínez-Martín
et al, 2001).

Exclusivo Comprimido simples 500mg e 1g

A ação antipirética e analgésica da Dipirona monoidratada
(substância ativa) oral foi avaliada em estudos clínicos
duplo-cego. Em um estudo duplo-cego com pacientes com febre
tifóide, 25 pacientes receberam 500 mg de Dipirona monoidratada
(substância ativa) VO e 28 receberam 500 mg de paracetamol VO. A
temperatura retal e os registros de pulso foram monitorados a cada
30 minutos. Efeitos antipiréticos foram observados no grupo
Dipirona monoidratada (substância ativa) e paracetamol aos 30 e 60
minutos respectivamente. Foram calculadas a área sob a curva
tempo-temperatura tanto para a Dipirona monoidratada (substância
ativa) (148ºC·h) quanto para o paracetamol (128ºC·h), a diferença
entre as áreas foi significativamente maior para os pacientes que
receberam Dipirona monoidratada (substância ativa). O total de
antipirese nos dois grupos foi calculado pelos escores das somas de
redução de temperatura até 6 horas após administração da medicação,
que foi maior que 300 para os pacientes recebendo Dipirona
monoidratada (substância ativa) e menor que 300 para os pacientes
que receberam paracetamol (p lt; 0,05) (Ajgaonkar VS, 1988).

Gotas

Pacientes pediátricos

Estudo clínico comparativo, multinacional, randomizado,
duplo-cego, comparou a eficácia antipirética de Dipirona
monoidratada (substância ativa), paracetamol e ibuprofeno em 628
crianças com febre, com idade entre 6 meses a 6 anos. Os três
fármacos foram eficazes em baixar a temperatura em 555 pacientes
que completaram o estudo. Taxas de normalização de temperatura no
grupo Dipirona monoidratada (substância ativa) e ibuprofeno (82% e
78%, respectivamente) foram significativamente maiores do que no
grupo paracetamol (68%, p = 0,004). Depois de 4 a 6 horas, a
temperatura média no grupo da Dipirona monoidratada (substância
ativa) foi significativamente menor que os demais grupos,
demonstrando maior normalização da temperatura com a Dipirona
monoidratada (substância ativa) (Wong et al, 2001). Em
outro estudo clínico aberto, não comparativo foi usada Dipirona
monoidratada (substância ativa) oral na dose de 10-15 mg/kg cada
6-8 horas para avaliar a redução de temperatura em 93 pacientes
pediátricos (3 meses a 12 anos) com febre (gt; 38,5ºC). Resposta
boa ou satisfatória foi observada em 92% dos pacientes (Izhar T,
1999).

Pacientes adultos

Em estudo clínico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos,
controlado por placebo, foi comparada a eficácia analgésica de
Dipirona monoidratada (substância ativa) solução oral 500 mg/mL
(gotas), cetoprofeno formulação líquida (25 mg ou 50 mg) e placebo
em 108 pacientes com idade acima de 18 anos (26 a 28 pacientes por
tratamento) com dor pós episiotomia. Todos os tratamentos ativos
foram significativamente superiores ao placebo para várias medidas
de analgesia, incluindo 4-horas e 6-hora SPID e pontuações TOTPAR.
A avaliação global foi considerada como ‘bom’ ou ‘excelente’ por
mais de 75% dos pacientes nos grupos de tratamento ativo comparado
com 7,4% dos pacientes no grupo placebo (Olson et al,
1999).

Xarope

A eficácia da Dipirona monoidratada (substância ativa) xarope
foi avaliada em um estudo clínico comparando com xarope de
paracetamol em 120 crianças febris com idade entre 4 e 10 anos.
Infecções virais do trato respiratório foram as principais queixas
e as temperaturas de base foram comparáveis em ambos os grupos
(38,4°C para a Dipirona monoidratada (substância ativa) e 39,3°C
para o paracetamol). Trinta minutos após uma única dose foi
observada redução acentuada na febre com ambas as drogas. A
Dipirona monoidratada (substância ativa) pareceu ser
significativamente superior ao paracetamol, 1,5 h a 6 h após a
ingestão da droga. O início da ação foi a mesma com ambas as
drogas, mas o efeito atipirético durou mais tempo com a Dipirona
monoidratada (substância ativa). A faixa de dose foi 13,2-22,3
mg/kg de Dipirona monoidratada (substância ativa) e 15,0-39,2 mg/kg
de paracetamol. Altas doses de paracetamol não resultaram em um
maior efeito antipirético (Adam, 1994).

Solução injetável

A Dipirona monoidratada (substância ativa) injetável foi
comparada com placebo em estudos clínicos. Um estudo comparou
Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV versus
placebo para cefaleia tensional em 60 pacientes. Os pacientes que
receberam Dipirona monoidratada (substância ativa) mostraram uma
melhora estatisticamente significante da dor (p lt; 0,05) comparada
com o placebo aos 30 minutos após administração. O ganho
terapêutico foi de 30% em 30 minutos e 40% em 60 minutos, com
resultados significativamente superiores para Dipirona monoidratada
(substância ativa). Foram observadas reduções significativas na
reincidência (Dipirona monoidratada (substância ativa) = 25%,
placebo = 50%) e uso de medicação de resgate (Dipirona monoidratada
(substância ativa) = 20%, placebo = 47,6%) para o grupo Dipirona
monoidratada (substância ativa) (Bigal ME, 2002). Outro estudo
comparou Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV com
placebo para o alívio da cefaleia tipo migrânea com aura e sem
aura. Foram utilizados sete parâmetros de avaliação analgésica e
uma escala analógica para avaliar náuseas, fotofobia e
fonofobia.

Os pacientes sem aura que receberam Dipirona monoidratada
(substância ativa) demonstraram uma melhora estatisticamente
superior com 30 minutos (29,5% no grupo Dipirona monoidratada
(substância ativa) versus 10% no grupo placebo) e 60
minutos (65,9% com Dipirona monoidratada (substância ativa) e 16,7%
com placebo) (p lt; 0,05). Os pacientes que apresentavam aura
tiveram comportamento semelhante com 30% de melhora no grupo
Dipirona monoidratada (substância ativa) versus 3,3% no
grupo placebo com 30 minutos e 63,3% versus 13,3% para
Dipirona monoidratada (substância ativa) e placebo, respectivamente
com 60 minutos (p lt; 0,05). Houve melhora também em todos os
sintomas associados quando comparados com indivíduos controle
(Bigal ME, 2002).

Supositório

Em um estudo clínico fase II, prospectivo, randomizado e duplo
cego, 300 mg de Dipirona monoidratada (substância ativa)
supositório foi comparada com 100 mg de nimesulida supositório no
controle da dor pós-operatória em 45 crianças com idade entre 4 e 8
anos e peso corporal entre 16,5 e 62,5 kg (mediana 29,12 +/- 10,48
kg). Após 1 dia de tratamento com Dipirona monoidratada (substância
ativa), a dor foi avaliada como nula ou média em 71% dos pacientes
e 29% dos pacientes ainda reportavam dor moderada. Após 2 dias de
tratamento, 67% das crianças que ainda tiveram dor no dia anterior,
estavam livres de sintomas.

Após 1 dia de tratamento com nimesulida, a dor foi avaliada como
nula ou média em 73% dos pacientes e 27% dos pacientes ainda
reportavam dor moderada. Após 2 dias de tratamento, 75% das
crianças que ainda tiveram dor no dia anterior, estavam livres de
sintomas. A eficácia do tratamento foi avaliada pelo observador
como boa e muito boa em 75% dos casos no grupo que recebeu Dipirona
monoidratada (substância ativa) e em 66% dos casos no grupo que
recebeu nimesulida. Não houve diferença estatística quanto ao
controle da dor nos dois grupos. Ambos os tratamentos foram bem
tolerados, não tendo sido reportadas reações locais (Scharli et
al
, 1990).

Em outro estudo clínico aberto, 70 pacientes pediátricos com
idade entre 1 a 12 anos foram avaliados quanto ao efeito
antipirético da apresentação supositório (300 mg) de Dipirona
monoidratada (substância ativa), buscando-se determinar a
velocidade de absorção, pico de ação, duração de efeito e dose
terapêutica eficaz (mg/kg peso). Todos os pacientes receberam uma
única dose de apresentação estabelecendo-se, para efeito de análise
comparativa, três faixas de dosagem quanto à dose terapêutica
administrada (=21 mg/kg). Os dados obtidos permitiram concluir-se
por boa velocidade de absorção pela mucosa retal (queda de 1,5-C
obtida entre 90 e 120 minutos), pico de ação ao final de 180
minutos, duração de efeito antipirético superior a 6 horas e dose
terapêutica eficaz entre 15 e 20 mg/kg peso (17,9 + ou – 1,6 mg/kg)
(Almeida et al, 1986).

Referências bibliográficas:

Adam D, Stankov G. Treatment of
fever in childhood. Eur J Pediatr 1994; 153: 394-402.

Ajgaonkar VS, Marathe SN, Virani
AR. Dipyrone versus paracetamol: a double-blind study in typhoid
fever. J Int Med Res. 1988 May-Jun;16(3):225-30.

Bigal ME, Bordini CA, Speciali JG.
Intravenous dipyrone for the acute treatment of episodic
tension-type headache: a randomized, placebo-controlled,
double-blind study. Braz J Med Biol Res. 2002 Oct;35(10):1139- 45.
Epub 2002 Oct 13.

Bigal ME, Bordini CA, Tepper SJ,
Speciali JG. Intravenous dipyrone in the acute treatment of
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Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

A Dipirona monoidratada (substância ativa) é um derivado
pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e
espasmolítico.

A Dipirona monoidratada (substância ativa) é uma pró-droga cuja
metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais
há 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA)
e o 4-amino-antipirina (4-AA).

Como a inibição da ciclo-oxigenase (COX-1, COX-2 ou
ambas) não é suficiente para explicar este efeito antinociceptivo,
outros mecanismos alternativos foram propostos, tais
como:

Inibição de síntese de prostaglandinas preferencialmente no
sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores
periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no
nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso
central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de
que a Dipirona monoidratada (substância ativa) inibiria uma outra
isoforma da ciclo-oxigenase, a COX-3.

Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a
60 minutos após a administração e geralmente duram cerca de 4
horas.

Propriedades farmacocinéticas

A farmacocinética da Dipirona monoidratada (substância
ativa) e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas
as seguintes informações podem ser fornecidas:

Após administração oral, a Dipirona monoidratada (substância
ativa) é completamente hidrolisada em sua porção ativa,
4-Nmetilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA
é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração
oral quando comparada à administração intravenosa. A
farmacocinética da MAA não se altera em qualquer extensão quando a
Dipirona monoidratada (substância ativa) é administrada
concomitantemente a alimentos.

Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA),
contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC para AA
constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os
metabólitos 4-Nacetilaminoantipirina (AAA) e
4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito
clínico. São observadas farmacocinéticas não-lineares para todos os
metabólitos. São necessários estudos adicionais antes que se chegue
a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O
acúmulo de metabólitos apresenta pequena relevância clínica em
tratamentos de curto prazo.

O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA,
48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA.

Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de
aproximadamente 14 minutos para a Dipirona monoidratada (substância
ativa). Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada
por via intravenosa foram excretadas na urina e fezes,
respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos que são
excretados na urina, quando da administração oral de dose única,
obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e
23% ± 4% para FAA.

Após administração oral de dose única de 1g de Dipirona
monoidratada (substância ativa), o clearance renal foi de
5mL ± 2mL/min para MAA, 38mL ± 13mL/min para AA, 61mL ± 8mL/min
para AAA, e 49mL ± 5mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas
correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas
para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.

Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em
pacientes com cirrose hepática, após administração oral de dose
única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas),
enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.

Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente
estudados até o momento. Os dados disponíveis indicam que a
eliminação de alguns metabólitos (AAA e FAA) é reduzida.

Dados de segurança pré-clínicos

Toxicidade aguda

As doses mínimas letais de Dipirona monoidratada (substância
ativa) em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000mg/kg de
peso corporal por via oral, aproximadamente 2300mg de Dipirona
monoidratada (substância ativa) por kg de peso corporal ou 400mg de
MAA por kg de peso corporal por via intravenosa. Os sinais de
intoxicação foram sedação taquipneia e convulsões pré-morte.

Toxicidade crônica

As injeções intravenosas de Dipirona monoidratada (substância
ativa) em ratos (peso corporal 150mg/kg por dia) e cães (50mg/kg de
peso corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram
toleradas.

Foram realizados estudos de toxicidade oral crônica ao
longo de um período de 6 meses em ratos e cães:

Doses diárias de até 300mg de peso corporal/kg em ratos e
até 100mg/kg de peso corporal de peso em cães não causaram sinais
de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas espécies causaram
alterações químicas do soro e hemossiderose no fígado e baço,
também foram detectados sinais de anemia e toxicidade da medula
óssea.

Mutagenicidade

Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem
como negativos. No entanto, estudos in vitro e in
vivo
com material específico grau Hoechst não deu indicação de
um potencial mutagênico.

Carcinogenicidade

Em estudos em ratos e camundongos NMRI em tempo de vida, a
Dipirona monoidratada (substância ativa) não mostrou efeitos
cancerígenos.

Toxicidade reprodutiva

Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial
teratogênico.

Mirador, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.