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Zika Virus: Information and Unknowns

O Vírus Zika: o que sabemos até agora

Muito do que não sabemos é normalmente mais assustador do que o que sabemos, especialmente quando se trata de saúde pública. No começo da semana, a Organização Mundial da Saúde declarou uma emergência mundial de saúde pública sobre o vírus Zika, que, em suas palavras: “está se espalhando rapidamente pela América Central e do Sul”. No entanto, ainda há muito que não sabemos sobre o Zika, e cientistas estão eufóricos para aprender tanto quanto puderem.

O que é o vírus Zika?

Zika é um vírus nomeado em homenagem à Floresta Zika, na Uganda, onde foi encontrado pela primeira vez em 1947. Ele é da família Flavivírus, que também incluem dengue, febre amarela e vírus do oeste do nilo, nenhum dos quais agradáveis. A infecção do Zika causa sintomas parecidos com o de uma febre fraca, que sequer apresenta alguma manifestação. O vírus é espalhado por um gênero particular de mosquito, conhecido como Aedes, chupadores de sangue tropicais, que também espalham outros Flavivírus.

Por décadas, o Zika esteve circulando por partes da África e Ásia, mas não parecia causar muito dano. Pessoas infectadas apresentavam uma febre fraca, erupções cutâneas, talvez uma dor de cabeça, mas isso era tudo. Até 80% das pessoas sequer apresentavam algum sintoma. Então pensou-se que havia uma relação estável entre humano, mosquito e vírus. Pessoas que eram infectadas enquanto jovens sofriam uma leve doença e, depois, desenvolviam imunidade antes que crescessem o suficiente para engravidar.

O surto no Brasil

De repente, em 2007, o vírus se deslocou. Houve um surto de Zika em Yap, um isolado arquipélago no sudoeste do Pacífico. Quase 3/4 da população local foi infectada. Mas, novamente, os resultados foram leves e ninguém morreu ou foi hospitalizado.

Depois, em novembro de 2015, autoridades brasileiras alarmaram sobre uma tendência assustadora. Em 2015, aproximadamente 4.000 bebês nasceram com cabeças absurdamente pequenas, condição denominada microcefalia. Nos últimos 5 anos, essa taxa era de aproximadamente 150 bebês por ano.

No entanto, várias coisas podem causar microcefalia, incluindo circunstâncias genéticas, má nutrição e ingestão de álcool durante a gravidez. Mas nenhuma dessas possibilidades pode explicar o surto de casos no Brasil. O que foi novo no Brasil em 2015 foi o Zika, primeiramente detectado em maio, mas amplamente ignorado. Não havia razão para suspeitar do vírus, mas vários testes com mulheres grávidas com bebês afetados revelaram a presença de RNA do vírus Zika. Apesar de não ser confirmado a relação entre Zika e microcefalia, novas evidências surgem quase diariamente, e agora autoridades estão afirmando sua relação.

Prevenção

Infelizmente não há vacina para o Zika e pode levar décadas para desenvolver uma. Tendo isto em vista, o Centro para Prevenção e Controle de Doenças alertou que a prevenção está baseada no ato de evitar e na vigilância. Por exemplo, mulheres que estiverem grávidas ou acharem que podem estar, devem evitar os 26 países onde o Zika é encontrado, principalmente a América Central e do Sul. E aquelas que morarem nessas regiões devem fazer o possível para evitar a picada do mosquito, como usar repelentes, usar calças a blusas de manga comprida, e evitar acumular água parada, onde o mosquito se reproduz.

O que ainda precisamos saber?

Enquanto médicos se perguntam essas questões, cientistas estão focados em freiar o avanço do vírus. O mosquito Aedes vive principalmente em regiões tropicais e semitropicais e não é provável que ele saia dessas regiões. A principal preocupação é que o vírus achará uma forma diferente de contaminação, ou sofra uma mutação que cause ainda mais perigo, como ocorreu com o vírus do oeste do nilo, na década de 1990. Vírus são mestres em mutações e humanos são mestres em viagens. Ambos fatores podem ajudar o Zika a se espalhar.

Alguns especialistas acham que o Zika chegou ao Brasil por meio da Copa do Mundo de 2014, junto com milhares de viajantes aficionados por futebol. E neste inverno Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos. Logo, parece que temos muito que aprender em muito pouco tempo.

Fonte: Zika Virus: What We Know (And What We Don’t) por SciShow