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Prinivil

Como o Prinivil funciona?

Prinivil dilata seus vasos sanguíneos para que o coração bombeie
o sangue com mais facilidade para todas as partes do corpo. Isso
ajuda a diminuir a pressão alta. Em muitos pacientes com
insuficiência cardíaca, Prinivil ajuda o coração a funcionar
melhor.

Contraindicação do Prinivil

Não use Prinivil em caso de:

  • Hipersensibilidade a qualquer componente do produto;
  • Tratamento prévio com um medicamento do mesmo grupo de fármacos
    do Prinivil (inibidores da ECA) e aparecimento de reações alérgicas
    com inchaço da face, dos lábios, da língua e/ou da garganta com
    dificuldade para engolir ou respirar. Você não deve tomar Prinivil
    se teve esse tipo de reação sem uma causa conhecida ou se foi
    diagnosticado com angioedema hereditário ou idiopático;
  • Tem diabetes e está tomando um medicamento chamado alisquireno
    para reduzir a pressão arterial.

Como usar o Prinivil

Prinivil pode ser tomado junto às refeições ou entre elas. A
maioria das pessoas toma Prinivil com água. Seu médico decidirá a
dose mais apropriada, dependendo de sua condição e se você está
tomando outros medicamentos.

Tome Prinivil diariamente, exatamente como recomendado por seu
médico. É muito importante continuar tomando Prinivil pelo tempo
que seu médico prescreveu. Não tome mais comprimidos do que a dose
prescrita.

Pressão alta

A dose inicial usual recomendada é de 10 mg uma vez ao dia.

A dose prolongada usual é de 20 mg uma vez ao dia.

Insuficiência cardíaca

A dose inicial usual recomendada é de 2,5 mg uma vez ao dia.

A dose prolongada usual é de 5 a 20 mg uma vez ao dia.

Após ataque cardíaco

A dose usual é de 5 mg no primeiro e segundo dias, depois 10 mg
uma vez ao dia.

As doses de 5 mg e de 20 mg são citadas apenas para informação.
Embora comprimidos de 5 mg e de 20 mg de lisinopril estejam
disponíveis, Prinivil não é mais comercializado nessas
concentrações.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Prinivil?

Tome Prinivil conforme prescrição médica. No entanto, se você
esquecer de tomar uma dose, não tente compensar tomando em dobro.
Apenas retome seu esquema usual.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Prinivil

Informe ao seu médico quaisquer problemas de saúde e tipos de
alergia que tem ou teve. Informe ao seu médico se tem uma condição
cardíaca, se está sendo submetido a diálise ou tratado com
diuréticos ou se apresentou recentemente vômitos ou diarreia em
excesso. Informe também se está em dieta com restrição de sal, se
está tomando suplementos de potássio, agentes poupadores de
potássio ou substitutos do sal contendo potássio, tem diabetes ou
algum problema renal, pois estas condições podem levar a aumento
dos níveis de potássio no sangue que podem ser sérios. Nesses
casos, o seu médico pode precisar ajustar a dosagem de Prinivil ou
monitorar seu nível sanguíneo de potássio.

Se tiver diabetes e estiver tomando antidiabéticos orais ou
insulina, você deve monitorar com atenção quanto a níveis baixos de
glicemia, especialmente durante o primeiro mês de tratamento com
Prinivil. Informe ao seu médico se alguma vez teve reação alérgica
com inchaço da face, dos lábios, da língua e/ou da garganta com
dificuldade para engolir ou respirar. Informe ao seu médico se
tiver pressão baixa (pode-se notá-la como fraqueza ou vertigem,
especialmente ao ficar de pé). Antes de cirurgia ou anestesia
(até mesmo no consultório do dentista), informe ao médico ou
dentista que você está tomando Prinivil , pois pode ocorrer queda
súbita da pressão arterial associada à anestesia.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Prinivil

A exemplo de qualquer medicamento, Prinivil pode causar reações
não esperadas ou indesejáveis, conhecidas como reações adversas.
Prinivil é geralmente bem tolerado. As reações adversas mais
frequentes são: tontura, dor de cabeça, fadiga, diarreia, náusea e
tosse. Outras reações adversas que ocorrem menos frequentemente são
tontura – causada pela queda da pressão arterial, erupção cutânea e
fraqueza. Outra reação adversa que pode ocorrer é sensação de
vertigem ou tontura ao ficar de pé rapidamente, causada por queda
da pressão arterial. Raramente também podem ocorrer outras reações
adversas e algumas podem ser graves.

Exemplos de tais reações adversas são icterícia (pele e/ou olhos
amarelados), diminuição do volume de urina ou ausência de produção
urinária e dor abdominal forte. Consulte seu médico para obter mais
informações sobre reações adversas. Comunique imediatamente seu
médico sobre estes ou quaisquer outros sintomas não usuais.

Pare de tomar Prinivil e entre em contato com seu médico
imediatamente em quaisquer dos seguintes casos: se ocorrer inchaço
da face, dos lábios, da língua e/ou da garganta que possa causar
dificuldade na respiração ou para engolir, se ocorrer inchaço das
mãos, dos pés ou dos tornozelos e se aparecer urticárias.

Pacientes da raça negra tem risco aumentado para esses tipos de
reação dos inibidores da ECA.

A dose inicial pode causar maior queda na pressão arterial do
que ocorrerá seguindo o tratamento contínuo. Você pode sentir isso
como fraqueza ou vertigem, que melhoram quando você se deita.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Prinivil

Gravidez:

O uso de Prinivil não é recomendado para mulheres grávidas. Não
se sabe se o uso de Prinivil somente nos primeiros três meses de
gravidez pode também causar efeitos danosos. Em um estudo
publicado, foi relatado que bebês cujas mães tinham tomado um
inibidor da ECA durante os primeiros três meses de gravidez
apresentaram risco aumentado de defeitos congênitos. O número de
defeitos congênitos foi pequeno e o estudo não foi repetido. Os
inibidores da enzima conversora de angiotensina (inibidores da
ECA), incluindo Prinivil, podem causar lesão e morte ao feto em
desenvolvimento quando tomado durante o segundo e terceiro
trimestres de gravidez. Se você estiver grávida ou pretende
engravidar, converse com seu médico antes de começar o tratamento
com Prinivil, de forma que outro tratamento possa ser
considerado.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Lactação:

Não se sabe se Prinivil é secretado no leite humano. Informe ao
seu médico se estiver amamentando ou pretende amamentar.

Crianças:

A eficácia e a segurança de Prinivil em crianças não foram
estabelecidas.

Idosos:

Em estudos clínicos, não foi demonstrada alteração relacionada à
idade no perfil de eficácia e segurança de Prinivil. Entretanto,
quando a idade avançada está associada a diminuição da função
renal, ajustes devem ser feitos para determinar a dose inicial de
Prinivil. A partir daí, a posologia deve ser ajustada de acordo com
a resposta da pressão arterial.

Dirigir e operar máquinas:

As respostas ao medicamento podem variar de pessoa para pessoa.
Alguns efeitos adversos relatados com o uso de Prinivil podem
afetar de certa forma a habilidade de alguns pacientes para dirigir
ou operar máquinas.

Composição do Prinivil

Cada comprimido contém:

Lisinopril: 10 mg.

Excipientes:

fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, manitol, amido, amido
pré-gelatinizado, estearato de magnésio e óxido de ferro
amarelo.

Superdosagem do Prinivil

Em caso de superdose, entre em contato prontamente com seu
médico para que você receba atendimento médico imediato. O sintoma
mais provável é uma sensação de tontura devido a uma queda
repentina ou excessiva da pressão arterial.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Prinivil

Anti-hipertensivos

Quando combinado com outros medicamentos anti-hipertensivos,
pode ocorrer queda aditiva da pressão arterial. Estudos clínicos
demostraram que o bloqueio do SRAA através do uso combinado de
inibidores da ECA, bloqueadores do receptor de angiotensina II ou
alisquireno é associado à maior frequência de reações adversas como
hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo
insuficiência renal aguda) quando comparado ao uso individual de
agente do SRAA.

Medicamentos que podem aumentar o risco de
angioedema

O tratamento concomitante de inibidores da ECA com inibidores do
receptor-alvo da rapamicina nos mamíferos (por exemplo,
temsirolimo, sirolimo, everolimo), inibidores da endopeptidase
neutra (por exemplo racecadotril) ou ativadores de plasminogênio
tecidual pode aumentar o risco de angioederma.

Diuréticos

Quando um diurético é acrescentado à terapia com Lisinopril
(substância ativa) o efeito anti-hipertensivo é geralmente
potencializado.

Pacientes que já utilizam diuréticos e especialmente aqueles nos
quais a terapia diurética tenha sido recentemente instituída podem
ocasionalmente apresentar excessiva redução da pressão arterial
quando Lisinopril (substância ativa) é acrescentado. A
possibilidade de hipotensão sintomática com Lisinopril (substância
ativa) pode ser minimizada com a interrupção do diurético antes da
introdução do tratamento com Lisinopril (substância ativa).

Antidiabéticos

Estudos epidemiológicos têm sugerido que a administração
concomitante de inibidores da ECA e medicamentos antidiabéticos
(insulina, hipoglicemiantes orais) pode causar um aumento do efeito
hipoglicemiante com risco de hipoglicemia. Este fenômeno aparece
com mais frequência durante as primeiras semanas de tratamento
combinado e em pacientes com insuficiência renal.

Suplementos de potássio, agentes poupadores de potássio
ou substitutos do sal de cozinha contendo potássio e outros
medicamentos que podem elevar o nível sérico de
potássio

Embora estudos clínicos demonstrem que o potássio sérico
geralmente se mantém dentro dos limites normais, hipercalemia
ocorreu em alguns pacientes. Os fatores de risco para o
desenvolvimento da hipercalemia incluem insuficiência renal,
diabetes mellitus e uso concomitante de diuréticos
poupadores de potássio (por ex.: espironolactona, triantereno ou
amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal de
cozinha contendo potássio e outros medicamentos que podem elevar o
nível sérico de potássio (ex.: heparina e cotrimoxazol).

O uso destes agentes, especialmente em pacientes com
comprometimento da função renal, pode levar a um aumento
significativo do potássio sérico.

Se o uso concomitante de Lisinopril (substância ativa) com
qualquer um dos agentes acima mencionados é julgado apropriado,
eles devem ser feitos com cautela, e com monitoração frequente do
potássio sérico.

Se Lisinopril (substância ativa) é administrado com um diurético
depletor de potássio a hipocalemia induzida pelo diurético pode ser
amenizada.

Lítio

Assim como ocorre com outros fármacos que eliminam sódio, a
eliminação de lítio pode ser diminuída. Portanto, os níveis séricos
de lítio devem ser cuidadosamente monitorados se sais de lítio são
administrados.

Ouro (por ex.: aurotiomalato de sódio)

Reações nitritoides (sintomas de vasodilatação incluindo
rubor, náuseas, tontura e hipotensão que podem ser muito
graves) foram relatadas com maior frequência em pacientes
tratados com inibidores da ECA após aplicações de injeções de ouro
(por exemplo, aurotiomalato de sódio).

Terapia concomitante

A indometacina pode diminuir a eficácia anti-hipertensiva de
Lisinopril (substância ativa) quando administrados
concomitantemente.

Em alguns pacientes com comprometimento da função renal, que
estão sendo tratados com anti-inflamatórios não esteroidais, a
coadministração de Lisinopril (substância ativa) pode resultar em
uma deterioração adicional da função renal.

O Lisinopril (substância ativa) foi usado concomitantemente com
nitratos sem evidências de interações adversas clinicamente
significativas.

Ação da Substância Prinivil

Hipertensão

Em dois estudos de dose-resposta, 438 pacientes portadores de
hipertensão leve a moderada receberam Lisinopril (substância ativa)
uma vez ao dia. A pressão foi verificada após 24 horas. Apesar de
já haver resposta com 5mg/dia em alguns pacientes, a eficácia foi
maior nas doses de 10, 20 e 80mg/dia.

Em estudos controlados, 20 a 80mg de Lisinopril (substância
ativa) foram comparados com 12,5 a 50mg/dia de hidroclorotiazida e
50 a 200mg/dia de atenolol em pacientes com hipertensão leve a
moderada e com metoprolol 100 a 200mg/dia em pacientes portadores
de hipertensão, moderada a grave.

O Lisinopril (substância ativa) foi superior à hidroclorotiazida
e semelhante ao atenolol e metoprolol na redução da pressão
diastólica e foi superior às três medicações na redução da pressão
sistólica.

Insuficiência Cardíaca Congestiva

O efeito de Lisinopril (substância ativa) na mortalidade e
morbidade em insuficiência cardíaca congestiva foi estudado,
comparando-se uma dose alta (32,5mg ou 35mg uma vez ao dia) com uma
dose baixa (2,5mg ou 5mg uma vez ao dia).

Em um estudo realizado com 3164 pacientes, durante período médio
de 46 meses de acompanhamento, a dose alta de Lisinopril
(substância ativa) produziu, no tempo final combinado, uma redução
de 12% do risco de mortalidade e hospitalização de todas as
possíveis causas (p = 0,002), e uma redução de 8% do risco de
mortalidade de todas as possíveis causas e de hospitalização
cardiovascular (p = 0,036) em comparação com a dose baixa. Foram
observadas reduções no risco de mortalidade de todas as causas (8%;
p = 0,128) e de mortalidade cardiovascular (10%; p = 0,073).

Em uma análise post-hoc, o número de hospitalizações por
insuficiência cardíaca foi reduzido em 24% (p = 0,002) em pacientes
tratados com a dose alta de Lisinopril (substância ativa) em
comparação com a dose baixa. Os benefícios sintomáticos foram
similares em pacientes tratados com doses altas e baixas de
Lisinopril (substância ativa).

Os resultados do estudo mostraram que os perfis globais de
eventos adversos para pacientes tratados com dose alta ou baixa de
Lisinopril (substância ativa) foram similares quanto à natureza e
ao número.

Eventos previsíveis resultantes da inibição da ECA, tais como,
hipotensão ou função renal alterada, foram controláveis e raramente
levaram a descontinuação do tratamento. Tosse foi menos frequente
em pacientes tratados com dose elevada de Lisinopril (substância
ativa) em comparação com dose baixa.

Infarto Agudo do Miocárdio

No estudo GISSI-3, o qual foi usado um desenho fatorial 2 x 2
para comparar os efeitos de Lisinopril (substância ativa) e
gliceril trinitrato usados sozinhos ou em combinação por 6 semanas
comparados com controle em 19.394 pacientes nos quais foi
administrado tratamento dentro de 24 horas após um infarto agudo do
miocárdio, Lisinopril (substância ativa) produziu uma redução
estatisticamente significativa do risco da mortalidade de 11%
versus controle (2p = 0,03).

A redução do risco com uso de gliceril trinitrato não foi
significativa, mas a combinação de Lisinopril (substância ativa) e
gliceril trinitrato produziu uma significativa redução do risco de
mortalidade de 17% versus controle (2p = 0,02).

Em um subgrupo de idosos (idade gt; 70 anos) e mulheres,
pré-definidos como pacientes de alto risco de mortalidade, um
benefício significativo foi observado para combinação dos desfechos
de mortalidade e função cardíaca. A combinação dos desfechos para
todos os pacientes, como também os subgrupos de alto risco, também
demonstrou benefício significativo para os tratamentos com
Lisinopril (substância ativa) aos 6 meses ou Lisinopril (substância
ativa) mais gliceril trinitrato por 6 semanas, indicando os efeitos
preventivos para Lisinopril (substância ativa).

Como esperado para qualquer tratamento com vasodilatadores, o
aumento das incidências de hipotensão e disfunção renal estão
associados ao tratamento com Lisinopril (substância ativa), mas não
estão associados a um aumento proporcional da mortalidade.

Complicações Renais e Retinianas de Diabetes
Mellitus

Pode-se prevenir praticamente todas as complicações do diabetes
com os inibidores da ECA. Em pacientes portadores de diabetes do
tipo I e microalbuminúria, que receberam Lisinopril (substância
ativa) apresentaram um risco menor de progressão para
macroalbuminúria e esse efeito se manteve quando ajustado para as
variações na pressão arterial. Houve também a diminuição do risco
para progressão em pacientes já com macroalbuminúria.

O tratamento com inibidores da ECA está associado a menores
níveis de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em
pacientes portadores de retinopatia proliferativa diabética e
estudos sugerem um forte potencial de uso dos inibidores da ECA no
tratamento da retinopatia diabética.

Em um estudo clínico duplo-cego, randomizado, multicêntrico o
qual comparou Lisinopril (substância ativa) com um bloqueador dos
canais de cálcio em 335 pacientes hipertensos e com diabetes tipo 2
com nefropatia incipiente caracterizada pela microalbuminúria,
Lisinopril (substância ativa) 10 a 20mg administrado uma vez ao dia
por 12 semanas, reduziu a pressão sistólica/diastólica em 13/10mmHg
e o valor de excreção urinária de albumina em 40%.

Quando comparado com bloqueadores dos canais de cálcio, os quais
produzem uma redução similar da pressão sanguínea, todos os
pacientes tratados com Lisinopril (substância ativa) mostraram uma
redução significativamente maior nos níveis de excreção urinária de
albumina, demonstrando que a ação inibitória da ECA de Lisinopril
(substância ativa) reduziu a microalbuminúria por um mecanismo
direto nos tecidos renais além do seu efeito hipotensor.

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

O Lisinopril (substância ativa) é um inibidor da peptidil
dipeptidase. Ele inibe a enzima conversora da angiotensina (ECA)
que catalisa a conversão da angiotensina I ao peptídeo
vasoconstritor, angiotensina II. A angiotensina II estimula também
a secreção de aldosterona pelo córtex da adrenal.

A inibição da ECA resulta em concentrações diminuídas de
angiotensina II, as quais resultam em diminuição da atividade
vasopressora e redução da secreção de aldosterona. A diminuição
tardia da aldosterona pode resultar em um aumento da concentração
sérica de potássio.

Acredita-se que o mecanismo pelo qual o Lisinopril (substância
ativa) diminui a pressão arterial é principalmente a supressão do
sistema renina-angiotensina-aldosterona. Entretanto, o Lisinopril
(substância ativa) é eficaz na redução da pressão arterial mesmo em
pacientes hipertensos com baixa renina. A ECA é idêntica à cininase
II, enzima que degrada a bradicinina. Ainda não está elucidado se
níveis aumentados de bradicinina, um potente peptídeo
vasodilatador, exercem papel importante sobre os efeitos
terapêuticos do Lisinopril (substância ativa).

É sabido que a ECA está presente no endotélio e que a atividade
aumentada da ECA em pacientes diabéticos, que resulta na formação
de angiotensina II e destruição de bradicinina, potencializa os
danos ao endotélio causados por hiperglicemia. Os inibidores da
ECA, incluindo Lisinopril (substância ativa), inibem a formação de
angiotensina II e a degradação da bradicinina, melhorando
consequentemente a disfunção endotelial.

Os efeitos de Lisinopril (substância ativa) na taxa de excreção
urinária de albumina e na progressão de retinopatia em pacientes
diabéticos são mediados pela redução na pressão sanguínea, bem como
pelo mecanismo direto nos tecidos retinal e renal.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

Após administração oral de Lisinopril (substância ativa), o pico
de concentração sérica ocorre em cerca de 7 horas, apesar de haver
uma tendência a um pequeno retardo no tempo para alcançar o pico de
concentração sérica em pacientes com infarto agudo do
miocárdio.

Baseado na recuperação urinária, a extensão média de absorção de
Lisinopril (substância ativa) é de aproximadamente 25%, com
variações entre os pacientes (6-60%) em todas as doses testadas
(5-80mg). A biodisponibilidade absoluta é reduzida em
aproximadamente 16% em pacientes com insuficiência cardíaca. A
absorção de Lisinopril (substância ativa) não é afetada pela
presença de alimentos.

Distribuição

O Lisinopril (substância ativa) parece não ligar-se às outras
proteínas séricas, diferentemente da enzima conversora de
angiotensina circulante (ECA). Estudos em ratos indicam que o
Lisinopril (substância ativa) pouco atravessa a barreira
hematoencefálica.

Eliminação

O Lisinopril (substância ativa) não é metabolizado e o fármaco
absorvido é inteiramente excretado inalterado na urina. Em doses
múltiplas, o Lisinopril (substância ativa) possui uma meia-vida
efetiva de acúmulo de 12,6 horas. A depuração plasmática de
Lisinopril (substância ativa) em pacientes sadios é de
aproximadamente 50mL/min. O declínio das concentrações séricas
exibe uma fase terminal prolongada que não contribui para o acúmulo
do fármaco.

Essa fase terminal provavelmente representa ligações saturadas à
ECA e não é proporcional à dose.

Insuficiência hepática

O comprometimento da função hepática em pacientes com cirrose
resultou na diminuição da absorção de Lisinopril (substância ativa)
(cerca de 30% determinado pela recuperação urinária) e um aumento
na exposição (aproximadamente 50%) comparada a voluntários sadios
devido à diminuição da depuração plasmática.

Insuficiência renal

O comprometimento da função renal diminui a eliminação de
Lisinopril (substância ativa), que é excretado via renal, mas essa
diminuição torna-se clinicamente importante somente quando a
velocidade de filtração glomerular é menor que 30mL/min.

Tabela 1: Parâmetros farmacocinéticos de Lisinopril
(substância ativa) para diferentes grupos de pacientes renais após
administração de múltiplas doses de 5mg.

Com um clearance de creatinina de 30-80mL/min, o valor
da ASC média aumentou apenas 13%, enquanto que o valor médio da ASC
aumentou 4-5 vezes com o clearance de creatinina de
5-30mL/min.

O Lisinopril (substância ativa) pode ser removido por diálise.
Durante 4 horas de hemodiálise, a concentração plasmática média de
Lisinopril (substância ativa) diminuiu em 60%, com uma depuração da
diálise entre 40 e 55 mL/min.

Insuficiência cardíaca

Pacientes com insuficiência cardíaca têm uma maior exposição de
Lisinopril (substância ativa) comparado com voluntários sadios (um
aumento da média ASC de 125%), mas baseado na recuperação urinária
de Lisinopril (substância ativa), há uma redução da absorção de
aproximadamente 16% comparada com voluntários sadios.

Idosos

Pacientes idosos apresentam níveis sanguíneos mais elevados e
valores da ASC mais elevados (aumento de aproximadamente 60%) em
comparação com pacientes mais jovens.

Cuidados de Armazenamento do Prinivil

Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC).
Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aparência:

Prinivil 10 mg é um comprimido redondo, amarelo-claro, com uma
face plana e a outra sulcada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Prinivil

Venda sob prescrição médica.

MS 1.0029.0136

Farm. Resp.:

Fernando C. Lemos – CRF-SP no 16.243

Registrado por:

Merck Sharp amp; Dohme Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 815 – Sousas, Campinas/SP
CNPJ: 45.987.013/0001-34 – Indústria Brasileira

MSD On Line 0800-0122232
E-mail: online@merck.com

Prinivil, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.