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Tudo o que você precisa saber sobre o Transtorno de Pânico e Agorafobia.

Transtorno de pânico e agorafobia

Hoje vamos falar um pouco sobre o transtorno de pânico. O transtorno de pânico é diagnosticado quando o indivíduo apresenta ataques de pânico recorrentes e inesperados. O ataque de pânico é algo que “vem do nada” trazendo um medo e desconforto intenso.

No ataque, normalmente há palpitações no coração, taquicardia, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, desconforto no peito, desconforto abdominal ou náusea, instabilidade, tontura, vertigem ou desmaio, formigamento, medo de perder o controle e/ou de morrer.

Qualquer pessoa pode ter, no decorrer de sua vida, ataques de pânico, isso não quer dizer que ela tem o transtorno de pânico. Para ser considerado transtorno, os ataques devem ser frequentes, o indivíduo deve apresentar uma preocupação exacerbada com os sintomas da ansiedade, acha que vai ter um ataque cardíaco ou perder o controle e também ter um comportamento de esquiva prejudicial a sua qualidade de vida com a finalidade de evitar ter mais ataques.

O medo de sentir os sintomas do pânico novamente e a esquiva podem fazer com que o indivíduo desenvolva uma agorafobia. Ele fica com muito medo de enfrentar as situações sozinho, não conseguindo sair de casa sem ser acompanhado ou ir em locais fechados ou desconhecidos, pois tem medo de ter um ataque ou acontecer algo inesperado e não ter ninguém por perto para ajudá-lo ou uma saída.

Na terapia cognitiva comportamental, o transtorno do pânico é explicado da seguinte maneira:

  1. Ha um primeiro ataque de pânico por conta de uma situação estressante junto com exaustão física e/ou mental e uma inabilidade da pessoa de resolver problemas.
  2. Por conta dos intensos sintomas do ataque de pânico, a pessoa fica alerta, hipervigilante aos sintomas da ansiedade.
  3. Assim, uma taquicardia leve por conta de uma ansiedade comum em nosso dia a dia ou até mesmo por conta do calor ou exercício físico, é considerada como o início de um ataque de pânico.
  4. Essa consideração, esse pensamento disfuncional, faz com que a sua ansiedade aumente, pois a pessoa pensa que vai morrer, perder o controle… e com isso, os sintomas aumentam e podem até mesmo gerar o ataque de pânico.
  5. Isso forma um ciclo onde qualquer sinal de ansiedade é tratado como perigo e gera o ataque de pânico.
  6. Com isso, a pessoa começa a ter um comportamento de segurança evitativo, evitando situações e locais para não sentir nenhum sintoma e não ter ataques.
  7. Esse comportamento mantém a pessoa no transtorno e ainda pode fazer com que ela desenvolva a agorafobia.

Então, resumindo, no pânico, a preocupação exagerada dos sintomas da ansiedade que gera mais ansiedade, aumentando os sintomas e causando um medo de perder o controle, de ter um ataque cardíaco, morrer ou enlouquecer. Começa a ter medo que pode acontecer novamente e isso faz com que aconteça novamente.

Dicas:

  • É importante salientar que o ataque de pânico é algo passageiro. Ele tem o seu pico em minutos e duram entre 5 a 20 minutos. Então, saiba que ele vai passar.
  • Como todas formas de ansiedade, o primeiro passo é sempre se perguntar quais evidências reais você tem que comprovem seus pensamentos disfuncionais (causadores de mais ansiedade) sobre os sintomas que você está sentindo.
  • Se pergunte também quais evidências que não comprovam os pensamentos disfuncionais (ex: está calor, por isso meu coração está palpitando).
  • Ao apresentar os sintomas de ansiedade (taquicardia, sudorese, tremor, etc.), tente não focar internamente, foque no externo. Olhe para algum objeto ao seu redor e descreva-o para você mesmo. Tire sua atenção dos sintomas para evitar que eles aumentem.

Fonte: Transtorno de Pânico e Agorafobia por Diego Falco