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Surdez infantil: causas, diagnóstico, tratamento e fatores de risco para prevenir e tratar


Você conhece alguma criança com perda de audição? Sabe quando se preocupar com a surdez na infância? Nesse vídeo, eu vou falar sobre perda auditiva na criança: as causas, fatores de risco, diagnóstico, tratamento e muito mais.
Você já deve ter ouvido alguém falar que cada criança tem o seu próprio tempo para começar a falar, a andar, a interagir e assim por diante. Realmente, para muitos desses processos, isso pode até ser correto. Mas quando falamos em audição, isso não é verdade. Se você está achando que o seu filho não escuta como deveria, você não pode esperar. Toda suspeita precisa e deve ser avaliada.
É exatamente por isso que, no Brasil, por lei, todo bebê que acabou de nascer deve ser submetido ao teste da orelhinha ainda na maternidade. Nesse teste, o examinador coloca uma sonda que emite sons na orelha da criança e captam sons que a cópia da criança imite. Assim, é possível avaliar se a cópia está com função normal. Você deve saber se o teste da orelhinha do seu filho foi normal ou insatisfatório. Se ele foi insatisfatório, é necessário que repita esse exame em 30 dias.
Você deve ficar atento a alguns fatores que aumentam muito a chance de perda auditiva no seu filho. São chamados fatores de risco. Eu vou falar os principais:
– Prematuridade: recém-nascidos prematuros e de baixo peso têm cerca de 20 vezes mais chances de desenvolver perda auditiva.
– Hiperbilirrubinemia neonatal: teria se agravado ao nascimento.
– Hemorragia intracraniana.
– Infecção congênita suspeita ou confirmada. As principais doenças são citomegalovírus, rubéola, sífilis, toxoplasmose e herpes simples.
– História familiar de perda auditiva.
– Paz que são da mesma família que chamamos de com sanguíneos.
– Meningite bacteriana.
– Uso de drogas ototóxicas, como antibióticos aminoglicosídeos, diuréticos de alça, salicilatos e alguns quimioterápicos.
– Malformações crâniofaciais.
– Ficar mais de 48 horas na UTI após nascer.
Se houver a presença de qualquer um deles, é recomendado que o seu filho faça outro exame chamado BERA em até três meses. O BERA deve ser feito com a criança dormindo ou sedada. Ele testa via auditiva desde o nervo auditivo até o tronco cerebral.
Se o teste da orelhinha for normal e o seu filho não tem esses fatores de risco que eu falei, a chance de ele ter perda auditiva é bem menor. Mas isso não significa que você não deve ficar atento à evolução da audição do seu filho. Para isso, você deve saber o que é normal, ou seja, o que esperar em média que uma criança escute para cada idade. Existe uma característica para cada idade.
Por exemplo, recém-nascidos acordam, choram e piscam os olhos diante de sons altos. Por volta de duas semanas, as crianças já prestam atenção à voz humana. Por volta de dois meses, emitem sons ao escutar a voz humana. Por volta dos quatro meses, começam a procurar de onde vem o som e, por volta dos seis meses, já localizam um som virando a cabeça para o lado. Aos oito meses, já respondem ao seu nome e começam a desenvolver a compreensão.
Aos nove meses, eles já conseguem associar um som ao objeto, ao nome do objeto. Com um ano, respondem a ordens simples, como “manda beijo” e “cadê o papai?”. Com um ano e seis meses, se ensinado, uma criança já reconhece e aponta partes do corpo. Aos dois anos, já aponta figuras conhecidas e fala algumas palavras, como “papai”, “mamãe” e “beijo”. Após os quatro anos, uma criança já deve falar corretamente.
Essas fases são apenas para que você tenha uma ideia do que esperar. Se houver alguma suspeita de que a criança não escute bem, como eu falei, você já deve procurar um médico.
E o que causa perda auditiva na infância? As principais causas de perda de audição em crianças que nascem ouvindo normalmente e têm perda auditiva durante a infância são as otites e as meningites. De uma maneira geral, nas otites tratadas adequadamente, é possível reverter a perda auditiva. Já nas meningites, o dano pode ser permanente. Existem muitas outras causas menos comuns de perda auditiva, como o sarampo, a caxumba, a toxoplasmose, a citomegalovirose e o uso de drogas ototóxicas.
Uma vez diagnosticada a perda auditiva, o tratamento depende da causa e principalmente do grau da perda de audição. Sempre devemos agir na causa do problema para tentar reverter a perda auditiva. Persistindo a perda, está indicado o uso de aparelhos auditivos nos casos mais leves até implante coclear nos casos mais graves.
Em um primeiro momento, são testados aparelhos auditivos e, se o ganho com os aparelhos não for suficiente para que a criança tenha acesso aos sons da fala humana, o tratamento pode ser um implante coclear. Que é a colocação de um aparelho dentro da cópia associado ao uso de um aparelho externo que vai gerar um estímulo auditivo elétrico para o cérebro.
Você deve saber que a idade ideal para que se inicie o tratamento da perda auditiva é até os seis meses de idade. O quanto antes melhor. Ouvir bem é fundamental para que a criança adquira linguagem e desenvolva a sua fala de forma plena. O que significa que se deve ser capaz de detectar um som, discriminá-lo, memorizá-lo, reconhecer e, finalmente, compreender o sentido de cada palavra. E assim, o que está sendo dito.
O quanto antes fizeram o diagnóstico e o tratamento da perda auditiva, menor serão os efeitos disso na vida da criança. Por isso, se você suspeitou que o seu filho não está escutando corretamente ou em qualquer outra situação que eu falei, você deve procurar um médico, no caso, um otorrinolaringologista. Lembrando que nos casos diagnosticados, o tratamento deve ser orientado pelo médico com o apoio de um fonoaudiólogo.
Se você tiver interesse, aqui no canal Doutor Ajuda tem mais alguns vídeos que estão relacionados a esse, como surdez em adulto, dor de ouvido e meningite. O objetivo do canal Doutor Ajuda é informar. Você estando bem informado ajuda o seu médico a chegar no melhor diagnóstico e tratamento.
Você sabia que o implante coclear é usado no Brasil há mais de 35 anos? O objetivo do implante é que a criança tenha acesso aos sons da fala e consiga desenvolver sua audição e linguagem de forma semelhante às crianças que nasceram com audição normal.
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Fonte: SURDEZ INFANTIL: causas, diagnóstico, tratamento e fatores de risco! por DOUTOR AJUDA