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Síndrome do Pânico: Terapia Cognitivo-Comportamental como Tratamento


possível próxima vez!

Síndrome do Pânico: entendendo e tratando

Olá pessoal, aqui é a Fabiana, psicóloga da linha punitivo-comportamental. Atendo presencialmente em Florianópolis e também pelo Skype Online. Hoje quero falar sobre a Síndrome do Pânico, um problema angustiante que traz consequências devastadoras na vida das pessoas, mas que é relativamente simples de tratar, pelo menos pela TCC. Espero que este vídeo ajude não só as pessoas que têm este transtorno, mas também psicólogos e terapeutas de outras áreas que possam utilizar algumas das ferramentas da TCC para tratar a Síndrome do Pânico.

Não vou me ater muito aos sintomas, pois já há muito material disponível na internet, mas quero falar sobre o tratamento em si. Os deflagradores da Síndrome do Pânico, em geral, ocorrem quando a pessoa está passando por um momento de estresse na vida dela, uma situação de conflito, de doença, grandes mudanças que ela está vivenciando, o uso de drogas ou alguns medicamentos. Isso pode deflagrar ataques inesperados e muito angustiantes que aparentemente vêm do nada, causando um terror tão grande que a pessoa passa a ter comportamentos de evitar todo tipo de lugar que possa deflagrar o pânico.

Em termos de terapia, esses ataques duram poucos minutos, mas são muito devastadores emocionalmente e a pessoa vai associar aqueles momentos de pânico com outras coisas que ela faz, afetando muito a qualidade de vida dela. Por isso, é importante procurar ajuda sem demora e não ficar anos sentindo aquilo, pois há muito recurso disponível atualmente. A terapia da TCC aliada a medicamentos numa fase inicial numa combinação pode ser muito favorável. O paciente pode tomar antidepressivos por um período curto de tempo e um ansiolítico no momento da crise para amenizar a situação.

Utilizamos muito o protocolo de terapia do Bernard Gu, chamado “Acalme-se”, para entender bem profundamente a fisiologia do que está acontecendo no corpo da pessoa e ajudá-la a controlar a situação. A pessoa pode compreender o que está acontecendo, a descarga que está acontecendo no corpo dela quando vem um ataque de pânico, e que ela não vai morrer. Quando a pessoa já entendeu o que está acontecendo, foi bem explicado e ela tem um ganho de confiança no terapeuta, ela pode soltar o medo e isso ajuda bastante. A pessoa vai ter passos seguros para aprender a manejar aquela sensação e tem uma outra leitura da ação corporal dela.

Outra coisa importante é treinar o relaxamento, que pode ser feito através de técnicas de relaxamento muscular progressivo e técnicas respiratórias. A TCC é muito comportamental e o paciente pode sair mais rapidamente daquele pavor. É importante também desmistificar as crenças negativas que ele traz, ligadas à vulnerabilidade, à sensação de perigo, a leitura dos estímulos internos é vista como um perigo. É preciso explicar ao paciente que aquelas reações neurodegenerativas são normais e que não mata uma pessoa saudável. Assim, a dificuldade de lidar com novas situações com estresse, a sensação de incapacidade, tudo isso é trabalhado na terapia.

Em geral, as pessoas melhoram bastante e não precisam ficar sofrendo meses e anos a fio. Busque apoio, busque ajuda e vá em frente!

Espero ter sido útil para vocês. Tudo que falei, o “Acalme-se” e a terapia do B, estão na internet como bom material para começarem.

Fonte: Tratamento da Sindrome do Pânico – Terapia Cognitivo-Comportamental por Psicologa Flavia Krahe