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Série apresenta soluções inovadoras para tratamento da epilepsia por pais

Dieta sem carboidratos, o remédio derivado da planta da maconha e um cachorro treinado para detectar as crises… Hoje, na segunda reportagem da nossa série especial sobre a epilepsia, você vai ver as soluções encontradas pelos pais para tratar os filhos.

São histórias como a do menino que chegou a ter 200 convulsões em 24 horas. “No caminho, um dia de manhã, chegou um cidadão e o olho dele cheio d’água: ‘Ajuda por favor, ele fosse meu filho tem crise epiléptica. Treino cachorro pra ele. Ele ficou sem respirar durante a noite a quase morreu'”, lembra a mãe do garoto.

Além da ansiedade de detectar um movimento do garoto, é preciso saber exatamente o que fazer se a crise for muito repentina. Para isso, o cachorro treinado é essencial: “Vai pra Marte, vai pra lua, pra chute. Você faz de tudo, não é? É isso, faz de tudo.”

A mãe do menino decidiu experimentar o canabidiol, derivado da planta de maconha. “Ontem toda aquela história, comprimido vai defrontar o primeiro. Consumiu porque você pode ser preso, é difícil de conseguir e pode dar errado. Mais uma vez, pode dar errado”, conta.

Atualmente, ele não tem mais tantas crises, mas quando era bebê chegava a ter cerca de 200 por dia. Tomava dezenas de comprimidos por dia, além de 70 gotas de outro medicamento. “E nem isso fazia parar. Eu, como mãe, já me sentia assim sem recurso”, desabafa.

“Foi assim que eu fui procurar, foi assim a salvação do meu filho”, diz a mãe sobre a dieta cetogênica, indicada nos casos de epilepsia do tipo refratária ou em uma dieta de difícil controle medicamentoso. “No começo foi muito difícil. Os cinco primeiros dias, do jeito que os médicos explicaram, ele não ia aceitar nenhum tipo de refeição.”

“Era um pouquinho maior que uma moeda de um real. Então assim, ele sentia fome, ele não queria comer nada. E isso mudou. Ele tinha 20 crises por dia da braba, chamada crise tônica. Tomava cinco tarjas pretas. Hoje, tomo um quarto.”

A dieta cetogênica foi colocada como prioridade de doença prioritária pela Organização Mundial da Saúde em 2015. “Se eu tenho a cada 100 crianças, duas efetivamente quem oferecia uma escola de mil alunos, ela sempre tem crianças com deficiência. Todos identificam criança/adolescente com epilepsia. Beneficiação alvo, julho de 99%.”

“Principalmente porque as autoridades escolares não sabem ensinar. Ao acolher uma criança ou adolescente numa apresentação, a gente tem um problema de saúde que todos nós vamos ter. Esse problema do cérebro está tendo uma crise, olha. Passou, e tenho cachorro. Tem basta ter cérebro que a gente pode ter isso né. Olha, precisa fazer assim. Lançado. Quando vocês virem alguém com esse sintoma, é assim que se faz. Olha já está passando. Ele é só isso. Não é nada. Mas a questão é deveria aproveitar esses momentos para ficar com nossa vida. Mas isso não acontece.”

Na próxima e última reportagem da série, vamos mostrar o que a medicina está fazendo para ajudar na qualidade de vida dos pacientes.

Fonte: Série mostra soluções encontradas por pais para tratar epilepsia por TV Brasil