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Saiba mais sobre a Coqueluche Bordetella Pertussis

A coqueluche: uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade e uma importante causa de mortalidade infantil. O agente etiológico é a Bordetella pertussis, uma bactéria gram-negativa com forma de parêntese, aeróbia, não esporulada, imóvel e pequena, que produz cápsula e fibras à sua volta para aderir ao epitélio ciliar do trato respiratório humano. A transmissão ocorre geralmente pelo contato direto entre a pessoa doente e a pessoa suscetível por meio de gotículas de secreção da tosse.

A bordetella pertussis secretas toxinas que causam diminuição do batimento ciliar, acúmulo de muco e defeitos celulares no trato respiratório humano, o que resulta em tosse intensa e prolongada. Essa fase pode durar até seis semanas. O diagnóstico da coqueluche pode ser feito a partir de exames laboratoriais, como o isolamento da bactéria em cultura do material colhido.

O tratamento da coqueluche envolve a administração de antibióticos por sete a 14 dias. Em casos mais graves, pode ser necessário oxigenoterapia, aspiração de secreções, assistência ventilatória não invasiva ou mecânica, assim como terapia de decúbito, hidratação e nutrição parenteral.

No Brasil, desde a década de 1990, a ampliação das coberturas vacinais com a tríplice bacteriana reduziu significativamente a incidência da coqueluche. Entretanto, em meados de 2011, observou-se um aumento no número de casos da doença, que ultrapassou o limite esperado. As hipóteses que explicam esse aumento ainda estão sendo investigadas. Atualmente, a coqueluche ocupa o quinto lugar entre as causas de mortalidade por doenças imunopreviníveis em crianças menores de cinco anos em todo o mundo.

Agente etiológico e mecanismos de transmissão

A Bordetella pertussis é uma bactéria gram-negativa com forma de parêntese, aeróbia, não esporulada, imóvel e pequena, que produz cápsula e fibras à sua volta para aderir ao epitélio ciliar do trato respiratório humano. A transmissão ocorre geralmente pelo contato direto entre a pessoa doente e a pessoa suscetível por meio de gotículas de secreção da tosse.

A coqueluche possui como único reservatório natural o homem, ou seja, a espécie humana. Ainda não foi demonstrada a existência de contágio crônico, embora possam ocorrer fases com baixa importância na disseminação da doença. O período de incubação é em média de cinco a dez dias, podendo variar de quatro a 20 dias, e raramente até 42 dias. O período de transmissão é considerado que se estende do quinto dia após a exposição do doente até a terceira semana do início da crise para os estigmas a sérgio tostes.

A transmissão ocorre pela inalação de gotículas de secreções infectadas. As pessoas doentes podem transmitir a coqueluche durante a fase catarral e também durante a fase de tosse. As crianças têm maior risco de transmissão, uma vez que a tosse é mais intensa e há maior número de bacilos circulantes. Adultos infectados também estão associados à transmissão da coqueluche.

Mecanismos de patogenicidade

A bordetella pertussis produz uma variedade de fatores de virulência que fazem contra a adesão ao sistema gottino plano rosa aglutinou gênios verdade china e filhas toxinas, incluindo toxina pertussis, toxina adenilato ciclase, quase toxina segregatória e toxina para raiz. Além disso, contém uma camada de lipopolissacarídeo que atua como endotoxina e pode ajudar na colonização por aglutinação de células humanas.

Por meio desses mecanismos de patogenicidade, as toxinas secretadas pela Bordetella pertussis levam à morte das células epiteliais, diminuição do batimento ciliar e acúmulo de muco e defeitos celulares no trato respiratório humano. Isso provoca tosse intensa e prolongada.

Quadro clínico

A coqueluche inicia-se com sintomas leves, como febre baixa, pouco interesse, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Na sequência, aparecem surtos de tosse cada vez mais intensos e frequentes. Geralmente, há sempre um ou dois picos de febre baixa, mas em alguns casos ocorrem vários picos de febre no decorrer do dia.

A tosse convulsiva é o principal sintoma da coqueluche e se manifesta em paroxismos, que são súbitos e incontroláveis, com cerca de cinco a dez tossidas em uma única respiração. Esses paroxismos de tosse se manifestam mais frequentemente à noite e aumentam de intensidade nas duas primeiras semanas. Depois, diminuem e desaparecem na fase de convalescença, que pode durar até três meses.

Na fase catarral, as manifestações respiratórias são sintomas leves, como febre baixa, pouco interesse, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Na fase de tosse, ocorrem os paroxismos de tosse com duração de um a dois meses. Na fase de convalescença, os paroxismos de tosse desaparecem e dão lugar a episódios de tosse comum, que podem durar até três meses.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da coqueluche pode ser feito a partir de exames laboratoriais, como o isolamento da bactéria em cultura do material colhido. Outros exames complementares, como hemograma e raio x do tórax, podem auxiliar no diagnóstico diferencial com outras infecções respiratórias.

O tratamento da coqueluche envolve a administração de antibióticos por sete a 14 dias. A eritromicina de seis em seis horas por sete a 14 dias, a azitromicina uma vez ao dia por cinco dias e a claritromicina de 12 em 12 horas por sete dias são antibióticos recomendados. Em casos mais graves, pode ser necessário oxigenoterapia, aspiração de secreções, assistência ventilatória não invasiva ou mecânica, assim como terapia de decúbito, hidratação e nutrição parenteral. Para crianças menores de um ano, podem ser necessários cuidados adicionais, como oxigenoterapia, aspiração de secreção e assistência ventilatória, além da administração de antibióticos.

Epidemiologia e prevenção

No Brasil, a ampliação das coberturas vacinais com a tríplice bacteriana reduziu significativamente a incidência da coqueluche. Entre 1998 e 2000, quando a cobertura de vacinas chegou próxima de 100%, a incidência diminuiu para 0,9 casos por 100 mil habitantes. Entretanto, em meados de 2011, observou-se um aumento no número de casos da doença, que ultrapassou o limite esperado.

Atualmente, a coqueluche ocupa o quinto lugar entre as causas de mortalidade por doenças imunopreviníveis em crianças menores de cinco anos em todo o mundo. A cobertura de imunização da vacina tríplice bacteriana em crianças ao redor do mundo foi de 80% no ano de 2010.

A prevenção da coqueluche é feita principalmente por meio da vacinação das crianças com a tríplice bacteriana. A vacinação deve ser realizada em esquema básico de três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida, seguidas de duas doses de reforço, aos 15 meses e aos quatro anos de idade. A vacinação das gestantes também é recomendada para proteger os neonatos.

Fonte: Coqueluche – Bordetella Pertussis – unb 1/2015 por Beatriz Torres