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Doppler Vascular Avançado com Dr. Carlos Stéfano Hoffmann Britto


Muito bem amigos, agora nós vamos começar uma demonstração prática de um exame famoso do membro inferior para avaliação do sistema venoso profundo. A principal indicação desse exame é a pesquisa da trombose venosa profunda, um problema de saúde muito sério, frequente, e que exige um diagnóstico bem feito, determinado e em tempo rápido. Com esse diagnóstico, é possível fazer o exame venoso profundo para a pesquisa da trombose venosa profunda e também para a pesquisa de refluxo no sistema profundo.

O paciente deve estar em decúbito dorsal, o joelho virado para fora um pouquinho, a perna fletida e o quadril aduzido. A gente começa usando o nosso transdutor na virilha e já dá para ver a veia safena magna e a junção safeno-femoral. Fazemos um corte transverso e essa imagem seria chamada de imagem do Mickey na parte arterial. Quando faço a compressão com pressão, posso ver que, às vezes, está compressível, que estou na safena magna ou descendo aqui no nível da frênula ao superficial. Aqui, vejo a artéria e a veia. Eu vou descendo meu transdutor e fazendo testes de compressão. Aqui, já estou no canal dos adutores e começa a ter dificuldade em realizar essa compressão e, à partida, a veia abaixo do canal dos adutores passa a se chamar veia poplítea. A anatomia vascular é simples, a veia segue o mesmo trajeto, isso no sistema profundo.

Agora, feita essa primeira avaliação, eu quase que posso descartar a trombose venosa. Ainda assim, mesmo tendo feito a primeira parte, o sangue normal, a gente não tem deixa de usar também o Doppler. Coloco o código PAD de cor e ajusto a inclinação e o tamanho da imagem e inverto. Deixo bem assunto, tiro novamente e ataco bastante. Agora, vou fazer o estudo do sistema venoso compressível da safena magna. Uma coisa que a gente tem que ter em mente é que a gente gasta um pouco de tempo regulando o aparelho. É mais um ajuste do que regular do jeito que eu quero nessa região. Quando ligo de novo, ele volta na configuração que deixei por último de tamanho, cachê, inclinação da caixa de correio e PRF. Então, não tem que fazer novamente todos aqueles ajustes.

Agora, eu vou colocar o pulso Doppler e observar a característica do fluxo, que é um fluxo pulsátil que varia com o batimento cardíaco e a respiração. Quando o fluxo interrompe, faço a manobra de Valsalva, que é uma manobra em que o paciente faz uma inspiração profunda e prende o ar, e o fluxo volta com velocidade maior. A manobra que eu faço quando o paciente entende o que quero é fazer ele respirar fundo e fazer pressão para que ele faça contração instintivamente. Só que o fluxo não volta com a velocidade mais alta de novo. Com a manobra de Valsalva, o fluxo volta com velocidade maior, enchendo o vaso de novo.

Essa é um aspecto fisiológico normal de uma veia. Com isso, eu tenho segurança de afirmar que, nesse ponto que está estudando a veia femoral para cima, não tem uma obstrução ao fluxo, não tem uma restrição ao fluxo. Continuando, eu posso também, nesse ponto do exame, avaliar a função das válvulas. Eu vejo transitar o pulso e não tem trombo. Vou fazer uma manobra de Valsalva. O fluxo para e com a manobra de Valsalva, ele volta com velocidade maior, enchendo o vaso de novo.

Quando a gente está fazendo um estudo do sistema superficial para pesquisa de insuficiência venosa, a gente faz esse exame com o paciente em pé. Mas, nesse ponto, que posso testar o influxo aqui na veia e na junção safeno-femoral com o paciente em decúbito, tenho uma razoável segurança. Se eu estiver realmente pesquisando insuficiência venosa, eu tenho obrigatoriamente de repetir o exame no pé. Não posso fazer isso deitado.

Vou testar aqui de novo. Respira fundo. Salto. A ausência de refluxo é que não tenho necessidade de pesquisar refluxo nesses pontos. Mas, eu posso seguir o estudo com Doppler colorido também em toda a extensão da minha veia femoral superficial. Mais uma vez lembrando, o sistema superficial, hoje em dia, era chamado apenas de veia safena. É a artéria em seis pulsando em vermelho porque está invertido aqui agora. Nasceram os privados até em vermelho e a veia em azul.


Fonte: Avançado de Doppler Vascular – Dr. Carlos Stéfano Hoffmann Britto por Meddco Educação Contínua