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Diferenças entre neoplasia benigna e maligna: conceitos e características


no vídeo de hoje, iremos abordar o que são neoplasias benignas e malignas, como se formam, as principais diferenças entre elas e os tipos de nomenclatura. Vai ter muita informação boa, então vem com a gente para compreender melhor sobre esse tipo de patologia.
As neoplasias, do grego “neo” mais “plasis”, significam neoformação e podem ser definidas como uma proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, no qual as células perdem ou reduzem a capacidade de se diferenciar. Ou seja, a cada ciclo, elas se tornam menos diferenciadas, e podem ser classificadas em benignas ou malignas.
As neoplasias possuem atributos, como progressividade, que é o crescimento tecidual excessivo, incoordenado e de intensidade progressiva, e independência, que é a ausência de resposta aos mecanismos de controle. Além disso, há a irreversibilidade, que corresponde à ausência de dependência da continuidade do estímulo.
Os componentes básicos que constituem uma neoplasia são o parênquima do tumor, que é constituído por células neoplásicas em expansão clonal, e o estroma, que é o arcabouço do tumor, sendo formado por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, conferindo sustentação e nutrição.
O processo de formação neoplásica é determinado pela exposição a agentes cancerígenos ou carcinógenos, que são qualidades atribuíveis a fatores como a radiação solar, bebidas alcoólicas, tabagismo, alguns tipos de vírus e alguns medicamentos. Devido aos efeitos cumulativos desses elementos, são responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor.
A carcinogênese é composta por três estágios: a iniciação, na qual agentes carcinogênicos induzem alteração genética e epigenética, e as células encontram-se, então, iniciadas para ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio; a promoção, na qual a célula iniciada sofre um acúmulo de mutações que ativam pró-oncogenes e genes supressores de tumor, que resultam na proliferação, resistência à apoptose e autonomia celular, favorecendo o comportamento maligno das células; e a progressão, na qual os clones perdem adesão e contato com as células vizinhas, invadem o tecido, passando por um processo chamado transição epitélio-mesênquima. O tumor cresce e pode haver metástase. É caracterizado pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas e com a angiogênese e fatores teciduais que criam um microambiente tumoral que favorece a progressão tumoral.
As neoplasias podem ser divididas em dois grupos de acordo com seu comportamento: benignas e malignas. As neoplasias benignas possuem células com crescimento lento, são geralmente bem diferenciadas e não metastáticas. Já as neoplasias malignas possuem células com crescimento rápido, são invasivas, com ausência de cápsulas ou com cápsula incompleta, pouco diferenciadas e geralmente metastáticas.
Podemos enxergar diferenças entre as neoplasias benignas e malignas quando observamos cortes histológicos (microscópicos). Por exemplo, no tecido mamário, podemos ver que, na neoplasia benigna, a estrutura do tecido é similar ao de origem, com frequência de mitoses rara, células isomórficas e relação núcleo citoplasma mantida. Já na neoplasia maligna, vemos atipias tissulares e celulares com alta frequência de mitoses e uma relação núcleo citoplasma aumentada, com núcleos hipercromáticos, maior quantidade de núcleos e um citoplasma escasso. Um exemplo de neoplasia benigna é o fibroma, enquanto um exemplo de neoplasia maligna é o adenocarcinoma.
Quanto à nomenclatura, dependendo do tipo de neoplasia, o nome irá variar. Para tumores benignos, usaremos o tipo celular mais o sufixo “oma” quando em tecidos mesenquimais e “adenoma” quando em tecidos epiteliais com padrão glandular. Já para tumores malignos, a nomenclatura é muito extensa, mas alguns exemplos são: para o epitélio de revestimento, utilizamos a nomenclatura “carcinoma” para epitélio glandular, “adenocarcinoma”, quando hematopoiético, “linfomas” e “leucemias”; e quando não é hematopoiético, “sarcoma” para o epitélio-mesenquimal.
Em resumo, as neoplasias são proliferações celulares anormais, que podem ser benignas ou malignas, e são formadas por células que perdem a capacidade de se diferenciar. A exposição aos agentes cancerígenos é responsável pela formação do tumor, que pode apresentar diferenças entre neoplasias benignas e malignas quando observados cortes histológicos. A nomenclatura também varia, de acordo com o tipo de neoplasia.
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