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Como lidar com menstruação excessiva: causas e tratamento do sangramento uterino anormal

Sangramento Uterino Anormal: Uma Abordagem Completa

Ao longo deste vídeo, vamos falar sobre um assunto extremamente importante na área de ginecologia e que representa cerca de 20% das consultas ambulatoriais: o sangramento uterino anormal. Vamos enfatizar um dos tipos mais comuns, o sangramento uterino disfuncional.

O sangramento uterino anormal é qualquer sangramento genital fora dos padrões de normalidade que ocorre durante o período reprodutivo feminino. É fundamental estabelecer os padrões de normalidade, e a menstruação deve ter o seguinte padrão: quantidade deve ser de 25 a 80 ml, com duração de 2 a 8 dias e uma frequência de 25 a 35 dias. A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia estabeleceu em 2010 uma nova classificação para facilitar a utilização dos termos. Agora os sangramentos anormais são classificados de acordo com a origem em orgânicos e não-orgânicos.

Dentro dos orgânicos, as causas podem ser mioma, endométriose e malignidade. Já os não-orgânicos são compostos por partes ovulatórias, funcionais, transgênicas e não-identificadas. É importante destacar que o sangramento uterino disfuncional é considerado como qualquer perda sanguínea normal de origem uterina na ausência de afecção orgânica demonstrável do trato genital da gestação.

É fundamental excluir causas orgânicas antes de diagnosticar o sangramento disfuncional, o que pode ser feito por meio de anamnese, exames de laboratório e ultrassom seriado. É necessário também confirmar a anulação. A história menstrual da paciente é importante para avaliar o volume, intervalo e duração do sangramento, além das doenças associadas e coagulopatias e uso de medicações. A idade é essencial, já que estamos falando de adolescentes e mulheres na perimenopausa.

Quando estamos diante de uma paciente adolescentes com sangramento prolongado leve ou moderado, a paciente deve utilizar progesterona via oral por dez dias. As opções são a progesterona pura na dose de 300 miligramas, a medroxiprogesterona na dose de 5 a 10 miligramas, e a nora este ter ona na dose de 1 a 5 miligramas. Se estamos diante de uma paciente com sangramento agudo grave, a conduta imediata deve ser o estrogênio conjugado de 1,25 a 2,6 miligramas em comprimidos por dia. Quando o sangramento for controlado, é necessário administrar progesterona para transformar o epitélio proliferativo em secretor, provocando a menstruação fisiológica.

A abordagem da paciente do climatério é semelhante àquela da paciente com sangramento prolongado moderado com o uso de progesterona via oral, mas aqui é necessário sempre fazer o estudo histológico do endométrio.

Por fim, é importante entender que o sangramento uterino disfuncional faz parte do grupo de sangramentos anormais, mas nem todos os sangramentos uterinos anormais são disfuncionais. O diagnóstico é de exclusão e é fundamental confirmar a anulação e excluir causas orgânicas.

Espero que este vídeo tenha sido útil para vocês, e qualquer dúvida ou sugestão pode deixar nos comentários.

Fonte: “NÃO PARA DE DESCER” – MENSTRUAÇÃO EXCESSIVA? | SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL por MEDICINA FÁCIL – O PLANTONEIRO