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Cistos Ovarianos: Sintomas, Causas e Tratamentos

Cistos Ovarianos: O que são e quais os tipos?

Hoje abordaremos um assunto muito interessante: os cistos ovarianos. Mas antes, é importante definir alguns conceitos.

O primeiro é sobre o que é o ovário. O ovário é um órgão que faz parte do trato genital feminino e está localizado próximo ao útero, tanto no lado direito quanto no lado esquerdo. É responsável pelo processo da ovulação enquanto a mulher está na fase reprodutiva, e pela produção dos hormônios sexuais femininos.

Cerca de 20 a 30% das mulheres que vêm à consulta de ginecologia de rotina apresentam uma pequena alteração nesses órgãos sexuais que são os ovários, e a principal alteração são os cistos ovarianos.

Os cistos ovarianos são formações arredondadas que podem estar presentes tanto sobre o ovário como dentro do tecido ovariano. Geralmente, eles não causam nenhum sintoma para a paciente e acabam sendo detectados em exames de rotina, principalmente durante a realização do exame ultrassonográfico transvaginal.

Mas não precisa se desesperar, pois na verdade a grande maioria dos cistos ovarianos tem uma origem benigna e raramente apresentam risco para o desenvolvimento de câncer de ovário.

Os cistos ovarianos podem ser divididos em três tipos principais:

  • cistos funcionais;
  • cistos benignos; e
  • cistos malignos.

O cisto funcional é o mais comum e como o próprio nome já diz é um cisto que deriva do funcionamento correto do ovário. Dentro do ovário existem vários folículos ovarianos que podem ser detectados no ultrassom. Esse folículo ovariano é como se fosse a casa onde o ovo vai se desenvolver, e a cada ciclo ovulatório um desses folículos cresce, rompe e libera o ovo. Em alguns momentos da vida da mulher, alguns desses folículos acabam crescendo e não rompendo, consequentemente, formando essa estrutura arredondada que contém o líquido no interior, que é chamado de sigilo funcional. Geralmente, os cistos funcionais estão muito presentes em mulheres em idade fértil, por isso em crianças e mulheres na pós-menopausa geralmente não são encontrados.

O segundo tipo de cisto é o cisto benigno, que geralmente apresenta um diâmetro um pouco aumentado e um tamanho um pouco maior com o fluxo sanguíneo ao redor dele um pouco alterado. Para realizar essa diferenciação entre um cisto funcional e um cisto benigno, é necessário auxílio médico. O cisto benigno geralmente apresenta mais sintomas, como dor durante a relação sexual, dor na região pélvica com a sensação de peso ou distensão na região abdominal, em alguns casos até mesmo sangramento fora do período menstrual. Os cistos benignos geralmente necessitam de um tratamento cirúrgico, mas graças à habilidade desses cistos a gente acaba conseguindo fazer um tratamento mais conservador, ou seja, o tratamento proposto é a laparoscopia que é uma cirurgia minimamente invasiva na qual a gente retira apenas o cisto não afetando o potencial fértil da mulher, não sendo necessário retirar o ovário como um todo.

Infelizmente, em uma incidência menor de casos, existem os cistos malignos. O médico leva em consideração uma série de fatores para poder determinar se o cisto é benigno ou maligno. A maior incidência de malignidade ocorre em pacientes que nunca engravidaram, em pacientes que apresentam mais de 60 anos ou em pacientes que têm um histórico familiar de câncer de ovário na família. Esses casos específicos devem ser encaminhados para um serviço de referência terciário, porque o tratamento de um cisto maligno aborda uma série de fatores. Existe um tratamento cirúrgico e geralmente é feito por uma incisão por uma laparotomia, uma cirurgia aberta. Nem geralmente os pacientes necessitam de um tratamento quimioterápico depois.

Como já foi dito anteriormente, o tratamento é muito eficaz e geralmente o prognóstico é bom. Os cistos funcionais geralmente tendem a desaparecer depois de dois a três meses. Então, se você fez um determinado período e existiu o cisto, provavelmente, daqui a dois a três meses ele vai sumir porque ele deriva de uma alteração funcional do próprio ciclo ovulatório. Já os cistos benignos e os cistos malignos precisam de tratamento, e por isso é fundamental que você faça a sua avaliação ginecológica de rotina.

Esperamos que tenha gostado do nosso artigo e se ficou com alguma dúvida, não deixe de consultar o seu médico. Até mais!

Fonte: Cistos Ovarianos – Dr. Bruno Bedoschi por Clínica BedMed