Pular para o conteúdo

Anatomia do Sistema Respiratório: Mecânica, Músculos e Hematose


Olá pessoal, tudo bem com vocês? O assunto da aula de hoje é a mecânica respiratória e a EMA (Estruturação Morfofuncional do Aparelho Respiratório). Mas antes de começar a aula, já deixou um recadinho pra você: se você ainda não é inscrito no canal, clique no botão “inscrever-se” que fica logo abaixo. Clique também no sino para que você seja notificado todas as vezes que eu postar um vídeo ou uma aula nova, para que você não perca nenhuma delas.
Para entender como acontece a mecânica da respiração (ou mecânica pulmonar), a gente precisa entender primeiro dois conceitos importantes: o conceito de inspiração e o conceito de expiração.
A inspiração pode ser definida como a entrada de ar nos pulmões, enquanto a expiração é a saída de ar dos pulmões.
Na aula passada, eu falei pra vocês que o músculo diafragma era essencial para que a respiração acontecesse. Aliás, se você ainda não assistiu à aula passada, clique aqui em cima e assista ela primeiro para entender melhor os conceitos que vou passar nessa aula aqui.
Bom, falei então para vocês que o músculo diafragma era essencial para que a gente conseguisse respirar. Isso porque nós respiramos por diferenças de pressão. Quando o diafragma contrai, ele rebaixa, ele se movimenta para baixo, e como a pleura parietal está grudada no diafragma, quando ele se movimenta para baixo, ele acaba tracionando os pulmões junto com ele. E ao tracionar os pulmões e aumentar o volume do sistema respiratório, a pressão que está lá dentro dos pulmões (a pressão ao violar) se torna menor do que a pressão que está na atmosfera, e o ar é sugado (ou puxado) do meio de maior pressão (que é a atmosfera) para o meio de menor pressão (que é o meio interno dos pulmões).
A inspiração tranquila é realizada quase que totalmente pelo músculo diafragma, sendo que os músculos intercostais também podem ajudar, levantando as costelas e aumentando o diâmetro horizontal do sistema.
Já na inspiração passiva, o diafragma simplesmente relaxa, e a própria retração elástica dos pulmões e da caixa torácica comprime os pulmões, fazendo com que a pressão ao violar se torne superior à pressão atmosférica. E o ar então é expelido para fora do sistema. Essa mesma mecânica acontece na inspiração e na expiração tranquilas.
Mas existem momentos em que a gente precisa de uma inspiração e uma expiração forçadas. Nessas casos, a gente tem alguns músculos auxiliares que ajudam a fazer esse tipo de respiração. Por exemplo, quando a gente faz algum tipo de atividade física, a gente fica ofegante, ou seja, a gente aumenta a ventilação pulmonar para que o sangue seja mais eficientemente oxigenado nos pulmões. Nessas momentos, a gente acaba fazendo uma inspiração forçada. Um dos outros músculos além do diafragma que acabam auxiliando nessa inspiração são os intercostais externos, os serratos anteriores e os escalenos, que têm como principal função levantar as costelas. E temos também os músculos do pescoço, como o esternocleidomastóideo, que quando ele contrai, eleva o osso esterno. E todos esses músculos atuando juntos ajudam a aumentar ainda mais o diâmetro do sistema respiratório para que o ar entre com maior velocidade e maior volume.
Da mesma maneira, quando a gente precisa realizar uma expiração forçada, como durante a tosse ou do espirro, por exemplo, músculos acessórios da respiração acabam ajudando. Os músculos que ajudam a cumprir essa função de expelir o ar dos pulmões são os músculos abdominais e os intercostais internos.
A EMA (Estruturação Morfofuncional do Aparelho Respiratório) é a oxigenação do sangue nos alvéolos pulmonares. O oxigênio passa do alvéolo para o capilar sanguíneo (para o sangue) através da difusão, ou seja, do meio de maior concentração (que é o ar) para o meio de menor concentração (que é o sangue). Lembrando que aqui também acontece a passagem do dióxido de carbono no sentido inverso (do sangue, do capilar sanguíneo para o alvéolo) para depois ser exalado pelos pulmões. O gás carbônico também passa do sangue para os alvéolos pulmonares através da difusão, porque ele está mais concentrado no sangue e menos concentrado dentro do ar.
Temos aqui então um processo que nós chamamos de EMA, Estruturação Morfofuncional do Aparelho Respiratório. E a EMA nada mais é do que a transformação do sangue rico em gás carbônico para sangue rico em oxigênio. E esse fluxo de gases, ao passar dos alvéolos para o sangue ou vice-versa, precisa ultrapassar algumas barreiras para chegar ao seu local de destino. E essas barreiras são a parede do alvéolo, o epitélio ao violar, o espaço intersticial que fica entre o alvéolo e o capilar sanguíneo, e a parede do próprio capilar sanguíneo. Essas estruturas são conjuntamente chamadas de barreira ou membrana alvéolo-capilar.
Revisando então: a inspiração é a entrada de ar nos pulmões, enquanto a expiração é a saída do ar dos pulmões. Nós respiramos por diferenças de pressão, e o diafragma é tão importante para a respiração porque, quando ele contrai, ele rebaixa, tracionando os pulmões e fazendo com que a pressão ao violar fique menor do que a pressão atmosférica. Dessa maneira, o ar é sugado para dentro do sistema. Na inspiração, o diafragma simplesmente relaxa, e a retração elástica dos pulmões acaba expelindo o ar do sistema. Já na inspiração e expiração forçadas, outros músculos auxiliares atuam, como os intercostais externos, os serratos anteriores, os escalenos e os músculos abdominais e intercostais internos.
A EMA (Estruturação Morfofuncional do Aparelho Respiratório) é a oxigenação do sangue nos alvéolos pulmonares. O oxigênio passa do alvéolo para o capilar sanguíneo através da difusão da mesma maneira que o gás carbônico passa do sangue para os alvéolos pulmonares. E a barreira ou membrana alvéolo-capilar é composta da parede do alvéolo, do espaço intersticial e da parede do capilar sanguíneo, que são as barreiras que o oxigênio e gás carbônico precisam atravessar no processo de difusão.
Espero que vocês tenham entendido. Até a próxima aula!
Fonte: Sistema Respiratório 5/6: Mecânica Respiratória, Músculos Acessórios e Hematose | Anatomia e etc por Anatomia e etc. com Natalia Reinecke