Pular para o conteúdo

Osteomielite: Descubra os Aspectos de Imagem Essenciais

  • por
  • posts


Olá a todos, neste vídeo de hoje vamos conversar sobre os aspectos de imagem da osteomielite, uma doença infecciosa grave e de difícil tratamento. A osteomielite é uma infecção óssea que pode destruir o osso e causar diversas complicações. É uma doença de difícil diagnóstico clínico e os exames de imagens são essenciais para o fechamento do diagnóstico.
Vamos começar falando sobre a nomenclatura das lesões infecciosas do osso. Existem diferentes tipos de lesões, como a osteíte, que compromete apenas a camada superficial do osso, a periostite infecciosa, que é uma infecção na camada externa do osso, a osteomielite, que é uma infecção óssea com envolvimento da medula óssea, o sequestro ósseo, que é uma parte do osso desvitalizado envolta por secreção purulenta, e a sinusite crônica, que é uma infecção persistente com formação de drenagem para o local.
Os mecanismos de disseminação da osteomielite são diversos. Um deles é a disseminação hematogênica, que ocorre quando um microorganismo chega ao osso através da corrente sanguínea. Isso ocorre principalmente em regiões onde os vasos sanguíneos são mais estreitos e renovados, como na região metafisária. Outro mecanismo é a disseminação direta, quando uma infecção de partes moles adjacentes se estende para o osso. A disseminação iatrogênica também pode ocorrer após procedimentos médicos. E por fim, a disseminação por trauma, que ocorre principalmente em casos de fraturas expostas.
Diversos microorganismos podem causar a osteomielite, sendo o Staphylococcus aureus o mais comum. Em neonatos, Streptococcus tipo B e Haemophilus influenzae também são comumente encontrados. Já em pacientes com diabetes e em pacientes com anemia falciforme, a Salmonella pode ser mais prevalente.
Os achados radiológicos da osteomielite variam de acordo com a fase da doença. Na fase aguda, que dura até quatro semanas, podemos observar lesões líticas, edema de partes moles e reação perióstica irregular. Na fase subaguda, que é uma fase de transição para a fase crônica, observamos edema de partes moles e uma lesão metafisária com reação perióstica. Na fase crônica, que geralmente tem mais de dois meses de evolução, podemos observar remodelamento ósseo, esclerose e áreas de sequestro ósseo.
O diagnóstico diferencial da osteomielite inclui outras lesões ósseas, como neoplasias e fraturas por estresse. Outra condição a ser considerada é a osteomielite crônica e a osteíte, que podem apresentar características semelhantes na imagem. Um diagnóstico desafiador é o abcesso de Brodie, que é uma lesão metafisária lítica com margens claramente definidas.
A ressonância magnética é um exame muito útil para o diagnóstico da osteomielite, pois permite visualizar as alterações ósseas, assim como a presença de abscessos e alterações nas partes moles adjacentes. Além disso, a ressonância magnética permite avaliar o envolvimento articular, sendo muito útil no diagnóstico de artrite séptica.
Finalmente, é importante ressaltar que o raio-x não é eficaz para a detecção precoce da osteomielite, sendo a ressonância magnética e a cintilografia óssea os exames de escolha nesses casos.
Espero que esse conteúdo tenha sido útil para vocês. Fiquem à vontade para deixar comentários e sugestões. Um abraço e até a próxima!
Fonte: Osteomielite – Aspectos de Imagem por Radiologia Ortopédica – Prof. Rodrigo Aguiar MD