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Nutrição para Parkinson: Importância e Benefícios da Alimentação Adequada

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Olá! Se você quer saber mais sobre nutrição do paciente com a doença de Parkinson, fica até o final desse vídeo que a nutricionista Joyce Rouviere, especialista em nutrição funcional e nutricionista da Clínica Regenerate, vai falar mais sobre isso.

Olá, meu nome é Joyce. Eu sou nutricionista especialista em nutrição clínica funcional e atuo aqui na clínica Regenerate. Hoje, a gente vai falar um pouco sobre como a nutrição pode ajudar o Mal de Parkinson. Pensando que o Mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, nós atuamos principalmente melhorando todo o quadro inflamatório que essa doença causa. A nutrição vai ajudar principalmente melhorando a distribuição dos nutrientes. Então, como você vai fazer a distribuição calórica, o quanto você vai dar para esse paciente de carboidrato, proteína e gordura, se ele está conseguindo, por exemplo, treinar ou não, isso também vai ser levado em conta. Como está o sono dele, como estão todos os sintomas relacionados ao Parkinson, e tudo isso vai ser levado em conta na montagem da dieta.

Estamos pensando em dois tipos de dieta que são muito interessantes. Uma delas é a dieta cetogênica, que é aquela dieta em que você coloca uma concentração bem alta de gorduras, de preferência gorduras boas, e uma concentração bem baixa de carboidrato, e quase nula, na verdade, de concentração de proteína. Os alimentos normais vão ser uma dieta anti-inflamatória. Ou seja, alimentos que são ricos em ativos que vão diminuir a inflamação corporal, porque quando você tem mais inflamação, você tem algumas substâncias no corpo que pioram o quadro do Parkinson, todos os sintomas. Então, os tremores são realmente comuns, a pró-competição que fica alterada, a fraqueza que também é muito comum, podem ser sim revertidos com a dieta.

Quando você mescla esses dois tipos de dieta e trabalha com bons alimentos, você consegue melhorar todo o quadro e muitas vezes até diminuir a concentração de medicamentos que estão sendo utilizados. Quais são os alimentos mais benéficos para esse quadro? Principalmente, os alimentos frescos. Então, você pode trabalhar com as frutas in natura, com os vegetais, de preferência sempre orgânicos, por conta da concentração de agrotóxicos. Os agrotóxicos podem sim piorar o quadro do Parkinson.

Quais seriam os melhores alimentos? Principalmente, as frutas vermelhas. Elas são ricas em flavonoides, que são compostos antioxidantes e anti-inflamatórios. Elas baixam a produção de citocinas inflamatórias. Os vegetais folhosos, principalmente os verdes escuros, como espinafre, rúcula, almeirão. Podemos ainda trabalhar com ômega 3, que está presente nos peixes gordurosos, como salmão, atum, arenque, que além de serem as gorduras boas, também são ricos em ômega 3, que são potentes anti-inflamatórios.

Outros compostos que também ajudam bastante nesse quadro seriam o chá verde, que é riquíssimo em polifenóis, que são antioxidantes, e outros tipos de antioxidantes que vão melhorar o aspecto neurológico do Parkinson. O cacau também é fantástico porque controla a insulina. A insulina é um hormônio que põe para dentro o açúcar e, se ela está alterada e se você tem muitos picos dela durante o dia, você aumenta o nível de inflamação.

O que devemos evitar? Principalmente, os alimentos ricos em carboidratos refinados, que estão presentes na grande maioria dos industrializados. Eles colocam uma concentração de açúcar muito grande nos industrializados, que são famosos por terem açúcares escondidos. A frutose, em excesso, também vai fazer mal e também vai dar picos de insulina. Então, evitar frutas muito doces pelo menos quando está na crise e carboidratos refinados, como arroz branco, pão branco, batata também causam esses picos de insulina.

Bebida alcoólica também não deve ser consumida por quem tem Mal de Parkinson, porque ela também vai causar um desequilíbrio e aumentar a inflamação. Pensando nas proteínas, a carne vermelha também tem uma concentração de ativos que podem aumentar a inflamação, principalmente quando ela é muito cozida ou assada. Quanto aos nutrientes que devem ser evitados, quem tem Mal de Parkinson também costuma ter uma concentração muito baixa de ferro, zinco e magnésio. Daí a necessidade de aumentar a ingestão de alimentos ricos nesses nutrientes, como vegetais folhosos, peixe e castanhas.

Quanto à combinação da dieta cetogênica com a dieta anti-inflamatória, a gente tem algumas artimanhas aqui na nutrição para ajudar a diminuir esses sintomas. É importante ter fases de quanto tempo você vai permanecer nessa dieta, quando você vai poder reintroduzir ou consumir carboidrato e alimentos anti-inflamatórios. É necessário que você consulte um nutricionista para conseguir orientações específicas e quais os melhores horários para você consumir tudo isso. A gente consegue atrelar uma alimentação saudável e uma alimentação focada para o Mal de Parkinson.

Considerando o gênero, no caso são homens ou mulheres, na verdade, a gente vai trabalhar sempre com o que vai diferenciar é a distribuição dos nutrientes. Quando você vai distribuir as calorias, quanto de proteína e de gordura você vai precisar. Mas a qualidade nutricional vai ser basicamente a mesma. Nossa conduta nutricional pensando no Parkinson é observar o gênero. Mas, seja qual for, a qualidade nutricional vai ser basicamente a mesma.

Espero que você tenha gostado desse vídeo. Curta, compartilhe e se inscreva no Sininho para receber notificações dos próximos vídeos. Até a próxima!

Fonte: Nutrição e Parkinson – A Importância Da Nutrição Para Pacientes Com Parkinson por Regenerati – Dr. Willian Rezende